Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
- LeandroGCard
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Pois é, e já por diversas vezes tentaram e ainda tentam impor o criacionismo nas aulas de ciência (e não nas de educação religiosa), o que implicaria em substituir a racionalidade pela fé em um campo onde esta não cabe. Devemos manter a vigilância e bloquear qualquer movimento neste sentido enquanto ele ainda é percebido como absurdo.Naval escreveu:Então Leandro.
Tem muitos políticos brasileiros querendo implementar nas escolas o ensino religioso obrigatório.
Inclusive, até mesmo substituir a Constituição da República pela bíblia.
Devemos lutar contra isso e assegurar nosso Estado laico.
Se deixarmos a coisa andar livre daqui a pouco muita gente achará isso normal, e daí para a frente é só ladeira abaixo como ocorreu no OM.
Sem a menor sombra de dúvida, e estes são a grande maioria, como também ocorre no OM. Só que é a minoria fanatizada que tende a assumir a ofensiva, dominar o resto e depois impor suas próprias posições aos demais, a ferro e fogo se necessário.Por outro lado, existem religiosos sensatos que sabem que política e religião não se misturam.
Abraços.
Leandro G. Card
- Ziba
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Santa Ignorância, heim? Concordar com parte, significa apoiar o ISIS ou querer se alistar?Bolovo escreveu:Vá para lá e aliste-se, o ISIS está precisando de gente.Ziba escreveu: Concordo com quase tudo...
- wagnerm25
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Bah, essa coisa de separar religião de estado foi a maior bola dentro. E pior é que há quem queira voltar atrás nisso.Naval escreveu:Então Leandro.LeandroGCard escreveu:Artigo interessantíssimo.
E confirma o meu medo dos efeitos da uma educação religiosa sem um controle externo.
Leandro G. Card
Tem muitos políticos brasileiros querendo implementar nas escolas o ensino religioso obrigatório.
Inclusive, até mesmo substituir a Constituição da República pela bíblia.
Devemos lutar contra isso e assegurar nosso Estado laico.
Por outro lado, existem religiosos sensatos que sabem que política e religião não se misturam.
Abraços.
- nemesis
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Um grupo de mercenários colombianos e seu comandante australiano morreram no Yemen por tropas Houthis. Eram 6 colombianos ao todo!!!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Nêmesis, caríssimo, estou para lá de curioso com esta história. Já sabia do recrutamento dos mercenários colombianos, e a fim destes nas mãos dos Houthis me cheira a uma bela história. Estou curioso e te peço, encarecidamente, se puder colocar para nós os links com a história de pronto agradeço.nemesis escreveu:Um grupo de mercenários colombianos e seu comandante australiano morreram no Yemen por tropas Houthis. Eram 6 colombianos ao todo!!!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Olá Ilya, com toda certeza amigo, segue o link com algumas informações e fotos:
* Os links só falam do fato. Não abordam o recrutamento de mercenários colombianos.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Uma rápida pesquisa no google "colombian in yemen" mostra que a notícia é antiga. Quem recruta e paga o soldo dos mercenários colombianos é o Emirados Árabes Unidos, eles optam pelos colombianos por causa da experiência em luta contra guerrilha.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Guerra no Oriente Médio está ligada à água e não ao petróleo
Júlio Ottoboni
JORNALISTA CIENTÍFICO
Engana-se quem acredita que o conflito no Oriente Médio, que se transformou numa guerra internacional tendo foco principal o ISIS ( Estado Islâmico), é algo ligado ao petróleo. A questão crucial é a água e os imensos reservatórios existentes na região. A busca pelo controle destas localidades, exatamente onde ocorrem as ações militares com maior intensidade, é a chave de todo o problema. O que se sabe: quem controlar a água potável controlará o mundo.
A questão tem sido divulgada por especialistas internacionais e pela própria Nações Unidas, e agora mais discretamente na Cop 21. Todos tem chamado a atenção para os recursos hídricos potáveis, embora o foco seja sempre desviado para o controle da produção de petróleo, que além de ser barato no mercado internacional está em fase de substituição como combustível para a economia nas próximas décadas.
