... eu não duvido !!!!Penguin escreveu:Como não respondi? Respondi sim. Talvez não da forma que vc esperava.Mathias escreveu:Não respondeu nem vai responder, e sabemos porque.
--------------X-------------
Túlio, X 2!
Em termos de América do Sul, sim, teremos o mais sofisticado caça da região.
O meu problema é que eu vejo o Brasil além da América do Sul, talvez seja esse meu defeito.
O Brasil vai sair da America do Sul?!!
Quem vai rebocá-lo? O Su-35?!
TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Certamente não será comprando caças obsoletos (grandes banheironas antigas) que Brasil poderia melhorar sua posição no mundo.Penguin escreveu:Vc está fazendo uma pergunta descabelada.Mathias escreveu:Segue não respondendo, e assim seguirá.
E não adianta usar "desvio de foco" e "desqualificação", não vai funcionar.
O assunto é "EC-725 e seus detratores".
A pergunta, novamente: Se o programa fosse cancelado, a grana , 6 bilhões de euros, seria distribuída entre as três Forças em partes iguais?
Sim ou não?
Sobre a sua pergunta, se vamos sair da América do Sul.
Depende.
Os EUA saem da América do Norte?
A Rússia sai da Europa e Ásia?
Os países da OTAN saem da Europa?
A França tá saindo do lugar e indo à Síria?
A China está saindo?
Acho que sim, todos estão.
Agora, a pergunta dependendo para quem é feita, poderá ter respostas bem diferentes. Por exemplo:
A Bolívia vai sair do lugar?
O Paraguai vai?
Suriname?
Chile, vai?
Então esta resposta depende da visão de quem responde.
Se esse alguém pensa num país "acanhado", circunscrito comercialmente e geoestrategicamente à América do Sul (e olhe lá!) a resposta é não, o Brazil fica aqui, quem sabe até diminui um pouquinho para não incomodar.
Se a resposta for dada por alguém que vislumbra um Brasil economicamente uma potência mais que regional, com interesses econômicos e estratégicos em todo o Atlântico Sul, África e além; essa pessoa responderá que sim, o Brasil vai natural e forçosamente se projetar para além da América do Sul.
Nunca advoguei e nem advogo por cancelamento nenhum.
Os contratos estão em curso e o financiamento tb.
Como o Brasil pode melhorar sua posição no mundo e almejar voos mais ousados?
-melhorando as condições de vida de seus cidadãos
-melhorando o ambiente econômico e sua economia
-melhorando o ambiente político
-melhorando o nível da educação de seus cidadãos
-investindo mais em P&D+i
etc.
Investimentos mais consistentes nas forças armadas será consequência disso tudo listado ai acima.
Se não resolvermos nossos problemas internos, nossa expansão internacional será sempre como o voo da galinha, representado pela
nossa pífia participação no comércio mundial. Em 1950 nossas exportações representavam 2,6% do total exportado no mundo. Hoje, mal superamos 1% das exportações globais.
[] kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Mathias,Mathias escreveu:Quem está "se descabelando" pra fugir da pergunta não sou eu.
Você escreveu:
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic ... tart=10140Esse programa custou 1,9 bilhões de euros. Os 50 helicópteros foram divididos salomonicamente pelas 3 forças. Ou seja, 630 milhões de euros de investimentos para cada força.
Tenho certeza que a MB e o EB tinham investimentos mais prioritários a fazer com esses recursos.
Não tem importância se foi noutro tópico, eu vou buscar.
Dá a entender claramente que se deveria usar grana noutros programas, o que só se conseguiria... Cancelando o EC-725!
Então a pergunta segue sem resposta.
OBS: Escrevi que seriam 6 bi, na verdade segundo a fonte acima é 1,5 Bilhão de euros.
Isso deveria ter acontecido antes do MD decidir comprar os helicópteros. Deveria canalizar essa propensão em gastar com as prioridades do EB e da MB que eram muitas.
