TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
Total de votos: 1320

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77386 Mensagem por Penguin » Qui Dez 03, 2015 12:21 pm

joao fernando escreveu:O negócio é cancelar essa pulga alada

http://www.cavok.com.br/blog/gripen-ng- ... ara-a-fab/
Impeachment!




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77387 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 03, 2015 12:46 pm

Bom, uma coisa é sabida. A escolha foi mais política do que técnica. Agora é saber se dentro desta escolha política houve ou não o dedo a mais que não poderia estar ali.
Eu acredito que dificilmente veremos algo neste sentido. Afinal, a decisão foi da presidente. Se alguém tiver de responder por alguma coisa que errada neste processo terá de ser ela, que foi a tomadora da decisão final.
Enfim, segue o projeto, e que se sigam as devidas investigações.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77388 Mensagem por Luís Henrique » Qui Dez 03, 2015 1:20 pm

FCarvalho escreveu:Bom, uma coisa é sabida. A escolha foi mais política do que técnica. Agora é saber se dentro desta escolha política houve ou não o dedo a mais que não poderia estar ali.
Eu acredito que dificilmente veremos algo neste sentido. Afinal, a decisão foi da presidente. Se alguém tiver de responder por alguma coisa que errada neste processo terá de ser ela, que foi a tomadora da decisão final.
Enfim, segue o projeto, e que se sigam as devidas investigações.

abs.
Bom, uma coisa eu digo: Até agora não desceu aquele aumento de preço de U$ 900 mi.

As explicações dadas, pelo menos para mim, foram INSATISFATÓRIAS.




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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77389 Mensagem por kirk » Qui Dez 03, 2015 1:34 pm

FCarvalho escreveu:Bom, uma coisa é sabida. A escolha foi mais política do que técnica. Agora é saber se dentro desta escolha política houve ou não o dedo a mais que não poderia estar ali.
Eu acredito que dificilmente veremos algo neste sentido. Afinal, a decisão foi da presidente. Se alguém tiver de responder por alguma coisa que errada neste processo terá de ser ela, que foi a tomadora da decisão final.
Enfim, segue o projeto, e que se sigam as devidas investigações.

abs.
Discordo, se a escolha fosse política recairia inicialmente (Lula) sobre o Rafale e em segunda hipótese (Dilma) sobre Super Hornet ... por razões políticas de conhecimento de todos, a escolha política recaiu sobre a escolha técnica. Deu Gripen NG




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77390 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 03, 2015 2:36 pm

Kirk, a escolha foi política do ponto de vista de quem decidiu, ou seja, da Presidente DR, que embora querendo escolher outro caça, teve de definir-se por aquele, mediante as questões levantadas por um agente fora do processo FX, até onde sabermos.

E este era a escolha técnica da FAB. Mas não deixa de ser uma opção política. Porque ela simplesmente poderia ter ignorado todos os fatos e simplesmente ter-se eleito o SH como vencedor, e fim. Continuaria sendo uma decisão política, que é ao fim e ao cabo, o que característica quase todas as decisões que um presidente toma.

Apenas isso. E tal decisão não desmereceria em nada a escolha técnica da FAB. Esta é, insisto, apenas uma condicionante do processo desde o seu início, e com da qual a FAB sempre teve ciência.

Agora, outra coisa é se ao decidir-se pelo Gripen NG como vencedor do processo FX-2, a presidente o fez sob uma influência e/ou interferência no processo decisório que, objetivamente, não poderia estar ali. Sobre isso, o MP irá fazer as devidas investigações. Mas quanto a esta, eu realmente não me preocupo.

Seria o cúmulo do ridículo um presidente da república decidir algo tão importante assim simplesmente em função, e/ou a partir de, negociatas de lobistas A pu B em reuniões em uma sala qualquer do planalto. Acho que pelo tipo que ela faz, não se daria a tal infâmia.

