Algumas opiniões a cerca dos comentários.
Os navios russos, embora em tese novos e baratos( US200 mi?) por seu projeto, concepção e equipamentos, não fazem parte da cadeia logística estabelecida pela, e para a, MB, que é historicamente embasada na Royal Navy/ US Navy. E disso ela não abre mão. É só perguntar a qualquer oficial. No caso de uma compra política, a MB imporia, a seu modo, tantos requisitos à adaptação destes navios, por exemplo, ao que se projeta na CV-3 e/ou navios da esquadra atual, que os custos e a burocracia levariam tal compra a mesma situação do Pantsyr, que todo mundo diz que é o melhor, mas ninguém por aqui de farda o quer perto de si. Simplesmente porque ele não se encaixa nos seus planos particulares.
Quanto a navios usados, made in USA, faço minhas as palavras do Mathias. Comprar navios usados agora irá por a pique definitivamente o Prosuper, e ainda de lambuja, torpedar todos os projetos de P&D nacional para a área naval. Nada mais benigno do que isso para... a industria e os negócios americanos aqui.
Os Mi-17, Mi-35 e Ka-32 em uso no país aos poucos estão desmistificando essa sombra de que tudo que é russo não presta porque não é STANAG/OTAN. Os próprios militares, e civis, que operam com eles estão fazendo esse trabalho. Agora é o que sempre digo, mudar doutrina é fácil. Difícil é mudar as mentalidades existentes por aqui dentro dos quartéis. Reforço o que o Lima colocou: quem está dando e levando tiro mundo afora por aí com estes helos, não em nada a reclamar deles, pelo contrário. Mas nossos militares em sua grande maioria não liga para esta besteira de operacionalidade ou outras coisas práticas de quem vive e experiencia a guerra no seu dia a dia... afinal, não vamos a guerra nenhuma, não é mesmo? Temos muitos livros e revistas bons por aqui para nos ensinar estas coisas.
Por último, sou ainda de opinião que a atual esquadra da MB deve ser retirada de serviço a seu tempo, e o mais brevemente possível, posto que sua operação na prática já se tornou impossível, vide os limites cada vez maiores impostos pela idade e pela logística dos meios. Ou a falta dela, claro.
Repito: quem disse que não podemos ficar sem esquadra? A sociedade brasileira nunca sentiu falta de ter uma marinha de águas azuis, marrons, verde, amarela ou vermelha... na verdade nunca sequer sentiu falta de ter marinha alguma, então não é porque vamos ficar uns anos sem escoltas grandes que o Brasil vai acabar amanhã.
A CV-3, e suas hipotéticas 4 unidades serão a nossa esquadra, junto a 12 NaPaOc BR, que deveriam ser desmembrados do Prosuper. E pelo tempo que for. Até que um dia, alguém nestes país tupiniquim venha a sentir não somente a falta, mas a real e impositiva necessidade de se ter uma marinha de guerra crível e operacional... para a guerra, e não uma simples guarda costeira ou estatal de cabotagem por conveniência.
Antes disso, ficamos bem como estamos. Sem marinha, sem problemas, e sem preocupações neófitas com o futuro.
abs.