Mas DeirZor não já está sob ataque do Exército Sírio?prp escreveu:Provavelmente seguirão para DeirZor e Iraque e fronteira turca. A queda dessa gente só se daria quando os curdos cortarem sua rota de abastecimento via Turquia.brasil70 escreveu:A capital do EI tem alguma proteção elevada para segurar os avanços do Exército Sírio?
Caso Raqqa caia, quais são os possíveis rumos que o EI tomaria?
E como está a situação no Iraque? O Exército Iraquiano continua firme na retomada?
Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
DEZ é um enclave sírio cercado pelo ISIS há mais de 3 anos.brasil70 escreveu:Mas DeirZor não já está sob ataque do Exército Sírio?prp escreveu: Provavelmente seguirão para DeirZor e Iraque e fronteira turca. A queda dessa gente só se daria quando os curdos cortarem sua rota de abastecimento via Turquia.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Inclusive, nas próximas semanas está prevista uma grande ofensiva em direção a DeirZor, passando por Palmira. Isto com o apoio russo a partir de uma base aérea que está sendo reformada e ampliada para a operação dos Spetsnaz.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rússia projeta nova base e envia caças de ponta à Síria
Forças especiais ficarão estacionadas em Al-Shairat e uma grande ofensiva deve ocorrer até o fim de março
A força expedicionária da Rússia na guerra da Síria, vai ter três bases próprias - uma delas, a terceira, capaz de receber até 100 aviões e abrigar tropas de terra - os spetsnaz, fuzileiros treinados para atuar sob condição crítica, violenta. Será, ainda, o núcleo de concentração dos soldados da OMS, ou Companhia Wagner, mercenários russos obrigatoriamente contratados como seguranças dos centros militares, de autoridades locais e de pontos sensíveis, como centrais de geração de energia.
Há cinco dias, estão em Hmeimim quatro caças Su-35S novos em folha, recém saídos da fábrica do consórcio Komsomolsk. É o mais poderoso jato de ataque da aviação russa, capaz de voar a 2.400 km/h e levar mísseis de vários tipos, bombas inteligentes, foguetes e cargas explosivas até 8,5 toneladas. O radar de bordo pode localizar 15 alvos a até 400 km, priorizá-los pelo grau de ameaça, selecionando armamento adequado contra os seis de maior risco.
O local da nova base é Al-Shairat, na região central do território sírio. A instalação é prioritária. No local, funciona um grupamento aéreo da Síria que vai ser transferido para Damasco. A reforma precisa estar pronta em, no máximo, três semanas. O Ministério da Defesa russo estaria preparando uma vasta ofensiva aérea para essa época, o fim de março, o que exigiria um centro de comando, inteligência e controle.
A posição de Al-Shairat é estratégica, próxima de Homs, um polo financeiro que continua funcionando regularmente mesmo sob as circunstâncias críticas do conflito. O chefe militar de Moscou na Síria, general Alexandre Dvornikov, anunciou a expansão da base aeronaval de Tartus, no Mediterrâneo. É uma herança da ex-União Soviética mantida há 45 anos e vai para receber, “em caso de necessidade”, flotilhas de suporte às ações de combate.
As principais instalações de sustentação da intervenção russa na luta contra o Estado Islâmico e as milícias de oposição armada ao regime do presidente Bashar Assad funcionam em Hmeimim, em Latakia.
Matador. À disposição desse centro há 57 bombardeiros - cinco deles, imensos Tupolev-160, originalmente planejados para executar bombardeios nucleares -, ao menos oito Sukhoi-34, avançados caças táticos de ataque ao solo, 17 helicópteros, um jato de alerta avançado Il-20M, e três baterias de defesa antiaérea, uma das quais do tipo S-400, a mais moderna do arsenal russo, para derrubar aeronaves no limite de 40 km a 400 km.
Desde que um Su-24 foi abatido por um F-16 americano, interceptador, usado pela Turquia, os esquadrões de destruição voam escoltados por dois Su-30, preparados para bombardear objetivos em terra.
O advento dos Su-35S aumenta o poder de fogo russo e dá dimensão à disposição política da tropa mobilizada pelo presidente Vladimir Putin em resposta ao pedido de apoio militar de Assad. Os quatro supersônicos foram entregues pelo fornecedor à força russa em dois lotes, entre outubro e novembro. Passaram por testes de aceitação durante oito semanas e foram em seguida deslocados para Hmeimim.
