TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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- Justin Case
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Amigos,
Provavelmente não fui claro no meu comentário anterior. É claro que a atividade de capacitação exige recursos.
Nós já conhecemos dois modelos:
1. Um deles foi o PIC (programa industrial complementar) do AMX. Nesse programa, toda a capacitação das empresas nacionais foi bancada com recursos governamentais. Pouquíssimas empresas corresponderam às expectativas. O maior fracasso ocorreu naquelas que estavam voltadas apenas para as atividades de defesa (não eram duais). Embraer aproveitou bem, e outras conseguiram seguir em frente aos trancos e barrancos, dando origem às herdeiras Mectron, AEL e GE-Celma.
2. O outro modelo foi o do offset. Nesse, as empresas beneficiárias investiram seus recursos (e não os do governo) na capacitação para receber tecnologia e capacidade de produção. AEL é o melhor exemplo, como resultado do offset dos programas ALX e F-5BR.
Um grande problema é que as empresas brasileiras não estão acostumadas ou não tem recursos próprios para investir no seu próprio desenvolvimento. Certamente preferem usufruir das benesses governamentais.
Quando os empresários investem seus resultados em desenvolvimento tecnológico, batalham bastante para recuperar esses investimentos e ter lucro. Se o investimento inicial veio de recursos públicos, não têm nada a perder (embora deixem de ganhar).
É muito mais barato investir um pouco em capacitação para receber a tecnologia que vem como obrigação de empresas estrangeiras do que ter que desenvolver sua própria tecnologia.
Ainda assim, é tão difícil ver empresas de defesa nacionais investindo na sua capacitação, que as empresas estrangeiras têm dificuldade de encontrar seus parceiros no Brasil, dispostos a gastar pelo menos um centavo. Por isso é comum vermos que as empresas estrangeiras acabam adquirindo empresas aqui, para poderem cumprir suas obrigações de offset. Mesmo que parte dos lucros sejam remetidos ao exterior, pelo menos temos conhecimento retido aqui, na cabeça dos engenheiros brasileiros, impostos pagos, vagas de emprego. É resultado muito melhor do que compra de prateleira, obtido por preço quase equivalente.
Almoço grátis não existe, eu concordo, mas não dá para resumir uma situação complexa como capacitação da indústria nacional nessa frase simples.
Abraços,
Justin
Provavelmente não fui claro no meu comentário anterior. É claro que a atividade de capacitação exige recursos.
Nós já conhecemos dois modelos:
1. Um deles foi o PIC (programa industrial complementar) do AMX. Nesse programa, toda a capacitação das empresas nacionais foi bancada com recursos governamentais. Pouquíssimas empresas corresponderam às expectativas. O maior fracasso ocorreu naquelas que estavam voltadas apenas para as atividades de defesa (não eram duais). Embraer aproveitou bem, e outras conseguiram seguir em frente aos trancos e barrancos, dando origem às herdeiras Mectron, AEL e GE-Celma.
2. O outro modelo foi o do offset. Nesse, as empresas beneficiárias investiram seus recursos (e não os do governo) na capacitação para receber tecnologia e capacidade de produção. AEL é o melhor exemplo, como resultado do offset dos programas ALX e F-5BR.
Um grande problema é que as empresas brasileiras não estão acostumadas ou não tem recursos próprios para investir no seu próprio desenvolvimento. Certamente preferem usufruir das benesses governamentais.
Quando os empresários investem seus resultados em desenvolvimento tecnológico, batalham bastante para recuperar esses investimentos e ter lucro. Se o investimento inicial veio de recursos públicos, não têm nada a perder (embora deixem de ganhar).
É muito mais barato investir um pouco em capacitação para receber a tecnologia que vem como obrigação de empresas estrangeiras do que ter que desenvolver sua própria tecnologia.
Ainda assim, é tão difícil ver empresas de defesa nacionais investindo na sua capacitação, que as empresas estrangeiras têm dificuldade de encontrar seus parceiros no Brasil, dispostos a gastar pelo menos um centavo. Por isso é comum vermos que as empresas estrangeiras acabam adquirindo empresas aqui, para poderem cumprir suas obrigações de offset. Mesmo que parte dos lucros sejam remetidos ao exterior, pelo menos temos conhecimento retido aqui, na cabeça dos engenheiros brasileiros, impostos pagos, vagas de emprego. É resultado muito melhor do que compra de prateleira, obtido por preço quase equivalente.
