Marechal,Marechal-do-ar escreveu:knight7, os russos venderam tecnologias para a Índia, China, Irã e tem réplicas de seus produtos fabricadas ao redor do mundo, eles vendem tecnologia, é um dos principais produtos de exportação deles, claro, pelo seu preço.
Só um país tem a frescura do ITAR, e isso se mostrou uma forma muito ineficiente de impedir que os inimigos obtenham essas tecnologias, de resto, todos os outros países (o que inclui Rússia) se comportam da mesma maneira, algumas poucas tecnologias sensíveis são ultra secretas e jamais divulgam ao mundo que elas existem, o resto é negociável.
Pelas notícias de aquisição do Pantsir (que na minha opinião, é o melhor sistema de média altura, quando uma força não necessite aerotransportá-lo com frequência), vai haver uma transf. robusta de tecnologia, coisa que eu acredito que haja.Mas o Pantsir não é um S-400...
Tanto eu quanto o Penguin nos últimos 6 anos temos colocado referência as tecnologias requeridas no FX2. Como havia declarado o VP da Boeing, Bob Gower, a FAB estava solicitando 10 tecnologias-chaves aeroespaciais (eram 12 na verdade, mas tudo bem), que seria absorvidas por universidades, industrias e centros de pesquisa da própria FAB. Queríamos aprender o know-why e não o know-how.
Eram tecnologias de concepção de aeronaves supersônicas, de estruturas críticas, desenvolvimento de FCS, de redução de rcs , de sensores, tecnologia de interferência e compatibilidade eletromagnética, etc.
Ou seja, o pacote exigido de ToT era bastante ambicioso e não seria qualquer um que concordaria.
E aliás, como disse o Crepaldi na RFA, foram os pólos receptores que selecionaram e avaliaram as propostas de ToT. A Boeing concordou em repassar e teve garantias da Secretaria de Estado e do Depto de Defesa estadunidenses. E posteriormente, vieram garantias do Congresso Estadunidense, formalizadas pelos líderes do partido Democrata e Republicano. No início, até pelo wikileaks, as autoridades americanas estavam relutantes mas depois, começaram a vir as garantias.
A França teve até um exagerado e pouco exequível "ToT irrestrita", mas também concordaram. E a proposta sueca atendia aos requisitos de ToT.
O FX2 era um projeto muito maior que a FAB, que procurava beneficiar de forma significativa o setor aeroespacial nacional.
Dias atrás, o Luís Henrique disse que antes da short-list a FAB deveria ter voado todos os candidatos.
Pelos próprios propósitos do projeto, se não atendesse aos requisitos de ToT, o concorrente estaria fora. Não adianta.