Cada um deles representa o estado da arte da indústria aeronáutica militar da Rússia. Nos Estados Unidos, o Departamento de Defesa usa o Su-35S nas simulações eletrônicas de treinamento em combate dos pilotos do F-22 Raptor, o caça mais sofisticado do mundo.
http://www.fab.mil.br/notimp/mostra/22-02-2016
abraços
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Turquia
http://www.youtube.com/watch?v=_od5-n3xNx4
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A explosão me pareceu meio "fraquinha" para um carro bomba. Mas parece ter sido sim um míssil AC, embora não dê para afirmar se foi especificamente um Javelin.wagnerm25 escreveu:Alguém arrisca dizer se esse carro-bomba foi destruído por um Javelin? Não me parece um ângulo de ataque compatível com um ataque aéreo.
Leandro G. Card
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
brasil70 escreveu:A capital do EI tem alguma proteção elevada para segurar os avanços do Exército Sírio?
Caso Raqqa caia, quais são os possíveis rumos que o EI tomaria?
E como está a situação no Iraque? O Exército Iraquiano continua firme na retomada?
Depende de quantos doidos eles tenham para se fazerem explodir. Essa é a arma mais perigosa do isis.
Depois de não terem mais território é provavel que se dedicam a isso mesmo, fazer explodir alguma coisa aqui e ali.
os Sirios primeiro tem que cortar as vias de fuga dos militantes do isis e depois........é matar o maximo possível, nao ha outra saída perante gente desta.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Olá, o exército árabe sírio já retomou o trecho perdido. A rodovia reabrirá em 2 dias.
Foi uma operação bem montada por parte do EI pois obrigou a força tigre a se deslocar para o sul de Alepo e freios a ofensiva na região de Kuweires-al bab...
Foi uma operação bem montada por parte do EI pois obrigou a força tigre a se deslocar para o sul de Alepo e freios a ofensiva na região de Kuweires-al bab...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ficar dependendo da força Tigre é ruim faz com que ela seja apenas o bombeiro da frente em vez de estar em operações ofensivas.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
E o mico dos americanos jogando víveres em Deir-er-zor? Simplesmente TODO o carregamento ficou danificado ou caiu nas mãos dos amiguinhos do Estado Islâmico. Os civis agradecem.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Erraram éhhh....Poti escreveu:E o mico dos americanos jogando víveres em Deir-er-zor? Simplesmente TODO o carregamento ficou danificado ou caiu nas mãos dos amiguinhos do Estado Islâmico. Os civis agradecem.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Vejam lá os amigos se concordam:
Os segredos por trás dos avanços sírios.
https://debategeopolitico.wordpress.com ... os-sirios/
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Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ilya Ehrenburg escreveu:Vejam lá os amigos se concordam:
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https://debategeopolitico.wordpress.com ... os-sirios/
Os segredos por trás dos avanços sírios
Publicado em 26 de fevereiro de 2016 por César A. Ferreira
Imagem: Iran News.
Por: César A. Ferreira
Não se pode atribuir apenas ao poder aeroespacial russo as recentes vitórias das armas sírias, pois a vitória depende, sempre, da infantaria, necessária para ocupar o terreno.
Pode-se perguntar e seria justo fazê-lo, do motivo que levou uma força em retraimento, que cedia terreno frente à pressão inimiga, passar de uma hora, para outra, em uma força em progressão, vitoriosa, cujo moral se eleva a cada metro conquistado. Pois, isto se deu com o Exército Árabe Sírio, cuja desagregação era prevista por alguns “especialistas” para as calendas de outubro de 2015, mas que, no entanto, exibe-se hoje robustecido e aguerrido. Os motivos para isso são muitos, complexos, mas compreensíveis e uma análise rápida permitirá ao leitor formar um panorama capaz de desvendar os segredos por trás desta nova dinâmica combativa do EAS.
Antes do suporte russo
O Exército Árabe Sírio começou a guerra como toda força preparada para combates contra equivalentes regulares em campo aberto. Isto é interessante observar, pois o Exército Árabe Sírio contou em sua história com a utilização do ambiente urbano como um elemento vital para o sucesso do combate travado contra as forças invasores da IDF no Vale do Bekaa em 1982. Todavia, nesta presente “guerra civil”, que então se iniciava, o EAS viu-se surpreendido, e respondeu com erros clássicos, tal como o uso isolado de Carros de Combate em vielas estreitas, com edificações altas, portanto, propícias à emboscadas, que ocorriam com certa frequência dado que a experiência dos combatentes insurgentes neste tipo de combate era muita, pois não pouco deles serem oriundos da Chechênia, ou seja, veteranos dos confrontos contra o Exército da Federação Russa.