Almoço grátis não existe, eu concordo, mas não dá para resumir uma situação complexa como capacitação da indústria nacional nessa frase simples.
Abraços,
Justin
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Puro recalque do autor. Até hoje não consegue esconder a sua insatisfação pelo escolhido no FX-2 não ter sido uma aeronave russa. A birra é antiga...Ckrauslo escreveu:http://jornalggn.com.br/noticia/a-escol ... -historico
Não sei se já postaram, alguma coisa que ele disse é verdade?
Abraços,
Wesley
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Quanto a parte do preço quase equivalente eu discordo, claro, não temos a oferta com e sem offset para comparar, mas pelas várias negociações mundo a fora, esses offsets custam dezenas de milhões por unidade.Justin Case escreveu:É resultado muito melhor do que compra de prateleira, obtido por preço quase equivalente.
Se é melhor ou pior gastar mais com offsets depende, é claro, do que será feito deles...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Numa concorrência em que envolve uma NOVA aeronave a compra inicial é substancialmente mais onerosa do que as compras subsequentes, principalmente considerando os treinamentos de pilotos e base de manutenção, ferramentaria, simuladores, misseis e bombas, ToT, off-sets, novas integrações ... nova cadeia de fornecimento, criação de uma unidade de montagem, unidades industriais ... enfim ...Marechal-do-ar escreveu:Quanto a parte do preço quase equivalente eu discordo, claro, não temos a oferta com e sem offset para comparar, mas pelas várias negociações mundo a fora, esses offsets custam dezenas de milhões por unidade.Justin Case escreveu:É resultado muito melhor do que compra de prateleira, obtido por preço quase equivalente.
Se é melhor ou pior gastar mais com offsets depende, é claro, do que será feito deles...
Numa eventual segunda tranche todos esses custos já terão sido absorvidos, nossa linha de montagem, unidades industriais e cadeia de fornecimento PRONTAS, parte substancial do equipamento (40%) terão seus custos indexados ao REAL (R$) ... haverá um forte apelo, social inclusive, pela manutenção dessa base de produção e empregos, assim, apesar desse nosso desgoverno, ainda assim acredito que esse projeto vá além das 36 células ...
Dessa forma, mesmo que as aplicações dos offsets fossem exclusivamente militares, ainda assim, estaria valendo a pena ... mas sabemos da capacidade da Embraer de aproveitar muito bem os conhecimentos adquiridos na sua aviação civil.
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
PRA RIR UM POUCO ...
http://www.youtube.com/watch?v=GYU31gugMF4
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[] kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Quanto a um caça para a FAB, eu tenho a mesma opinião do Ozires Silva. O cara não deve saber nada, os Fan boy é que sabem.COBERTURA ESPECIAL - GRIPEN NG BRAZIL - AVIAÇÃO
24 de Fevereiro, 2016 - 09:15 ( Brasília )
EXCLUSIVO GRIPEN NG – Divergências nos acordos de Offset e Transferência de Tecnologia
Empresas brasileiras mostram-se surpresas com clausulas impostas pela SAAB para os acordos de OFFSET e Transferência de Tecnologia. O projeto Gripen NG tem prioridade absoluta pelo lado do Brasil, que inclusive completou o downpayment
Nelson During
Editor-chefe DefesaNet
A apresentação de resultados da SAAB, feita no dia 10 de Fevereiro, na Suécia, e a entrevista coletiva, realizada no dia 18 Fevereiro no Singapore AirShow, mostraram o avanço do Programa do Caça Gripen NG, modelos E (monoplace) e F (Biplace).
A empresa SAAB anunciou que o Roll Out, do modelo E, que a Suécia adquiriu 60 aeronaves e o Brasil 28 (das 36 unidades), será no dia 18 de MAIO, próximo.
