TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77881 Mensagem por kirk » Ter Dez 22, 2015 8:57 pm

Carlos Lima escreveu:
Marechal-do-ar escreveu:Túlio, até entendo a defesa do "empurrão inicial" através de programas de governo, entramos no AMX, a Embraer aprendeu muito, foi vendida, e hoje é a terceira maior fabricante de aviões do mundo com jatos modernos e competitivos, o marco final do sucesso é andar com suas próprias pernas, não? Por que ainda precisam de ToTs financiadas pelo governo?

As outras empresas beneficiadas são ou serão multinacionais, não faz sentido nenhum o governo brasileiro financiar ToTs para empresas multinacionais, até para nacionais privadas é questionável, mas quando o dono é de fora... Lembrando que na época do AMX a Embraer era estatal.

E por fim, comprar as plantas e direitos de produção do Gripen ainda faria sentido se fosse em grande quantidade, mas se ficar nos 36 (e provavelmente vai), ai é difícil de justificar, mesmo que na próxima década mudem de idéia ainda ficaria difícil de justificar porque estaríamos fabricando aeronaves de 4G em 2030.

Enfim, o FX demorou demais.
Bem por aí mesmo.

[]s
CB_Lima
Se me permitem, vou discordar novamente !

Muito pouco importa se a empresa é estatal ou privada nessa questão do GF agracia-las com financiamentos e ToTs, pois, é estratégico para o GF beneficiar empresas nacionais como a Embraer, tais ações não beneficiam somente aos acionistas da Empresa, que no caso da Embraer é de maioria composta por brasileiros mas beneficiam o País como um todo ... através de divisas de exportações, criações de milhares de empregos, beneficiando toda uma cadeia de fornecedores e de logística e criando ambiente para P&D dentro do País que trarão benefícios a incontáveis outros setores, formando uma enorme cadeia de beneficiados dentro do próprio Pais.

Ademais, parte substancial dos valores do contrato do FX-2, menciona-se 40%, serão injetados na própria economia brasileira, ou seja, são valores que retornarão ao Brasil pagando trabalhadores brasileiros, empresas nacionais ...

Veja o absurdo de se questionar essa ToT para empresas privadas !

Precisamos aprender a pensar como capitalistas e colocar de lado nossa tendência de CRER que empresas nacionais são somente as estatais, como se fosse função do GF fabricar aviões de combate, por exemplo.

Gigantes do setor como a Lookheed Martin, Boeing, Northrop, Dassault, BAe System, a própria Saab são constantemente apoiadas por seus governos, embora sejam empresas privadas, seus governos adquirem quantidades razoáveis de seus produtos mantendo-as vivas, aplicando substanciais valores em P&D porque sabem que isso traz benefícios para toda sua sociedade ... com milhares de empregos bem remunerados ... movimentando toda a cadeia econômica das regiões que atuam ...

Os amigos querem o que ??? ... que o GF consiga fechar um contrato altamente vantajoso, como ToTs sem custos adicionais substanciais e façam o que ??? ... guardam no DCTA até que o GF crie uma empresa estatal que possa absorver tais tecnologias ... daqui 30/40 anos ???

Sinceramente não entendo o pensamento de vocês ! :roll:




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77882 Mensagem por knigh7 » Ter Dez 22, 2015 9:05 pm

Marechal-do-ar escreveu:Túlio, até entendo a defesa do "empurrão inicial" através de programas de governo, entramos no AMX, a Embraer aprendeu muito, foi vendida, e hoje é a terceira maior fabricante de aviões do mundo com jatos modernos e competitivos, o marco final do sucesso é andar com suas próprias pernas, não? Por que ainda precisam de ToTs financiadas pelo governo?

As outras empresas beneficiadas são ou serão multinacionais, não faz sentido nenhum o governo brasileiro financiar ToTs para empresas multinacionais, até para nacionais privadas é questionável, mas quando o dono é de fora... Lembrando que na época do AMX a Embraer era estatal.

