Isso é uma exceção,é uma tropa profissional, que fez isso então não vem ao caso, eu menciono tropas convencionais, de soldados que ficam todo o dia em serviço nessas missões de paz no RJ e fora, que são vistos todo dia pela criminalidade, e depois são reconhecidos e assassinados pelos bandidos, justamente pelo cabelo curto e a falta de barba.Clermont escreveu:Os militares tem, sim, capacidade de adaptação às realidades do combate, quando a situação aparece. Pode demorar um pouco, no entanto.FCarvalho escreveu:Infelizmente, por aqui, operacionalidade e adaptação as suas condicionantes reais e efetivas em meio ao conflito moderno, parece ser algo tão idílico quanto surreal para a grande parte dos militares brasileiros, mais preocupados com a manutenção de tradições, 'burrocracias', desfiles e ordem unida.abs
Quando ficou claro a existência de um foco guerrilheiro no Araguaia, em 1972, a primeira ação do Exército foi uma varredura convencional, na crença de que tratava-se tão somente, de terroristas urbanos se escondendo da polícia. A tropa empregada era convencional, de soldados conscritos. Os guerrilheiros se esconderam no mato, armando emboscadas sempre que as condições permitiam. E ficou claro que a tropa convencional não estava apta para a ação.
Anos depois, após uma meticulosa preparação de inteligência, uma nova operação foi empreendida. Desta vez, contando com soldados selecionados. E todos, totalmente descaracterizados, isto é, com roupas dos habitantes locais, cabelos e barbas grandes, e com a proibição de utilização de postos e saudações militares. Isso valia, inclusive, para o pessoal da FAB encarregado dos helicópteros "Sapão" (UH-1H "Huey"). Em questão de meses, a força guerrilheira teve sua capacidade de combate desmantelada, e a operação converteu-se em mera ação de limpeza dos sobreviventes, uma autêntica caçada humana.
Então, usar barba e cabelos compridos e vestimentas civis não é nenhuma novidade para as Forças Armadas brasileiras, quando a situação exige.
Tropas profissionais não tem muito esse problema, pois muitas vezes eles já vão descaracterizados e recebem permissão para esconder a identidade.