O alerta veio em 1997, o então vice-diretor geral da UNESCO, Adnan Badran, no seminário "Águas transfronteiriças: fonte de paz e guerra" afirmou o seguinte: "A água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo". Neste ano, o papa Francisco disse temer que o controle pela água por parte das grandes empresas mundiais termine por provocar uma guerra neste século. E publicou isso em sua encíclica sobre o meio ambiente, divulgada em meados deste ano pelo Vaticano.
"É previsível que o controle da água por parte de grandes empresas mundiais se converta em uma das principais fontes de conflitos deste século", registrou o pontífice.
Os Estados Unidos usam mais de 70% de sua água para irrigação e no agronegócio. Vários pontos de seu território enfrentam crises hídricas sem precedentes, com perda de lavouras e quedas vertiginosas na produção de grãos e carne. O Rio Colorado, por exemplo, deixou de alcançar o oceano por déficit hídrico. E as barragens tem sido um dos grandes problemas nos Estados Unidos.
Segundo o Greenpeace, o maior reservatório de água doce do mundo, lago Baikal, que fica no sul da Sibéria, Rússia, está atualmente em nível crítico e gera especulações de que as regiões que são abastecidas por ele serão em breve afetadas pela seca. O baixo nível do lago também causa grande impacto na fauna local. Peixes são os primeiros a serem afetados pelo volume reduzido de água.
“O aumento dessa perda por causas humanas é como um grande rio de água doce da Terra para a atmosfera. Mudamos muito o sistema da água doce sem saber”, observou Gia Destouni, professora da Universidade de Estocolmo. “Já superamos os limites do consumo de água doce do planeta. Isso é sério”, acrescentou.
Os grandes mananciais no Oriente Médio e Africa.
O terceiro grande aquífero do mundo é do Arenito Núbia, com localização na Líbia, Egito, Chade e Sudão, tendo a extensão de 2 milhões de km². Sendo com capacidade de 150.000 km³. O quarto também é numa região seca do planeta, o KalaharijKaroo. Localização na Namíbia, Bostwana e África do Sul. Sua extensão: 135 mil km².
As enormes reservas hídricas da Líbia já foram usadas como armas contra os guerrilheiros na época de Gadafi. A Líbia é um dos países mais secos do mundo, embora tenha um volume de água impressionante. Uma contradição explicável. Apenas 5% do país recebem cerca de cem milímetros de chuvas por ano. Historicamente, os aquíferos costeiros ou as unidades de dessalinização de Trípoli eram de má qualidade devido à contaminação com água salgada. O recurso não era potável em muitas cidades.
Explorações petrolíferas no deserto do Sul da Líbia, em meados dos anos 1950, encontraram um tesouro enterrado. Elas revelaram a existência de água subterrânea potável, capaz de abastecer a crescente demanda do país. Os cientistas estimam que por volta de 40 mil anos atrás, quando o clima do Norte da África era subtropical, a água da chuva se infiltrou onde está hoje o aquífero.
Muammar Gadafi começou na década de 80 um projeto de irrigação, conhecido como o Grande Rio Artificial, para extrair água subterrânea das cidades de Kufra, Sirte, Morzuk, Hamada e do Aquífero de Pedra Arenisca de Nubia, para levar mais de cinco milhões de metros cúbicos de água, por dia, para as cidades costeiras.
As águas subterrâneas líbias capazes de manter a taxa de distribuição de 2007 durante os próximos mil anos. O Aquífero de Nubia, que inclui partes do Chade, Egito, Líbia e Sudão, é o maior sistema de água fóssil do mundo, cobre cerca de dois milhões de quilômetros quadrados e, estima-se, contêm aproximadamente 150 mil quilômetros cúbicos.
A água fóssil é a que ficou presa no subsolo há milhares ou milhões de anos, e, ao contrário dos aquíferos, este é um recurso não renovável. “O Grande Rio Artificial fornece água potável e para irrigação a 70% da população, levando-a do Aquífero do Sul para as áreas costeiras do Norte situadas a quatro mil quilômetros”, confirmou à imprensa o professor de Ciências Políticas da Universidade Americana do Cairo, Ivan Ivekovic.