Para isso deveria servir o MD. Buscar identificar as prioridades e tratá-las como tal, inclusive garantindo fontes de financiamento internas e externas.
Identificar as necessidades que podem ser conjuntas e coordenar esses programas.
Mas o que ele fez? Entubou o EB e a MB com algo que não era prioritário para aquelas forças.
O helicóptero é ruim, uma vez sanado o problema da transmissão? Claro que não.
Particularmente, sou favorável de uma unificação das 3 forças, a exemplo do que ocorre no Canadá, Austrália, Israel dentre outros.
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
É melhor você dizer isso para os polos receptores de tecnologia, pois foram eles que formularam e avaliaram as transferências de tecnologias requeridas no FX2. E a oferta da SAAB atendeu 100%.Carlos Lima escreveu:O AM-X (não as partes boas) manda lembranças...Túlio escreveu: Creio que tens razão, Marechal véio: estes programas que estamos comprando serão utilíssimos para sabermos quais serão os que iremos comprar daqui a meio século ou mais para substitui-los...
Mas como o ego nacional (de dizer "Made in BraZil") tem que ser alimentado sempre... Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Como mencionei originalmente (não as partes boas mandam lembranças)
Além disso se eu não me engano foi na Decolagem de um Sonho que ele deixa claro diversos momentos não agradáveis da história do AM-X.
É claro que ao longo dos anos o discurso original com relação ao programa foi mudando... foi mudando... foi mudando e motivos não faltaram para tal mudança.
Business...
Mas a realidade é que ele deu uma dor de cabeça íncrivel até porque nunca foi 'brasileiro' e para o Brasil no fim das contas conseguir o real direito a sua participação originalmente prevista, na prática, teve que brigar muito...
Isso sem contar com obviamente crises economicas, situação mundial e falta real de definição da FAB sobre o que queria com o AM-X (caça bombardeiro, transformado em 'caça', mas que nunca possuiu de fato um míssil ar-ar ou radar, e que nunca possuiu nem um missil ar-terra para ataques anti-navio ou anti-superfície... ou seja... não necessariamente bom em uma coisa (nunca seria um bom caça) ou outra (virou transporte de foguete e bomba burra) ).
Infelizmente para o ego nacional e militar ele foi mais propaganda do que qualquer outra coisa...
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Além disso se eu não me engano foi na Decolagem de um Sonho que ele deixa claro diversos momentos não agradáveis da história do AM-X.
É claro que ao longo dos anos o discurso original com relação ao programa foi mudando... foi mudando... foi mudando e motivos não faltaram para tal mudança.
Business...
Mas a realidade é que ele deu uma dor de cabeça íncrivel até porque nunca foi 'brasileiro' e para o Brasil no fim das contas conseguir o real direito a sua participação originalmente prevista, na prática, teve que brigar muito...
Isso sem contar com obviamente crises economicas, situação mundial e falta real de definição da FAB sobre o que queria com o AM-X (caça bombardeiro, transformado em 'caça', mas que nunca possuiu de fato um míssil ar-ar ou radar, e que nunca possuiu nem um missil ar-terra para ataques anti-navio ou anti-superfície... ou seja... não necessariamente bom em uma coisa (nunca seria um bom caça) ou outra (virou transporte de foguete e bomba burra) ).
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Você mudou o seu post que era sobre o Ozires Silva...knigh7 escreveu:É melhor você dizer isso para os polos receptores de tecnologia, pois foram eles que formularam e avaliaram as transferências de tecnologias requeridas no FX2. E a oferta da SAAB atendeu 100%.Carlos Lima escreveu: O AM-X (não as partes boas) manda lembranças...
Mas como o ego nacional (de dizer "Made in BraZil") tem que ser alimentado sempre... Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos...
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Em todo o caso, é claro que os "polos" vão dizer coisas boas... com financiamento aprovado em uma época aonde o governo diz que não há $$$, até fábrica de chiclete no ABC vai dizer que o Gripen é um excelente negócio...