E por fim, comprar as plantas e direitos de produção do Gripen ainda faria sentido se fosse em grande quantidade, mas se ficar nos 36 (e provavelmente vai), ai é difícil de justificar, mesmo que na próxima década mudem de idéia ainda ficaria difícil de justificar porque estaríamos fabricando aeronaves de 4G em 2030.

Enfim, o FX demorou demais.
Olá, Marechal.

As empresas no Brasil estão sendo beneficiadas via offset, e não pago por nós. Senão, não é offset.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77883 Mensagem por knigh7 » Ter Dez 22, 2015 9:15 pm

FCarvalho escreveu:Eu estou tentando novamente acompanhar este tópico, e como não tenho conhecimento de causa para argumentar sobre dados técnicos sobre este projeto, mas apenas intuir sobre esta ou aquela característica do mesmo, de forma global, acho que posso dizer que minha opinião coincide com a do Túlio.

O projeto do Gripen NG trará de fato muitas coisas boas à FAB, à industria e ao país. Mas não posso deixar e concordar também quando o Marechal diz que este projeto demorou demais. E eis aqui a questão fulcral que penso deixou mais a desejar em relação ao F-X2. É lamentável notar que um país com todas as potencialidades como o nosso deixe a mercê do tempo de da arbitrariedade uma decisão tão importante como a de um novo caça para a sua defesa aérea.

Mas como já foi dito centenas de vezes aqui, não temos e ainda demora muito para termos uma cultura de defesa que propicie aprendizados que nos façam evoluir a contento e regularmente de fato o modo como tomamos nossas decisões em defesa.

O Gripen NG foi um bom passo neste sentido. Tardio, pequeno e quase invisível do ponto de vista da política industrial brasileira, é verdade, principalmente frente a outras tantas prioridades determinadas pelo governo nesta seara. Mas foi dado um passo. E penso isso é o mais importante. Agora vamos acompanhar, avaliar e cobrar pelas promessas feitas. De ambas as partes.

Defesa ainda não é um assunto sério no Brasil. O Gripen E/F também não. Tanto que quase passamos o vexame de vê-lo defenestrado pela insensibilidade da equipe econômica. Mas vamos em frente. Dias melhores hão de vir. Tem de vir.

abs.
Olá, Carvalho.

Segundo o Comandante da Flygvapnet Michael Byden, o GripenNG está sendo projetado para enfrentar as ameaças russas futuras.
Outra questão é o entendimento insuficiente que considera as ToTs apenas como parte do desenvolvimento caça. Não é assim.

Vou colocar aqui no fórum algo que eu já havia mostrado, numa entrevista com um dos VP da Boeing (Bob Gower):

Alide: A Boeing se encontra disputando tenazmente a concorrência MMRCA na Índia. Como no Brasil, lá eles esperam uma proposta profunda de transferência de tecnologia, incluindo até a fabricação das aeronaves pela indústria local. Quais as semelhanças e diferenças entre os requerimentos de transferência de tecnologia da Índia e do Brasil?

BG: É verdade, ambos os países incluíram cláusulas de transferência de tecnologia nas suas concorrências, mas, os objetivos específicos aparentemente são bem distintos. Enquanto a Índia foca sua intenção na construção local dos aviões selecionados, o Brasil busca um conjunto estreito de tecnologias que avancem o potencial de sua indústria de uma forma mais ampla, bem além dos limites do programa F-X. O Brasil tem uma indústria bastante avançada e de competência reconhecida no mundo aeroespacial. Eu vejo o Brasil buscando estabelecer relações industriais internacionais de natureza mais igualitária (“peer-to-peer”) ao invés de se bastar com um formato mais simples, algo como “pai-filho”. Dentro do “Request for Information” havia um item que especificava cerca de 10 tecnologias-chaves que o Brasil deseja adquirir. Algumas destas teriam que ser absorvidas por órgãos de pesquisa do setor, como o CTA/ITA. Outras, naturalmente, seriam mais da alçada da Embraer, e outras, ainda, viriam a ser úteis para alguma das várias empresas médias de componentes para a indústria de defesa/aeroespacial que começam a se destacar no Brasil.