Ao menos assim espero.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77391 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 03, 2015 2:43 pm

Luís Henrique escreveu:
FCarvalho escreveu:Bom, uma coisa é sabida. A escolha foi mais política do que técnica. Agora é saber se dentro desta escolha política houve ou não o dedo a mais que não poderia estar ali.
Eu acredito que dificilmente veremos algo neste sentido. Afinal, a decisão foi da presidente. Se alguém tiver de responder por alguma coisa que errada neste processo terá de ser ela, que foi a tomadora da decisão final.
Enfim, segue o projeto, e que se sigam as devidas investigações.
abs.
Bom, uma coisa eu digo: Até agora não desceu aquele aumento de preço de U$ 900 mi.
As explicações dadas, pelo menos para mim, foram INSATISFATÓRIAS.
Luis, as explicações que tinham que ser dadas sobre estes tais US 900 milhões a mais foram dadas a quem devido. E se não me estou enganado, parece que nem sequer teve esse aumento, já que o contrato foi assinado em US 4,5 bi anunciados. Isso de vai e vem de cambio é um negócio muito volúvel, mas enfim.

Quanto a certos detalhes sobre o contrato, bem, eu acho que dificilmente iremos saber, visto que inúmeros itens devem estar coberto por cláusulas de confidencialidade, como de praxe neste tipo de negocio em defesa.

De qualquer maneira, acho que saímos no lucro. É como eu tenho dito, demoramos tanto tempo para tomar uma simples decisão que simplesmente não dá para reclamar agora sobre o que foi decidido. Temos uma decisão. Vamos torcer agora e acompanhar para que ela tenha sido a mais acertada.

Me parece que do ponto de vista da FAB, que será o operador final do caça, foi uma boa escolha.

Espero que assim seja. Com ou sem lobistas.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77392 Mensagem por kirk » Qui Dez 03, 2015 4:32 pm

KIRK... VOCÊ JÁ RECEBEU UM AVISO COM RELAÇÃO A ESSA HISTÓRIA DA FONTE.

FONTE REMOVIDA.

NÃO HÁ A NECESSIDADE DISSO.


FCarvalho escreveu:Kirk, a escolha foi política do ponto de vista de quem decidiu, ou seja, da Presidente DR, que embora querendo escolher outro caça, teve de definir-se por aquele, mediante as questões levantadas por um agente fora do processo FX, até onde sabermos.

E este era a escolha técnica da FAB. Mas não deixa de ser uma opção política. Porque ela simplesmente poderia ter ignorado todos os fatos e simplesmente ter-se eleito o SH como vencedor, e fim. Continuaria sendo uma decisão política, que é ao fim e ao cabo, o que característica quase todas as decisões que um presidente toma.

Apenas isso. E tal decisão não desmereceria em nada a escolha técnica da FAB. Esta é, insisto, apenas uma condicionante do processo desde o seu início, e com da qual a FAB sempre teve ciência.

Agora, outra coisa é se ao decidir-se pelo Gripen NG como vencedor do processo FX-2, a presidente o fez sob uma influência e/ou interferência no processo decisório que, objetivamente, não poderia estar ali. Sobre isso, o MP irá fazer as devidas investigações. Mas quanto a esta, eu realmente não me preocupo.

Seria o cúmulo do ridículo um presidente da república decidir algo tão importante assim simplesmente em função, e/ou a partir de, negociatas de lobistas A pu B em reuniões em uma sala qualquer do planalto. Acho que pelo tipo que ela faz, não se daria a tal infâmia.

Ao menos assim espero.

abs.
Entendi sua colocação FCarvalho !

Pra ser sincero também não me preocupa, mesmo porque se Lula fosse exercer influência teria pendido para outra opção ... mas a grande prova de que não houve atuação nenhuma de lobista na decisão é que apenas 3 meses antes, era dada como certa a vitória do SH ... havia inclusive forte expectativa do anúncio ocorrer na visita de Estado aos EUA, cancelada pela Dilma ...

Somente esse fato não deixa dúvidas de que a Saab não exerceu influência (digo indevida ou desonesta) no processo de escolha e portanto esse carnaval todo não passa de blá, blá, blá ...

Me recordo que pouco antes de assumir a presidência, Dilma tirou a documentação das mãos de Jobim e as atribuiu ao Pimentel, quase na mesma data pediu reunião à portas fechadas com os Comandantes um a um, e foram veiculadas informações que o Saito entregou diretamente à Dilma as avaliações ... ou seja o tal relatório paralelo do Jobim, perdeu completamente a razão de ser ...

Isso está em conformidade com as atitudes posteriores de Dilma, que logo após a posse recebeu o Senador republicano John McCain pra falar especificamente sobre o Super Hornet ... desde então começou a se pavimentar a vitória do SH, muito bem conduzido posteriormente por Joe Biden (USGvt VP), em seguida vitória do A-29 ST para a USAF, diversos contratos entre Boeing e Embraer, combustíveis, KC-390 ... a coisa ia de vento em popa para a vitória americana ...

