Vice do Flamengo rebate críticas por foto com babá em protesto
Imagem de Claudio Pracownik em manifestação no Rio viralizou na internet
RIO - A imagem de um casal com a camisa do Flamengo com as cores verde e amarela acompanhado dos filhos e de uma babá, que conduzia o carrinho com as crianças, se espalhou pela internet neste domingo de manifestações pelo Brasil com diversas críticas ao comportamento do casal nas redes sociais. O homem que aparece na foto tirada em Ipanema é Claudio Pracownik, vice-presidente de finanças do clube rubro-negro.
Em um post em sua conta no Facebook, Pracownik reagiu às críticas dizendo que não recebe presentes de construtoras, paga os impostos e que emprega quatro pessoas em sua casa.
Leia a íntegra do post:
"Sí Pasarán!"
“Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.
“Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente
“A babá da foto, só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.
“A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito.
“Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.
“Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.
“Triste, só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.
“Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.
“O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles.”
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