A SAAB mostrou grande expectativa inclusive de que cumpra-se o projetado de futuras encomendas do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB), podendo alcançar mais de 100 aeronaves no total. A SAAB espera vender cerca de 300 aeronaves Gripen E/F no mercado internacional.
A Participação Brasileira
Como fatos relevantes foi mostrado, que 46 empregados da EMBRAER Defesa & Segurança e 2 da AEL Sistemas, estavam na Suécia desde Outubro 2015. O fato é real e esconde uma significativa divergência entre as Base Industria de defesa do Brasil e a SAAB.
Apresentação da SAAB na Conferência de Imprensa no
Singapore Air Show 18 Fevereiro 2016 - Arte SAAB
Para completar os acordos de contrapartidas comerciais (Offset) e Transferência de Tecnologia (ToT) no Programa Gripen NG BR, etapa importante do contrato as empresas brasileiras têm negociado com a SAAB.
Foi apresentado às empresas brasileiras participantes do Pograma Gripen NG um item formado por 3 letras. Trata-se do “UDA” ou “Unlimited Damage Agreement”. Significa que a empresa brasileira, que participa do Consórcio responderá por “TODOS” os custos, que possam ocorrer por responsabilidade do parceiro brasileiro, à SAAB.
Assim o potencial dano ocasionado, digamos por um trabalho defeituoso, atraso no embarque de peças, ou qualquer outro caso furtuito, pode gerar ônus, que seriam de difícil contabilização.
Só duas empresas brasileiras aceitaram os termos propostos. A EMBRAER Defesa & Segurança (EDS), que terá uma participação limitada, no seu ver, e julgou ser aceitável o risco. A segunda empresa a AEL Sistemas, responsável pelo desenvolvimento do “Wide Area Display” (WAD), tem um risco potencial enorme pelos desafios inerentes de trabalhar em um componente de nova tecnologia sensível no estado da arte.
Aqui, pesou o apoio da matriz, a israelense ELBIT, que considerou valer o risco de entrada neste futuro de aviônicos de formato largo (large display). Já tem um trabalho em andamento com a Boeing. Também a grande participação da empresa no mercado internacional a lhe capacita a discutir possíveis divergências, que possam ocorrer com a SAAB, em melhores condições, que as brasileiras a exceção da EMBRAER Defesa & Segurança.
Quando em visita à Suécia e à SAAB, em Outubro 2015, a Presidente Dilma afirmou: "Só comprar um avião não era o que nos interessava. Nos interessava comprar um avião e que a tecnologia fosse transferida".
Os Movimentos do Governo Brasileiro
A situação pegou o governo brasileiro totalmente desprevenido e o que tem causado muita estranheza em Brasília DF, tanto na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), responsável pelo lado da Força Aérea Brasileira para conduzir as negociações referentes ao Gripen NG BR, assim como no Palácio do Planalto.
Na apresentação de resultados a SAAB, no dia 10 de Fevereiro foi colocada a seguinte frase: “No início de 2016, a posição de liquidez está fortalecida pelo importante progresso alcançado nos projetos e pagamentos de parcelas.”
Não são nominados quais os projetos e quais parcelas foram pagas, mas DefesaNet obteve informações confidenciais referentes ao Brasil.
O que isto significa de fato? Pois, para surpresa de nossos leitores o Governo Brasileiro quitou o Dowpayment, com um pagamento de R$ 800 milhões, através da Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa, baseada em Londres, em Janeiro deste ano. O então Ministro Joaquim Levy tinha solicitado um parcelamento do Downpayment, realizando um pagamento inicial de R$ 200 milhões, ainda em 2015.
Sim, caros leitores, o Governo Brasileiro e a Força Aérea Brasileira estão adimplentes com o Programa Gripen NG BR. Isto moveu o eixo do jogo para o campo sueco, que foi pego de surpresa e tem mostrado uma certa intransigência em responder às demandas brasileiras.
Outras questões
Ao longo das discussões também estão surgindo divergências, que deverão ter um tratamento amplo, tanto pelo lado do Governo Brasileiro, Força Aérea Brasileira e a Base Industrial de Defesa do Brasil, assim como pelo lado da Suécia: governo e SAAB.
