TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
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TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Este é um novo serviço que o Fórum Defesa Brasil oferece a seus membros. Muitos de nós produzem textos que é uma pena ficarem restritos à parte fechada do Fórum. É complicado compartilhá-los em nossas redes sociais precisamente por isso, estão em área reservada a usuários registrados.
Como não pretendemos obrigar ninguém a se registrar, abrimos este espaço para que os membros que o desejarem possam expor seus melhores textos. Como exemplo, acharia interessante que o LeandroGCard expusesse aqui ao menos alguns de seus excelentes contos de Sci-Fi.
Fica então o espaço à disposição de todos. Eu mesmo pretendo usá-lo em breve, "linkando" depois a URL nas redes sociais que frequento. Por que não outros? Suas idéias e capacidade criativa poderiam ser livremente expostas sem a necessidade de estarem atreladas à visão deste ou daquele Site.
Assim, benvindos ao novo tópico (por mim seria uma nova Seção, se querem mesmo saber). Notar que, como todos sabemos, esta Seção pode ser visualizada sem necessidade de login.
NOTA DA MODERAÇÃO - Este é um espaço para expor produções próprias dos membros registrados, não textos de terceiros.
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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PROJETO DE ARTIGO
VBR-MR GUARANI 8X8
Cascavel do século XXI ou um Super Stryker MGS?
Túlio Ricardo Moreira
Na visão do autor, todo o Programa VBTP-MR partiu de uma premissa errônea, ao menos em sua fase de concepção, reconhecendo umas e desprezando outras lições de combate real, devidamente aprendidas - da maneira mais dura - por outros exércitos, particularmente o dos EUA. Nos parece que tudo começou com o desejo por uma espécie de Urutu do século XXI, e aí temos parte de um texto do General de Brigada Valério Stumpf Trindade in "Doutrina Militar Terrestre Em Revista" (Edição 003 - Julho a Setembro/2013) para provar:
"Quanto aos veículos Cascavel e Urutu é inegável que precisam ser substituídos; são blindados dos anos 70. Como se sabe, o substituto do Urutu já está na linha de produção. A viatura blindada de reconhecimento (VBR) que substituirá o Cascavel ainda será desenvolvida e sua configuração está sujeita a discussões."
Já para demonstrar que várias lições foram devidamente aprendidas, há o chamado double v hull (o chamado "subchassis", do qual tantos reclamavam, por elevar o CG, o peso e o custo final), fundamental para reduzir os riscos da ação de minas e IEDs, e a capacidade de receber módulos de blindagem adicional, seja Slat (CM contra RPGs), seja composite (CM contra munições cinéticas). Notar que, enquanto no Stryker coisas assim ainda estão sendo adaptadas, dado o reconhecimento pelos americanos de sua necessidade em operações reais, no Guarani elas já vêm "de nascença". Há tantas outras diferenças entre o Guarani e o Urutu, que vão desde sofisticados sensores e sistemas de comunicações, passando por torres automatizadas não-perfurantes, sistemas antiincêndio não-agressivos à tropa embarcada e chegando à capacidade de receber os suprarreferidos add-ons à blindagem que podemos afirmar, sem temer dúvida, que é não apenas um meio diferente mas um conceito de meio diferente. E com capacidades muitíssimo superiores.
Mas, do mesmo modo que o Fz IA-2 5,56 mm conserva seus "genes" de FAL, que o impedem de ser ainda melhor, do mesmo modo o Guarani tem algo do Urutu para atrapalhar: tração 6x6! A diferença? Ora, é aquela de distribuir determinado peso sobre seis ou sobre oito pontos de apoio: qual a menor pressão sobre o solo? Aparentemente, a matemática é simples: se dividirmos 24 por 6 teremos 4; se dividirmos por 8, teremos 3. Claro, um eixo a mais, com rodas, pneus, suspensões, etc, cobram algo em peso final. Mas ousamos dizer que a diferença de 1/3 de pressão a menos não cairá tanto e só irá beneficiar o desempenho do carro.
Aliás, comparando com outros carros e capacidade similar, vemos que o M-1126 Stryker ICV (Infantry Carrier Vehicle) do US Army tem dimensões semelhantes às do Guarani e o LAV (Light Armored Vehicle, de outra classe) do USMC é mais de meio metro mais curto. Mas ambos são 8x8. E nenhum é o que poderíamos chamar "estado da arte". O Guarani o é. Exceto por ser 6x6, emasculando seu desempenho em terrenos difíceis e sua capacidade de carga.
VBR-MR: Validade do Conceito
Inicialmente, devemos falar sobre o que a Cavalaria do Exército Brasileiro espera, de hoje para as próximas décadas, bem como de onde tem extraído seus melhores conhecimentos sobre experiências reais, de modo a adaptá-los e aplicá-los à nossa realidade. Bem, o modelo mais comentado tem sido o da chamada Brigada Stryker (Stryker Brigade) do US Army, e é por aí que começaremos a entrar no fulcro de nossa postulação. Há algo semelhante à VBR-MR na Bda Stryker? Não! E por quê? Segundo o Tenente-Coronel Marcelo Carvalho RIBEIRO, então Comandante do C I Bld (Centro de Instrução de Blindados, Santa Maria, RS), em 2013, escreveu em artigo para o Site Defesanet:
"Outro detalhe foi que o reconhecimento quase já não é mais realizado por tropas de cavalaria pois, segundo o comandante, este perdeu o sentido de ser, em função do emprego da aviação e meios como helicópteros, radares, veículos aéreos não tripulados, dentre outros."