Eu acho inclusive que esta estratégia da FAB para obter novas tecnologias está, sem dúvida, sendo implementada de uma maneira particularmente inteligente. Parece que o objetivo deles é “aprender a pescar” e não apenas “obter os peixes”. A Força Aérea Brasileira está buscando maneiras de capacitar a indústria local para aprender a projetar e desenvolver suas próprias “caixas”. Um elemento importante é lembrarmos que a tecnologia avançada também tem seu “prazo de validade”. Se a indústria local não tiver como aproveitar essa tecnologia dentro de um prazo curto, o valor da transferência pode diminuir, ou mesmo, vir a desaparecer
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... wer-boeing




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77884 Mensagem por Mathias » Ter Dez 22, 2015 9:31 pm

Ah, a vitimização. Não dá para dizer que é novidade. Cupincha, se aceitas uma sugestão, podias ter usado carinhas:
Ué?
Mas quem primeiro se declarou o incompreendido e que por isso estava abandonando a brincadeira foi você, está escrito lá.
E sem carinhas!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77885 Mensagem por Túlio » Ter Dez 22, 2015 9:59 pm

Ata... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77886 Mensagem por Mathias » Ter Dez 22, 2015 10:04 pm

.




Editado pela última vez por Mathias em Qua Dez 23, 2015 2:28 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77887 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Dez 22, 2015 10:20 pm

kirk escreveu:Muito pouco importa se a empresa é estatal ou privada nessa questão do GF agracia-las com financiamentos e ToTs, pois, é estratégico para o GF beneficiar empresas nacionais como a Embraer, tais ações não beneficiam somente aos acionistas da Empresa, que no caso da Embraer é de maioria composta por brasileiros mas beneficiam o País como um todo ... através de divisas de exportações, criações de milhares de empregos, beneficiando toda uma cadeia de fornecedores e de logística e criando ambiente para P&D dentro do País que trarão benefícios a incontáveis outros setores, formando uma enorme cadeia de beneficiados dentro do próprio Pais.
Pelo custo, o número de empregos e beneficiados é pequeno.
kirk escreveu:Precisamos aprender a pensar como capitalistas e colocar de lado nossa tendência de CRER que empresas nacionais são somente as estatais, como se fosse função do GF fabricar aviões de combate, por exemplo.
O pensamento capitalista diz que devemos mandar essas empresas para aqueles lugar e elas que se virem!
kirk escreveu:Gigantes do setor como a Lookheed Martin, Boeing, Northrop, Dassault, BAe System, a própria Saab são constantemente apoiadas por seus governos, embora sejam empresas privadas, seus governos adquirem quantidades razoáveis de seus produtos mantendo-as vivas, aplicando substanciais valores em P&D porque sabem que isso traz benefícios para toda sua sociedade ... com milhares de empregos bem remunerados ... movimentando toda a cadeia econômica das regiões que atuam ...
Existem diferenças;
1) Não sei o valor ao certo, mas uma parte significativa da Dassault e da Saab são estatais, não faça ideia quanto a BAe;
2) O governo contrata essas empresas para pesquisa ao invés de dar benefícios, existe um abismo de diferença;
3) São empresas nativas, o FX beneficiaria estrangeiros (SAAB, Dassault ou Boeing) e multinacionais (AEL), uma pequena parcela de nacionais (Embraer).
knigh7 escreveu:As empresas no Brasil estão sendo beneficiadas via offset, e não pago por nós. Senão, não é offset.
Claro que é pago por nós, uma compra de prateleira seria mais barata, digamos, os Gripens custassem uns 3 Bi se fossem de prateleira, 4,5 bi com todos os ToTs e offsets inclusos, nós pagamos esses 1,5 bi, claro, os offset são valores maiores, mas offsets são investimentos, investimentos, por si, tem um retorno, o que os suecos investirem aqui eles vão tirar mais, talvez, investir aqui não seja o melhor negócio do mundo, se fosse, eles teriam investido antes do FX existir, mas como o FX obrigava os offsets eles investem em um negócio que não é tão bom assim, favorecem uma empresa privada, e cobram a diferença no contrato pago pelo governo.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77888 Mensagem por kirk » Ter Dez 22, 2015 11:24 pm