Águas subterrâneas
Há dois grandes sistemas de aquíferos: o da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aquífero de Basin e o Costeiro, esse último se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza.
Conhecidas como águas 'transfronteiriças', estão classificadas como recursos naturais compartilhados. Segundo recente inventário da UNESCO, 96% das reservas de água doce mundiais estão em aquíferos subterrâneos e compartilhados por diversos países.
Em 2015, por trás da crescente violência no Iraque, na Síria e no Iêmen, e na onda de agitações civis na região de maneira mais ampla há uma crescente escassez de água. A Associação Norte-Americana de Obras Hídricas (AWWA) divulgou que a escassez de água ligada às mudanças climáticas é um problema global que desempenha papel crítico nos principais conflitos no Oriente Médio e no Norte da África.
Neste ano, nos relatórios da AWWA, o especialista norte-americano em gerenciamento de água Roger Patrick avaliou que a "instabilidade política no Oriente Médio e a possibilidade de que o mesmo ocorra em outros países", ilustrando a crescente "interconectividade global" da escassez hídrica nos níveis local e regional.
Em 2012, um relatório do serviço de inteligência dos EUA - baseado em um estudo confidencial da Inteligência Nacional sobre a segurança hídrica, encomendado pela então secretária de Estado, Hillary Clinton – trouxe a tona o problema. O documento mostrou que após o ano de 2022, secas, alagamentos e a carência de água potável aumentarão a possibilidade de o recurso ser usado como uma arma de guerra ou um instrumento para terroristas.
Em 2003 a água já era apontada como um dos itens mais importante do conflito no Oriente Médio, mas é também o menos abordado.
http://www.defesanet.com.br/ch/noticia/ ... -petroleo/
Júlio Ottoboni
JORNALISTA CIENTÍFICO
Engana-se quem acredita que o conflito no Oriente Médio, que se transformou numa guerra internacional tendo foco principal o ISIS ( Estado Islâmico), é algo ligado ao petróleo. A questão crucial é a água e os imensos reservatórios existentes na região. A busca pelo controle destas localidades, exatamente onde ocorrem as ações militares com maior intensidade, é a chave de todo o problema. O que se sabe: quem controlar a água potável controlará o mundo.
A questão tem sido divulgada por especialistas internacionais e pela própria Nações Unidas, e agora mais discretamente na Cop 21. Todos tem chamado a atenção para os recursos hídricos potáveis, embora o foco seja sempre desviado para o controle da produção de petróleo, que além de ser barato no mercado internacional está em fase de substituição como combustível para a economia nas próximas décadas.
O alerta veio em 1997, o então vice-diretor geral da UNESCO, Adnan Badran, no seminário "Águas transfronteiriças: fonte de paz e guerra" afirmou o seguinte: "A água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo". Neste ano, o papa Francisco disse temer que o controle pela água por parte das grandes empresas mundiais termine por provocar uma guerra neste século. E publicou isso em sua encíclica sobre o meio ambiente, divulgada em meados deste ano pelo Vaticano.
"É previsível que o controle da água por parte de grandes empresas mundiais se converta em uma das principais fontes de conflitos deste século", registrou o pontífice.
Os Estados Unidos usam mais de 70% de sua água para irrigação e no agronegócio. Vários pontos de seu território enfrentam crises hídricas sem precedentes, com perda de lavouras e quedas vertiginosas na produção de grãos e carne. O Rio Colorado, por exemplo, deixou de alcançar o oceano por déficit hídrico. E as barragens tem sido um dos grandes problemas nos Estados Unidos.
Segundo o Greenpeace, o maior reservatório de água doce do mundo, lago Baikal, que fica no sul da Sibéria, Rússia, está atualmente em nível crítico e gera especulações de que as regiões que são abastecidas por ele serão em breve afetadas pela seca. O baixo nível do lago também causa grande impacto na fauna local. Peixes são os primeiros a serem afetados pelo volume reduzido de água.