Disso não tenho dúvidas!!
Ele é um excelente "negócio".
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Você não está entendendo: estou falando antes da decisão do FX2.
Foram os polos receptores (não apenas as empresas, mas setores da FAB, como o caso do CTA) que formularam e avaliaram as tecnologias requeridas no FX2. E a proposta da SAAB abrangeu 100% das tecnologias requeridas.
Você está querendo saber mais que os polos receptores com "Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos"
Foram os polos receptores (não apenas as empresas, mas setores da FAB, como o caso do CTA) que formularam e avaliaram as tecnologias requeridas no FX2. E a proposta da SAAB abrangeu 100% das tecnologias requeridas.
Você está querendo saber mais que os polos receptores com "Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos"
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Se o Rafale tivesse sido o escolhido, Lima faria os mesmos questionamentos?knigh7 escreveu:Você não está entendendo: estou falando antes da decisão do FX2.
Foram os polos receptores (não apenas as empresas, mas setores da FAB, como o caso do CTA) que formularam e avaliaram as tecnologias requeridas no FX2. E a proposta da SAAB abrangeu 100% das tecnologias requeridas.
Você está querendo saber mais que os polos receptores com "Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos"
Pergunto isso pq o requerimento seria o mesmo. As ToTs solicitadas, as mesmas.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sim,knigh7 escreveu:Você não está entendendo: estou falando antes da decisão do FX2.
Foram os polos receptores (não apenas as empresas, mas setores da FAB, como o caso do CTA) que formularam e avaliaram as tecnologias requeridas no FX2. E a proposta da SAAB abrangeu 100% das tecnologias requeridas.
Você está querendo saber mais que os polos receptores com "Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos"
Infelizmente isso nos fóruns de internet não é raro...
Ainda bem que em Fóruns de "Debate" de Internet não é raro que as pessoas venham a ter opiniões diferentes, e isso é até motivado! Vai entender!
Além do mais em termos de tecnologia, todos os concorrentes (pelo menos na shortlist) abrangeram 100% das tecnologias requeridas. Para cada proposta (obviamente) uma empresa aqui e outra ali sairiam mais beneficiadas dentro do Brasil.
Sendo assim...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Então almejar um caça "Made in BraZil" não passa de algo a afagar o "ego nacional" ... apenas uma "vaidade" à beira de uma estupidez ?Carlos Lima escreveu:O AM-X (não as partes boas) manda lembranças...Túlio escreveu: Creio que tens razão, Marechal véio: estes programas que estamos comprando serão utilíssimos para sabermos quais serão os que iremos comprar daqui a meio século ou mais para substitui-los...
Mas como o ego nacional (de dizer "Made in BraZil") tem que ser alimentado sempre... Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos...
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O que seria então sensato e inteligente de nossa parte Lima ? ... afinal PRA QUE almejar desenvolver nossa indústria aeroespacial ??? ... isso não passa de uma vaidade estupida de nosso egocentrismo ... assim, pra não nos apegarmos a essa bobagem de ficar alimentando o "ego nacional" ... e querer desenvolver a porcaria de nossa indústria ... porque não reconhecemos o que de fato SOMOS ??? ... um paiseco do terceiro mundo ... que não deveria se meter a fazer aviões de combate ... muito MELHOR seria :
- Comprar aviões fuderozissimos "Made in RúXia" onde aprenderíamos a fazer algo coerente com nossos "status internacional" ... sem essa bobagem de "ego" ... algo que estaria em "nosso alcance" como por exemplo fabricar os pneus do SU-35S ... quem sabe retrovisores e seus espelhinhos ... talvez até um radio AM/FM, ventilador de cabine, essa tecnologia exclusiva da RuXia e talvez um dia podermos almejar, quem sabe, a transferência de Tecnologia de TINTA VERDE CALCINHA pra pintar as cabines de todos os aviões da FAB ??? ... heim ... seria ou não o MÁXIMO ????