Notar que, na terminologia do nosso Exército, para VANT usa-se mais o termo SARP (Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas), em níveis progressivos. Notar ainda a diferença entre os conceitos de ME (Mobilidade Estratégica) e MT (Mobilidade Tática). A primeira se refere à capacidade (e vamos nos ater às nossas Forças Armadas) de - no presente caso, a Cavalaria - se deslocar rápida e eficazmente de qualquer ponto do território nacional a um determinado TO (Teatro de Operações), interno ou externo); a segunda se refere à capacidade de se deslocar já dentro do TO. Sempre mantendo o foco no tipo de veículo em tela, notamos que a Cav Mec com Guarani é mais forte em ME (usando C-130 e o futuro KC-390) e a Cav Bld é paupérrima aí (não há aeronave no inventário da FAB com capacidade de transportar um único Leopard 1A5, mesmo retirando a torre e o motor/caixa), dependendo de transporte automotivo/ferroviário, ocasionando excessiva lentidão e alta vulnerabilidade.
"Quanto aos veículos Cascavel e Urutu é inegável que precisam ser substituídos; são blindados dos anos 70. Como se sabe, o substituto do Urutu já está na linha de produção. A viatura blindada de reconhecimento (VBR) que substituirá o Cascavel ainda será desenvolvida e sua configuração está sujeita a discussões."
Já para demonstrar que várias lições foram devidamente aprendidas, há o chamado double v hull (o chamado "subchassis", do qual tantos reclamavam, por elevar o CG, o peso e o custo final), fundamental para reduzir os riscos da ação de minas e IEDs, e a capacidade de receber módulos de blindagem adicional, seja Slat (CM contra RPGs), seja composite (CM contra munições cinéticas). Notar que, enquanto no Stryker coisas assim ainda estão sendo adaptadas, dado o reconhecimento pelos americanos de sua necessidade em operações reais, no Guarani elas já vêm "de nascença". Há tantas outras diferenças entre o Guarani e o Urutu, que vão desde sofisticados sensores e sistemas de comunicações, passando por torres automatizadas não-perfurantes, sistemas antiincêndio não-agressivos à tropa embarcada e chegando à capacidade de receber os suprarreferidos add-ons à blindagem que podemos afirmar, sem temer dúvida, que é não apenas um meio diferente mas um conceito de meio diferente. E com capacidades muitíssimo superiores.
Mas, do mesmo modo que o Fz IA-2 5,56 mm conserva seus "genes" de FAL, que o impedem de ser ainda melhor, do mesmo modo o Guarani tem algo do Urutu para atrapalhar: tração 6x6! A diferença? Ora, é aquela de distribuir determinado peso sobre seis ou sobre oito pontos de apoio: qual a menor pressão sobre o solo? Aparentemente, a matemática é simples: se dividirmos 24 por 6 teremos 4; se dividirmos por 8, teremos 3. Claro, um eixo a mais, com rodas, pneus, suspensões, etc, cobram algo em peso final. Mas ousamos dizer que a diferença de 1/3 de pressão a menos não cairá tanto e só irá beneficiar o desempenho do carro.
Aliás, comparando com outros carros e capacidade similar, vemos que o M-1126 Stryker ICV (Infantry Carrier Vehicle) do US Army tem dimensões semelhantes às do Guarani e o LAV (Light Armored Vehicle, de outra classe) do USMC é mais de meio metro mais curto. Mas ambos são 8x8. E nenhum é o que poderíamos chamar "estado da arte". O Guarani o é. Exceto por ser 6x6, emasculando seu desempenho em terrenos difíceis e sua capacidade de carga.
VBR-MR: Validade do Conceito
Inicialmente, devemos falar sobre o que a Cavalaria do Exército Brasileiro espera, de hoje para as próximas décadas, bem como de onde tem extraído seus melhores conhecimentos sobre experiências reais, de modo a adaptá-los e aplicá-los à nossa realidade. Bem, o modelo mais comentado tem sido o da chamada Brigada Stryker (Stryker Brigade) do US Army, e é por aí que começaremos a entrar no fulcro de nossa postulação. Há algo semelhante à VBR-MR na Bda Stryker? Não! E por quê? Segundo o Tenente-Coronel Marcelo Carvalho RIBEIRO, então Comandante do C I Bld (Centro de Instrução de Blindados, Santa Maria, RS), em 2013, escreveu em artigo para o Site Defesanet:
"Outro detalhe foi que o reconhecimento quase já não é mais realizado por tropas de cavalaria pois, segundo o comandante, este perdeu o sentido de ser, em função do emprego da aviação e meios como helicópteros, radares, veículos aéreos não tripulados, dentre outros."
Notar que, na terminologia do nosso Exército, para VANT usa-se mais o termo SARP (Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas), em níveis progressivos. Notar ainda a diferença entre os conceitos de ME (Mobilidade Estratégica) e MT (Mobilidade Tática). A primeira se refere à capacidade (e vamos nos ater às nossas Forças Armadas) de - no presente caso, a Cavalaria - se deslocar rápida e eficazmente de qualquer ponto do território nacional a um determinado TO (Teatro de Operações), interno ou externo); a segunda se refere à capacidade de se deslocar já dentro do TO. Sempre mantendo o foco no tipo de veículo em tela, notamos que a Cav Mec com Guarani é mais forte em ME (usando C-130 e o futuro KC-390) e a Cav Bld é paupérrima aí (não há aeronave no inventário da FAB com capacidade de transportar um único Leopard 1A5, mesmo retirando a torre e o motor/caixa), dependendo de transporte automotivo/ferroviário, ocasionando excessiva lentidão e alta vulnerabilidade.
INACABADO. Notar que é um PROJETO de artigo, em vias de aperfeiçoamento (nem as imgs coloquei ainda). Colaborações serão benvindas.