Na minha visão a coisa começou a degringolar com a visita do Secretário de Estado John Kerry (uma toupeira) ferrou todo o trabalho do ex-embaixador (USA) e do Joe Biden ao declarar em coletiva junto com o Ministro Patriota que USGvt espionou e continuaria a espionar ... pronto ... fudeu tudo ... já de bate pronto o Patriota chutou o balde dizendo que o Brasil não faria contratos estratégicos com aliados em que não havia confiança mútua ...

Em seguida na recepção com a Dilma o clima tava pesado, tem uma foto do ex-Embaixador que ficou evidente a sua decepção com as declarações de Kerry ...

Desculpe o post ficou longo ... mas somente pra concluir :

Minha opinião (dedução) é que no encontro com o Comte. Saito, o Japonês abriu o jogo ... disse: esse serve, esse serve já esse NÃO serve ... por isso e isso ... qualquer dos DOIS que escolher a FAB vai assinar embaixo ... e ela escolheu ... como um foi metralhado por Kerry e Snowdem ... a Dilma ficou com a SEGUNDA escolha política e a PRIMEIRA escolha técnica ...

KIRK... VOCÊ JÁ RECEBEU UM AVISO COM RELAÇÃO A ESSA HISTÓRIA DA FONTE.

FONTE REMOVIDA.

NÃO HÁ A NECESSIDADE DISSO.

Tá bom, tá bom ... nunca achei que fosse errado isso ... e nem que ofendesse alguém ... segue o barco ...




Editado pela última vez por kirk em Qui Dez 03, 2015 9:38 pm, em um total de 2 vezes.
[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77393 Mensagem por Luís Henrique » Qui Dez 03, 2015 5:05 pm

FCarvalho escreveu:
Luís Henrique escreveu: Bom, uma coisa eu digo: Até agora não desceu aquele aumento de preço de U$ 900 mi.
As explicações dadas, pelo menos para mim, foram INSATISFATÓRIAS.
Luis, as explicações que tinham que ser dadas sobre estes tais US 900 milhões a mais foram dadas a quem devido. E se não me estou enganado, parece que nem sequer teve esse aumento, já que o contrato foi assinado em US 4,5 bi anunciados. Isso de vai e vem de cambio é um negócio muito volúvel, mas enfim.

Quanto a certos detalhes sobre o contrato, bem, eu acho que dificilmente iremos saber, visto que inúmeros itens devem estar coberto por cláusulas de confidencialidade, como de praxe neste tipo de negocio em defesa.

De qualquer maneira, acho que saímos no lucro. É como eu tenho dito, demoramos tanto tempo para tomar uma simples decisão que simplesmente não dá para reclamar agora sobre o que foi decidido. Temos uma decisão. Vamos torcer agora e acompanhar para que ela tenha sido a mais acertada.

Me parece que do ponto de vista da FAB, que será o operador final do caça, foi uma boa escolha.

Espero que assim seja. Com ou sem lobistas.

abs.
Eu também acho que foi uma boa decisão.
Mas pelos escândalos que ouvimos deste desgoverno e sabendo que o contrato envolve uma soma bilionária é de se estranhar um aumento no valor de última hora.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77394 Mensagem por Carlos Lima » Qui Dez 03, 2015 5:23 pm

Se todo o papo do Snowden, divulgação da Pré venda ao Congresso dos EUA (que depois sumiu), o super namoro Embraer/Boeing/KC-390, os passeios pela AFA além do WikiLeaks não tivessem acontecido eu acreditaria completamente que o Gripen tinha de fato sido a escolha 'técnica' da FAB.

Mas diante de todos esses fatos... essa foi a única alternativa da Presidenta.

Ou era isso ou o fim do F-X.

Depois é claro tudo (e todos) foi (foram) sendo ajustado(s) em torno da decisão (o que é natural e lógico)!

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77395 Mensagem por ABULDOG74 » Qui Dez 03, 2015 6:33 pm

Olá camaradas, se houve algo irregular que seja apurado; embora tenha confiança total no processo da FAB, mas sabemos que teve uma parte política no processo.
Se caso formos ao extremo e cancelarmos o processo todo, paciência..... agora achar que alguém no meio dessa confusão financeira e crise política vai assinar o contrato de outra aeronave????? INGENUIDADE NÃO SENHORES.............será SUPER TUCANO FOREVER.