O governo sueco já movimentou-se ao alargar a janela de oportunidade para o KC-390 ser ofertado à Suécia. Deverá lançar uma licitação internacional para a estender a vida operacional até 2030, dos de seis dos seus Hércules C-130 (Tp84).
Em Junho de 2015, o então comandante de Força Aérea Sueca (Flygvapnet,) Major-General Micael Bydén, afirmou a DefesaNet que o KC-390 era o candidato preferencial para substituir os C-130, “caso fosse mantido o cronograma de desenvolvimento. (Ver Para a Força Aérea Sueca o KC-390 é preferencial se mantiver o cronograma de desenvolvimento Link)
Como o cronograma de desenvolvimento do KC-390 está sendo estendido, por 18 meses ou mais, a Flygvapnet alarga a janela de oportunidade.
Outros Impactos
A lâmina mais ambiciosa, referente aos acordo de OFFSET e Transferência de Tecnologia, apresentada pela SAAB, na conferência de Imprensa, no dia 18FEV2016, estão sofrendo um impacto significativo no cronograma de implantação pelas atuais divergências, assim como um atraso gerado pela própria companhia SAAB.
Em especial as obras relacionadas a São Bernardo do Campo, SP.
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... ecnologia/
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Só para constar, este tipo de cláusula "UDA" não é nada incomum entre empresas.
25 anos atrás eu trabalhei em uma empresa de motores Diesel que tentou assumir a produção dos motores da Caterpillar. Havia uma cláusula semelhante, os motores deram problema por causa de uma droga de parafuso e a empresa teve que pagar milhões em custos de manutenção de diversos equipamentos espalhados pelo mundo.
A empresa desistiu de fabricar os motores e "devolveu" a fábrica para a Caterpillar. O prejuízo não foi pequeno.
Leandro G. Card
25 anos atrás eu trabalhei em uma empresa de motores Diesel que tentou assumir a produção dos motores da Caterpillar. Havia uma cláusula semelhante, os motores deram problema por causa de uma droga de parafuso e a empresa teve que pagar milhões em custos de manutenção de diversos equipamentos espalhados pelo mundo.
A empresa desistiu de fabricar os motores e "devolveu" a fábrica para a Caterpillar. O prejuízo não foi pequeno.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
toncat escreveu:Quanto a um caça para a FAB, eu tenho a mesma opinião do Ozires Silva. O cara não deve saber nada, os Fan boy é que sabem.COBERTURA ESPECIAL - GRIPEN NG BRAZIL - AVIAÇÃO
24 de Fevereiro, 2016 - 09:15 ( Brasília )
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Empresas brasileiras mostram-se surpresas com clausulas impostas pela SAAB para os acordos de OFFSET e Transferência de Tecnologia. O projeto Gripen NG tem prioridade absoluta pelo lado do Brasil, que inclusive completou o downpayment
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A apresentação de resultados da SAAB, feita no dia 10 de Fevereiro, na Suécia, e a entrevista coletiva, realizada no dia 18 Fevereiro no Singapore AirShow, mostraram o avanço do Programa do Caça Gripen NG, modelos E (monoplace) e F (Biplace).
A empresa SAAB anunciou que o Roll Out, do modelo E, que a Suécia adquiriu 60 aeronaves e o Brasil 28 (das 36 unidades), será no dia 18 de MAIO, próximo.
A SAAB mostrou grande expectativa inclusive de que cumpra-se o projetado de futuras encomendas do Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB), podendo alcançar mais de 100 aeronaves no total. A SAAB espera vender cerca de 300 aeronaves Gripen E/F no mercado internacional.
A Participação Brasileira
Como fatos relevantes foi mostrado, que 46 empregados da EMBRAER Defesa & Segurança e 2 da AEL Sistemas, estavam na Suécia desde Outubro 2015. O fato é real e esconde uma significativa divergência entre as Base Industria de defesa do Brasil e a SAAB.
Apresentação da SAAB na Conferência de Imprensa no
Singapore Air Show 18 Fevereiro 2016 - Arte SAAB
Para completar os acordos de contrapartidas comerciais (Offset) e Transferência de Tecnologia (ToT) no Programa Gripen NG BR, etapa importante do contrato as empresas brasileiras têm negociado com a SAAB.