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Túlio eu vou algumas considerações em cima do teu texto:
A adoção de um quarto eixo ao Guarani traria como benefício imediato o aumento da capacidade de tração, de rampa e de aderência ao solo, porém a questão de distribuição de peso específico sobre este não mudaria tanto assim, explico:
A área de contato sobre o solo num veículo sobre é roda é medida pela pequena área de contato dos pneus com este, que ao colocar mais duas rodas teoricamente isto melhoria, nem tanto, porque:
Porque ao se adicionar mais um eixo, com seus respectivo diferencial e suas reduções plenárias, bem como mais os sistemas de freio deste eixo que deve ser múltiplos discos em banho de óleo e ainda mais um eixo cardã, mais duas cruzetas, em fim, se agrega mais peso ao veículo que vai anular o coeficiente de redução de peso específico sobre o solo.
Cabe ainda salientar que a adoção deste eixo pode ou não ser suportado pela atuação transmissão power shift adotada, pois haverá necessidade de que ela suporte a e repasse o toque gerado pelo motor, e este deverá possuir uma reserva de potência para que através de pressão de injeção se ganhe os Cvs/HPs/KWs necessários para serem repassados a transmissão, caso contrário terá substituído por outro com maior reserva de potência.
Apesar de todos estes custos envolvidos também sou favorável a adoção do 8x8 pois o ganho de desempenho com a melhora na capacidade tração é enorme, principalmente quando o veículo estiver com peso ou com armamento pesado como uma torre por exemplo.
Outra questão importante será a diminuição de efeito pêndulo quando em frenadas muito forte, pr8incipalmente quando portar a torre com o canhão de 105mm.
Grande abraço
A adoção de um quarto eixo ao Guarani traria como benefício imediato o aumento da capacidade de tração, de rampa e de aderência ao solo, porém a questão de distribuição de peso específico sobre este não mudaria tanto assim, explico:
A área de contato sobre o solo num veículo sobre é roda é medida pela pequena área de contato dos pneus com este, que ao colocar mais duas rodas teoricamente isto melhoria, nem tanto, porque:
Porque ao se adicionar mais um eixo, com seus respectivo diferencial e suas reduções plenárias, bem como mais os sistemas de freio deste eixo que deve ser múltiplos discos em banho de óleo e ainda mais um eixo cardã, mais duas cruzetas, em fim, se agrega mais peso ao veículo que vai anular o coeficiente de redução de peso específico sobre o solo.
Cabe ainda salientar que a adoção deste eixo pode ou não ser suportado pela atuação transmissão power shift adotada, pois haverá necessidade de que ela suporte a e repasse o toque gerado pelo motor, e este deverá possuir uma reserva de potência para que através de pressão de injeção se ganhe os Cvs/HPs/KWs necessários para serem repassados a transmissão, caso contrário terá substituído por outro com maior reserva de potência.
Apesar de todos estes custos envolvidos também sou favorável a adoção do 8x8 pois o ganho de desempenho com a melhora na capacidade tração é enorme, principalmente quando o veículo estiver com peso ou com armamento pesado como uma torre por exemplo.
Outra questão importante será a diminuição de efeito pêndulo quando em frenadas muito forte, pr8incipalmente quando portar a torre com o canhão de 105mm.
Grande abraço
Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Nunca gostei da ideia de se usar um veiculo terrestre de reconhecimento pelos motivos já expostos. A verdade e que não há mais necessidae deles seja 4X4, 6X6 E 8X8. blindado com canhão superios á 40mm só serve como canhão movel em apoio ao avanço da tropa no cas ode uma posição forte e voçê nã otiver o apoio de artilharia precisa ou apoio aereo. Coisa dificil de acontecer em uma força moderna e preparada.
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
juarez castro escreveu:Túlio eu vou algumas considerações em cima do teu texto:
A adoção de um quarto eixo ao Guarani traria como benefício imediato o aumento da capacidade de tração, de rampa e de aderência ao solo, porém a questão de distribuição de peso específico sobre este não mudaria tanto assim, explico:
A área de contato sobre o solo num veículo sobre é roda é medida pela pequena área de contato dos pneus com este, que ao colocar mais duas rodas teoricamente isto melhoria, nem tanto, porque:
Porque ao se adicionar mais um eixo, com seus respectivo diferencial e suas reduções plenárias, bem como mais os sistemas de freio deste eixo que deve ser múltiplos discos em banho de óleo e ainda mais um eixo cardã, mais duas cruzetas, em fim, se agrega mais peso ao veículo que vai anular o coeficiente de redução de peso específico sobre o solo.
Cabe ainda salientar que a adoção deste eixo pode ou não ser suportado pela atuação transmissão power shift adotada, pois haverá necessidade de que ela suporte a e repasse o toque gerado pelo motor, e este deverá possuir uma reserva de potência para que através de pressão de injeção se ganhe os Cvs/HPs/KWs necessários para serem repassados a transmissão, caso contrário terá substituído por outro com maior reserva de potência.
Apesar de todos estes custos envolvidos também sou favorável a adoção do 8x8 pois o ganho de desempenho com a melhora na capacidade tração é enorme, principalmente quando o veículo estiver com peso ou com armamento pesado como uma torre por exemplo.
Outra questão importante será a diminuição de efeito pêndulo quando em frenadas muito forte, pr8incipalmente quando portar a torre com o canhão de 105mm.
Grande abraço
Muito obrigado, cupincha. Fiquei curioso, pois o que postaste muda meu artigo: segundo me foi dito, o motorista do Guarani tem o recurso de reduzir a pressão nos pneus (me mostraram isso funcionando, eu vi o pneu murchar) e fotografei os controles e isto é precisamente para aumentar a aderência em piso ruim (molhado, lamacento, etc) e para reduzir a pressão sobre o solo...