ADSUMUS




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77396 Mensagem por Thor » Qui Dez 03, 2015 8:00 pm

Achei bacana esse vídeo que mostra como será o REVO com nosso futuro caça.
No final, podemos ter a ideia pelo capacete do piloto de quantos milésimos de graus o piloto gira a cabeça para ver a cesta no probe atrás. :lol:




Brasil acima de tudo!!!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77397 Mensagem por alex » Qui Dez 03, 2015 8:14 pm

Não sei se importa a virada de cabeça se talvez nem tenhamos avião de reabastecimento.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77398 Mensagem por Penguin » Qui Dez 03, 2015 8:57 pm

Luís Henrique escreveu:
FCarvalho escreveu: Luis, as explicações que tinham que ser dadas sobre estes tais US 900 milhões a mais foram dadas a quem devido. E se não me estou enganado, parece que nem sequer teve esse aumento, já que o contrato foi assinado em US 4,5 bi anunciados. Isso de vai e vem de cambio é um negócio muito volúvel, mas enfim.

Quanto a certos detalhes sobre o contrato, bem, eu acho que dificilmente iremos saber, visto que inúmeros itens devem estar coberto por cláusulas de confidencialidade, como de praxe neste tipo de negocio em defesa.

De qualquer maneira, acho que saímos no lucro. É como eu tenho dito, demoramos tanto tempo para tomar uma simples decisão que simplesmente não dá para reclamar agora sobre o que foi decidido. Temos uma decisão. Vamos torcer agora e acompanhar para que ela tenha sido a mais acertada.

Me parece que do ponto de vista da FAB, que será o operador final do caça, foi uma boa escolha.

Espero que assim seja. Com ou sem lobistas.

abs.
Eu também acho que foi uma boa decisão.
Mas pelos escândalos que ouvimos deste desgoverno e sabendo que o contrato envolve uma soma bilionária é de se estranhar um aumento no valor de última hora.
Luis,

Esse aumento foi investigado recentemente pelo MPF, lembra?

http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... -NG-e-WAD/
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Procuradoria da República no Distrito Federal
Núcleo de Combate à Corrupção
Referência: IC nº 1.16.000.004707/2014-83
Promoção de Arquivamento nº 865/2015

DESPACHO DE ARQUIVAMENTO

O inquérito civil em epígrafe foi instaurado para apurar possíveis irregularidades no processo de aquisição de aviões de caça pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Consta dos autos que a disputa para a fabricação dos aviões de caça teve a participação de três empresas estrangeiras, a Boeing, a Dassault e a SAAB, tendo esta última firmado, em dezembro de 2013, contrato com a FAB.

Consta, outrossim, que a empresa sueca SAAB contratou para o fornecimento de componentes aeronáuticos a empresa brasileira (de capital israelense) AEL Sistemas S/A, que, por sua vez, teria em seu quadro de funcionários pessoas diretamente ligadas aos militares da Aeronáutica:

Luiz Pondé (cunhado do Comandante da Aeronáutica Juniti Saito);
Gilberto (filho do Brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier);
Bruno Baptista (filho do Brigadeiro Carlos Baptista Júnior); e,
Gabriel Bermudez (filho do Brigadeiro Antônio Moretti Bermudez).

Apurou-se no início da investigação, outrossim, que a empresa AEL Sistemas S/A teve um aumento significativo em seu faturamento, que alcançava, em 2003, a cifra de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), passando, em 2011, para um faturamento de R$ 53.700.000,00 (cinquenta e três milhões e setecentos mil reais).

Os fatos acima narrados foram considerados, inicialmente, indícios de que poderia ter sido maculado o processo de compra dos caças GRIPEN NG, os quais deverão ser fornecidos pela empresa sueca SAAB à FAB até o final da presente década.

Suspeitou-se, a princípio, que o alto crescimento de faturamento da empresa AEL Sistemas S/A não tivesse fundamento lícito e que poderia ter sido contratada esta empresa para a produção de componentes aviônicos (em especial, o Wide Area Display – WAD) cuja tecnologia e know-how não estivesse a seu alcance.

A seguir, apresento o que se apurou no bojo do inquérito civil e as conclusões alcançadas ao final.