Marechal-do-ar escreveu:
kirk escreveu:Muito pouco importa se a empresa é estatal ou privada nessa questão do GF agracia-las com financiamentos e ToTs, pois, é estratégico para o GF beneficiar empresas nacionais como a Embraer, tais ações não beneficiam somente aos acionistas da Empresa, que no caso da Embraer é de maioria composta por brasileiros mas beneficiam o País como um todo ... através de divisas de exportações, criações de milhares de empregos, beneficiando toda uma cadeia de fornecedores e de logística e criando ambiente para P&D dentro do País que trarão benefícios a incontáveis outros setores, formando uma enorme cadeia de beneficiados dentro do próprio Pais.
Pelo custo, o número de empregos e beneficiados é pequeno.
Na sua opinião o que seria melhor então ? ... enfiar US$ 3 bilhões (valor que sugeriu para o Gripen sem ToT) criando empregos exclusivamente na suécia e outros fornecedores, onde seriamos 100% dependentes de toda a manutenção (aqui o valor de US$ 3 Bi acaba de subir), onde a FAB teria que comer a comida que lhe dessem, sem poder opinar, muito menos atribuir requisitos e SE quiser de alguma forma integrar algum armamento de sua escolha tem que pagar os olhos da cara (novo aumento de valor nos US$ 3 bi) e contar com a muito boa vontade do fornecedor para fazê-lo no tempo dele ... sem que nenhum brasileiro participasse absolutamente de nada nesse projeto e a industria nacional não obtivesse nenhum benefício e que não se criasse um único emprego aqui ... e daqui 15/20 anos quando se planejar substituir as aeronaves de caça comecemos outro concurso internacional passando o pires para ver quem naquele cenário político futuro pudesse nos fornecer o melhor equipamento ???? ... isso seria melhor ???

Ou é capaz de entender que o custo adicional de ToT é um INVESTIMENTO com grande retorno para a nossa indústria e para o desenvolvimento de produtos para "N" setores com possibilidades CONCRETAS de exportações ... cito aqui como exemplo já consolidado a fábrica SBTA que fornecerá 80% da fuselagem do Gripen para o Brasil e para a Suécia e para quantos países forem exportados o Gripen NG ... hoje com possibilidades na Finlândia e até mesmo na Índia.

Claro que cada um tem sua opinião, porém me parece óbvio qual a melhor alternativa !
Marechal-do-ar escreveu:
kirk escreveu:Precisamos aprender a pensar como capitalistas e colocar de lado nossa tendência de CRER que empresas nacionais são somente as estatais, como se fosse função do GF fabricar aviões de combate, por exemplo.
O pensamento capitalista diz que devemos mandar essas empresas para aqueles lugar e elas que se virem!
Capitalista de onde ... essa é uma visão marxista, errônea e romântica ... como se houvesse um lado "bonzinho" e o outro "malvadão" ... isso simplesmente não existe.

Todo capitalista sabe que as empresas de alta tecnologia são fonte de grande ganho e benefícios para toda a população, não interessa a nenhum capitalista que haja desemprego ou sub-emprego isso não é bom pra ninguém ... o governo capitalista socorre seu sistema financeiro, como fez os EEUUs recentemente (2008), protege os interesses de sua indústria e seu parque industrial beneficiando assim toda sua população ... quem vive atacando empresários, que fornecem empregos e movimentam toda economia são os próprios marxistas com sua visão caolha e miope que sem exceção leva suas populações à miséria e a extrema pobreza ... criando "salvadores" como Chaves, Fidel e "N" outros idiotas ...

