Túlio escreveu:Há sim: o plano após a ocorrência de um impedimento é o bandeirinha levantar a bandeira, o árbitro apitar, o jogo parar e a torcida do time que estava no ataque começar a xingar a Mãe dele.![]()
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Notar que é plano PADRÃO!!!
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Moderador: Conselho de Moderação
Túlio escreveu:Há sim: o plano após a ocorrência de um impedimento é o bandeirinha levantar a bandeira, o árbitro apitar, o jogo parar e a torcida do time que estava no ataque começar a xingar a Mãe dele.![]()
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Notar que é plano PADRÃO!!!
E o pior sao os deputados aprovando medidas que, a medio prazo, vao tornar o pais ingovernavel pensando que vao prejudicar apenas a Dilma. O proximo presidente, provavelmente, nao sera do PT. Como esperam conduzir o pais? Estao sonhando que vao conseguir desfazer toda a lambanca que estao fazendo?Túlio escreveu:De resto, nunca vi coisa igual: o Brasil é um navio em que buena parte dos passageiros torce pra afundar só porque não gosta da tripulação. Aparentemente não notam que, SE for a pique, se ferram junto...![]()
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Excelente texto Sr. Bourne !cassiosemasas escreveu:Wingate escreveu: Coerente e na medida certa.
Wingate
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mas e aí tigrão, como rola as contas do governo?Túlio escreveu:Vou repetir o que falei no Fórum-filhote (quem fala "irmão" não entendeu o contexto): se eu estivesse na cadeira da Presidente, ao ver que não tinha mais nada a ganhar, ia pro tudo ou nada: TACAVA taxa de juros lá no chão & quetales, quem quisesse vir depois que segurasse a onda...
Bom, tenicamente, como o governo federal se comprometeu a fazer um SUPERAVIT primário ele não precisaria de dinheiro emprestado, teria o suficiente para se custear sozinho (já os estados eu não sei). Então isso não seria um problema. O dinheiro no colchão também não existe, isso é bom para mim ou para você que temos uma merreca em termos de grana, mas os grandes investidores que tem bilhões e bilhões não vão deixar seu dinheiro parado, vão procurar investir em alguma coisa. Toda a dinheirama que está hoje "empacada" na ciranda da dívida pública com o tempo iria acabar sendo despejada na economia real, irrigando os investimentos de que o país tanto precisa. Uma pena que nem daria tempo deste movimento se confirmar, o caos viria bem antes. Eu me lembro até hoje quando eu estudava na UnB e saiu o plano cruzado, que também derrubou os juros, e apareceram prepostos de tudo o que é banco zanzando pelos departamentos de engenharia procurando quem quisesse dinheiro emprestado para montar empresas de qualquer coisa que fosseBourne escreveu:Ou seja, se joga os juros à zero acontece dois movimentos. O primeiro ninguém empresta para o governo pela selic por ter rendimento negativo, assim sendo melhor guardar debaixo do colchão.
Nas condições de sempre, onde apenas os juros são considerados ferramenta legitima para combater a inflação, sim, a inflação explode. Mas você sabe que poderiam ser utilizadas outras ferramentas que hoje são consideradas "inortodoxas" e portanto sequer consideradas, mas poderiam ser até mais eficientes que os juros da SELIC.O segundo de que inflação explode e os que tem os títulos corrigidos pelo IPCA se borram todos por um calote.
Como visto no primeiro item, com juros zero em princípio o risco de calote seria afastado, já que o governo produziria um supervit. Só que ele teria que fazer mesmo isso, pelo bem ou pelo mal, pois não teria de onde tirar recursos para bancar suas contas se não o fizesse.Por fim, o terceiro movimento é dar calote total que afeta os fundos de pensão nacionais, que por acaso são estatais e pagam os aposentados das empresas públicas.
De fato, minhas considerações acima são puramente teóricas.O problema não é a economia. Crises sempre existem e passam. Erros desgraçados idem. O problema é que o governo Dilma está perdido desde idos de 2011, quando escolheu a Gleisi Hoffmann. Uma mulher que é pior que a Dilma para falar com a politicaiada. Depois de lá só veem piorando. Agora chegamos aos fundo do poço. A inabilidade vai arrastando tudo junto. Ou acha que algum ministro consegue trabalhar com tranquilidade hoje? Ou mesmo o pessoal do segundo escalão ou da elite do funcionalismo de carreira que faz seus projetos e precisa de um ok do legislativo e governo.
Porque ???zengao escreveu:Tenho a impressão que pode dar merda, nem todo mundo curte a Dilma, mas tirar a mulher de lá já é outra história.
Na realidade, as suas considerações teóricas se incluir este último trecho. O papel da economia política, instituições e comportamento dos agentes nesse ambiente é extremamente relevante. . Isso diferencia um acadêmico ou policymaker muito bom de um cabeça de planilha que só olha número e vê o mundo em uma relação hidráulica.LeandroGCard escreveu:De fato, minhas considerações acima são puramente teóricas.
Na prática haveria um pânico generalizado com a mudança abrupta das regras da macroeconomia, talvez com corrida a bancos e paralisação de todo o mercado de crédito, e os políticos do congresso iriam imediatamente começar a torpedear a iniciativa, lutando para impedir qualquer medida de economia e para aumentar os gastos inviabilizando o superávit e jogando o governo na bancarrota, com fins puramente político-partidários. Seria a crise política atual elevada à enésima potência.
Mas isso não seria culpa direta dos juros zero, seriam consequências psicológicas e políticas desta medida que em um mundo ideal não precisariam necessariamente acontecer.
Leandro G. Card