Foi apresentado às empresas brasileiras participantes do Pograma Gripen NG um item formado por 3 letras. Trata-se do “UDA” ou “Unlimited Damage Agreement”. Significa que a empresa brasileira, que participa do Consórcio responderá por “TODOS” os custos, que possam ocorrer por responsabilidade do parceiro brasileiro, à SAAB.
Assim o potencial dano ocasionado, digamos por um trabalho defeituoso, atraso no embarque de peças, ou qualquer outro caso furtuito, pode gerar ônus, que seriam de difícil contabilização.
Só duas empresas brasileiras aceitaram os termos propostos. A EMBRAER Defesa & Segurança (EDS), que terá uma participação limitada, no seu ver, e julgou ser aceitável o risco. A segunda empresa a AEL Sistemas, responsável pelo desenvolvimento do “Wide Area Display” (WAD), tem um risco potencial enorme pelos desafios inerentes de trabalhar em um componente de nova tecnologia sensível no estado da arte.
Aqui, pesou o apoio da matriz, a israelense ELBIT, que considerou valer o risco de entrada neste futuro de aviônicos de formato largo (large display). Já tem um trabalho em andamento com a Boeing. Também a grande participação da empresa no mercado internacional a lhe capacita a discutir possíveis divergências, que possam ocorrer com a SAAB, em melhores condições, que as brasileiras a exceção da EMBRAER Defesa & Segurança.
Quando em visita à Suécia e à SAAB, em Outubro 2015, a Presidente Dilma afirmou: "Só comprar um avião não era o que nos interessava. Nos interessava comprar um avião e que a tecnologia fosse transferida".
Os Movimentos do Governo Brasileiro
A situação pegou o governo brasileiro totalmente desprevenido e o que tem causado muita estranheza em Brasília DF, tanto na Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), responsável pelo lado da Força Aérea Brasileira para conduzir as negociações referentes ao Gripen NG BR, assim como no Palácio do Planalto.
Na apresentação de resultados a SAAB, no dia 10 de Fevereiro foi colocada a seguinte frase: “No início de 2016, a posição de liquidez está fortalecida pelo importante progresso alcançado nos projetos e pagamentos de parcelas.”
Não são nominados quais os projetos e quais parcelas foram pagas, mas DefesaNet obteve informações confidenciais referentes ao Brasil.
O que isto significa de fato? Pois, para surpresa de nossos leitores o Governo Brasileiro quitou o Dowpayment, com um pagamento de R$ 800 milhões, através da Comissão Aeronáutica Brasileira na Europa, baseada em Londres, em Janeiro deste ano. O então Ministro Joaquim Levy tinha solicitado um parcelamento do Downpayment, realizando um pagamento inicial de R$ 200 milhões, ainda em 2015.
Sim, caros leitores, o Governo Brasileiro e a Força Aérea Brasileira estão adimplentes com o Programa Gripen NG BR. Isto moveu o eixo do jogo para o campo sueco, que foi pego de surpresa e tem mostrado uma certa intransigência em responder às demandas brasileiras.
Outras questões
Ao longo das discussões também estão surgindo divergências, que deverão ter um tratamento amplo, tanto pelo lado do Governo Brasileiro, Força Aérea Brasileira e a Base Industrial de Defesa do Brasil, assim como pelo lado da Suécia: governo e SAAB.
O governo sueco já movimentou-se ao alargar a janela de oportunidade para o KC-390 ser ofertado à Suécia. Deverá lançar uma licitação internacional para a estender a vida operacional até 2030, dos de seis dos seus Hércules C-130 (Tp84).
Em Junho de 2015, o então comandante de Força Aérea Sueca (Flygvapnet,) Major-General Micael Bydén, afirmou a DefesaNet que o KC-390 era o candidato preferencial para substituir os C-130, “caso fosse mantido o cronograma de desenvolvimento. (Ver Para a Força Aérea Sueca o KC-390 é preferencial se mantiver o cronograma de desenvolvimento Link)
Como o cronograma de desenvolvimento do KC-390 está sendo estendido, por 18 meses ou mais, a Flygvapnet alarga a janela de oportunidade.