Ademais, como entendes muito mais de mecânica automotiva do que eu, Juarez véio, as modificações que mencionaste iriam aumentar tanto assim o peso global da VTR? Um Stryker é até maior e pesa menos, sendo 8x8...
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Túlio, não sei que eixo ele usa, mas se a modificação ficasse somente na adoção de um eixo, sua repesctiva fixação, mais um cardã, cruzetas, eu diria que é algo em torno de 800Kg a 1000Kg com pneus e rodas. Estou partindo do principio que o power trains atual seria mantido, pois caso contrário mais peso seria aplicado.Túlio escreveu:juarez castro escreveu:Túlio eu vou algumas considerações em cima do teu texto:
A adoção de um quarto eixo ao Guarani traria como benefício imediato o aumento da capacidade de tração, de rampa e de aderência ao solo, porém a questão de distribuição de peso específico sobre este não mudaria tanto assim, explico:
A área de contato sobre o solo num veículo sobre é roda é medida pela pequena área de contato dos pneus com este, que ao colocar mais duas rodas teoricamente isto melhoria, nem tanto, porque:
Porque ao se adicionar mais um eixo, com seus respectivo diferencial e suas reduções plenárias, bem como mais os sistemas de freio deste eixo que deve ser múltiplos discos em banho de óleo e ainda mais um eixo cardã, mais duas cruzetas, em fim, se agrega mais peso ao veículo que vai anular o coeficiente de redução de peso específico sobre o solo.
Cabe ainda salientar que a adoção deste eixo pode ou não ser suportado pela atuação transmissão power shift adotada, pois haverá necessidade de que ela suporte a e repasse o toque gerado pelo motor, e este deverá possuir uma reserva de potência para que através de pressão de injeção se ganhe os Cvs/HPs/KWs necessários para serem repassados a transmissão, caso contrário terá substituído por outro com maior reserva de potência.
Apesar de todos estes custos envolvidos também sou favorável a adoção do 8x8 pois o ganho de desempenho com a melhora na capacidade tração é enorme, principalmente quando o veículo estiver com peso ou com armamento pesado como uma torre por exemplo.
Outra questão importante será a diminuição de efeito pêndulo quando em frenadas muito forte, pr8incipalmente quando portar a torre com o canhão de 105mm.
Grande abraço
Muito obrigado, cupincha. Fiquei curioso, pois o que postaste muda meu artigo: segundo me foi dito, o motorista do Guarani tem o recurso de reduzir a pressão nos pneus (me mostraram isso funcionando, eu vi o pneu murchar) e fotografei os controles e isto é precisamente para aumentar a aderência em piso ruim (molhado, lamacento, etc) e para reduzir a pressão sobre o solo...
Túlio, eles tem um compressor acoplado ao motor provavelmente com controle de vazão direto para os pneus, ajuda bastante, principalmente na areia fofa, aonde pneu com calibragem normal faz o efeito faca e tende a afundar e com menos pressão, aumenta a área de contato do pneu com o solo, diminui um pouco peso específico sobre este, é exatamente o que se faz com rolos compactadores de asfalto sobre pneus, quando a massa asfáltica está quente e portanto "macia" se esvazia parcialmente os pneus a medida que o CBUQ perde calor e cura os pneus vão sendo enchidos gradualmente.
Ademais, como entendes muito mais de mecânica automotiva do que eu, Juarez véio, as modificações que mencionaste iriam aumentar tanto assim o peso global da VTR? Um Stryker é até maior e pesa menos, sendo 8x8...
No meu ver ainda o grande ganho com o 8x8 seria na capacidade de tração, o equilíbrio e a diminuição de efeito pêndulo na versão VBC com canhão pesado.
Grande abraço
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Isso seria melhor discutido no fórum de forças terrestres, inclusive, já tem um post lá explicando isso, a missão "reconhecimento" não significa apenas "achar o inimigo", ainda mais quando é "reconhecimento armado".ciclope escreveu:Nunca gostei da ideia de se usar um veiculo terrestre de reconhecimento pelos motivos já expostos. A verdade e que não há mais necessidae deles seja 4X4, 6X6 E 8X8. blindado com canhão superios á 40mm só serve como canhão movel em apoio ao avanço da tropa no cas ode uma posição forte e voçê nã otiver o apoio de artilharia precisa ou apoio aereo. Coisa dificil de acontecer em uma força moderna e preparada.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Marechal-do-ar escreveu: Isso seria melhor discutido no fórum de forças terrestres, inclusive, já tem um post lá explicando isso, a missão "reconhecimento" não significa apenas "achar o inimigo", ainda mais quando é "reconhecimento armado".
Lembrar, no entanto, que reconhecimento, nos Exércitos de primeira linha, é na maior parte feito por VANT/RPV...
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
uma brincadeira em uma noite regada a wisck e tabaco.
LOUCURA,LOUCURA,LOUCURA!!!!