Em maio de 2008, o Comandante da Aeronáutica determinou ao Estado Maior da Aeronáutica (EMAER) a ativação do Projeto F-X2, por meio da portaria C-10-TGC-3, cuja finalidade foi possibilitar a substituição das aeronaves Mirage F-2000, F-5M e A-1M por aeronaves (caças de combate) mais modernos, em conformidade com a Estratégia Nacional de Defesa, que é definida no Decreto nº 6.703/2008, publicado no final do mesmo ano.

De acordo com o mencionado Decreto, a Força Aérea Brasileira (FAB) deveria formular um e executar um planejamento e “priorizar, com compensação comercial, industrial e tecnológica …a aquisição de aeronaves de caça que substituam, paulatinamente, as hoje existentes, buscando a possível padronização; a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a auto-suficiência na integração destes às aeronaves; e a aquisição de aeronaves de transporte de tropa”.

Conforme se pode perceber, o Projeto F-X2 tem, como base jurídica e estratégica, as diretrizes do Decreto nº 6.703/2008, devendo compatibilizar 3 objetivos principais:

(i) a aquisição de aeronaves de caças modernos;
(ii) a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a autossuficiência na integração destes às aeronaves;
(iii) a garantia de compensações comerciais, industriais e tecnológica.

Chamo a atenção para o terceiro objetivo principal do Projeto F-X2, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa: a garantia de compensações que devem ter, como escopo maior, o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico do Brasil. Tais compensações são operacionalizadas por meio dos acordos de “offset”, por meio dos quais empresas brasileiras passam a ser contratadas para desenvolver tecnologia que venham a beneficiar o país no médio e longo prazo.

Na primeira fase do Projeto F-X2, foi criada a Comissão Gerencial do mencionado projeto (a CGPF-X2), a qual, analisando as propostas das empresas e os sistemas de armas selecionados, exarou o “Relatório dos Estudos para Definição da Short-List”, em agosto de 2008.

Nesse relatório, constam como selecionadas as empresas Boeing, Dassault e SAAB. Tal relatório foi aprovado pelo COMAER e pelo Ministro da Defesa, que determinou à Comissão Coordenadora de Programas de Aeronaves de Combate (COPAC) a ativação do Projeto F-X2.

As contratações objeto do Projeto F-X2, como é fácil perceber, justificam a dispensa de processo licitatório, em razão do que determina o art. 24, IX, XIX e XXVIII, da Lei nº 8.666/93. Vejamos o texto legal:


Art. 24. É dispensável a licitação:
(…)
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (...)


Ainda que não fosse obrigatória a realização de certame licitatório, a FAB promoveu processo seletivo internacional, no bojo do qual se permitiu a concorrência das empresas estrangeiras interessadas no contrato com o Estado brasileiro. Tal processo seletivo, pelo que se apurou, transcorreu sem qualquer causa de nulidade.

Conforme esclareceu a FAB, o Relatório Final do Processo de Seleção do Projeto F-X2 foi encaminhado ao Comandante da Aeronáutica e ao Ministro da Defesa em janeiro de 2010. Porém, somente em dezembro de 2013 foi realizado o anúncio, pelo Ministro da Defesa (com o aval da Presidência da República), de que a oferta considerada mais vantajosa foi a da empresa sueca SAAB, com o projeto Gripen NG.

Chama a atenção o fato de que a decisão ministerial (e presidencial) em favor da proposta da SAAB (considerada mais vantajosa, principalmente levando em consideração os acordos de offset e o financiamento especial oferecido pelo banco de desenvolvimento sueco) deu-se somente ao final de 2013, cinco anos após a emissão do pedido de oferta (RFP) pelas empresas. Esse fato tem como consequência lógica a constatação de que, quando da assinatura do contrato (já em 2014), a oferta da empresa já se apresentava desatualizada, considerando, em especial, que o mercado tecnológico de componentes aviônicos é bastante dinâmico, demandando decisões negociais rápidas e constante atualização dos componentes.

Segundo a FAB, a defasagem tecnológica gerada pelo atraso na decisão ministerial e presidencial sentiu-se na capacidade funcional do radar, na cobertura do sensor Infra-red Search and Track (IRST) e no sistema de guerra eletrônica. Além disso, concebeu-se a agregação de novos armamentos ao arsenal a ser contratado bem com a inclusão do componente Wide Area Display (WAD), o qual teria vantagens tecnológicas de longo prazo.

