Helicópteros de Ataque e Transporte

[Mathias]

Cara, mas essa celeuma toda por um(1) programa que no final beneficiou e muito as três Forças, além da nossa indústria e economia?
A impressão que se tem é que o GF entubou 50 carroças puxadas por bois nas FAs em troca de algo obscuro, maligno...

Não estamos falando de algo prejudicial às Forças, muito longe disso.

[Carlos Lima]

Pelo que li até agora da opinião de alguns colegas, é bem melhor e mais fácil desenvolver nossa politica de defesa e financiar seus projetos simplesmente entubando as ffaa's brasileiras, quando e se oportunidades aparecerem, a fim de que eles se modernizem seguindo os gostos e conveniências de uns e outros que estão não mais que de passagem por uma dada cadeia de autoridade, e sem maiores compromissos com ela.

Ou seja, estamos advogando agora o que vimos basicamente criticando em geral nos últimos 13 anos de FDB em relação ao comportamento do poder público com a defesa. É isso mesmo?

Não seria então melhor parar tudo e esquecer esse negócio de MD e jogar todos os documentos da defesa escritos e pensados até agora, porque simplesmente ninguém no GF dá a mínima para eles mesmo, e o que vale concretamente é o famoso toma lá, dá cá universal da viés ordinário da política tupiniquim?

Bem, se é para isso, porque então nos importamos em planejar nossas contas públicas, se o dinheiro público está aí mesmo para ser gasto a vontade, e não temos problema nenhum para fechar nossas contas e sempre que a pessoa do rei mandar, abram-se os cofres e deixa rolar...

Quando foi mesmo que planejamento deixou de ser um dos pré-requisito da ordenamento jurídico sobre o orçamento público gerenciados pelo governo?

abs.

Ninguém, disse isso... o que acontece é que em determinadas circunstâncias a coisa funciona e outras ou não.

Infelizmente na nossa história estamos mais expostos aos exemplos negativos do que positivos, porque seja lá quem está no poder (esquerda/direita/centro/militares) ninguém liga paras as FAs.

Temos um 'milagre' aqui e ali, mas não é prática comum.

[]s
CB_Lima

[FCarvalho]

O que me chama a atenção é que embora este programa sob o ponto de vista da política de defesa tenha sido algo da maior relevância, sob todos os aspectos, não ele não pode ser usado como um bom parâmetro na definição de todo uma linha de ação de longo prazo.

Mais uma vez, não critico o negócio em si, e nem suas bases referenciais, que foram, ao final e ao cabo, lançadas usando-se mão do que estava previsto na própria END. A questão a que me denoto é que pode-se admitir um caso ali e aqui de "entubações", e isso é até normal dentro de certos limites. O problema é quando a exceção vira a regra. E esse é o nosso maior problema em relação a defesa.

O pontual ao invés do permanente. O improviso no lugar do planejamento. A oportunidade no lugar da previsibilidade, e por aí vamos. E no final é isso mesmo.

Aplausos para o HX-BR e para tudo que ele irá nos trazer de bom. Mas que também no lembremos, e que isso nos sirva de lição, para todos os lados, de como não de deve fazer as coisas em termos de gestão de longo prazo da coisa pública.

Vamos ter quiçá 50 ótimos helos médios. Mas que isso não signifique que tudo o mais possa ser decidido mesma forma. Afinal, não podemos esperar nos defender apenas baseados em oportunidades. Há de ser ter, e buscar, consistência... e consciência.

Afinal de contas, depois do 50o helo entregue vem um depois. Mas parece que ninguém, como de costume, pensou nisso na hora de assinar o contrato. E esta é uma postura ao meu ver, que não se pode mais aceitar sobre o uso dos recursos públicos. Se cada um de nós aqui se obriga e é obrigado a ser responsável com aquilo que ganha, o governo mais ainda. Porque simplesmente as contas vão continuar chegando depois que o último sair e apagar a luz.

abs.

[Bolovo]

Serio mesmo que todos os 16 HM-4 do EB serão nessa configuração?

