Observe a lista de tranferência de tecnologia no desenvolimento do GripenNG que o Presidente da COPAC citou em 27 de maio deste ano. E cruze com a lista que diferencia a versão "BR" que o engenheiro chefe do projeto da SAAB havia citado, inclusive no aperfeiçoamento da versão para ter uma assinatura-radar menor. Com exceção da capacidade de jammeamento, todo o trabalho será realizado no Brasil.LeandroGCard escreveu:Knigh7, no caso do AMX participamos da concepção do produto, antes mesmo do acordo com a Itália a Embraer já estava estudando o projeto de um avião da categoria do AMX, obter este avião e desenvolvê-lo no Brasil era uma decisão já tomada pela FAB e pelo país. A Embraer iniciou seus trabalhos com usinagem pesada em múltiplos eixos justamente para o AMX (eu pessoalmente vi as máquinas novas sendo instadas e testadas), e um professor meu da UnB na época foi contratado pela empresa e mandado para a Itália para desenvolver os ductos de entrada da turbina (depois de um protótipo cair devido a estol do motor durante um pouso). Eu cheguei a assistir a uma palestra dos usuários do programa Nastran da Embraer sobre as novas técnicas de simulação que eles desenvolveram para este projeto. O programa realmente mexeu com a empresa, a coisa foi muito além de um sistema eletrônico ou outro que foi ou não instalado no avião por questões de verba.knigh7 escreveu:A absorção tecnológica projeto GripenNG vai propiciar a nós, será mais importante do que foi com o AMX. Pois o AMX não era um caça avançado para a época como é o GripenNG que tem várias tecnologias no estado da arte.
No caso do Gripen-NG o modelo demo já estava voando em 2008, de lá para cá mudaram detalhes de desenho, mas não houve nenhuma revolução tecnológica. As técnicas de fabricação dele (inclusive materiais compostos) já são de domínio da Embraer e de outras empresas nacionais há décadas. O projeto é convencional, usando conhecimentos que até um escritório de engenharia brasileiro já dominava. Não ouvi até agora nenhuma menção a qualquer inovação em termos de manufatura no Gripen-NG que já não seja empregada em outros aviões (o simples projeto de uma peça de novo desenho de forma alguma significa uma nova tecnologia). É óbvio que o Gripen-NG é um avião muito mais sofisticado do que o AMX (principalmente na parte que concerne à eletrônica, isso é até uma decorrência do tempo), mas na época daquele a Embraer ainda tinha o Brasília e o Tucano como seus produtos principais, e de lá para cá vieram a família 145, a 190, o ST e os E-jets (nem vou mencionar o KC-390), todos eles muitíssimo mais sofisticados que qualquer coisa que a Embraer produzisse na década de 1980, quando o avião ítalo-brasileiro foi desenvolvido.
Você acredita mesmo que só agora com o Gripen-NG é que a Embraer vai aprender alguma coisa inovadora e mais, que somente este projeto permitiria que ela aprendesse o que precisa? E não vamos nem começar a falar sobre algum futuro caça nacional, porque além dele não estar sequer no horizonte se um dia vier mesmo a ser concebido será de uma geração posterior, e usará muito pouco do que está hoje sendo empregado no Gripen-NG.
Leandro G. Card
Eu vou copiar e colar alguns PPTs que o Brigadeiro Chã colocou:
São transferência de tecnologias bastante avançadas.
PPT 29:
PPT 30:EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
Transferência de Tecnologia
EMBRAER
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•O desenvolvimento da fuselagem, ensaios de fadiga e medidas e assinatura radar;
•Os desenvolvimento de interferência e compatibilidade eletromagnética;
•O desenvolvimento do software embarcado e a integração de sistemas;
•A integração de sensores do sistema de comunicação e o desenvolvimento da fusão de dados;
•O desenvolvimento dos sistemas de controle de voo;
•Participação da Embraer no desenvolvimento do Gripen NG (E e F); e
•Atividades de Industrialização e Montagem Final da Aeronave Gripen NG.
ppt 31
EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
AKAER
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•Transferência de tecnologia para o desenvolvimento de conjuntos estruturais em metais e materiais compostos da futura aeronave Gripen NG, envolvendo a fuselagem intermediária, traseira e as asas.
EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
DCTA
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•Transferência de tecnologia e participação no processo de certificação da aeronave Gripen E e F; desenvolvimento conceitual, análise operacional e definição de requisitos de aeronave de caça do futuro.
DCTA
EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
GRUPO INBRA
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•Transferência de tecnologia para a produção de conjuntos estruturais em metais e materiais compostos da futura aeronave Gripen NG, envolvendo a fuselagem intermediária, traseira e as asas.
PPT 32
ppt 33EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
ATECH
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
• Transferência de tecnologia para:
•Desenvolvimento, adaptação e atualizações futuras no sistema de suporte, simuladores e planejamento de missão da aeronave; e
•Desenvolvimento de cursos (conteúdo pedagógicos) para o Sistema de Treinamento baseado em computador (CBT).
ppt 34EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
AEL
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•A transferência de tecnologia proposta aborda o design, desenvolvimento e suporte dos sistemas relacionados à aviônica da aeronave, integração e apoio, assim como a manutenção no terceiro nível dos componentes de aviônica.
EMPRESAS BENEFICIÁRIAS
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
MECTRON
ATIVIDADE A SER DESENVOLVIDA:
•Manutenção nível intermediário do Radar AESA (Active Electronically Scanned Array), integração do LINK BR2 e participação da integração de armamentos na aeronave.
Integração de Armamentos na Aeronave MAR-1 e A-DARTER
Fornecimento e Integração do Data-Link LINK BR2
Suporte Técnico durante Ciclo de Vida p/ Radar e IFF
•Integração aos Sistemas de Missão
•Interface Homem-Máquina
•Sistema de Comunicação Segura de Dados, Voz e Imagens
•Integração aos Sistemas de Missão
•Interface Homem-Máquina
•Comunicação em Aeronave Supersônica
•Fusão de Dados
•Tecnologia AESA