Por conta da necessidade de superação dessa defasagem tecnológica de meia
década, a FAB enviou para a empresa SAAB, em maio de 2014, o Request For Change (RFC), solicitando a atualização de sua proposta. A resposta da empresa deu-se em agosto de 2014. Com a atualização, firmou-se o contrato de aquisição de aeronaves no valor de SEK 39.333.870.435,39 (trinta e nova bilhões, trezentos e trinta e três milhões, oitocentos e setenta mil, quatrocentos e trinta e cinco coroas suecas), o que equivalia, em janeiro de 2015, a US$ 4.748.288.277,77 (quatro bilhões, setecentos e quarenta e oito milhões, duzentos e oitenta e oito mil, duzentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos). Também foi firmado o contrato de apoio logístico no valor de SEK 548.465.036,26 (quinhentos e quarenta e oito milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, trinta e seis coroas suecas e vinte e seis centavos).

Paralelamente a esses dois contratos, foi firmado um terceiro, em que a SAAB compromete-se a realizar compensações em favor da indústria brasileira, num valor próximo ao dobro do valor do contrato de aquisição. Trata-se do contrato de compensação comercial, industrial e tecnológico, que tinha o valor de US$ 9.118.170.000,00 (nove bilhões, cento e dezoito milhões, cento e setenta mil reais dólares).

A respeito dos valores dos contratos mencionados, não há, s.m.j., elementos no presente inquérito civil que permitam o reconhecimento de qualquer sobrepreço ou superfaturamento.


A respeito do processo de seleção e de contratação da empresa SAAB pelo FAB, conforme relatamos, não encontramos qualquer ilicitude que mereça ser atacada por meio de ação judicial. A par disso, outras suspeitas iniciais justificaram a investigação do Ministério Público Federal em relação a outros pontos tangentes.


Um desses pontos investigados tratou da inclusão do componente aviônico WAD nos projetos das aeronaves. Buscou-se, sobre esse ponto, esclarecer se:

(i) era necessária ainclusão do WAD; e
(ii) a empresa contratada pela SAAB para seu desenvolvimento (a empresa AEL, cujo capital majoritário é detido pela empresa israelense Elbit Systems) tinha know-how suficiente para o desenvolvimento deste tipo de componente.

A respeito da necessidade do WAD, de acordo com o que se apurou (especialmente por meio dos depoimentos colhidos no decorrer do inquérito), concluímos que se trata de um avanço tecnológico cuja necessidade somente pode ser apurada pelas próprias Forças Armadas. Não há elementos, por parte do Ministério Público Federal, que fundamentem o reconhecimento de sua necessidade ou desnecessidade. Igualmente, verificou-se que o componente de preço do WAD, em relação aos demais componentes acrescentados por obra do RFC, que representam a atualização tecnológica, equivale a somente 2,5% do valor do contrato de aquisição, ao contrário do que se leu nos meios de comunicação, não havendo elementos para afirmar que se trate, portanto, de insumo desnecessário que geraria sobrepreço ilícito.

Sobre a capacidade operacional e tecnológica e o know-how da empresa AEL Sistema S/A, pudemos verificar que, não obstante o rápido crescimento de faturamento da empresa nos últimos anos, a mencionada empresa possui diversos vínculos contratuais diretos e indiretos com a FAB e outros importantes atores econômicos, fornecendo, direta ou indiretamente, outros componentes aviônicos de alto grau tecnológico. Dessa forma, não é possível, pelos elementos do inquérito civil, concluir sobre sua suposta incapacidade técnica. Até que se prove o contrário, a mencionada empresa é idônea para executar os recursos vinculados ao desenvolvimento do WAD e dos demais componentes aviônicos contratados.

Apurou-se no bojo do inquérito civil em epígrafe, outrossim, a presença no quadro de funcionários da AEL Sistemas S/A de familiares de oficiais da FAB. Nesse quesito, porém, não há prova de que tais contratações tenham sido irregulares ou tenham, concretamente, gerados benefícios ilícitos à mencionada empresa.

Também foi objeto de apuração a presença do brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier no Conselho Consultivo (ou Executivo) da empresa AEL Sistemas S/A. Conforme apurou-se, tal indicação do brigadeiro Burnier deu-se em razão doutras relações jurídicas contratuais entre a empresa e a FAB, não havendo relação com o objeto aqui investigado.

Outrossim, não há relatos de que o brigadeiro Burnier tenha sido responsável por influência ou decisões vinculadas à contratação da empresa SAAB ou pela elaboração do acordo de offset.