Todo País capitalista de VERDADE protege sua indústria, cria benefícios para que elas exportem e inclusive as apoiam em suas concorrências internacionais wikileaks taí pra todo mundo ler ...
Marechal-do-ar escreveu:
kirk escreveu:Gigantes do setor como a Lookheed Martin, Boeing, Northrop, Dassault, BAe System, a própria Saab são constantemente apoiadas por seus governos, embora sejam empresas privadas, seus governos adquirem quantidades razoáveis de seus produtos mantendo-as vivas, aplicando substanciais valores em P&D porque sabem que isso traz benefícios para toda sua sociedade ... com milhares de empregos bem remunerados ... movimentando toda a cadeia econômica das regiões que atuam ...
Existem diferenças;
1) Não sei o valor ao certo, mas uma parte significativa da Dassault e da Saab são estatais, não faça ideia quanto a BAe;
2) O governo contrata essas empresas para pesquisa ao invés de dar benefícios, existe um abismo de diferença;
3) São empresas nativas, o FX beneficiaria estrangeiros (SAAB, Dassault ou Boeing) e multinacionais (AEL), uma pequena parcela de nacionais (Embraer).
1) Todos os Governos exercem influência em suas empresas de tecnologia, inclusive todas estão sob controle de exportações e cada governo regimenta uma norma em que a palavra final é sua para aprovar ou declinar tal exportação TODAS as americanas estão sujeitas ao ITAR ... não podem decidir por si mesmas exportar ou não. E isso não tem nada haver com ser ou não ESTATAL no caso da Dassault o Gvt Francês não tem ações ordinárias apenas ações preferenciais, significa que não opina no conselho administrativo da empresa. No Brasil o Governo chama essa "influência" de Golden Share junto à Embraer.

2) O Governo brasileiro CONTRATOU a Embraer para desenvolver o ST, o E/R-99 (Sivan), CONTRATOU para desenvolver o KC-390 e finalmente CONTRATOU para participar do Gripen NG, no caso do ST e aeronaves EW já foram exportados para inúmeros Países trazendo divisas ao País e royalties à FAB ... KC-390 e Gripen NG seguem a mesma lógica.

3) A grande maioria de empresas beneficiárias do projeto FX-2 são genuinamente BRASILEIRAS em quase sua totalidade são certificadas como empresas estratégicas, gozam de benefícios fiscais e tributários e para se enquadrar nessa certificação pelo menos 60% de seu capital é BRASILEIRO (não como a helibrás por exemplo que é 89% Francês) .;.. incluso como Empresa Estratégica está o SBTA com 60% da Imbra e 40% da Saab ... que tenho conhecimento somente a AEL não tem esse perfil das empresas beneficiadas no FX-2.
Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:As empresas no Brasil estão sendo beneficiadas via offset, e não pago por nós. Senão, não é offset.
Claro que é pago por nós, uma compra de prateleira seria mais barata, digamos, os Gripens custassem uns 3 Bi se fossem de prateleira, 4,5 bi com todos os ToTs e offsets inclusos, nós pagamos esses 1,5 bi, claro, os offset são valores maiores, mas offsets são investimentos, investimentos, por si, tem um retorno, o que os suecos investirem aqui eles vão tirar mais, talvez, investir aqui não seja o melhor negócio do mundo, se fosse, eles teriam investido antes do FX existir, mas como o FX obrigava os offsets eles investem em um negócio que não é tão bom assim, favorecem uma empresa privada, e cobram a diferença no contrato pago pelo governo.
Errado colega, o valor do contrato (US$ 4,5 bi) serão pagos pelas 36 aeronaves, armas, simuladores, treinamento, enfim tudo ... dentro dos mesmos 4,5 bi serão pagos a SBTA, Embraer, Mectron, AEL, Akaer e Atech pelos serviços e componentes fabricados aqui.