Você está totalmente certo viu Lima ... temos que nos colocar em nosso devido lugar ...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Eu havia retirado a parte do Oziris, porque eu acabei achando meio deslocado do que vc havia escrito.Carlos Lima escreveu:Como mencionei originalmente (não as partes boas mandam lembranças)
Além disso se eu não me engano foi na Decolagem de um Sonho que ele deixa claro diversos momentos não agradáveis da história do AM-X.
É claro que ao longo dos anos o discurso original com relação ao programa foi mudando... foi mudando... foi mudando e motivos não faltaram para tal mudança.
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Mas a realidade é que ele deu uma dor de cabeça íncrivel até porque nunca foi 'brasileiro' e para o Brasil no fim das contas conseguir o real direito a sua participação originalmente prevista, na prática, teve que brigar muito...
Isso sem contar com obviamente crises economicas, situação mundial e falta real de definição da FAB sobre o que queria com o AM-X (caça bombardeiro, transformado em 'caça', mas que nunca possuiu de fato um míssil ar-ar ou radar, e que nunca possuiu nem um missil ar-terra para ataques anti-navio ou anti-superfície... ou seja... não necessariamente bom em uma coisa (nunca seria um bom caça) ou outra (virou transporte de foguete e bomba burra) ).
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Mas vamos lá falar sobre o AM-X:
É necessário separar o Programa AM-X da aeronave AM-X.
O Programa AM-X tinha como seu principal objetivo, além de dotar a FAB de uma frota de aeronaves de ataque, com longo raio de ação, e com excelente desempenho à baixa altura (de onde se explica a preferência pelo motor Spey), o de capacitar o parque industrial aeroespacial brasileiro. A Aeronáutica conseguiu convencer o governo brasileiro da época que para alavancar tecnologicamente a indústria aeroespacial brasileira era necessário participar de um programa ainda em sua fase de definição. Caso solicitasse recursos para a compra de aeronaves “off the shelf”, não os receberia.
Foram estudadas diversas hipóteses de colaboração e acabou sendo escolhida a associação com o projeto italiano, já em estágio inicial de desenvolvimento pelas empresas Aeritalia e Aermacchi. (procurem a história no Google)
Foi então ativado o Programa Inicial de Capacitação (PIC), onde entraram diversas empresas, tais como Embraer, Aeroeletrônica, Tectelcom, etc. etc.
Dentro desse programa, a Embraer recebeu enormes investimentos em termo de treinamento de pessoal e de infraestrutura (hangares, máquinas de usinagem de 5 eixos, sistema CAD/CAM, ferramental, etc. Este programa viabilizou o desenvolvimento do Brasília e da família BEM 145. Somente estes dois programas “pagaram”, com troco, o Programa AM-X.
A filosofia do Programa AM-X previa que um terço da aeronave seria de responsabilidade das indústrias brasileiras e dois terços pelos italianos. Esta proporção obedeceria às quantidades a serem adquiridas pelas respectivas forças aéreas.
Esta mesma proporção foi aplicada na divisão de trabalho para a fabricação da aeronave, sendo que o Brasil deveria fabricar 01 terço da aeronave (em valor) e a Itália 02 terços. O Brasil ficou responsável pelas asas, entradas de ar e outras partes e equipamentos. A Itália com a fuselagem e o restante da aeronave. As partes de cada país foram chamadas de “ship set Brasil” (asas e outros) e “ship set Italia” (fuselagem e outros).
As linhas de montagem final ficariam nos dois países, 01 no Brasil e 02 na Itália.
Para evitar que houvesse transferência de divisas, a FAB compraria, para cada aeronave da sua frota, 03 “ship set Brasil”, ou seja 03 conjuntos de asas e etc. Um “ship set Brasil” seria entregue à Embraer para a montagem final e 02 “ship sets Brasil” seriam enviados para a Itália para trocar por 01 “ship set Itália”.
Desta forma, a FAB, teoricamente, nunca enviaria divisas para a Itália, pois o contrato da compra dos “ship sets Brasil” era para pagamento em moeda nacional.