A presença de instrutores iranianos da Guarda Revolucionária Islâmica ajudou aos sírios a recompor suas formações, reciclar e rever a formação de comandantes de campo, focando no aprimoramento dos oficiais de patente mediana, tenentes e capitães, além da adoção de conceitos que premiavam as decisões advindas do aprendizado provindo do combate, algo que diferia, em muito, da verticalidade típica do comando de estilo soviético, ainda muito presente e apreciado nas armas sírias.
Apesar dos esforços dos instrutores da Força Quds, o problema do treinamento entre os infantes sírios persistia. Pouco além dos elementos da Guarda Republicana, Forças Especiais ou das Divisões Blindadas mais tradicionais eram capazes de exibir coordenação tática com a Força Aérea e a artilharia de campo. As ocorrências de deserções se avolumavam, bem como as reclamações constantes sobre soldo e material, reveladoras de uma moral declinante. Ainda assim, o regime conseguiu manter a linha costeira, Holms e Damasco, mesmo que subsistisse um foco ao sul da capital, bem como a perda da fronteira no sul, junto ao Golan, cedido para Frente Nusra devido ao providencial auxílio da artilharia da IDF.
O quadro desolador, todavia, detinha alguns fatores que permitiam observar o desenrolar dos eventos futuros com alguma esperança: a entrada no conflito de combatentes experientes do Hezzbollah, primeiramente na franja da fronteira libanesa, o comportamento da Força Aérea Síria, de extrema fidelidade, e da decisão curda (YPG/YPJ) de vir a dar combate a toda e qualquer facção extremista islâmica na Síria.
O suporte russo
Como é bem sabido foi a partir de um comunicado do General Soleimani aos seus equivalentes russos, informando que as estradas para a costa estavam agora abertas, a partir da queda de Salma, bem como pela perda das elevações ao norte da província de Latakia para os rebeldes turcomanos, que se deu a decisão russa de enviar uma força expedicionária (grupo aéreo). Os turcomanos, é importante dizer, são uma minoria que até então se mantivera fiel, ou neutra no conflito, mas que fora armada pelos serviços secretos turcos e tomara posição contra o regime. Informado, Putin ordenou a intervenção russa, composta pelo efetivo aéreo, bastante limitado, e um grupo de fuzileiros navais, estes responsáveis pela defesa da base.
A presença russa na base de Hmeimeem é a parte visível deste apoio, mas não menos vital, porém não noticiado é o suporte logístico fornecido não só ao grupo militar presente, mas à Republica Árabe da Síria, como nação, representado na recuperação de estruturas de manutenção e reparo de blindados, então inoperantes, do envio de peças para manutenção e aumento da disponibilidade em rampa dos vetores da Força Aérea Síria, de armas como obuses e suas respectivas munições, em grande quantidade, o mesmo para bombas aéreas, cuja carência forçava a adoção de improvisações extremas, como a confecção de “bombas barril”. Soma-se ao suporte logístico o envio de derivados de petróleo, combustíveis e lubrificantes, vitais para um exercito em campanha, e acima de tudo, de equipamento para infantes, de coletes e capacetes balísticos a armas leves e munições. Forças Spetnaz, como elementos de ligação e designação em solo de alvos, também foram vistos, além da instalação de um centro de coordenação na Base Aérea de Hmeimeem. Os russos fizeram-se acompanhar por instrutores, visto que a desagregação do EAS, relatada por Soleimani não era de todo desconhecida pela vasta representação diplomática russa mantida na Síria, mas, a opinião deste diferia um tanto, pois pautados pela própria experiência na Chechênia, concluíram os russos que o problema do EAS era, sobretudo, moral, e que isto poderia ser resolvido se adotadas as medidas urgentes para fortalecer a arma necessária em uma campanha onde o combate urbano se faz presente: a infantaria.