Off-Set vai além disso ... são outros tantos (US$ 9,1 bilhões) que serão aplicados no Brasil, através de "N" contratos que poderão envolver por exemplo compra do KC-390 e ST, ToT, etc ...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77889 Mensagem por Mathias » Ter Dez 22, 2015 11:57 pm

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Editado pela última vez por Mathias em Qua Dez 23, 2015 2:28 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77890 Mensagem por kirk » Qua Dez 23, 2015 2:09 am

Mathias escreveu:É impressionante como se cita Marx de maneira totalmente distorcida, confundindo experiências totalitárias com o que Marx "previu", e não "pregou".
Eu não citei Marx enquanto filósofo teórico ... citei marxistas ... e há um abismo entre a teoria e a prática ...

As teorias de Marx ... admirado por milhões, deram origem aos marxistas e estes PROVARAM ao mundo que na prática não funciona ... causa paixões, sem dúvida ... mas o resultado é essa MERLA que conhecemos ... países quebrados, populações empobrecidas ... desabastecimento ... totalitarismo ... interferência do Estado até na estrutura familiar ... enfim, melhor falarmos do Gripen NG.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77891 Mensagem por kirk » Qua Dez 23, 2015 2:30 am

SAAB RECEIVES ORDER FOR COUNTERMEASURES DISPENSERS FOR GRIPEN

Imagem

PRESS RELEASE
22 December 2015

Defence and security company Saab has received an order from the Swedish Defence Materiel Administration (FMV) for the development and series production of countermeasures dispensers for the Gripen fighter. The order value amounts to SEK223 million.

The order supports development and series production of countermeasures dispensers for chaff and flares for Gripen E and C/D. This will enhance the defensive capabilities of the aircraft.
Work will begin in 2016 and will be completed in 2020. The order involves Saab’s business areas Aeronautics, Electronic Defence Systems and Support and Services.
http://saabgroup.com/Media/news-press/n ... or-gripen/




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77892 Mensagem por kirk » Qua Dez 23, 2015 2:35 am

SAAB CONTRACT WITH BRAZIL FOR OPERATIONAL CAPABILITIES ON GRIPEN NG COMES INTO EFFECT


PRESS RELEASE
21 December 2015

On 24 April 2015 Saab announced the conclusion of a contract with the Brazilian Ministry of Defence, through the Aeronautics Command (COMAER), concerning acquisition of external stores for Gripen NG. This contract has now come into effect as all required conditions have been fulfilled. Today, the order value of approximately USD 245 million is booked by Saab as order intake.

The order includes deliveries of external stores by Saab and suppliers who have been selected by the customer for the Brazilian Gripen NG programme. Deliveries will be made in connection with deliveries of the Gripen NG aircraft to the Brazilian Air Force.

The contract supplements the existing contract with Brazil concerning development and production of 36 Gripen NG, which was announced on 27 October 2014. Gripen NG deliveries to the Brazilian Air Force will be undertaken from 2019 to 2024.
http://saabgroup.com/Media/news-press/n ... to-effect/




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77893 Mensagem por knigh7 » Qua Dez 23, 2015 3:29 am

Marechal-do-ar escreveu:
kirk escreveu:Muito pouco importa se a empresa é estatal ou privada nessa questão do GF agracia-las com financiamentos e ToTs, pois, é estratégico para o GF beneficiar empresas nacionais como a Embraer, tais ações não beneficiam somente aos acionistas da Empresa, que no caso da Embraer é de maioria composta por brasileiros mas beneficiam o País como um todo ... através de divisas de exportações, criações de milhares de empregos, beneficiando toda uma cadeia de fornecedores e de logística e criando ambiente para P&D dentro do País que trarão benefícios a incontáveis outros setores, formando uma enorme cadeia de beneficiados dentro do próprio Pais.
Pelo custo, o número de empregos e beneficiados é pequeno.
Bom, se você considera os 14.650 empregos gerados direta e indiretamente poucos.... E detalhe: vão gerar mão de obra bastante qualificada.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77894 Mensagem por knigh7 » Qua Dez 23, 2015 5:10 am

Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:As empresas no Brasil estão sendo beneficiadas via offset, e não pago por nós. Senão, não é offset.
Claro que é pago por nós, uma compra de prateleira seria mais barata, digamos, os Gripens custassem uns 3 Bi se fossem de prateleira, 4,5 bi com todos os ToTs e offsets inclusos, nós pagamos esses 1,5 bi, claro, os offset são valores maiores, mas offsets são investimentos, investimentos, por si, tem um retorno, o que os suecos investirem aqui eles vão tirar mais, talvez, investir aqui não seja o melhor negócio do mundo, se fosse, eles teriam investido antes do FX existir, mas como o FX obrigava os offsets eles investem em um negócio que não é tão bom assim, favorecem uma empresa privada, e cobram a diferença no contrato pago pelo governo.

O que vc está dizendo não é offset. Existiu uma concorrência bastante disputada (porque não entra só a questão de dinheiro na concorrência, mas como bem disse o Uli Meurer quando do vazamento da primeira avaliação pela Dassault, essas decisões envolvem prestígio para as aeronaves. As 3 concorrentes se esforçaram para ganhar aqui.

E é interessante saber como é a política de offset , pois ela não gera grandes perdas para a contraparte que tem de cumprir a obrigação: Há uma gradação dos pesos ( 1 a 5). Aquisição de produtos que não são da área pela empresa obrigada tem ponto 1: dinheiro pelo dinheiro. Já de aquisição de produtos aeroespaciais o que é gasto é multiplicado por 2 e entra para o offset como a somatória do negócio duplicada. Esse tipo acerto, pode ter responsável pelo aumento do preço.
Agora vamos pular para a área de interesse: a transferência de tecnologia. Uma empresa aceita transferir uma Tecnol, que é dela (são dela, senão, não teria direito de transf. as que acordou no contrato. Sendo a tecnologia da empresa, esses valores são estipulados por ela, se vão ou não entrar o offset. Vale destacar que as partes tem de chegar a um acordo quanto ao a ToTs e outros offset, e quais seriam os receptáculos e dos valores até chegarem aos USD 9,1b. E tinha uma concorrência acirrada para vencer o contrato. Essas tecnologias que estão sendo transferidas possuem até dificuldade de valora-las cada uma dentro do OFFSET, que tem dá peso 5(multiplica por 5x os valores da tecnologias transferidas cujo preço foi quantificado).

O Leonahrt da SAAB disse que não haverá produção duplicada de componentes. Ou seja, parte da estrutura produzida para os GripenNG da Flygvapnet virão do Brasil e entrará como offset como parte do pagamento das obrigações dos suecos

Com esses 2 contratos (60 na Suécia)+36 no Brasil em termos de produção de estruturas das aeronaves e esse montante de USD 9,1 para honrar, é claro que a maior parte dos valores envolvidos dar-se-ão por transferência de tecnologia e não em produção industrial.


No caso do FX2 a maior parte das ToTs requeridas não estão no maquinário, por exemplo. Mas sim em teorias. Nos conceitos práticos. Ou seja, em coisas intangíveis. O valor delas é feito do modo que elas querem e depois são ajustados conforme as negociações. Além de ser absolutamente incompatível o conceito de que nós estarmos acabando pagando o offsetde produtos que nós compramos, o objetos das transferências de tecnologias, como eu expliquei acima, torna impossível afirmar sobre qual tecnologia estamos de fato pagando ou então a parcela dela que estamos fazendo.




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Thor
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77895 Mensagem por Thor » Qua Dez 23, 2015 8:36 am

Carlos Lima escreveu: Mas é aí que rola o desafio,

Vamos pinçar um ítem de uma opinião e fazer isso o símbolo do problema ou solução do projeto.

A realidade é que como nem o Rafale e nem o SHornet venceram, ninguém vai poder dizer necessariamente que essas empresas não iriam transferir o que era pedido.

