NovaTO escreveu:Luís Henrique escreveu:
Eu imaginei que se referia à isso, mas acredito que você não conhece muito bem sobre o IRBIS.
De fato o sistema Swashplate no Raven permitirá uma abrangência (como você disse) bem maior do que em radares fixos, como é o caso do RBE do Rafale, do APG-79 do Super Hornet e muitos outros.
Mas acontece que o IRBIS-E do Su-35 também possui um sistema semelhante, um sistema mecânico que gira a antena do radar para até 120º.
O Swashplate do Raven gira a até 100º e o IRBIS-E gira um pouquinho mais, até 120º.
Portanto esta maior abrangência citada por você está equivocada. O Su-35 é que possui uma vantagem neste quesito.
O Gripen NG pode disparar um míssil (pode ser o Meteor) sem necessidade de ligar seu radar. Isto é fato.
Ele pode disparar com informações via datalink de outro Gripen ou de uma aeronave AEW.
E ele pode disparar com base em informações do seu IRST.
Para esta possibilidade que eu descrevi que segundo artigo em revista especializada, só seria possível o disparo a cerca de 65% do alcance máximo do IRST.
E também é dito que contra um alvo vindo de encontro, o alcance máximo do IRST Skyward-G é de 100 km. Ou seja, o disparo seria a 65 km de distância, no melhor caso.
Sobre um Gripen ligar o radar e exercer a função de mini-AWAC´s para os outros, isto também é possível.
Mas o Su-35 desempenha esta função com potencial muito maior, pois seu radar detecta alvos bem mais distantes.
Em minha opinião PESSOAL, o Gripen NG assessorado por uma aeronave AEW moderna, é um osso duríssimo de roer. Pode se defender e atacar caças e interceptadores de altíssimo desempenho. MAS sem a ajuda de uma aeronave AEW, ele continua sendo um caça excelente e muito melhor do que muitos caças que voam por ai, mas contra caças PESADOS como F-15SE e Su-35 e contra aeronaves de 5a geração como F-22, F-35 e PAK-FA ele fica em DESVANTAGEM tática.
Caro Luis Henrique,
Alguns pontos :
O IRBIS é um radar do tipo PESA, o que implica e não ter as mesmas vantagens de um radar AESA. Isso implica que o Raven em teoria é capaz de procurar e traquear muitos mais alvos. E em um modo mais discreto.
A vantagem de um caça pesado, é sua persistência em combate, ficar mais tempo em CAP, ou com uma carga de misseis maior. É uma vantagem? Teoricamente sim, em vez de lançar 1 BVR, lança 2. Ou engaja o dobro de alvos.
Para o Gripen, a alternativa é clara, é a capacidade de ser rearmar e ser reabastecimento em pouquíssimo tempo, além de uso de estradas para diminuir o tempo.Isso significa ter o Gripen no AR mais tempo. Mas confesso que não tenho os tempos de comparação com um F-15 E, por exemplo.
Para o F-22 não há oponente HOJE. E para o F-35, em cenário BVR , será difícil para seus oponentes, com um senão: Se passar para o cenário WVR, equilibra com os caças atuais de 4.5ª geração. Em relação PAKFA, vai demorar pelo menos mais uns 10/15 anos para ter um caça de 5ª geração como é o F-22 HOJE.
Mas fazendo mais uma projeção, não podemos esquecer a entrada em operação de drones furtivos como o X-47 B e derivados do NeuroN e Taranis. Voando em SWARM tendo um AWACS controlando, pode ser o futuro da aviação de caça.
[]'s
1) Em um modo mais discreto até pode ser, mas procurar e traquear muito mais alvos está associado a outros fatores. O IRBIS-E rastreia 30 alvos simultaneamente e ataca 8 deles simultaneamente. O Raven eu não sei. Mas o RBE do Rafale é muito bom nisso, mesmo a versão PESA, eu não li nenhuma melhora neste quesito com a troca da antena para AESA.
2) Não apenas isso amigo. Um caça pesado tem muito mais espaço, isso todo mundo sabe. Este maior espaço além de carregar mais combustível e mais armamentos, também pode abrigar sensores e sistemas MAIORES E MAIS PESADOS. Esta é a grande vantagem de caças pesados.
Imagine um Super Gripen, com dois motores, um caça BEM maior, a SAAB poderia fazer o que? Pediria para a Selex desenvolver um radar COM A MESMA TECNOLOGIA DO RAVEN, mas em vez de tamanho X, seria tamanho 2X ou 3X. Em vez de pesar 215 kg, o radar poderia pesar 400 kg ou 600 kg. Em vez de 1.000 módulos T/R, o radar teria 1500 ou 1700 módulos T/R, em vez de uma antena com 600mm de diâmetro, a antena teria 900mm ou 1000mm.
A mesma coisa para o IRST. Um IRST da Selex, com mesma tecnologia do Skyward-G, porém muito maior, mais pesado, mais capaz.
O mesmo para o sistema de Guerra Eletrônica, EW. A mesma tecnologia da SAAB, mas em um EW muito maior, mais pesado e mais capaz.
O que você acha que aconteceria???????
Teríamos um caça com capacidade de SENSORES muito maior, como ocorre no F-15SE e no Su-35S.
As capacidades maiores não se resumem a combustível e armamentos. O mesmo ocorre nos SENSORES.
É simples e fácil de entender isso. É lógico.
Inclusive, coloco um texto OFICIAL da Selex que comprova meus argumentos: (eu quero que o Kirk leia isso)
The system utilises all the benefits of an electronically
scanned array to deliver :
• Significantly enhanced performance relative to similar
sized systems with the same weight, volume and power
• Comparable performance to larger mechanically scanned
system whilst offering reduced weight and power
Tradução: O sistema utiliza todos os benefícios de um arranjo de escaneamento eletrônico para entregar:
- Aumento de performance significativo relativo à radares com tamanho semelhante, com mesmo peso, volume e potência.
- Performance comparável à (radares) maiores com sistema de escaneamento mecânico, enquanto oferece peso e potência reduzidas.
Observação: A Selex não está falando de AESA vs PESA. Está falando da tecnologia de escaneamento eletrônico contra o escaneamento mecânico.
Ou seja, fica muito simples de entender, o Raven terá performance bem superior a radares MECÂNICOS de mesmo tamanho, peso, volume e potência.
E performance SEMELHANTE a radares maiores de escaneamento mecânico.
Fonte:
http://www.selex-es.com/documents/73744 ... 05_LQ_.pdf
3) Sim, o Gripen tem suas vantagens. Essas são algumas delas. Outra é seu custo operacional. Outra é sua manobrabilidade excelente para combates WVR.
Outra é sua baixa RCS. E por ai vai. Mas possui desvantagens contra caças pesados.
4) Eu diria que o prazo mais realista seria 5 a 10 anos e que provavelmente o Su-50 terá algumas vantagens em relação ao F-22, que teriam que ser equacionadas em um MLU do F-22.
E no cenário WVR não diria que o F-35 equilibra, diria que ficaria um pouco atrás.
5) Sim. É o futuro.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.