Outros Impactos
A lâmina mais ambiciosa, referente aos acordo de OFFSET e Transferência de Tecnologia, apresentada pela SAAB, na conferência de Imprensa, no dia 18FEV2016, estão sofrendo um impacto significativo no cronograma de implantação pelas atuais divergências, assim como um atraso gerado pela própria companhia SAAB.
Em especial as obras relacionadas a São Bernardo do Campo, SP.
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... ecnologia/
http://moraisvinna.blogspot.com.br/2009 ... a-diz.htmlSegundo Silva, se não fosse a competência técnica da empresa, a FAB não entregaria a ela o projeto do cargueiro KC-390, o maior e mais pesado avião já feito pela companhia. "Assim como fez com o KC-390, a FAB deveria discutir o projeto do novo caça com a Embraer e comprar dela o novo avião. O que a empresa não souber fazer, ela pode desenvolver em parceria, garantindo o domínio do projeto em suas mãos."
A outra hipótese defendida por Silva, mas que ele apresenta como segunda opção, é que a FAB escolha um dos três caças que estão sendo oferecidos pelos competidores do FX-2 (Boeing, Dassault e Gripen) e coloque a Embraer como contratante principal. "A compra do Xavante na década de 70 foi feita dessa forma e, graças a este sistema, a Embraer conseguiu arrancar todas as tecnologias que precisava dos italianos para desenvolver a linha de produção do Bandeirante, que começava a ser fabricado", explica o ex-executivo da empresa brasileira.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Concordo com o Ozires Silva que se a Embraer quisesse desenvolver um caça equivalente ao um F-16 ou um Gripen-NG ela poderia fazê-lo (ou seja, um caça leve de quarta geração). O que ela ainda não conhece poderia contratar no mercado.
Mas o projeto levaria uns 15 anos, custaria algumas dezenas de bilhões e teria um nível de risco elevado, podendo no final levar a um avião abaixo do ideal. E tudo isso por 36 ou no máximo 72 unidades no horizonte previsível, com pouquíssimas chances de vendas externas.
Valeria à pena?
Leandro G. Card
Mas o projeto levaria uns 15 anos, custaria algumas dezenas de bilhões e teria um nível de risco elevado, podendo no final levar a um avião abaixo do ideal. E tudo isso por 36 ou no máximo 72 unidades no horizonte previsível, com pouquíssimas chances de vendas externas.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Isso no 1o modelo.LeandroGCard escreveu:Concordo com o Ozires Silva que se a Embraer quisesse desenvolver um caça equivalente ao um F-16 ou um Gripen-NG ela poderia fazê-lo (ou seja, um caça leve de quarta geração). O que ela ainda não conhece poderia contratar no mercado.
Mas o projeto levaria uns 15 anos, custaria algumas dezenas de bilhões e teria um nível de risco elevado, podendo no final levar a um avião abaixo do ideal. E tudo isso por 36 ou no máximo 72 unidades no horizonte previsível, com pouquíssimas chances de vendas externas.
Valeria à pena?
Leandro G. Card
No 2o modelo, o contrato do GF seria com a Embraer e ela é que se entenderia contratualmente com o fornecedor externo (Saab, Boeing ou Dassault).
Possivelmente o projeto ficaria mais caro nos 2 casos. Mais ainda no 1o.
[]s
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sera que essas divergencias vão atrasar a entrega dos avioões grinpen NG da FAB???
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Lá vem a Suíça de novo (Em Alemão - Google Tradution) :
Os VBS iniciar os trabalhos preparatórios para a avaliação de um novo caça
2016/02/24
O Conselho Federal foi informado na sua reunião de quarta-feira, fevereiro 24, 2016 por Defesa Guy Parmelin de preparações planeadas para a avaliação de um novo caça: Na primavera de 2017 para responder a perguntas sobre os requisitos, procedimentos e aspectos industriais em um relatório, um grupo de peritos interno. Um grupo externo para acompanhar este trabalho.
2017 será submetido a um crédito para o planejamento, testes e preparação de contratos (PEB de crédito) para a aquisição de um novo caça ao Parlamento. O Departamento Federal de Defesa, Proteção Civil e Esporte (VBS) começa na Primavera de 2016 com o trabalho preparatório.
