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Mensagem
por JL » Ter Jan 19, 2016 12:59 pm
Considerações.
Acompanho a Marinha brasileira desde da década de 70 e sempre teve os mesmos problemas com faltas de verba, sempre viveu este ciclo de almirantes realizarem planos audaciosos, visando tornar o Brasil uma potência naval e o governo vem corta a verba e tudo fica prejudicado. Portanto creio que de uma vez por todas esta no hora de por o pé no chão e nesta consideração vejo que uma futura escolta para a Marinha Brasileira, tem que ter deslocamento por volta de 3000 toneladas e propulsão diesel e também terá que abdicar dos avançados sistemas de defesa aérea de longo alcance, limitando se a defesa de ponto.
Simplesmente porque não existe dinheiro. E apesar de que a propulsão diesel somente permite atingir velocidades menores como 25 nós, ela compensa muito, mas muito em termos operacionais no que se refere a custo. Lembro que motivos que não cabe aqui, houve uma época em que houve um apagão nas turbinas a gás da Marinha Brasileira e que as corvetas e fragatas navegam quase sempre a diesel. Então é melhor um planta diesel potente do que o modelo atual misto. Além do mais o helicóptero embarcado compensa a falta de velocidade, quando o objetivo for perseguir um alvo menor é rápido.
Não existe recursos para sistemas avançados de defesa aérea, como o míssil Aster por exemplo, nem para os mastros com radares de varredura eletrônica, então o casco de 6000 toneladas, também se faz desnecessário e para o dinheiro que temos, um navio de menor porte esta de bom tamanho.
Creio que também que devido aos nosso sérios problemas econômicos e industriais, com estaleiros fechando, com Arsenal de Marinha sucateado etc. Temos que buscar parceria em um país estrangeiro, vejo na Ásia, seja na Coréia do Sul, ou mesmo na China a saída para o problema.
Em que pese as críticas, talvez a solução seja encomendar a produção de 04 barcos em um país asiático sob as nossas especificações, como forma de tampa o buraco que vai se formar. O custo talvez seja apenas um pouco superior ao que gastaríamos modernizando um navio antigo.
De resto, defendo o uso intenso de navios de patrulha oceânicos armados com canhão de 76 mm e que possam também serem armados com mísseis anti navio nacionais, MANPADS e despistadores CHAFF/FLARES, tudo nacional. Em que pese falarem que estes navios não servem para nada, são inferiores. Lembro que são melhores do que nada, melhores do que OPVs desarmados. E por último argumento, afirmo a indústria nacional precisa de encomendas para poder sobreviver. Encomendar 02 mísseis anti navio para cada patrulheiro, cria uma demanda que pode ajudar a fazer vingar a produção do míssil.
Os sistemas mais caros que mencionei acima podem ser modulares e somente instalados em tempos de crise, o que facilitaria os custos, pois podem ser mantidos em em terra em estado de conservação ideal e o treinamento ser feito somente por simulação.
Países com recursos menores tem visto esta opção, como a Colômbia, que inclusive mandou um dos navios de patrulha deles para combater a pirataria na Africa do outro lado do planeta. E tem planos para navios de patrulha com maiores capacidades. Nós mesmos temos usado o Amazonas para tarefas bem acima do que ele foi projetado.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.