Ademais, restou claro no bojo da investigação que o brigadeiro Burnier não possui qualquer poder de gestão na empresa AEL Sistemas S/A, não participando sequer da negociação ou da elaboração de negócios jurídicos. Sua função é meramente consultiva.

Em suma, após perfunctória investigação ministerial, não foram encontrados elementos que justifiquem a continuidade da investigação e o ajuizamento de ações judiciais relacionadas ao objeto de apuração. Não há, nos autos, elementos mínimos que apontem a prática de ilicitude por parte dos investigados. Ressalto que inexistência de tais elementos mínimos, ao lado da inexistência de indícios concretos de delitos, impede a definição de uma linha investigativa eficiente e apta a formar elementos para uma futura ação penal ou de improbidade administrativa. O ajuizamento destas ações demanda a existência de elementos mínimos que justifiquem o início da atividade persecutória pelos órgãos de investigação e acusação.

Submeto o presente arquivamento à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (5ª CCR), para homologação.

Considerando que o procedimento é oriundo de notícia de imprensa, deixo de realizar a notificação de possível representante para apresentação de razões escritas contra o arquivamento. Comunique-se, de toda forma, o Exmo. Procurador da República Paulo José Rocha Júnior, o Exmo. Procurador-Geral do Ministério Público Militar, o Comandante da Aeronáutica e as empresas investigadas, para ciência do arquivamento.

Brasília, 25 de agosto de 2015.

ANSELMO HENRIQUE CORDEIRO LOPES

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77399 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Dez 03, 2015 9:06 pm

ABULDOG74 escreveu:Olá camaradas, se houve algo irregular que seja apurado; embora tenha confiança total no processo da FAB, mas sabemos que teve uma parte política no processo.
O processo todo demorou 17 anos, o que mais teve foi política, não acredito que os oficiais da FAB que prepararam os relatórios e avaliações levaram algum, o problema é todo o resto.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#77400 Mensagem por JT8D » Qui Dez 03, 2015 9:34 pm

Luís Henrique escreveu:
JT8D escreveu: Mas em todas as concorrências é escolhida a melhor proposta. E a melhor proposta é sempre a mais adequada às especificações de cada força aérea. Quanto a "melhor caça", aí já é super-trunfo.
Abs,

JT
Não. Não é super trunfo colega.

Super trunfo é um joguinho de crianças e adolescentes.

Foi criado este termo aqui no DB por um usuário que NÃO TINHA ARGUMENTOS.

TODAS as forças aéreas analisam as capacidades de combate de aeronaves de caça em uma avaliação.
As forças aéreas possuem REQUISITOS para estas capacidades.

E as aeronaves são SIM comparadas através destes requisitos.

Quando um oficial de alta patente diz que determinada aeronave possui capacidade supercruise e isto lhe confere vantagem em combates.
Possui X, Y e Z e isto lhe confere grande capacidade militar, todos aplaudem.

Quando alguém cita alguma capacidade do F-22, todos aplaudem.

Quando alguém fala de aeronaves russas e esta apresenta vantagens em qualquer quesito, em 3 segundos aparece um SER SUPERIOR, que conversa diretamente com militares, que conhece os SEGREDOS, e diz simplesmente que é SUPER TRUNFO.
Normalmente em seguida coloca um emoticon demonstrando sua superioridade e diz que conhece mais que todo mundo porque conversou com fulano.
Não apresenta dados concretos, não tem argumentação nenhuma.

O coisinha RIDÍCULA. Eu tenho nojo dessa porcaria de super trunfo.

Na Suíça ficou CLARO E CRISTALINO que as forças aéreas analisam as capacidades militares, os desempenhos em várias missões, o desempenho em vôo, etc.
E também ficou CLARO E CRISTALINO que o caça escolhido não é NECESSARIAMENTE o que foi melhor nessas avaliações.
E isto ocorre porque existem OUTRAS avaliações que também são muito importantes, como CUSTOS, como ToT, etc.
Não quis ofendê-lo ao usar a expressão super-trunfo. Não a usei nesse sentido que você descreve, mesmo porque nem sabia desse histórico no fórum. O que acho é que é muito complicado comparar as performances de caças tão diferentes, que além de tudo dependem do armamento que irão utilizar e ainda considerando que um desses aviões sequer existe.
Abs,

JT




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