Sim...

http://www.defesaaereanaval.com.br/heli ... vos-h225m/

Último parágrafo...

[]s
CB_Lima

Ulala, que maravilha. Nem imaginava.

[Ilya Ehrenburg]

Cara, mas essa celeuma toda por um(1) programa que no final beneficiou e muito as três Forças, além da nossa indústria e economia?
A impressão que se tem é que o GF entubou 50 carroças puxadas por bois nas FAs em troca de algo obscuro, maligno...

Não estamos falando de algo prejudicial às Forças, muito longe disso.

50 kombis... Com CG que passeia para lá, e para cá...

[Penguin]

O que me chama a atenção é que embora este programa sob o ponto de vista da política de defesa tenha sido algo da maior relevância, sob todos os aspectos, não ele não pode ser usado como um bom parâmetro na definição de todo uma linha de ação de longo prazo.

Mais uma vez, não critico o negócio em si, e nem suas bases referenciais, que foram, ao final e ao cabo, lançadas usando-se mão do que estava previsto na própria END. A questão a que me denoto é que pode-se admitir um caso ali e aqui de "entubações", e isso é até normal dentro de certos limites. O problema é quando a exceção vira a regra. E esse é o nosso maior problema em relação a defesa.

O pontual ao invés do permanente. O improviso no lugar do planejamento. A oportunidade no lugar da previsibilidade, e por aí vamos. E no final é isso mesmo.

Aplausos para o HX-BR e para tudo que ele irá nos trazer de bom. Mas que também no lembremos, e que isso nos sirva de lição, para todos os lados, de como não de deve fazer as coisas em termos de gestão de longo prazo da coisa pública.

Vamos ter quiçá 50 ótimos helos médios. Mas que isso não signifique que tudo o mais possa ser decidido mesma forma. Afinal, não podemos esperar nos defender apenas baseados em oportunidades. Há de ser ter, e buscar, consistência... e consciência.

Afinal de contas, depois do 50o helo entregue vem um depois. Mas parece que ninguém, como de costume, pensou nisso na hora de assinar o contrato. E esta é uma postura ao meu ver, que não se pode mais aceitar sobre o uso dos recursos públicos. Se cada um de nós aqui se obriga e é obrigado a ser responsável com aquilo que ganha, o governo mais ainda. Porque simplesmente as contas vão continuar chegando depois que o último sair e apagar a luz.

abs.

Se houvesse um planejamento sólido, o EC725 deveria ser o helicóptero médio padrão.
Mas é isso que vai ocorrer?
- O EB flerta com a AgustaWestland
- A FAB adquire mais UH-60
- Já se especula em diminuir o número final de ECs

[Mathias]

Caraca, já mudaram até a classificação do heli para médio pra poder brigar com outro menores.

[Penguin]

Caraca, já mudaram até a classificação do heli para médio pra poder brigar com outro menores.

Eh médio por qq critério.
Pesado eh Chinook, CH-53 e Mi-26.

[Mathias]

Sim, sim, concorre com o bléqui róqui, basta ver como as capacidades são iguais.
Um carrega 11 soldados e o outro, o que foi entubado, carrega 28.

Pouca diferença.

[Penguin]

Sim, sim, concorre com o bléqui róqui, basta ver como as capacidades são iguais.
Um carrega 11 soldados e o outro, o que foi entubado, carrega 28.

Pouca diferença.

28 em situações especiais, praticamente pelados e amontoados.
11 soldados completamente equipados.

Compare a área útil das cabines e a área por passageiro. E a capacidade de carga interna e externa.
Ambos estão longe dos helis pesados e próximos entre si

[Mathias]

Já embarquei nos dois e te digo com certeza que a cabine do Caracal é maior.
E te digo mais, a cabine do BH é pouca coisa maior que a caçapa do Mi-35. Olhando ao vivo e a cores a diferença não é a que se declara por aí.
Eu vi, ninguém me contou.