A infantaria síria foi premiada com novos equipamentos individuais, como citado, formação mais acurada e severa, preparação psicológica, inclusive, para aceitação de baixas em combate, inevitáveis no confronto urbano, restabelecimento e aumento na capacidade de atendimento aos feridos, com ampliação das alas médicas/hospitalares e da regularização dos insumos médicos (remédios, bandagens e outros equipamentos), preparação específica dos médicos militares e civis, para focar além dos traumas, observando, também os atendimentos de ordem psicológica, respiratória e do trato gastrointestinal, males recorrentes em combates em ambientes urbanos.
Em relação à tropa em si, o reforço na qualificação do comando de pequenas frações, fraqueza já observada pelos iranianos, foi abordada como prioridade, bem como a elevação geral da capacidade do combatente sírio com reforço na disciplina e incentivo ao julgamento individual (iniciativa). Os melhores recrutas sempre são destinados às formações de elite do EAS, as quais frequentemente estão na linha de frente, ademais, atenção especial é focalizada na formação de elementos de ligação e designação de alvos, comunicação e sinalização, visto que suporte aéreo aproximado é tido como necessário, quando não fundamental. Outra constatação é a mimetização da flexibilidade das formações insurgentes pelo EAS, de tal maneira que a utilização de motocicletas, hoje, é tida como mais eficiente entre os combatentes governamentais do que entre os insurgentes. O uso de caminhonetes com canhões ZU/2 (23mm) montados na carroceria é comum, isto, sem abandonar a ação cirúrgica dos canhões de 30mm dos veículos blindados, apoiados pelas peças de 125mm dos Carros de Combate (T-72, T-90), que fazem uso de munição HE de maneira recorrente. Outra arma muito vista, é o uso das veneráveis “Shilkas” (ZSU-23/4), desprovidas de sensores e utilizadas como apoio a infantaria. Costumam ser mortais contra snipers, devido a precisão da plataforma e a mira secundária, óptica, mantida nos veículos.
TOS-1 Buratino em lançamento. Imagem: Sputnik News.
Refletindo a experiência russa na Chechênia, passaram os sírios, quando de fronte a um ponto forte no perímetro urbano, que por ventura não pode ser contornado, a varrer com canhões de tiro rápido os andares intermediários das construções, isto, quando tal edificação não é de maneira prévia um alvo visitado pelos bombardeiros russos, ou sírios. O uso do míssil Kornet contra fortificações é comum, devido ao fato desta arma conter uma versão com cabeça de guerra termobárica específica para este uso/alvo. A coordenação com o efetivo aéreo é enfatizada, o que reflete, mês a mês, na melhoria do suporte aéreo aproximado (Close Air Suport –CAS, ing), em geral proporcionado por helicópteros de ataque Mi-24P/Mi-35M, ou por aeronaves Su-25. O reforço da Rainha das Batalhas, ou seja, a artilharia, nas formações sírias também se impôs como uma das chaves do sucesso. Veículos Lança – Foguetes BR-21 Grad e TOS-1 Buratino (terríveis contra forças dispersas e sem abrigo no campo, visto que realizam fogo de saturação de área) são visto com constância nos combates, o mesmo para obuses, devido a presença dos MSTA-B (2A65, 152mm, rebocado), o que elevou sobremaneira a capacidade dos grupos de artilharia de campanha do Exército Árabe Sírio.
Há muito que fazer. No tocante a infantaria faz-se necessário a elevação da qualidade combatente de uma maneira geral, dentro das formações, para se evitar a dependência constante do socorro fornecido pelas unidades de elite, estas de comprovada qualidade e experiência de combate, caso, por exemplo, da 103ª Brigada de Infantaria da Guarda Republicana, 4ª Divisão Mecanizada ou da Força Tigre. Um número maior de Carros de Combate T-90 seria desejável, bem como do reforço dos esquadrões de helicópteros de ataque. Entretanto, compreende-se, que o tesouro russo não é infinito, e que a guerra síria deverá ser ganha pelo seu povo, na forma do Exército Árabe Sírio, com o devido valor pago em sangue. Isto, aliás, explica o real motivo do exército turco em não entrar profundamente no território sírio: o terreno entrecortado, com a presença de vales e elevações favorece a um defensor determinado, caso do Exército Árabe Sírio, que agora se encontra bem dotado de armas ATGW… Ou seja, a possibilidade de imobilização e destruição de colunas blindadas é real, e isto seria uma humilhação desnecessária para aquele que é em números o maior exército da OTAN.