Grupo de Peritos elaborou relatório básico
O secretário de Defesa irá estabelecer um grupo de peritos com representantes dos departamentos relevantes do Exército, armasuisse ea Secretaria VBS. Os especialistas vão responder-lhe-se na primavera de 2017, a perguntas básicas sobre requisitos, procedimentos e aspectos industriais em um relatório e também abordar o futuro das plataformas em serviço F / A-18 e F-5 caças. O grupo de peritos, sob a liderança do Chefe do Estado Maior do Exército e sob a supervisão do chefe do Exército e chefe do armamento.
Grupo Consultivo, com a perspectiva externa
O VBS também vai usar um grupo de apoio na primavera 2016 Neste representada nos partidos do governo pode delegar um membro cada. Além disso, representantes da VBS e outros departamentos, bem como a indústria e Associação dos Oficiais suíços de ter um assento. O grupo consultivo vai acompanhar o trabalho do grupo de peritos, discutir aspectos básicos da aquisição e substituí-los com o grupo de peritos. No entanto, não é o seu papel para aprovar ou rejeitar o relatório do grupo de peritos.
F-5 Tiger e F / A-18 Replacement
A aquisição de 22 aeronaves do tipo Gripen E para substituir a frota de Tiger foi rejeitado em maio de 2014. pelas pessoas. Esta decisão no entanto não foi alterado com a necessidade de uma substituição de mais de 30 anos 54 M-5 Tiger. De atualmente 54 jatos atualmente mais de 30 operacional. Será agora acrescentou que a substituição do 31 F / A-18 precisa ser tratada. Estes são tecnicamente no nível, mas são 2025 para o fim do seu período de utilização autorizado. Se sua vida útil será estendido por 5 anos, que a metade de um bilhão de francos para investir em jatos.
O pedido de crédito PEB-2017 é o início formal do projeto para a aquisição de um novo caça. De acordo com o planejamento atual é a de 2020, a queda tipo de decisão, solicitada em 2022 o crédito de compra no Parlamento e a partir de 2025 a nova aeronave são entregues.
Endereço para informações:
Karin Suini
porta-voz da VBS
058 464 50 86
http://www.vbs.admin.ch/internet/vbs/de ... 6.nsb.html
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Seria dinheiro gasto em pesquisa e desenvolvimento. Considero que valeria a pena pelo retorno tecnológico. Mas claro que para isso a Embraer deveria ter começado a desenvolver um caça no inicio dos anos 2000.LeandroGCard escreveu:Concordo com o Ozires Silva que se a Embraer quisesse desenvolver um caça equivalente ao um F-16 ou um Gripen-NG ela poderia fazê-lo (ou seja, um caça leve de quarta geração). O que ela ainda não conhece poderia contratar no mercado.
Mas o projeto levaria uns 15 anos, custaria algumas dezenas de bilhões e teria um nível de risco elevado, podendo no final levar a um avião abaixo do ideal. E tudo isso por 36 ou no máximo 72 unidades no horizonte previsível, com pouquíssimas chances de vendas externas.
Valeria à pena?
Leandro G. Card
Quanto a quantidade, 36 realmente é pouco, mas sabemos que o projeto da FAB seria 108 caças. A Suécia também não tem muito Gripen C. (não achei o numero exato, tem q confirmar)
O risco não considero alto, apesar de existir. A Embraer esta desenvolvendo o KC-390 sem dificuldades por 4,9 bi reais, isso é muito pouco para uma aeronave desse porte.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
toncat escreveu:O risco não considero alto, apesar de existir. A Embraer esta desenvolvendo o KC-390 sem dificuldades por 4,9 bi reais, isso é muito pouco para uma aeronave desse porte.
Sem dificuldades? E os atrasos por falta de repasse do GF?
Muitos criticam a escolha do Gripen sob o argumento que a SAAB não é "dona" dos componetes contratados junto a outros fornecedores (motor, radar, etc.) No que um caça Made by EMBRAER seria diferente?
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Seria feito por uma empresa brasileira de confiança, e não suecos.