Hoje, "Militarmente" falando tanto o Rafale quanto o SHornet estariam voando com o cocar da FAB, pilotos, técnicos, etc estariam treinando/operando equipamento que no momento só devem ao Raptor e ao F-35, estão no mesmo patamar do Su-35 (ou algo parecido) e coisas tipo AMRAAM já seriam parte da nossa realidade. Um montão de fornecedores no Brasil, (hoje) em 2015 estariam sendo treinados e qualificados com um zilhão de equipamentos acompanhando esse tipo tecnologia, e benefícios e malefícios, promessas cumpridas e não cumpridas poderiam ser debatidas, compatíveis com a época aonde a 4 geração e o F-5 e todo o cambalacho ao redor dele poderia ser coisa do passado...

Por exemplo, caso no SHornet se a Embraer não tivesse recebido nada com relação as "leis de controle de vôo" (do que ele está falando exatamente???), existem mil e uma outras partes que a Embraer estaria feliz da vida em receber ajuda tecnológica ou comercial.

Ou vão me dizer que todas as negociações com a SAAB são na base do tapinhas das costas e todo mundo saí sempre concordando com tudo? ;)

[]s
CB_Lima
Olá CB, resgatei esse post umas 2 páginas atrás (não consigo acompanhar o ritmo deste tópico :lol: ).
Talvez não esteja sintonizado com o que vinha pensando antes de escrever esse post, mas acho pouco provável que se fosse o F-18 ou Rafale já estaríamos com aeronaves voando com o cocar da FAB. O Lula postergou o F-X em seu governo, como já fizera anteriormente, deixando a decisão para o próximo presidente.
A Dilma, ainda em 2012, bem antes do Snowden, já havia decidido que o F-X seria atrasado mais uma vez. Friso novamente que isso tudo independe do São Snowden.
A decisão, de fato, ocorreu somente no final de 2013, independente de qual modelo seria o escolhido pelo GF.
O contrato de aquisição só foi assinado 1 ano depois, após intensas negociações entre todos os envolvidos. Isso levaria o mesmo tempo, na melhor das hipóteses, independentemente de quem fosse o vencedor. Lembro que a proposta do Gripen foi a que mais satisfez ToT desejadas pelas indústrias de defesa brasileiras, a que teria maior geração de empregos, a que já estava mais adiantada em termos de acordos entre empresas, a que teve maior royalties em cada aeronave produzida, etc.
O contrato de financiamento se deu quase um ano após o contrato de aquisição (ago/2015). Se fosse com as demais empresas seria, no mínimo, o mesmo tempo. Sem esse contrato, não há eficácia da aquisição, e tudo fica parado. Cabe, mais uma vez, ressaltar que o financiamento proposto para o Gripen foi infinitamente melhor que todas as demais propostas, com pagamento começando tardiamente e prazo mais dilatado, sem falar no valor muito mais baixo que as demais propostas. E mesmo assim, quase melou na véspera da assinatura. Não sei se a postura dos governos/entidades financiadoras dos EUA e França fariam o mesmo que a Suécia fez, de acatar "chorada" do GF após quase dois anos de conversações e negociações, e na hora H, nós não honrarmos o que já havia sido discutido. Talvez, devido a explosão da crise financeira que estamos atravessando, aí que não teríamos mesmo nenhuma aeronave com cocar da FAB :lol: .
Trabalhar com hipóteses e premissas falsas, inexequíveis, podem levar a achar que a situação seria muito diferente se fosse outra aeronave escolhida. Senão, poderíamos supor que fosse injetado US$ 6 bi em 2009 no projeto Gripen NG, hoje, talvez teríamos aeronaves já cumprindo planos de certificação no Brasil. :wink:
E o aprendizado com Plano de Certificação e modificações e estudos de engenharia nesta fase trazem verdadeiros ganhos para o país desenvolvedor/certificador. Sabemos que o Gripen era a única proposta em que a Certificação será Made in Brazil. :wink:
Abraços




Brasil acima de tudo!!!
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