“O aumento dessa perda por causas humanas é como um grande rio de água doce da Terra para a atmosfera. Mudamos muito o sistema da água doce sem saber”, observou Gia Destouni, professora da Universidade de Estocolmo. “Já superamos os limites do consumo de água doce do planeta. Isso é sério”, acrescentou.
Os grandes mananciais no Oriente Médio e Africa.
O terceiro grande aquífero do mundo é do Arenito Núbia, com localização na Líbia, Egito, Chade e Sudão, tendo a extensão de 2 milhões de km². Sendo com capacidade de 150.000 km³. O quarto também é numa região seca do planeta, o KalaharijKaroo. Localização na Namíbia, Bostwana e África do Sul. Sua extensão: 135 mil km².
As enormes reservas hídricas da Líbia já foram usadas como armas contra os guerrilheiros na época de Gadafi. A Líbia é um dos países mais secos do mundo, embora tenha um volume de água impressionante. Uma contradição explicável. Apenas 5% do país recebem cerca de cem milímetros de chuvas por ano. Historicamente, os aquíferos costeiros ou as unidades de dessalinização de Trípoli eram de má qualidade devido à contaminação com água salgada. O recurso não era potável em muitas cidades.
Explorações petrolíferas no deserto do Sul da Líbia, em meados dos anos 1950, encontraram um tesouro enterrado. Elas revelaram a existência de água subterrânea potável, capaz de abastecer a crescente demanda do país. Os cientistas estimam que por volta de 40 mil anos atrás, quando o clima do Norte da África era subtropical, a água da chuva se infiltrou onde está hoje o aquífero.
Muammar Gadafi começou na década de 80 um projeto de irrigação, conhecido como o Grande Rio Artificial, para extrair água subterrânea das cidades de Kufra, Sirte, Morzuk, Hamada e do Aquífero de Pedra Arenisca de Nubia, para levar mais de cinco milhões de metros cúbicos de água, por dia, para as cidades costeiras.
As águas subterrâneas líbias capazes de manter a taxa de distribuição de 2007 durante os próximos mil anos. O Aquífero de Nubia, que inclui partes do Chade, Egito, Líbia e Sudão, é o maior sistema de água fóssil do mundo, cobre cerca de dois milhões de quilômetros quadrados e, estima-se, contêm aproximadamente 150 mil quilômetros cúbicos.
A água fóssil é a que ficou presa no subsolo há milhares ou milhões de anos, e, ao contrário dos aquíferos, este é um recurso não renovável. “O Grande Rio Artificial fornece água potável e para irrigação a 70% da população, levando-a do Aquífero do Sul para as áreas costeiras do Norte situadas a quatro mil quilômetros”, confirmou à imprensa o professor de Ciências Políticas da Universidade Americana do Cairo, Ivan Ivekovic.
Águas subterrâneas
Há dois grandes sistemas de aquíferos: o da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aquífero de Basin e o Costeiro, esse último se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza.
Conhecidas como águas 'transfronteiriças', estão classificadas como recursos naturais compartilhados. Segundo recente inventário da UNESCO, 96% das reservas de água doce mundiais estão em aquíferos subterrâneos e compartilhados por diversos países.
Em 2015, por trás da crescente violência no Iraque, na Síria e no Iêmen, e na onda de agitações civis na região de maneira mais ampla há uma crescente escassez de água. A Associação Norte-Americana de Obras Hídricas (AWWA) divulgou que a escassez de água ligada às mudanças climáticas é um problema global que desempenha papel crítico nos principais conflitos no Oriente Médio e no Norte da África.
Neste ano, nos relatórios da AWWA, o especialista norte-americano em gerenciamento de água Roger Patrick avaliou que a "instabilidade política no Oriente Médio e a possibilidade de que o mesmo ocorra em outros países", ilustrando a crescente "interconectividade global" da escassez hídrica nos níveis local e regional.
