Lord Nauta escreveu:A partir de 2022 a RN deverá desincorporar exemplares da Type 23. Acredito ser uma saída factível. Entretanto esta negociação já deveria estar em curso. Quatro navios em minha opinião seriam suficientes.
Esta é a
previsão da RN! Bastou chegar o Chile com grana na mão e levou três unidades para casa. E isso foi em 2005, quando os Europeus ainda amarravam cachorro com linguiça. Em tempos de crise, como agora, não duvido nem um pouco que vendessem uma meia dúzia delas. Apesar de só poderem levar um heli, notemos que pode ser até Merlin, o que talvez abrisse caminho para o 225 Naval, aumentando a capacidade de ataque com mísseis modernos (Exocet Mk III, p ex), não precisando o navio depender exclusivamente de mísseis que já nascerão obsoletos como MAN-1 (provavelmente um equivalente a um Exocet entre o Block I e II, ótimos...para o século passado); ademais, a capacidade ASW seria enorme, com aquele sonarzão rebocado (Type 2087), além de uma respeitável capacidade AAe (VL SeaWolf). Assim, apoiada a Type 23.
Lord Nauta escreveu:Estes se juntariam a Julio de Noronha modernizada, além da Barroso que deveria sofrer também um processo de modernização/extensão de vida útil. Também sou favorável a modernização da Inhaúma e da Jaceguay.
Por grandes problemas ligados diretamente ao projeto da Classe Inhaúma, especialmente suas péssimas qualidades marinheiras, preferiria desativar todas tão logo atingissem o final de sua vida operativa. Já a Barroso é um caso a pensar...
Lord Nauta escreveu:As type 23 permitiriam a baixa das fragatas atualmente em operação.
Mesmo na pindaíba, acho brabo os Ingleses venderem NOVE Type 23...
Lord Nauta escreveu:Paralelo a vinda das mesmas seriam construídas as CV 03, cujo programa deveria ser ampliado para seis unidades. Penso ser possível esta configuração para a MB em relação a navios escolta para a próxima década.
Sds
Lord Nauta
[justificar]Mestre, onde viste uma Escolta com velocidade de Patrulha? A estupenda La Fayette, precisamente por este problema, não pode exercer a mais nobre função de uma fragata em uma Marinha Nuclear, qual seja acompanhar o NAe Charles De Gaulle, tendo sido relegada a uma espécie de segunda linha. E, ao menos nominalmente,
ainda temos um NAe que, mesmo a vapor, deixa para trás navios de velocidade tão baixa...
SOBRE A OHP
Necessário se faz olhar com mais calma e menos preconceito. Li aqui críticas, que passo a responder:
Sistemas de Armas 1 - De fato, como estão são péssimos, um enorme, pesadíssimo e inútil lançador conteirável na proa e um canhãozinho a meia nau. Mas não precisa ser como está: a área onde se localiza o dito lançador é ampla e deve ser reforçadíssima para aguentar seu peso carregado e a abaixo, onde se faz as recargas, idem. Já temos uma Inhaúma descomissionada, e em sua proa um Vickers Mk-8, que caberia perfeitamente na área do lançador. À medida que saísse o resto das Inhaúmas e ao menos uma das Niterói (daquelas com duas peças) teríamos as torres necessárias para instalar em 06 OHP.
Sistemas de Armas 2 - Que eu saiba, a USCG está pegando todos os Mk-75 (Oto 76) das OHP para botar em seus próprios navios. Da mesma forma que o caso anterior, o que temos é uma área ampla (a peça tem giro de 360º) livre e bastante reforçada, afinal, é no topo do navio, e outra abaixo, onde fica o sistemas de recarga e munições extras, portanto, piso bastante reforçado também. É o ponto ideal para instalar lançadores verticais de SAM (a MB manifestou interesse no Sea Ceptor mas diria que, querendo - e tendo condiçõe$ - cabe até Aster). Seria a Escolta com melhor AAAe da Esquadra.