Vamos procurar no salão principal, onde segundo esses documentos históricos, aconteciam as reuniões dos representares do povo, o povo que não andava satisfeito com esses representantes e iniciaram uma revolução no mínimo estranha, decidiram que no dia em que fossem escolher os representantes, nenhum deles sairiam de casa, na esperança de que com isso mudassem os nomes e os pressupostos representantes ou seja, pelo que parece, eles queriam mesmo é uma renovação completa do seus representantes, mas pelo que consta nesse outro arquivo que encontramos nessas mídias removíveis, os representantes não queriam, ”largar o osso”; Que expressão curiosa, então criaram uma nova lei onde afirmava, que se o povo se ausentassem da escolha, os representantes que já estivessem sido escolhidos na escolha anterior teriam o direito de permanecer como representante, isso pelo visto foi a gota d’água, ainda aqui nessa mídia temos mais um dado que que é o ultimo depois disso não encontramos mais nada, diz assim;
“Foi então em um dia de calor muito calor que toda a população do Brasil, saiu de sua casa com destino a um local só, a capital do país, ninguém no país tentou convencer a população de fazer o contrario e a cada dia a capital federal ficava mais cheia, e o mais incrível é que as pessoas não iam de carro, nem de avião, nem ônibus, elas saiam de casa somente coma roupa do corpo, não falavam pareciam perdidos com o olhar sem esperança esse repórter que vos relata isso sou ou fui o único(aparentemente) que não foi atingindo por essa desesperança, consegui entrevistar um caminhante, e perguntei porque eles caminhavam para tão longe, ele me respondeu que era preciso ir até onde os verdadeiros zumbis da nação estavam para poder limpar o Brasil e o mundo dessa praga, depois de vários dias seguindo esse caminhante, ele morreu de fome. Pois eles não comiam, tentei de diversas formas alimenta-los mas ele só dizia que tinha que limpar a nação desses zumbis, eu segui com minha jornada, até que cheguei na entrada de Brasília e todo o caminho parecia um cemiterio aberto ao céu com tantos corpos no chão mortos outros agonizando, a cidade estava tão cheia que nem de longe era possível identifica-la, depois de tentar entrar achei uma rota alternativa para chegar até ao congresso, onde a maioria da população se dirigia, lá chegando fui tomando de um sentimento de raiva, os representantes estavam todos mortos, e jogados em seus respectivos gabinetes, a população ainda sim não conseguia sair desse local, então a raiva foi se apossando de mim, até ao ponto de me tirar de lá e me lavar para o quartel general das forças armadas, não encontrei resistência nenhuma, entrei e como se alguém me guiasse fui levado ao uma sala no subterrâneo e lá vi um enorme botão vermelho apertei, pude ouvir uma sirene em seguida uma explosão e…“
E assim se extinguiu toda a população do Brasil, cansada dos seus representantes, o repórter deu fim a vida deles e a tudo que formava essa nação.
Que história mais maluca, atenção equipe; Vamos deixar o prédio, e seguir para a nave mãe pois recebemos sinais de que uma antiga republica ao sul daqui também entrou em colapso, e teve o mesmo fim dessa.
LOUCURA,LOUCURA,LOUCURA!!!!
Vamos procurar no salão principal, onde segundo esses documentos históricos, aconteciam as reuniões dos representares do povo, o povo que não andava satisfeito com esses representantes e iniciaram uma revolução no mínimo estranha, decidiram que no dia em que fossem escolher os representantes, nenhum deles sairiam de casa, na esperança de que com isso mudassem os nomes e os pressupostos representantes ou seja, pelo que parece, eles queriam mesmo é uma renovação completa do seus representantes, mas pelo que consta nesse outro arquivo que encontramos nessas mídias removíveis, os representantes não queriam, ”largar o osso”; Que expressão curiosa, então criaram uma nova lei onde afirmava, que se o povo se ausentassem da escolha, os representantes que já estivessem sido escolhidos na escolha anterior teriam o direito de permanecer como representante, isso pelo visto foi a gota d’água, ainda aqui nessa mídia temos mais um dado que que é o ultimo depois disso não encontramos mais nada, diz assim;
“Foi então em um dia de calor muito calor que toda a população do Brasil, saiu de sua casa com destino a um local só, a capital do país, ninguém no país tentou convencer a população de fazer o contrario e a cada dia a capital federal ficava mais cheia, e o mais incrível é que as pessoas não iam de carro, nem de avião, nem ônibus, elas saiam de casa somente coma roupa do corpo, não falavam pareciam perdidos com o olhar sem esperança esse repórter que vos relata isso sou ou fui o único(aparentemente) que não foi atingindo por essa desesperança, consegui entrevistar um caminhante, e perguntei porque eles caminhavam para tão longe, ele me respondeu que era preciso ir até onde os verdadeiros zumbis da nação estavam para poder limpar o Brasil e o mundo dessa praga, depois de vários dias seguindo esse caminhante, ele morreu de fome. Pois eles não comiam, tentei de diversas formas alimenta-los mas ele só dizia que tinha que limpar a nação desses zumbis, eu segui com minha jornada, até que cheguei na entrada de Brasília e todo o caminho parecia um cemiterio aberto ao céu com tantos corpos no chão mortos outros agonizando, a cidade estava tão cheia que nem de longe era possível identifica-la, depois de tentar entrar achei uma rota alternativa para chegar até ao congresso, onde a maioria da população se dirigia, lá chegando fui tomando de um sentimento de raiva, os representantes estavam todos mortos, e jogados em seus respectivos gabinetes, a população ainda sim não conseguia sair desse local, então a raiva foi se apossando de mim, até ao ponto de me tirar de lá e me lavar para o quartel general das forças armadas, não encontrei resistência nenhuma, entrei e como se alguém me guiasse fui levado ao uma sala no subterrâneo e lá vi um enorme botão vermelho apertei, pude ouvir uma sirene em seguida uma explosão e…“
E assim se extinguiu toda a população do Brasil, cansada dos seus representantes, o repórter deu fim a vida deles e a tudo que formava essa nação.
Que história mais maluca, atenção equipe; Vamos deixar o prédio, e seguir para a nave mãe pois recebemos sinais de que uma antiga republica ao sul daqui também entrou em colapso, e teve o mesmo fim dessa.
...
- Ckrauslo
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
A História dos calçados militares.
Durante toda história os calçados foram mudando para atender a necessidade de seus usuários, seja essa necessidade para o mercado civil, ou para a clientela militar.
Para se ter uma ideia, a evolução dos calçados militares começou lá dos tempos antigos quando as tropas militares marchavam com seus escudos.
