Marechal-do-ar escreveu:Cargas HEAT precisam de um grande diâmetro para conseguirem boa penetração, esse é o maior problema em criar submunições delas, resolvido o problema do espaço ainda tem os cerca de 10MJ de energia necessários para perfurar o MBT adversário, a única opção viável para um míssil com esse conceito seria se ele atacasse do alto, enfrentando a parte mais fraca da blindagem onde as cargas podem ser um pouco menores, e não, não é realmente viável fazer um carga viajar em uma direção e depois mantar o jato em sentido perpendicular,
Como não?
O míssil Bill faz praticamente isso, as ogivas são instaladas inclinadas para baixo e o míssil as detona ao passar sobre o alvo, atingindo-o de cima para baixo. E a mina M93 Hornet dispara uma sub-munição que sobe, busca o tanque desde cima e dispara uma carga penetradora para baixo.
e mesmo esse míssil disparado para cima ele ficaria visível mais cedo, sendo alvo da artilharia antiaérea, e por fim, toda essa complexidade tem seu custo.
Muitos sistemas AT mais modernos simplesmente tem como característica voar alto e mergulhar sobre seus alvos, em muitos casos de forma autônoma como nos mísseis Javelin americano, o OMTAS turco e o NAG indiano, ou como o projétil de canhão KSTAM coerano. Pode-se instalar artilharia AAe nos tanques, mas aí estamos de novo indo no sentido do encouraçado terrestre... . Alguns sistemas como a BLU-108 também já usam múltiplos penetradores também. Não são necessários mísseis para atacar os tanques, hoje é possível fazê-lo com eficiência usando artilharia de tubo, foguetes ou mesmo morteiros pesados.
Eu enfrentaria o Afghanit com outra abordagem, com a munição mais barata possível de forma a saturar as defesas inimigas, talvez o canhão tradicional não seja a forma mais eficiente de se conseguir isso, então tentaria outras formas de lançar projéteis a grandes velocidades contra o inimigo, por exemplo: "railgun".
As armas tipo "railgun" ainda estão em desenvolvimento, no momento elas só podem efetuar uns poucos disparos antes de sofrer manutenção extensiva. Mas pode ser que entrem em operação no futuro, a ver.
Por outro lado, o custo de um tanque equipado com tudo o que é necessário para escapar ou sobreviver ao ataque de um sistema AT moderno justifica facilmente que sejam lançados 10 de cada vez sobre ele
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Leandro G. Card