Marechal-do-ar escreveu:kirk escreveu:Muito pouco importa se a empresa é estatal ou privada nessa questão do GF agracia-las com financiamentos e ToTs, pois, é estratégico para o GF beneficiar empresas nacionais como a Embraer, tais ações não beneficiam somente aos acionistas da Empresa, que no caso da Embraer é de maioria composta por brasileiros mas beneficiam o País como um todo ... através de divisas de exportações, criações de milhares de empregos, beneficiando toda uma cadeia de fornecedores e de logística e criando ambiente para P&D dentro do País que trarão benefícios a incontáveis outros setores, formando uma enorme cadeia de beneficiados dentro do próprio Pais.
Pelo custo, o número de empregos e beneficiados é pequeno.
Na sua opinião o que seria melhor então ? ... enfiar US$ 3 bilhões (valor que sugeriu para o Gripen sem ToT) criando empregos exclusivamente na suécia e outros fornecedores, onde seriamos 100% dependentes de toda a manutenção (aqui o valor de US$ 3 Bi acaba de subir), onde a FAB teria que comer a comida que lhe dessem, sem poder opinar, muito menos atribuir requisitos e SE quiser de alguma forma integrar algum armamento de sua escolha tem que pagar os olhos da cara (novo aumento de valor nos US$ 3 bi) e contar com a muito boa vontade do fornecedor para fazê-lo no tempo dele ... sem que nenhum brasileiro participasse absolutamente de nada nesse projeto e a industria nacional não obtivesse nenhum benefício e que não se criasse um único emprego aqui ... e daqui 15/20 anos quando se planejar substituir as aeronaves de caça comecemos outro concurso internacional passando o pires para ver quem naquele cenário político futuro pudesse nos fornecer o melhor equipamento ???? ... isso seria melhor ???
Ou é capaz de entender que o custo adicional de ToT é um INVESTIMENTO com grande retorno para a nossa indústria e para o desenvolvimento de produtos para "N" setores com possibilidades CONCRETAS de exportações ... cito aqui como exemplo já consolidado a fábrica SBTA que fornecerá 80% da fuselagem do Gripen para o Brasil e para a Suécia e para quantos países forem exportados o Gripen NG ... hoje com possibilidades na Finlândia e até mesmo na Índia.
Claro que cada um tem sua opinião, porém me parece óbvio qual a melhor alternativa !
Marechal-do-ar escreveu:kirk escreveu:Precisamos aprender a pensar como capitalistas e colocar de lado nossa tendência de CRER que empresas nacionais são somente as estatais, como se fosse função do GF fabricar aviões de combate, por exemplo.
O pensamento capitalista diz que devemos mandar essas empresas para aqueles lugar e elas que se virem!
Capitalista de onde ... essa é uma visão marxista, errônea e romântica ... como se houvesse um lado "bonzinho" e o outro "malvadão" ... isso simplesmente não existe.
Todo capitalista sabe que as empresas de alta tecnologia são fonte de grande ganho e benefícios para toda a população, não interessa a nenhum capitalista que haja desemprego ou sub-emprego isso não é bom pra ninguém ... o governo capitalista socorre seu sistema financeiro, como fez os EEUUs recentemente (2008), protege os interesses de sua indústria e seu parque industrial beneficiando assim toda sua população ... quem vive atacando empresários, que fornecem empregos e movimentam toda economia são os próprios marxistas com sua visão caolha e miope que sem exceção leva suas populações à miséria e a extrema pobreza ... criando "salvadores" como Chaves, Fidel e "N" outros idiotas ...
Todo País capitalista de VERDADE protege sua indústria, cria benefícios para que elas exportem e inclusive as apoiam em suas concorrências internacionais wikileaks taí pra todo mundo ler ...
Marechal-do-ar escreveu:kirk escreveu:Gigantes do setor como a Lookheed Martin, Boeing, Northrop, Dassault, BAe System, a própria Saab são constantemente apoiadas por seus governos, embora sejam empresas privadas, seus governos adquirem quantidades razoáveis de seus produtos mantendo-as vivas, aplicando substanciais valores em P&D porque sabem que isso traz benefícios para toda sua sociedade ... com milhares de empregos bem remunerados ... movimentando toda a cadeia econômica das regiões que atuam ...
Existem diferenças;
1) Não sei o valor ao certo, mas uma parte significativa da Dassault e da Saab são estatais, não faça ideia quanto a BAe;
2) O governo
contrata essas empresas para pesquisa ao invés de
dar benefícios, existe um abismo de diferença;
3) São empresas
nativas, o FX beneficiaria estrangeiros (SAAB, Dassault ou Boeing) e multinacionais (AEL), uma pequena parcela de nacionais (Embraer).
1) Todos os Governos exercem influência em suas empresas de tecnologia, inclusive todas estão sob controle de exportações e cada governo regimenta uma norma em que a palavra final é sua para aprovar ou declinar tal exportação TODAS as americanas estão sujeitas ao ITAR ... não podem decidir por si mesmas exportar ou não. E isso não tem nada haver com ser ou não ESTATAL no caso da Dassault o Gvt Francês não tem ações ordinárias apenas ações preferenciais, significa que não opina no conselho administrativo da empresa. No Brasil o Governo chama essa "influência" de Golden Share junto à Embraer.
2) O Governo brasileiro CONTRATOU a Embraer para desenvolver o ST, o E/R-99 (Sivan), CONTRATOU para desenvolver o KC-390 e finalmente CONTRATOU para participar do Gripen NG, no caso do ST e aeronaves EW já foram exportados para inúmeros Países trazendo divisas ao País e royalties à FAB ... KC-390 e Gripen NG seguem a mesma lógica.
3) A grande maioria de empresas beneficiárias do projeto FX-2 são genuinamente BRASILEIRAS em quase sua totalidade são
certificadas como empresas estratégicas, gozam de benefícios fiscais e tributários e para se enquadrar nessa certificação pelo menos 60% de seu capital é BRASILEIRO (não como a helibrás por exemplo que é 89% Francês) .;.. incluso como Empresa Estratégica está o SBTA com 60% da Imbra e 40% da Saab ... que tenho conhecimento somente a AEL não tem esse perfil das empresas beneficiadas no FX-2.
Marechal-do-ar escreveu:knigh7 escreveu:As empresas no Brasil estão sendo beneficiadas via offset, e não pago por nós. Senão, não é offset.
Claro que é pago por nós, uma compra de prateleira seria mais barata, digamos, os Gripens custassem uns 3 Bi se fossem de prateleira, 4,5 bi com todos os ToTs e offsets inclusos, nós pagamos esses 1,5 bi, claro, os offset são valores maiores, mas offsets são investimentos, investimentos, por si, tem um retorno, o que os suecos investirem aqui eles vão tirar mais, talvez, investir aqui não seja o melhor negócio do mundo, se fosse, eles teriam investido antes do FX existir, mas como o FX obrigava os offsets eles investem em um negócio que não é tão bom assim, favorecem uma empresa privada, e cobram a diferença no contrato pago pelo governo.
Errado colega, o valor do contrato (US$ 4,5 bi) serão pagos pelas 36 aeronaves, armas, simuladores, treinamento, enfim tudo ... dentro dos mesmos 4,5 bi serão pagos a SBTA, Embraer, Mectron, AEL, Akaer e Atech pelos serviços e componentes fabricados aqui.
Off-Set vai além disso ... são outros tantos (US$ 9,1 bilhões) que serão aplicados no Brasil, através de "N" contratos que
poderão envolver por exemplo compra do KC-390 e ST, ToT, etc ...