Um dos antigos calçados militares gregos. "Sim senhores, sandálias, naquela época com o uso de lutas corporais a necessidade de rapidez e mobilidade era grande, e também o uso das botas antigas feitas de pele de animais esquentava muito, não se existia a tecnologia necessária para fazer calçados leves e respiráveis"
Avançando um pouco na história, os calçados militares atuais começaram sua evolução a partir das botas de canos muito altos usadas pelos exércitos e senhores desde os anos 1670 até bem recentemente "2º Guerra Mundial"
Calçado usado na guerra civil americana.
Essas botas ofereciam grande proteção contra o clima, uma ótima proteção aos tornozelos, e dificilmente ficavam molhadas devido aos canos extremamente altos que chegavam próximo aos joelhos dos militares, em contra partida muitas vezes os canos ficavam soltos devido ao uso, o material na bota inteira era muito pouco maleável o que dificultava a movimentação natural das articulações dos pés e pernas.
O calçado assim continuou a ser utilizado sofrendo de poucas a nenhuma alteração ao longo dos anos, sendo usado por muitos exércitos que ainda se mantinham na visão clássica do uniforme militar.
Calçados militares usados na primeira guerra mundial
Muitas vezes os calçados eram cobertos por tecido da cor do uniforme para ajudar na camuflagem.
Como mostra a imagem de um homem trajado com uniforme militar americano de 1916 "Replica"
A partir daqui, muitas coisas foram sendo implementadas e foi se percebendo que os militares precisavam de um calçado mais leve,resistente e que permitisse uma boa mobilidade.
Os britânicos tiveram a ideia de pegar as botas que todo homem usava diariamente, e adicionar polainas que fossem resistentes o suficiente para aguentar as atividades militares.
Os americanos não ficaram para trás, e logo adotaram a mesma ideia, porém pesquisaram um calçado melhor e mais resistente para suas tropas especiais "PQDT's"
A seguir a foto da solução do boot normal com polainas dos americanos.
E a seguir imagem dos boots de salto.
De inicio se teve a ideia de que os marines deveriam utilizar os mesmos calçados que os paraquedistas, porém ao se observar os ambientes que os marines normalmente seriam empregados, preferiu-se manter o uso dos boots com polainas devido a mobilidade, pois correr com um boot todo de couro em areia de praia, subindo morros debaixo de tiro pesado se mostraria dificultoso.
Pós segunda guerra os marinheiros em okinawa já utilizavam o que se tornara o calçado padrão militar "Quem diria, eram os boots de salto"
Porém novamente a queixa da mobilidade fez os marines estudarem um calçado novo que pudesse garantir melhor a mobilidade de seus militares, que pudesse permitisse a transpiração e respiração do pé, esse se tornaria avô do atual design de calçados militares, pegando a ideia dos boots com polaina por cima, e fazendo a polaina o cano do calçado, e não apenas um acessório a se usar por cima
Conheçam o boot okinawa "Demorei alguns meses cavando por ai em fóruns militares para descobrir essa"
A partir dai, nos anos sub-sequentes e nos conflitos que ocorreram em terrenos que eram muito alagados, com muita incidência de selvas e terrenos trabalhosos, que as forças armadas americanas começaram a melhorar o design do boot okinawa e surgiu o Jungle boot, que estreou durante a guerra do Vietnam, e passaria a ser o design padrão da maioria dos boots militares no mundo todo.
A partir do design okinawa se percebeu a necessidade de utilizar um faixa de couro na cadarceira, e cadarços que corressem o cano inteiro, acabando com a necessidade de utilizar cintas nos calçados militares, acabando com custo e tornando menos dificultoso o processo.
Percebeu-se também a necessidade de uma faixa de sustentação nos tornozelos para garantir mais suporte para os tornozelos dos militares para diminuir o numero de torções, naquele momento foi uma boa mudança, porém mais a frente se perceberia que não foi suficiente.
Esse design continuou a ser utilizado mundo a fora, e foi utilizado também em áreas que um leigo não imaginaria seu uso, afinal o nome do calçado diz "Boot de selva"
Aqui imagens da guerra do golfo.
Jungle boot sendo utilizado tanto nas versões de cano de lona "Cordura" preta quanto na verde.
Já durante seu uso no deserto, que possui um solo de areia mais empedrada, que solta com maior facilidade sob os pés dos militares, se percebeu que os pequenos problemas do Jungle boot se tornaram maiores.
E então veio sua primeira grande revisão no design desde sua criação, que buscou sanar os seguintes problemas:
-A faixa sobre o tornozelo, não oferecia tanta proteção contra torções.
-Cor preta se destacava muito independente dos ambientes utilizados.
-O material refletia nos óculos de visão noturna.
-O solado precisava ser de um material que aguentasse melhor contaminantes como petróleo.
Com isso surgiu a versão Desert "Deserto" do jungle boot.
As mudanças foram:
-Solado adequado que resiste a contaminantes que podem corroer o material.
-A faixa sobre o tornozelo recebeu reforço.
-Uso de presilhas de amarração rápida.
-Nylon do cano reforçado para acolchoar melhor, e impedir a entrada de contaminantes, porém permite respiração normal do pé do usuário.
-Troca do material pelo camurça, que não reflete os óculos de visão noturna.
-Uso de uma cor neutra que pudesse camuflar bem com o ambiente.
Mais lá para frente se percebeu as seguintes coisas coisa:
-O pé devido as articulações do tornozelo possui 2 movimentos naturais.
O movimento interno, acontece quando o pé movimenta em direção a perna, fazemos isso em antecipação a pisada, para amortecer, fazendo o movimento natural de rolagem do tornozelo.