[Penguin]

Já embarquei nos dois e te digo com certeza que a cabine do Caracal é maior.
E te digo mais, a cabine do BH é pouca coisa maior que a caçapa do Mi-35. Olhando ao vivo e a cores a diferença não é a que se declara por aí.
Eu vi, ninguém me contou.

Vc deve estar zarolho...
Que a cabine do UH-60 é menor não se discute.
Que a cabine do EC725 é muito maior, há divergências com relação ao muito.
A capacidade de carga entre ambos não é muito diferente.


Dimensões da cabine
UH-60
Comp: 3,84m
Largura: 1,88m
Altura: 1,37m

EC725
Comp: 5,69m
Largura: 1,80m
Altura: 1,45m

Oi seja, a área extra do EC725 se resume a 3,33m2 a mais.
Vc acha que cabe quantos pessoas em 3,33m2?

3,33m2 equivale a um quadrado de 1,82m de lado.

[Mathias]

Num campo de futebol 3m2 é nada, mas numa cabine de helicóptero é muita coisa.

Bem, se for um corredor de 3m X 1m, sentados com o joelho encostando, frente a frente, calculando 1m de largura para cada soldado confortavelmente instalado, são 9 homens a mais no EC-725 configuração padrão GOL.

Se diminuir para 2 X 1,5 m , caberiam ainda assim mais 6 soldados em poltronas reclináveis de classe executiva padrão VARIG.

A cabine do EC-725 é quase 2 m (1,85 m) mais longa com praticamente a mesma largura e altura.
Isso é ~50% maior que o BH, então é sim muita coisa.
Isso significa que cabem NO MÍNIMO mais 50% de soldados no nosso helicóptero nacional feito no Brasil.

EC-725, ame-o ou deixe-o!
EC-725, o melhor helicóptero do mundo agora nas cores da FAB.

[FCarvalho]

O que me chama a atenção é que embora este programa sob o ponto de vista da política de defesa tenha sido algo da maior relevância, sob todos os aspectos, não ele não pode ser usado como um bom parâmetro na definição de todo uma linha de ação de longo prazo...

Se houvesse um planejamento sólido, o EC725 deveria ser o helicóptero médio padrão.
Mas é isso que vai ocorrer?
- O EB flerta com a AgustaWestland
- A FAB adquire mais UH-60
- Já se especula em diminuir o número final de ECs

Planamento. Um dos maiores problemas, senão o maior de todos, da gestão pública no Brasil. Sem isso, dificilmente vamos passar de algo como o ser o eterno pais do futuro.

Apesar dos muitos esforços feitos até hoje, é difícil de se falar, e praticar, este tipo de empreendimento em um país de desmemoriados.

Mas ainda bem que nós temos algumas luzes no fim do túnel. As ffaa's são uma delas.

Basta seguir os bons exemplos.

abs.

[FCarvalho]

Carlos, já li entrevista do cmte da Avex neste ano em que o mesmo afirma com toda clareza que o EB quer mais BH's, e irá envidar os esforços necessários para obtê-los, onde e como possível. Ele é tratado como um helo não concorrente dos H225M dentro da força. Pelo contrário, são vistos como complementares.

A notar, contudo, é a ausência desta mesma vontade, ou intencionalidade, em adquirir mais H225M após os 16 que se espera receber. E isto não tem nada haver com as qualidades do helo francês. Do ponto de vista do planejamento da Avex, salvo erro de memória, seriam necessários cerca de 64 destes helos para equipar-se os 4 Bavex, ao mesmo tempo que o número de BH chega próximo disso.

E aí a questão talvez desta celeuma toda aqui. Quem decidiu pela compra dos H225M não se preocupou em saber o que seria depois do 50o helo fabricado e entregue. E por que deveria? Porque também é de sua alçada considerar tal questão como sendo um problema também seu, e não apenas das ffaa's.

Mas agora, isso pouco importa. O contrato foi fechado, os helos estão sendo pagos, e vamos recebê-los. Fica a lição para o futuro.

abs.