Eu mesmo tenho um testemunho a dar, embora a empresa em questão não se dedicava ao ramo de Defesa, que é o foco central do DB.
Essa empresa (meu primeiro emprego) era a MAXWELL ELETRÔNICA COMERCIAL E INDUSTRIAL LTDA., e um de seus proprietários era o Engenheiro Jorge Edo, que foi responsável, na parte técnica, pela instalação da primeira estação de TV do Brasil, a então TV TUPI, sendo citado na biografia do então mega empresário dos Diários Associados, Assis Chateubriand.
A empresa produzia no Brasil câmaras de TV, transmissores de TV, antenas, câmaras de circuito fechado, mesas de som, mesas de controle de operação de diretor de TV, monitores de vídeo e um número enorme de equipamentos e componentes que compunham uma estação completa de televisão.
A maioria das emissoras brasileiras, de norte a sul, comprava e usava equipamentos MAXWELL. Apenas as câmaras podiam variar, pois as estações mais ricas, digamos assim, usavam as RCA e MARCONI, mas também o equipamento nacional.
Porém, a empresa estancou no tempo, e isso, em qualquer campo da indústria, é fatal. Quando foi adotado o sistema PAL-M em cores, na década de setenta, a empresa entrou em parafuso.
Além disso, problemas de gestão agravaram ainda mais a decadência e fim da empresa nos anos oitenta.
Poucos brasileiros sabem (e/ou lembram) que tínhamos uma empresa desses porte (a torre de transmissão do Pico do Jaraguá, em São Paulo, tinha antenas MAXWELL, na época).
Oportunidades perdidas, desperdício, má gestão, a história de tantas empresas brasileiras...
E assim foi.
Wingate
A imagem abaixo é de uma câmera Fernseh (da Bosch alemã) utilizada pela Rede Globo, já no sistema PAL-M. As câmeras MAXWELL eram semelhantes, mas não acompanharam a nova tecnologia. A GLOBO utilizou também equipamento MAXWELL.