E o movimento externo, que é quando o pé movimenta-se para baixo fazendo durante a passada, o que faz com que a pessoa fique momentaneamente na ponta dos pés.
}
Percebeu-se que os coturnos de selva permite o movimento de rolagem responsável por esses dois movimentos naturais ocorram, por que a parte de trás da perna ligeiramente acima do tornozelo esta livre sem o couro comprimindo, isso ocorre graças ao cano de nylon.
Porém percebeu-se que devido a forma que o jungle boot cobre os pés, isso permite que ocorra a entorse do tornozelo, algo que era muito difícil de ocorrer nos boots de salto.
"Nota a área contornada de vermelho e rabiscada representa a área livre, que permite que o tornozelo escape e cause a entorse. PS: não deu para colorir completamente por isso esta apenas rabiscado."
Aqui o que é a entorse.
Com isso o USMC começou novas pesquisas, sobre como unir a proteção dada aos pés, pelos boots de salto, que firmam bem o pé do usuário "impedindo que o pé fique livre dentro do calçado o que causaria : Hematoma nos dedos e unhas, levando a queda da unha. Bolhas e calos, levando muitos militares a ficarem com os pés ensanguentados e ardendo no fim de uma marcha muito longa."
E como manter a liberdade de movimento, leveza, capacidade de transpirar e de manter o calçado arejado que é do jungle boot.
Com isso por volta de 2005 o USMC oficializou esse estudo tornando o novo design resultante o military especification que é mantido até hoje.
Isso marcado em vermelho é a área exposta, que é apenas o suficiente para garantir total liberdade de movimento, leveza e transpiração, além de manter o calçado bem arejado, enquanto mantém o pé do usuário firme dentro do calçado impedindo a entorse, os hematomas, bolhas e calos.
Por: Ckrauslo
Durante toda história os calçados foram mudando para atender a necessidade de seus usuários, seja essa necessidade para o mercado civil, ou para a clientela militar.
Para se ter uma ideia, a evolução dos calçados militares começou lá dos tempos antigos quando as tropas militares marchavam com seus escudos.
Um dos antigos calçados militares gregos. "Sim senhores, sandálias, naquela época com o uso de lutas corporais a necessidade de rapidez e mobilidade era grande, e também o uso das botas antigas feitas de pele de animais esquentava muito, não se existia a tecnologia necessária para fazer calçados leves e respiráveis"
Avançando um pouco na história, os calçados militares atuais começaram sua evolução a partir das botas de canos muito altos usadas pelos exércitos e senhores desde os anos 1670 até bem recentemente "2º Guerra Mundial"
Calçado usado na guerra civil americana.
Essas botas ofereciam grande proteção contra o clima, uma ótima proteção aos tornozelos, e dificilmente ficavam molhadas devido aos canos extremamente altos que chegavam próximo aos joelhos dos militares, em contra partida muitas vezes os canos ficavam soltos devido ao uso, o material na bota inteira era muito pouco maleável o que dificultava a movimentação natural das articulações dos pés e pernas.
O calçado assim continuou a ser utilizado sofrendo de poucas a nenhuma alteração ao longo dos anos, sendo usado por muitos exércitos que ainda se mantinham na visão clássica do uniforme militar.
Calçados militares usados na primeira guerra mundial
Muitas vezes os calçados eram cobertos por tecido da cor do uniforme para ajudar na camuflagem.
Como mostra a imagem de um homem trajado com uniforme militar americano de 1916 "Replica"
A partir daqui, muitas coisas foram sendo implementadas e foi se percebendo que os militares precisavam de um calçado mais leve,resistente e que permitisse uma boa mobilidade.
Os britânicos tiveram a ideia de pegar as botas que todo homem usava diariamente, e adicionar polainas que fossem resistentes o suficiente para aguentar as atividades militares.
Os americanos não ficaram para trás, e logo adotaram a mesma ideia, porém pesquisaram um calçado melhor e mais resistente para suas tropas especiais "PQDT's"
A seguir a foto da solução do boot normal com polainas dos americanos.
E a seguir imagem dos boots de salto.
De inicio se teve a ideia de que os marines deveriam utilizar os mesmos calçados que os paraquedistas, porém ao se observar os ambientes que os marines normalmente seriam empregados, preferiu-se manter o uso dos boots com polainas devido a mobilidade, pois correr com um boot todo de couro em areia de praia, subindo morros debaixo de tiro pesado se mostraria dificultoso.
Pós segunda guerra os marinheiros em okinawa já utilizavam o que se tornara o calçado padrão militar "Quem diria, eram os boots de salto"
Porém novamente a queixa da mobilidade fez os marines estudarem um calçado novo que pudesse garantir melhor a mobilidade de seus militares, que pudesse permitisse a transpiração e respiração do pé, esse se tornaria avô do atual design de calçados militares, pegando a ideia dos boots com polaina por cima, e fazendo a polaina o cano do calçado, e não apenas um acessório a se usar por cima
Conheçam o boot okinawa "Demorei alguns meses cavando por ai em fóruns militares para descobrir essa"
A partir dai, nos anos sub-sequentes e nos conflitos que ocorreram em terrenos que eram muito alagados, com muita incidência de selvas e terrenos trabalhosos, que as forças armadas americanas começaram a melhorar o design do boot okinawa e surgiu o Jungle boot, que estreou durante a guerra do Vietnam, e passaria a ser o design padrão da maioria dos boots militares no mundo todo.
A partir do design okinawa se percebeu a necessidade de utilizar um faixa de couro na cadarceira, e cadarços que corressem o cano inteiro, acabando com a necessidade de utilizar cintas nos calçados militares, acabando com custo e tornando menos dificultoso o processo.
