Substituição "Tankers" da FAB

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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talharim
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Substituição "Tankers" da FAB

#1 Mensagem por talharim » Sáb Jul 30, 2005 2:06 pm

FAB avalia troca dos 'Sucatões'

Para substituí-los, a Varig Engenharia propõe a conversão de três Boeings 767/200 em aviões-tanque para uso da Aeronáutica
Roberto Godoy

A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda a troca de sua frota de quatro velhos Boeings 707, os "Sucatões", por outro grupo, formado por três Boeings 767/200 - menos velhos e ainda sem apelido na aviação militar.

A proposta não solicitada foi apresentada pela Varig Engenharia e Manutenção (VEM), do Rio. Associada ao grupo israelense IAI - Indústria Aeronáutica de Israel, a VEM já faz regularmente a conversão do Boeing 767/200, de passageiros para cargueiros, com possibilidade de arranjos mistos.

A FAB emprega essa classe de jatos de grande porte como tanques, para reabastecimento em vôo de esquadrões de combate, para deslocamento de tropas e transporte de autoridades. Um dos Boeings 707 é mantido na configuração executiva, à disposição da Presidência da República. O tempo de vida útil desse avião termina em 2008.

Uma das alternativas consideradas em paralelo à oferta da VEM é a utilização de três 767 da frota da Transbrasil, arrestados pela Justiça em dezembro de 2001 como garantia de dívidas. Os jatos têm 21 anos de uso. Estão apenas parcialmente protegidos no hangar da empresa em Brasília. Os motores foram removidos e teriam sido entregues à companhia americana Delta, para cobrir compromissos financeiros. O pacote da modificação, dependendo do estado em que se encontram os três jatos, pode sair por pouco mais de US$ 50 milhões.

Baixo custo

O Boeing 767 foi escolhido pela aviação dos EUA como novo avião-tanque padrão. O Pentágono encomendou cem unidades novas. O valor do contrato é estimado em US$ 1,5 bilhão. "A revitalização de modelos usados é, entretanto, uma solução de baixo custo", explica o presidente da VEM, Evandro Oliveira.

A empresa acaba de entregar duas unidades civis, transformadas em cargueiros. Uma é da operadora Tampa, da Colômbia, e outra, da dinamarquesa Maesk. A conversão exige cem dias de trabalho e custa cerca de US$ 10 milhões. Todo o trabalho é feito nos hangares industriais da corporação no aeroporto de Porto Alegre.

"A tecnologia envolvida no processo de adaptação das células de combustível e na nova eletrônica que a demanda militar implica elevaria o preço talvez para o patamar de US$ 15 milhões", explica Oliveira.

Ainda que o plano de aproveitamento dos jatos da Transbrasil não seja bem-sucedido, é possível encontrar no mercado internacional modelos em bom estado na faixa entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões. O total de US$ 35 milhões equivale a um terço da cotação de US$ 100 milhões da aeronave nova.

O Boeing 767/200 mede 48,5 metros e tem duas turbinas. A envergadura da asa é de 45,5 metros. Pode voar a 12,1 mil metros e a 880 km/hora. O alcance é intercontinental, sem escalas. A configuração de carga permite 19 contêineres. A de transporte de tropas abriga 200 soldados equipados.




Os nossos 707 estão tão mal assim que precisam ser substituídos até 2008 ? :shock:

Então a FAB precisa começar a pensar desde já na substituição desses importantíssimos jatos........

Creio que a proposta da Varig VEM seja muito interessante..........

Mas adquirir apenas 3 ? Se 4 mal dão conta do recado..... :?




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#2 Mensagem por Brasileiro » Sáb Jul 30, 2005 3:03 pm

Eu acho 3 muitíssimo pouco, tem que ser uns cinco ou seis (no mínimo), logo a FAB terá dentro de poucos anos cerca de 115 caças com capacidade de serem reabastecidos.
Uma pergunta: Qual é a relação "nºde caças/nº de tankers" das forças aéreas mais tradicionais? No caso do Brasil é 100/4= 25.


abraços




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#3 Mensagem por talharim » Sáb Jul 30, 2005 4:25 pm

Brasileiro escreveu:
Uma pergunta: Qual é a relação "nºde caças/nº de tankers" das forças aéreas mais tradicionais? No caso do Brasil é 100/4= 25.


Eu acho impossível chegar a uma lógica de x tankers necessários........

É muito subjetivo,vai depender de cada doutrina de emprego de cada Força Aérea.......

Por exemplo Israel possui 518 Caças e apenas 8 Tankers (5 Boeing 707 e 3 KC-130).Isso se deve ao fato de que os inimigos de Israel são seus vizinhos e sua espinha dorsal da aviação de caça ser baseada em caças de grande autonomia (F-15I e F-16I).
Dá uma relação de 68 caças para cada Tanker!

Falows,




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#4 Mensagem por talharim » Sáb Jul 30, 2005 4:32 pm

Isso sem falar no território Israelense ser minúsculo,não sendo necessário utilização de Tankers para defesa do seu território........

Os Tankers Israelenses são utilizados para operações ofensivas muito longe do seu território,eles fazem parte de uma doutrina de emprego de ataques preventivos contra inimigos em potencial.....auxiliando inclusive operações da USAF e da RAF no Oriente Médio...




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#5 Mensagem por Pablo Maica » Sáb Jul 30, 2005 4:46 pm

Os nossos KC-137 são umas das células menos voadas do mundo, acho que estes 767 vão complementar a nossa frota, ja que agora teremos 47 F-5 e 50 A-1 com capacidade revo, talvez os mirages 2000 tbm (alguem sabe?).


