Veja a Argentina. Ficou décadas no fundo do poço, desindustrializou-se completamente, e mesmo assim ainda vai nos ultrapassar na área espacial. É muito fácil dizer "não adianta fazer nada". O dia que eu pensar assim, prefiro estar morto.LeandroGCard escreveu:O problema é que a recuperação da capacidade tecnológica/industrial é bem mais difícil e lenta que a da economia em geral. E a brasileira está sendo destroçada de uma forma que as pessoas não podem sequer começar a imaginar. São perdas de competências que não poderão ser repostas em menos de 15 ou 20 anos, e mesmo assim só se houvesse uma verdadeira reviravolta no nível de investimentos da indústria nacional, coisa que hoje não está nem no horizonte, muito pelo contrário.JT8D escreveu:Isso que você descreveu é o cenário lógico se a atual situação econômica/política perdurar. Mas essa situação não pode continuar indefinidamente, do contrário não apenas o submarino nuclear ficará inviabilizado, mas nossa sociedade entrará em colapso.
Previsões para o futuro são geralmente projeções lineares da situação presente. Mas a história não é linear, e da mesma forma como a estabilização da economia através do plano real foi um "salto" inesperado, algo novo pode (e precisa) acontecer. Se em 2018 não começarmos a mudar de rumo eu não quero mais viver nesse país.
Abs,
JT
Infelizmente esta é a realidade. Já voltamos à década de 1930 no que tange à industrialização do Brasil (10 anos atrás a previsão é que chegaríamos à década de 1940 quando estivéssemos em 2020, mas a realidade se mostrou muito pior do que as previsões), e a coisa continua piorando, cada vez mais rápido. Chegamos a um ponto que sem ajuda externa não podemos mais fazer nem uma pilha de lanterna competitiva. E a maioria esmagadora das pessoas (inclusive empresários e políticos) está perfeitamente confortável com isso, nossa sociedade voltou praticamente à mentalidade da época colonial, quando até pregos vinham de fora. Hoje o pessoal chega a ficar bravo se alguém fala em produzir qualquer coisa aqui, a moda agora é importar até palito de sorvete.
Submarino nuclear, esquece. O máximo que podemos torcer hoje é que ainda consigamos fazer um convencional após os Scorpène franceses. Mas até isso acho muito, muito difícil.
Leandro G. Card
Abs,
JT