Porém, o Brasil “quebrou” em janeiro de 1987, decretando moratória. Em 1988 foi promulgada uma nova constituição. Em 1989 terminou a guerra fria. E em 1990, assumiu o presidente Collor. E o orçamento do AM-X sumiu.
A FAB teve dificuldades para adquirir os “ship sets Brasil” para enviar para a Itália, que necessitava das asas para a montagem final das suas próprias aeronaves.
Este atraso no programa “liquidou” as empresas nacionais menores. Na prática, somente escapou a Embraer, que foi mantida com “soro nas veias” pela FAB até a sua privatização.
A fabricação dos motores Spey na Celma teve trajetória semelhante.
Bem, este é o programa AM-X. Mal ou bem, a capacitação industrial prevista no início dos anos 80 com o programa AM-X possibilitou que o Brasil tenha hoje a terceira maior empresa aeronáutica do mundo. Graças à visão dos engenheiros da FAB, entre eles o Brigadeiro Lôbo, Ferolla e Taveira.
A falta de recursos provocou atrasos na produção, no desenvolvimento, na aquisição da logística, na perda dos prováveis nichos de exportação, e tudo o mais.
O preço da aeronave A-1, caso considerarmos os valores investidos no programa como um todo, desenvolvimento, produção e capacitação industrial, é extremamente alto. Mas não é assim que se calcula o preço de uma aeronave. Como informado, este era um programa de capacitação industrial, e somente assim ele pode ser entendido e avaliado.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Eita Santiago,Penguin escreveu:Se o Rafale tivesse sido o escolhido, Lima faria os mesmos questionamentos?knigh7 escreveu:Você não está entendendo: estou falando antes da decisão do FX2.
Foram os polos receptores (não apenas as empresas, mas setores da FAB, como o caso do CTA) que formularam e avaliaram as tecnologias requeridas no FX2. E a proposta da SAAB abrangeu 100% das tecnologias requeridas.
Você está querendo saber mais que os polos receptores com "Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos"
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Que triste... Pelo visto atirei no que vi e acertei no que não vi.
Bom... se o Rafale tivesse sido o escolhido em 2009, hoje em 2015 já teríamos condições de saber tal realidade de fato... com vários dos aviões e seus AESA voando na FAB e os questionamentos reais sobre a realidade do projeto e seus benefícios tecnológicos acontecendo de todos os lados... incluindo aí eu para bem ou para o mal.
Afinal para isso que servem debates.
Se o SHornet tivesse sido escolhido antes do Snowden aparecer e decidir pelo Brasil, até aonde consta estaríamos recebendo os primeiros no fim desse ano (sem o WAD) e vários em 2016... a Boeing e Embraer estariam cantando "Cumbaia" e felizes da vida, o KC-390 teriam uma Sra consultoria em algumas de suas partes que andam dando dores de cabeça, além de um Sr Marketing de tabela... a AEL teria entrado com o seu WAD no Mercado do SHornet (o que seria ótimo para eles caso conseguissem encantar a US Navy no futuro com um MLU) e por aí vai.
Também nesse caso já poderíamos estar aqui a começar a debater realidade x discurso.
Hoje na nossa realidade ficamos aguardando e o discurso está aí e é a escolha de cada um acreditar ou não no seu todo ou em algumas partes...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Bom... até aí falamos mais ou menos a mesma coisa...knigh7 escreveu:Eu havia retirado a parte do Oziris, porque eu acabei achando meio deslocado do que vc havia escrito.Carlos Lima escreveu:Como mencionei originalmente (não as partes boas mandam lembranças)
Além disso se eu não me engano foi na Decolagem de um Sonho que ele deixa claro diversos momentos não agradáveis da história do AM-X.
É claro que ao longo dos anos o discurso original com relação ao programa foi mudando... foi mudando... foi mudando e motivos não faltaram para tal mudança.
Business...