Sistemas de Armas 3 - Finalmente, o CIWS Phalanx, logo acima do hangar duplo. Com os mísseis citados, se torna desnecessário mas novamente vemos uma área alta e muito reforçada (o Phalanx mais leve pesa quase seis toneladas). Ali, apesar da posição algo inusitada, se poderia colocar o padrão de mísseis antinavio da MB, ou seja, dois para cada lado. Com lançadores carregados com mísseis reais, mal se alcançaria o peso do Phalanx, se tanto.
Notemos o perfil de uma unidade real, já sem o lançador de proa, e tentemos visualizar o que falei acima (como sempre, usei Thumbnail para a img não ficar grande demais e deformar a página):[/justificar]
![http://i908.photobucket.com/albums/ac282/tulioricard0/USS_Rodney_M._Davis_FFG_60_Full.jpg](http://i908.photobucket.com/albums/ac282/tulioricard0/USS_Rodney_M._Davis_FFG_60_Full.jpg)
[justificar]Por fim, algumas considerações:
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Há bem mais de seis OHP disponíveis para FMS. As indisponíveis devem provavelmente estar em tão mau estado que só servem para desmanche mesmo, penso eu. E, do jeito certo, creio que usaríamos o FMS não para
COMPRAR os navios mas para um contrato com estaleiro dos EUA (os daqui estão de pernas pro ar mesmo) para restaurá-los suficientemente bem para uma vida operativa até o fim da próxima década. Isto incluiria cablagem, tubulações, tanques, casco, propulsão, o que precisasse reformar. E um estaleiro dos EUA acabaria dando um jeito de ter acesso às sucatas de OHP existentes, podendo arrebanhar peças e partes ainda úteis...
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A instalação do armamento e novos sensores (além de chaffs/flares que já fazemos aqui e o SICONTA) seria no AMRJ (se ainda não desmoronou); alternativamente, como não temos nem fazemos Sea Ceptor/Aster e sensores (radar 3D, radares de guiagem, etc), estes poderiam ser instalados lá também. Não acredito que não exista no Brasil todo algum lugar capaz de instalar direito lançador de chaff/flare, canhão de proa e os lançadores dos MAN-1.
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Como resultado, teríamos uma dúzia de escoltas bastante modernas para o nosso TOAS (talvez salvando ainda pelo menos as quatro Niterói ASW, mediante um caprichado PMG e nova modernização). Num
best case scenario seriam
DEZESSEIS Escoltas modernas de águas azuis (para o nosso TO, reitero) e ainda a Barroso de "quebra-galho", coisa que não temos faz décadas e que, até onde posso ver, vamos passar várias outras sem ter.
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A capacidade de helicópteros também aumentaria dramaticamente: no caso citado no parágrafo anterior, todos os Seahawks e Super Lynx embarcariam hangarados nas OHP e Niterói e possivelmente mais meia dúzia de 225 nas Type 23. Seria uma Armada um bocado respeitável, mesmo sem NAe operacional.
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Custo - comparando com o que foi gasto no reparo da Stark e da Simpson (quase destruídas em combate) e considerando que os Ingleses podiam "salgar" um pouco o preço das Type 23, ainda assim chuto que não chegaria a uns USD 2 bi. Muito menos que outros programas se arrastando por aí e com maior potencial. Lembrar o título do tópico:
APAGÃO DE ESCOLTAS! Está logo ali (junto com o
APAGÃO DE CAÇAS!), na virada da década.
COMENTÁRIO FINAL: o acima postado foi o melhor que pude imaginar, tendo em mente a eterna penúria das FFAA. A alternativa? Gastar mais ou menos o mesmo que o proposto para desenvolver e fazer cascos furtivos para NaPaOcs fingindo ser Escoltas, depois importar praticamente todo o conteúdo. E tudo isso para
encalhar na falta de um estaleiro digno do nome (pois é, vai ter que investir mais para fazer um decente também). E por favor, me permitam chamar o Patrulha metido a Corveta de CV-03, pois me recuso a conspurcar ainda mais o nome do Velho Marinheiro atribuindo-o a navios tão muquiranas, já basta terem podado o primeiro parágrafo de seu Testamento...[/justificar]