Thor,Thor escreveu:Olá CB, resgatei esse post umas 2 páginas atrás (não consigo acompanhar o ritmo deste tópicoCarlos Lima escreveu: Mas é aí que rola o desafio,
Vamos pinçar um ítem de uma opinião e fazer isso o símbolo do problema ou solução do projeto.
A realidade é que como nem o Rafale e nem o SHornet venceram, ninguém vai poder dizer necessariamente que essas empresas não iriam transferir o que era pedido.
Hoje, "Militarmente" falando tanto o Rafale quanto o SHornet estariam voando com o cocar da FAB, pilotos, técnicos, etc estariam treinando/operando equipamento que no momento só devem ao Raptor e ao F-35, estão no mesmo patamar do Su-35 (ou algo parecido) e coisas tipo AMRAAM já seriam parte da nossa realidade. Um montão de fornecedores no Brasil, (hoje) em 2015 estariam sendo treinados e qualificados com um zilhão de equipamentos acompanhando esse tipo tecnologia, e benefícios e malefícios, promessas cumpridas e não cumpridas poderiam ser debatidas, compatíveis com a época aonde a 4 geração e o F-5 e todo o cambalacho ao redor dele poderia ser coisa do passado...
Por exemplo, caso no SHornet se a Embraer não tivesse recebido nada com relação as "leis de controle de vôo" (do que ele está falando exatamente???), existem mil e uma outras partes que a Embraer estaria feliz da vida em receber ajuda tecnológica ou comercial.
Ou vão me dizer que todas as negociações com a SAAB são na base do tapinhas das costas e todo mundo saí sempre concordando com tudo?![]()
[]s
CB_Lima).
Talvez não esteja sintonizado com o que vinha pensando antes de escrever esse post, mas acho pouco provável que se fosse o F-18 ou Rafale já estaríamos com aeronaves voando com o cocar da FAB. O Lula postergou o F-X em seu governo, como já fizera anteriormente, deixando a decisão para o próximo presidente.
A Dilma, ainda em 2012, bem antes do Snowden, já havia decidido que o F-X seria atrasado mais uma vez. Friso novamente que isso tudo independe do São Snowden.
A decisão, de fato, ocorreu somente no final de 2013, independente de qual modelo seria o escolhido pelo GF.
O contrato de aquisição só foi assinado 1 ano depois, após intensas negociações entre todos os envolvidos. Isso levaria o mesmo tempo, na melhor das hipóteses, independentemente de quem fosse o vencedor. Lembro que a proposta do Gripen foi a que mais satisfez ToT desejadas pelas indústrias de defesa brasileiras, a que teria maior geração de empregos, a que já estava mais adiantada em termos de acordos entre empresas, a que teve maior royalties em cada aeronave produzida, etc.
O contrato de financiamento se deu quase um ano após o contrato de aquisição (ago/2015). Se fosse com as demais empresas seria, no mínimo, o mesmo tempo. Sem esse contrato, não há eficácia da aquisição, e tudo fica parado. Cabe, mais uma vez, ressaltar que o financiamento proposto para o Gripen foi infinitamente melhor que todas as demais propostas, com pagamento começando tardiamente e prazo mais dilatado, sem falar no valor muito mais baixo que as demais propostas. E mesmo assim, quase melou na véspera da assinatura. Não sei se a postura dos governos/entidades financiadoras dos EUA e França fariam o mesmo que a Suécia fez, de acatar "chorada" do GF após quase dois anos de conversações e negociações, e na hora H, nós não honrarmos o que já havia sido discutido. Talvez, devido a explosão da crise financeira que estamos atravessando, aí que não teríamos mesmo nenhuma aeronave com cocar da FAB.
Trabalhar com hipóteses e premissas falsas, inexequíveis, podem levar a achar que a situação seria muito diferente se fosse outra aeronave escolhida. Senão, poderíamos supor que fosse injetado US$ 6 bi em 2009 no projeto Gripen NG, hoje, talvez teríamos aeronaves já cumprindo planos de certificação no Brasil.![]()
E o aprendizado com Plano de Certificação e modificações e estudos de engenharia nesta fase trazem verdadeiros ganhos para o país desenvolvedor/certificador. Sabemos que o Gripen era a única proposta em que a Certificação será Made in Brazil.![]()
Abraços
Favor me corrigir se eu estiver errado, mas é preciso acrescentar ainda o fato de as aeronaves brasileiras serem versões BR, ou seja, com modificações que demandariam novos testes e ensaios. Somando tudo isso, estaríamos postergando mais ainda o prazo de entrega.
Abraços,
Wesley