Um abraço e t+ :D




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#6 Mensagem por FinkenHeinle » Sáb Jul 30, 2005 6:38 pm

Pablo Maica escreveu:Os nossos KC-137 são umas das células menos voadas do mundo, acho que estes 767 vão complementar a nossa frota, ja que agora teremos 47 F-5 e 50 A-1 com capacidade revo, talvez os mirages 2000 tbm (alguem sabe?).


Um abraço e t+ :D

Pode ser Pablo!


De fato, acho muito interessante que a VEM passe à atuar no mercado de Defesa. Sem dúvida, é uma empresa bastante capacitada, e pode se tornar importante!

Além do mais, o 767 seria excelente aeronave para REVO, não acham?!




Atte.
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#7 Mensagem por Carlos » Sáb Jul 30, 2005 7:20 pm

Acho que de 4 a 5 jatos são necessários. Quanto aos KC-137 está ficando muito caro a manutenção dos aviões e os mesmos necessitam de uma troca urgente dos motores.

Falou,

Carlos.




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#8 Mensagem por Brasileiro » Sáb Jul 30, 2005 7:41 pm

O Mirage2000C também é capaz de realizar REVO, logo, toda a aviação de caça de primeira linha na FAB terá essa capacidade. Além desses a FAB também tem os KC-130, baseado em Hércules, alguém me diz a quantidade destes? (é que eu sempre esqueço :oops: ).
Sem contar que a Marinha realiza exercícios de REVO com o AF-1 junto com a FAB, mas eu não sei qualé a intenção da Marinha nesse sentido.


abraços




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#9 Mensagem por Jet Crash® » Sáb Jul 30, 2005 8:20 pm

Eu lí que a Ilyushin está desenvolvendo uma versão mista do Il-76 que poderia ser usada como aeronave REVO e de transporte.

Acho esta versão interessantíssimo pois daria a FAB uma excelente aeronave REVO e também a capacidade inédita de tranporte estratégico a metade do preço de um C-130 novo, ou seja US$ 35 milhões. Este é o valor de um modelo novo, equipado com as turbinas PS-90A com painel ocidentalizado certificado para vôo pelo JAA.

Uma opção muito boa.




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#10 Mensagem por rodrigo » Dom Jul 31, 2005 12:08 am

Esse assunto tem que ser discutido desde já, para que a compra ocorra em menos de 10 anos. Vem aí o programa KCX.

Alguém sabe dizer se existia mais um 707 da VARIG que seria da FAB e sumiu em um vôo sobre o oceano? Já ouvi várias estórias de 007 sobre esse avião.




"O correr da vida embrulha tudo,
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sossega e depois desinquieta.
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#11 Mensagem por Jet Crash® » Dom Jul 31, 2005 12:15 am

rodrigo escreveu:Esse assunto tem que ser discutido desde já, para que a compra ocorra em menos de 10 anos. Vem aí o programa KCX.



Este programa estava sendo pensado pela FAB quando um certo Mulla assumiu a presidência e quiz porque quiz um aviãozinho novo imediatamente para ficar viajando.

Ao que tudo indicava, a FAB pretendia escolher a mesma plataforma para o transporte presidencial, mas seu Mulinha queria o tal aviãozinho.

Neste cenário, o 767 era a melhor opção.




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#12 Mensagem por Einsamkeit » Dom Jul 31, 2005 2:12 am

rodrigo escreveu:Esse assunto tem que ser discutido desde já, para que a compra ocorra em menos de 10 anos. Vem aí o programa KCX.

Alguém sabe dizer se existia mais um 707 da VARIG que seria da FAB e sumiu em um vôo sobre o oceano? Já ouvi várias estórias de 007 sobre esse avião.


quais historias?




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#13 Mensagem por Einsamkeit » Dom Jul 31, 2005 2:26 am

rodrigo escreveu:Esse assunto tem que ser discutido desde já, para que a compra ocorra em menos de 10 anos. Vem aí o programa KCX.

Alguém sabe dizer se existia mais um 707 da VARIG que seria da FAB e sumiu em um vôo sobre o oceano? Já ouvi várias estórias de 007 sobre esse avião.


quais historias?




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#14 Mensagem por zorrilho » Dom Jul 31, 2005 9:56 am

Estranho que em matérias sobre o esquadrao Corsário, os pilotos dão a entender que para a função é mais adequado um avião quadrimotor do que um bimotor, portanto ilógica a predileção pelo Boeing 767, Talvez um 747 ou A-340 fosse uma opção mais de acordo com esse pensamento.




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#15 Mensagem por Alcantara » Dom Jul 31, 2005 3:38 pm

Talves seja por que estão sempre operando com peso muito alto em aeroportos que nem sempre tem a mesma infra-estrutura de um da capital. Nestes casos a perda de um motor em uma decolagem, por exemplo, representaria a perda 25% de potencia e não 50%, como no caso de um bimotor. Acho que a preferencia deles pelos quadrimotores seria reflexo dessa margem de segurança maior. Isso, é claro, é apenas uma conjectura minha ( :lol: ) . Depois das especificações ETOPS, as aeronaves bimotoras atingiram um nível de segurança tal que lhes foram permitidas efetuar longas rotas sobre regiões sem aeroporto alternativo tais como, por exemplo, as intercontinentais sobre o Atlântico. Mas, por outro lado, acho que esta norma trata apenas dos pré requesitos técnicos e de segurança necessários para que uma aeronave bimotora "permaneça" em vôo. Ou seja, tratra-se de manter uma aeronave que já estava voando nestas condições. Decolar nesta condição monomotor e operar de aeroportos pequenos e sem muita infra-estrutura são outros quinhentos!!! Destes aeroportos pequenos, cheio até o último galão de combustível e com um motor só, então... :lol:




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