Mas a realidade é que ele deu uma dor de cabeça íncrivel até porque nunca foi 'brasileiro' e para o Brasil no fim das contas conseguir o real direito a sua participação originalmente prevista, na prática, teve que brigar muito...
Isso sem contar com obviamente crises economicas, situação mundial e falta real de definição da FAB sobre o que queria com o AM-X (caça bombardeiro, transformado em 'caça', mas que nunca possuiu de fato um míssil ar-ar ou radar, e que nunca possuiu nem um missil ar-terra para ataques anti-navio ou anti-superfície... ou seja... não necessariamente bom em uma coisa (nunca seria um bom caça) ou outra (virou transporte de foguete e bomba burra) ).
Infelizmente para o ego nacional e militar ele foi mais propaganda do que qualquer outra coisa...
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Mas vamos lá falar sobre o AM-X:
É necessário separar o Programa AM-X da aeronave AM-X.
O Programa AM-X tinha como seu principal objetivo, além de dotar a FAB de uma frota de aeronaves de ataque, com longo raio de ação, e com excelente desempenho à baixa altura (de onde se explica a preferência pelo motor Spey), o de capacitar o parque industrial aeroespacial brasileiro. A Aeronáutica conseguiu convencer o governo brasileiro da época que para alavancar tecnologicamente a indústria aeroespacial brasileira era necessário participar de um programa ainda em sua fase de definição. Caso solicitasse recursos para a compra de aeronaves “off the shelf”, não os receberia.
Foram estudadas diversas hipóteses de colaboração e acabou sendo escolhida a associação com o projeto italiano, já em estágio inicial de desenvolvimento pelas empresas Aeritalia e Aermacchi. (procurem a história no Google)
Foi então ativado o Programa Inicial de Capacitação (PIC), onde entraram diversas empresas, tais como Embraer, Aeroeletrônica, Tectelcom, etc. etc.
Dentro desse programa, a Embraer recebeu enormes investimentos em termo de treinamento de pessoal e de infraestrutura (hangares, máquinas de usinagem de 5 eixos, sistema CAD/CAM, ferramental, etc. Este programa viabilizou o desenvolvimento do Brasília e da família BEM 145. Somente estes dois programas “pagaram”, com troco, o Programa AM-X.
A filosofia do Programa AM-X previa que um terço da aeronave seria de responsabilidade das indústrias brasileiras e dois terços pelos italianos. Esta proporção obedeceria às quantidades a serem adquiridas pelas respectivas forças aéreas.
Esta mesma proporção foi aplicada na divisão de trabalho para a fabricação da aeronave, sendo que o Brasil deveria fabricar 01 terço da aeronave (em valor) e a Itália 02 terços. O Brasil ficou responsável pelas asas, entradas de ar e outras partes e equipamentos. A Itália com a fuselagem e o restante da aeronave. As partes de cada país foram chamadas de “ship set Brasil” (asas e outros) e “ship set Italia” (fuselagem e outros).
As linhas de montagem final ficariam nos dois países, 01 no Brasil e 02 na Itália.
Para evitar que houvesse transferência de divisas, a FAB compraria, para cada aeronave da sua frota, 03 “ship set Brasil”, ou seja 03 conjuntos de asas e etc. Um “ship set Brasil” seria entregue à Embraer para a montagem final e 02 “ship sets Brasil” seriam enviados para a Itália para trocar por 01 “ship set Itália”.
Desta forma, a FAB, teoricamente, nunca enviaria divisas para a Itália, pois o contrato da compra dos “ship sets Brasil” era para pagamento em moeda nacional.
Porém, o Brasil “quebrou” em janeiro de 1987, decretando moratória. Em 1988 foi promulgada uma nova constituição. Em 1989 terminou a guerra fria. E em 1990, assumiu o presidente Collor. E o orçamento do AM-X sumiu.
A FAB teve dificuldades para adquirir os “ship sets Brasil” para enviar para a Itália, que necessitava das asas para a montagem final das suas próprias aeronaves.