Percebeu-se também a necessidade de uma faixa de sustentação nos tornozelos para garantir mais suporte para os tornozelos dos militares para diminuir o numero de torções, naquele momento foi uma boa mudança, porém mais a frente se perceberia que não foi suficiente.
Esse design continuou a ser utilizado mundo a fora, e foi utilizado também em áreas que um leigo não imaginaria seu uso, afinal o nome do calçado diz "Boot de selva"
Aqui imagens da guerra do golfo.
Jungle boot sendo utilizado tanto nas versões de cano de lona "Cordura" preta quanto na verde.
Já durante seu uso no deserto, que possui um solo de areia mais empedrada, que solta com maior facilidade sob os pés dos militares, se percebeu que os pequenos problemas do Jungle boot se tornaram maiores.
E então veio sua primeira grande revisão no design desde sua criação, que buscou sanar os seguintes problemas:
-A faixa sobre o tornozelo, não oferecia tanta proteção contra torções.
-Cor preta se destacava muito independente dos ambientes utilizados.
-O material refletia nos óculos de visão noturna.
-O solado precisava ser de um material que aguentasse melhor contaminantes como petróleo.
Com isso surgiu a versão Desert "Deserto" do jungle boot.
As mudanças foram:
-Solado adequado que resiste a contaminantes que podem corroer o material.
-A faixa sobre o tornozelo recebeu reforço.
-Uso de presilhas de amarração rápida.
-Nylon do cano reforçado para acolchoar melhor, e impedir a entrada de contaminantes, porém permite respiração normal do pé do usuário.
-Troca do material pelo camurça, que não reflete os óculos de visão noturna.
-Uso de uma cor neutra que pudesse camuflar bem com o ambiente.
Mais lá para frente se percebeu as seguintes coisas coisa:
-O pé devido as articulações do tornozelo possui 2 movimentos naturais.
O movimento interno, acontece quando o pé movimenta em direção a perna, fazemos isso em antecipação a pisada, para amortecer, fazendo o movimento natural de rolagem do tornozelo.
E o movimento externo, que é quando o pé movimenta-se para baixo fazendo durante a passada, o que faz com que a pessoa fique momentaneamente na ponta dos pés.
}
Percebeu-se que os coturnos de selva permite o movimento de rolagem responsável por esses dois movimentos naturais ocorram, por que a parte de trás da perna ligeiramente acima do tornozelo esta livre sem o couro comprimindo, isso ocorre graças ao cano de nylon.
Porém percebeu-se que devido a forma que o jungle boot cobre os pés, isso permite que ocorra a entorse do tornozelo, algo que era muito difícil de ocorrer nos boots de salto.
"Nota a área contornada de vermelho e rabiscada representa a área livre, que permite que o tornozelo escape e cause a entorse. PS: não deu para colorir completamente por isso esta apenas rabiscado."
Aqui o que é a entorse.
Com isso o USMC começou novas pesquisas, sobre como unir a proteção dada aos pés, pelos boots de salto, que firmam bem o pé do usuário "impedindo que o pé fique livre dentro do calçado o que causaria : Hematoma nos dedos e unhas, levando a queda da unha. Bolhas e calos, levando muitos militares a ficarem com os pés ensanguentados e ardendo no fim de uma marcha muito longa."
E como manter a liberdade de movimento, leveza, capacidade de transpirar e de manter o calçado arejado que é do jungle boot.
Com isso por volta de 2005 o USMC oficializou esse estudo tornando o novo design resultante o military especification que é mantido até hoje.
Isso marcado em vermelho é a área exposta, que é apenas o suficiente para garantir total liberdade de movimento, leveza e transpiração, além de manter o calçado bem arejado, enquanto mantém o pé do usuário firme dentro do calçado impedindo a entorse, os hematomas, bolhas e calos.
Por: Ckrauslo
Kept you waiting, huh?
- Túlio
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
FEROZ!
Sobre as sandálias usadas pelos Gregos e depois pelos Romanos, lembrar que quem quisesse machucar o pé do oponente deveria levar em conta que para isso teria de expor o tronco e a cabeça. Idem sobre os Vikings em suas batalhas navais...
De resto, como tantos textos no DB, não deveria ser POST e sim ARTIGO, pelo ineditismo e criatividade ao ver o que ninguém mais viu.
PS: só quero ajudar.
Sobre as sandálias usadas pelos Gregos e depois pelos Romanos, lembrar que quem quisesse machucar o pé do oponente deveria levar em conta que para isso teria de expor o tronco e a cabeça. Idem sobre os Vikings em suas batalhas navais...
De resto, como tantos textos no DB, não deveria ser POST e sim ARTIGO, pelo ineditismo e criatividade ao ver o que ninguém mais viu.
PS: só quero ajudar.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- Ckrauslo
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Re: TEXTOS E ARTIGOS PARA LINKAR
Eu agradeço os elogios meu amigo, e sim eu pensei em mencionar que um pisao na unha ia causar uma dor louca.
Rsrs "algo que aprendemos muito no krav maga é explorar esse tipo de coisas"
Se alguem estivesse interessado a publicar isso em algum lugar eu trabalharia ate mais, deixei de fora do meu texto a explicação sobre como os alemães contribuíram para essa evolução, pois a experiência deles com o afrika corps foi levado em consideração no estudo dos boots para a revisão desert durante a guerra do golfo.
Abraço
Rsrs "algo que aprendemos muito no krav maga é explorar esse tipo de coisas"
Se alguem estivesse interessado a publicar isso em algum lugar eu trabalharia ate mais, deixei de fora do meu texto a explicação sobre como os alemães contribuíram para essa evolução, pois a experiência deles com o afrika corps foi levado em consideração no estudo dos boots para a revisão desert durante a guerra do golfo.
Abraço
Kept you waiting, huh?