Em 2012, um relatório do serviço de inteligência dos EUA - baseado em um estudo confidencial da Inteligência Nacional sobre a segurança hídrica, encomendado pela então secretária de Estado, Hillary Clinton – trouxe a tona o problema. O documento mostrou que após o ano de 2022, secas, alagamentos e a carência de água potável aumentarão a possibilidade de o recurso ser usado como uma arma de guerra ou um instrumento para terroristas.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Epa!Lirolfuti escreveu:Guerra no Oriente Médio está ligada à água e não ao petróleo
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A questão tem sido divulgada por especialistas internacionais e pela própria Nações Unidas, e agora mais discretamente na Cop 21. Todos tem chamado a atenção para os recursos hídricos potáveis, embora o foco seja sempre desviado para o controle da produção de petróleo, que além de ser barato no mercado internacional está em fase de substituição como combustível para a economia nas próximas décadas.
O alerta veio em 1997, o então vice-diretor geral da UNESCO, Adnan Badran, no seminário "Águas transfronteiriças: fonte de paz e guerra" afirmou o seguinte: "A água substituirá o petróleo como principal fonte de conflitos no mundo". Neste ano, o papa Francisco disse temer que o controle pela água por parte das grandes empresas mundiais termine por provocar uma guerra neste século. E publicou isso em sua encíclica sobre o meio ambiente, divulgada em meados deste ano pelo Vaticano.
"É previsível que o controle da água por parte de grandes empresas mundiais se converta em uma das principais fontes de conflitos deste século", registrou o pontífice.
Os Estados Unidos usam mais de 70% de sua água para irrigação e no agronegócio. Vários pontos de seu território enfrentam crises hídricas sem precedentes, com perda de lavouras e quedas vertiginosas na produção de grãos e carne. O Rio Colorado, por exemplo, deixou de alcançar o oceano por déficit hídrico. E as barragens tem sido um dos grandes problemas nos Estados Unidos.
Segundo o Greenpeace, o maior reservatório de água doce do mundo, lago Baikal, que fica no sul da Sibéria, Rússia, está atualmente em nível crítico e gera especulações de que as regiões que são abastecidas por ele serão em breve afetadas pela seca. O baixo nível do lago também causa grande impacto na fauna local. Peixes são os primeiros a serem afetados pelo volume reduzido de água.
“O aumento dessa perda por causas humanas é como um grande rio de água doce da Terra para a atmosfera. Mudamos muito o sistema da água doce sem saber”, observou Gia Destouni, professora da Universidade de Estocolmo. “Já superamos os limites do consumo de água doce do planeta. Isso é sério”, acrescentou.
Os grandes mananciais no Oriente Médio e Africa.
O terceiro grande aquífero do mundo é do Arenito Núbia, com localização na Líbia, Egito, Chade e Sudão, tendo a extensão de 2 milhões de km². Sendo com capacidade de 150.000 km³. O quarto também é numa região seca do planeta, o KalaharijKaroo. Localização na Namíbia, Bostwana e África do Sul. Sua extensão: 135 mil km².
As enormes reservas hídricas da Líbia já foram usadas como armas contra os guerrilheiros na época de Gadafi. A Líbia é um dos países mais secos do mundo, embora tenha um volume de água impressionante. Uma contradição explicável. Apenas 5% do país recebem cerca de cem milímetros de chuvas por ano. Historicamente, os aquíferos costeiros ou as unidades de dessalinização de Trípoli eram de má qualidade devido à contaminação com água salgada. O recurso não era potável em muitas cidades.
Explorações petrolíferas no deserto do Sul da Líbia, em meados dos anos 1950, encontraram um tesouro enterrado. Elas revelaram a existência de água subterrânea potável, capaz de abastecer a crescente demanda do país. Os cientistas estimam que por volta de 40 mil anos atrás, quando o clima do Norte da África era subtropical, a água da chuva se infiltrou onde está hoje o aquífero.
Muammar Gadafi começou na década de 80 um projeto de irrigação, conhecido como o Grande Rio Artificial, para extrair água subterrânea das cidades de Kufra, Sirte, Morzuk, Hamada e do Aquífero de Pedra Arenisca de Nubia, para levar mais de cinco milhões de metros cúbicos de água, por dia, para as cidades costeiras.
As águas subterrâneas líbias capazes de manter a taxa de distribuição de 2007 durante os próximos mil anos. O Aquífero de Nubia, que inclui partes do Chade, Egito, Líbia e Sudão, é o maior sistema de água fóssil do mundo, cobre cerca de dois milhões de quilômetros quadrados e, estima-se, contêm aproximadamente 150 mil quilômetros cúbicos.
A água fóssil é a que ficou presa no subsolo há milhares ou milhões de anos, e, ao contrário dos aquíferos, este é um recurso não renovável. “O Grande Rio Artificial fornece água potável e para irrigação a 70% da população, levando-a do Aquífero do Sul para as áreas costeiras do Norte situadas a quatro mil quilômetros”, confirmou à imprensa o professor de Ciências Políticas da Universidade Americana do Cairo, Ivan Ivekovic.
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Há dois grandes sistemas de aquíferos: o da Montanha (totalmente sob o solo da Cisjordânia, com uma pequena porção sob o Estado de Israel), aquífero de Basin e o Costeiro, esse último se estende por quase toda faixa litorânea israelense até Gaza.
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Em 2015, por trás da crescente violência no Iraque, na Síria e no Iêmen, e na onda de agitações civis na região de maneira mais ampla há uma crescente escassez de água. A Associação Norte-Americana de Obras Hídricas (AWWA) divulgou que a escassez de água ligada às mudanças climáticas é um problema global que desempenha papel crítico nos principais conflitos no Oriente Médio e no Norte da África.
Neste ano, nos relatórios da AWWA, o especialista norte-americano em gerenciamento de água Roger Patrick avaliou que a "instabilidade política no Oriente Médio e a possibilidade de que o mesmo ocorra em outros países", ilustrando a crescente "interconectividade global" da escassez hídrica nos níveis local e regional.
Em 2012, um relatório do serviço de inteligência dos EUA - baseado em um estudo confidencial da Inteligência Nacional sobre a segurança hídrica, encomendado pela então secretária de Estado, Hillary Clinton – trouxe a tona o problema. O documento mostrou que após o ano de 2022, secas, alagamentos e a carência de água potável aumentarão a possibilidade de o recurso ser usado como uma arma de guerra ou um instrumento para terroristas.
Em 2003 a água já era apontada como um dos itens mais importante do conflito no Oriente Médio, mas é também o menos abordado.
http://www.defesanet.com.br/ch/noticia/ ... -petroleo/
Sendo o acima verdade, eles que fiquem por lá brigando...enquanto isso, vamos por nossa barba de molho (em água) e nos preparar porque, de repente, alguém pode mudar o mapa dos alvos interessantes...
Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Olá Bolovo, tudo bem?Bolovo escreveu:Líbia hoje. Parabéns aos envolvidos.
Não te parece exagero afirmar que o ISIS tem o controle até de Benghazi? Que eu saiba, ele controla 'apenas' Sirte e seus arredores.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Sim, é exagero. Coloquei achando que era algo próximo da realidade, mas não tem compromisso algum. Hoje a Líbia está assim:César escreveu:Olá Bolovo, tudo bem?Bolovo escreveu:Líbia hoje. Parabéns aos envolvidos.
Não te parece exagero afirmar que o ISIS tem o controle até de Benghazi? Que eu saiba, ele controla 'apenas' Sirte e seus arredores.
Abraços
César
O que a ISIS comanda está em cinza. Não comanda as cidades do outro mapa, mas há presença sim do ISIS em Bengazhi e Derna. O resto são as diversas facções que estão brigando pelo poder. Mas a verdade é uma: após a festejada queda de Gaddafi, a Líbia deixou de existir e virou outro porto seguro para terroristas e doidos de plantão que vão causar problemas justamente para os mesmos que mais contribuíram para a situação atual, sim, ela mesma, a antiga Europa e seu companheiro além-mar, os EUA.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Os videos gravados com drones são assustadores! Da pra perceber toda movimentação tática, a reação do inimigo!!
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