Este atraso no programa “liquidou” as empresas nacionais menores. Na prática, somente escapou a Embraer, que foi mantida com “soro nas veias” pela FAB até a sua privatização.
A fabricação dos motores Spey na Celma teve trajetória semelhante.
Bem, este é o programa AM-X. Mal ou bem, a capacitação industrial prevista no início dos anos 80 com o programa AM-X possibilitou que o Brasil tenha hoje a terceira maior empresa aeronáutica do mundo. Graças à visão dos engenheiros da FAB, entre eles o Brigadeiro Lôbo, Ferolla e Taveira.
A falta de recursos provocou atrasos na produção, no desenvolvimento, na aquisição da logística, na perda dos prováveis nichos de exportação, e tudo o mais.
O preço da aeronave A-1, caso considerarmos os valores investidos no programa como um todo, desenvolvimento, produção e capacitação industrial, é extremamente alto. Mas não é assim que se calcula o preço de uma aeronave. Como informado, este era um programa de capacitação industrial, e somente assim ele pode ser entendido e avaliado.
No mais o responsável pelo Brasília (que voou em 1983) foi o programa Xingu que derivou de um Bandeirante "pressurizado", tal tecnologia vindo do OFFSet da compra do F-5.
Bandeirante -> Xingu -> Brasília -> 145
A contribuição maior do AM-X para os nossos projetos de aeronaves regionais foi na questão do trem de pouso.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Editado pela última vez por Mathias em Qua Dez 23, 2015 2:33 pm, em um total de 1 vez.
“Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar, de sonhar e de querer! Levantem suas bandeiras, mesmo quando não puderem levantar!”.
Mujica.
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- Carlos Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Não entendi o post "emocional" disfarçando ataque pessoal Kirk.kirk escreveu:Então almejar um caça "Made in BraZil" não passa de algo a afagar o "ego nacional" ... apenas uma "vaidade" à beira de uma estupidez ?Carlos Lima escreveu: O AM-X (não as partes boas) manda lembranças...
Mas como o ego nacional (de dizer "Made in BraZil") tem que ser alimentado sempre... Eles fingem que nos ensinam algo atual e fingimos que a coisa terá uso prático daqui a 10 anos...
[]s
CB_Lima
O que seria então sensato e inteligente de nossa parte Lima ? ... afinal PRA QUE almejar desenvolver nossa indústria aeroespacial ??? ... isso não passa de uma vaidade estupida de nosso egocentrismo ... assim, pra não nos apegarmos a essa bobagem de ficar alimentando o "ego nacional" ... e querer desenvolver a porcaria de nossa indústria ... porque não reconhecemos o que de fato SOMOS ??? ... um paiseco do terceiro mundo ... que não deveria se meter a fazer aviões de combate ... muito MELHOR seria :
- Comprar aviões fuderozissimos "Made in RúXia" onde aprenderíamos a fazer algo coerente com nossos "status internacional" ... sem essa bobagem de "ego" ... algo que estaria em "nosso alcance" como por exemplo fabricar os pneus do SU-35S ... quem sabe retrovisores e seus espelhinhos ... talvez até um radio AM/FM, ventilador de cabine, essa tecnologia exclusiva da RuXia e talvez um dia podermos almejar, quem sabe, a transferência de Tecnologia de TINTA VERDE CALCINHA pra pintar as cabines de todos os aviões da FAB ??? ... heim ... seria ou não o MÁXIMO ????
Você está totalmente certo viu Lima ... temos que nos colocar em nosso devido lugar ...
Manera ok?
Fale sobre os aviões e não as pessoas... E por favor não venha com essa bobagem de distorcer o que eu falei.
Nunca disse que a industira nacional não tem que ser desenvolvida, só que a lição que deveríamos ter aprendido a muito tempo é fazer os investimentos corretos.
Definitivamente não concordamos sobre a maneira como a coisa é feita e é isso aí.
[]s
CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima