TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75286 Mensagem por knigh7 » Qui Jun 18, 2015 12:14 am

Carlos Lima escreveu:É bom lembrar que equipamentos tipo IRST sofrem com as condições de operação da aeronave (clima, etc). Esses alcances divulgados são 'o máximo' e extremos e dificilmente vão funcionar na realidade.

E essa é uma limitação de qualquer tipo de IRST seja do Typhoon, do F-35, do Gripen, do Su, etc.

[]s
CB_Lima
Nós estamos falando da arena de combate ar-ar, ou seja, lá em cima, onde há uma variação bem menor das condições atmosféricas.

E não é bom nivelar a sensbilidade dos IRST (me refiro ao OSL-35 do Su-35, cuja sensibilidade não chega nem a metade dos da Selex).

Existe IRSTs e IRSTs assim como não é bom nivelar caças de uma mesma geração.

Aliás os russos e indianos não estão gastando no Pak Fa nem 1/10 do que os americanos gastaram no desenvolvimento do F-22 (os USD 67 bi de 20-15 anos atrás passam USD 100bi). Aliás o valor não chega nem perto no desenvolvimento de um caça de 4a geração ocidental)...

Aliás, precisam criar um critério delimitar as gerações (no caso 5a geração o desingn stealth) e o J-20 e Pak Fa acabaram entrando no mesmo grupo do F-35 e F-22.

Uma aeronave que se pretende a ser "Stealth" e que possa atingir velocidade supersônica (como caça) tem de calcar a furtividade mais na engenharia de materiais do que no design. O design do F-117 é incompatível com o voo supersônico.

Os americanos estão desenvolvendo aeronaves stealths desde 1.973. Os chineses e russos além de queimarem etapas estão gastando muito menos que os americanos. Só que F-22, F-35, J-31, J-20 e Pak Fa estão tudo no mesmo saco. E até os americanos não fazem questão de os tirarem fora.

A USAF fez um alarde danado no início dos anos 80 pelo fato dos soviéticos estarem 4 regimentos de Mig23 na Alemanha Oriental enquanto ela já tinha um bom punhado de esquadrões dotados de F-15 e F-16 na Europa ocidental. Eu tenho um livro sobre Migs lançado há 30 anos atrás, aliás escrito pelo Bill Sweetman que já afirmava que o Mig23 não era páreo tecnologicamente ao Eagle e ao Falcon. E de fato o Bill Sweetman estava certo (o que chegava mais próximo eram o Mig29 e Su27).

Ora, se um jornalista sabia a USAF não sabia? Claro que sabia. Fazia aquilo para tentar jogar o orçamento dela para cima mais ainda.

Eu vejo o projeto Pak Fa, J-20 e J-31 com bastante ceticismo. E não sou só eu...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75287 Mensagem por knigh7 » Qui Jun 18, 2015 12:27 am

Aliás, outra tecnologia que os russos estão defasados é de UCAVs. A VVS precisou recorrer a Israel para se equipar. Tanto a Sukhoi quanto a Mig estão com projetos. Daqui há alguns anos os UCAVs russos vão estar no mesmo saco que os UCAVs americanos.

Se a FAB menosprezar os UCAVs russos, não vão achar ruim...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75288 Mensagem por kirk » Qui Jun 18, 2015 12:46 am

LeandroGCard escreveu:
Galina escreveu:Situação prática que mais me fascina: o IRST detectando alvos com pequena RCS; para confirmar o contato, o caça direciona um feixe concentrado do seu radar AESA para o lugar !!
Será sim um osso duríssimo de roer.
Não entendi.

Porquê o piloto faria isso se já tem o alvo no IRST? Assim ele se entregaria e perderia a vantagem da surpresa (mesmo que o inimigo tivesse radar superior e já o tivesse detectado ele ainda não saberia que teria sido detectado também, o que daria margem a uma ação-surpresa). Já ligando o radar, ainda mais com o feixe concentrado, o piloto do Gripen estaria entregando não apenas sua posição como também sua situação tática.

O procedimento mais usual no caso de se detectar um inimigo no IRST não seria alterar a direção para criar uma velocidade tangencial com relação ao alvo detectado e assim poder determinar sua distância e direção de vôo, fazer o upload dos dados para um míssil e lançá-lo ainda em silêncio de radar?


Leandro G. Cardoso
Leandro, lembre-se é uma operação em rede ... nesse caso, geralmente uma de quatro aeronaves, em posição estratégica, vai estar com o radar ligado e suas informações serão compartilhadas com os demais ... assim uma aeronave em zero emissão, apenas IRST "localiza" o alvo e automaticamente compartilha a informação com a aeronave com radar "on" que sem dúvida pode focar o feixe permitindo o engajamento de todos que estejam no teatro ... estando ele mesmo em "distância segura".




[] kirk

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75289 Mensagem por kirk » Qui Jun 18, 2015 12:57 am

FCarvalho escreveu:Uma tentativa de pitaco nessa conversa.

Compramos um projeto, não um caça pronto. A meu ver, isso foi o que atraiu a FAB, ou parcela significativa dela, de certo modo, desde o começo para o Gripen NG, e anteriormente, também, em termos perspectivos, para o Gripen C/D na versão 1 do FX, que poderia nos inserir em um contexto de desenvolvimento tecnológico na seara aeroespacial tão desejada e sempre buscada pela engenharia da força aérea. Ponto.

Como se trata de um projeto, com todos os riscos nele inseridos, eu me arrisco a afirmar com muita tranquilidade, que a FAB estava, como está, completamente ciente dos riscos envolvidos. Do contrário, a lógica seria a não assinatura de um contrato com a SAAB. Mesmo que sob a sombra de eventuais movimentos políticos internos ao governo. Ok.

Em sendo assim, a FAB entende - creio que apostou nisso - que o Gripen NG não é apenas um caça, mas um conceito de sistema de sistemas, operando em rede e de forma integrada. A tão afamada NCW, que não por acaso os suecos conhecem muito bem. Então, a ideia é que se consiga através deste projeto, o Gripen NG, alçar também a FAB a um outro patamar em termos de guerra cêntrica, não mais apenas baseada em redes C3, mas, diria até na forma de redes C4ISR. Em certo sentido temos uma noção muito breve disso aqui no Brasil com o SISDABRA, mas bastante limitado, tendo em vista as nossas condições de investimento material e humano na montagem e organização de uma rede NCW própria. O que se provê agora é a integração que se espera que tanto Sisfront quanto o Sigaaz possam engendrar com aquele sistema da FAB. Aí vamos começar a poder conversar seriamente em NCW nacional. E com todos os seus desdobramentos.

Tendo dito isso, espero que os colegas entendam, que independente de o Gripen NG ter sido uma escolha política ou não, ou a imposição dela sobre a FAB, ele será o nosso próximo caça, e nem de longe os avanços que a nossa participação neste projeto trará a industria e a própria FAB concorrem em termos de significância com os caças que ele virá a substituir. Este é o meu pensamento.

Resta saber contudo, se o país estará à altura de tal empreendimento. Investir em tecnologia e informação, diria, formação, é um caminho longo e dolorido. Na verdade um caminho estranho e pouco afeto a cultura nacional. Mas ele foi o escolhido. Que nosso esforço agora seja para que ele frutifique. E que em 2019 e adiante, nós demos um primeiro passo para alçar a nossa força aérea à condição de prontidão e eficiência de que ela necessita para atender a missão constitucional que lhe foi imposta pela sociedade. O contrário disso, é abdicar de toda e qualquer posição de ventura em relação ao poder aéreo que um dia nós nos pretendemos ter. Nos restará a pecha de eternos compradores de prateleira, de usados e a indiscutível adesão leniente pela dependência anacrônica - em todos os sentidos - de terceiros, característica de quem nunca soube chegar no fim, porque de certo nunca soube mesmo onde queria chegar.

abs.
Excelente post ! [009]

Somente complementando ... talvez essa questão de integração dos diversos componentes de defesa SISDABRA, Sisfront e Sigaaz que se pretende completamente integrados com satélites seja a grande contribuição do FX-2 ... o compartilhamento dessa tecnologia pode levar o nosso sistema de defesa a uma patamar jamais imaginado ... um verdadeiro escudo, altamente eficiente para nossa defesa e altamente letal para aventureiros de qualquer tamanho ...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75290 Mensagem por Carlos Lima » Qui Jun 18, 2015 1:47 am

knigh7 escreveu:
Carlos Lima escreveu:É bom lembrar que equipamentos tipo IRST sofrem com as condições de operação da aeronave (clima, etc). Esses alcances divulgados são 'o máximo' e extremos e dificilmente vão funcionar na realidade.

E essa é uma limitação de qualquer tipo de IRST seja do Typhoon, do F-35, do Gripen, do Su, etc.

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Nós estamos falando da arena de combate ar-ar, ou seja, lá em cima, onde há uma variação bem menor das condições atmosféricas.

E não é bom nivelar a sensbilidade dos IRST (me refiro ao OSL-35 do Su-35, cuja sensibilidade não chega nem a metade dos da Selex).

Existe IRSTs e IRSTs assim como não é bom nivelar caças de uma mesma geração.

Aliás os russos e indianos não estão gastando no Pak Fa nem 1/10 do que os americanos gastaram no desenvolvimento do F-22 (os USD 67 bi de 20-15 anos atrás passam USD 100bi). Aliás o valor não chega nem perto no desenvolvimento de um caça de 4a geração ocidental)...

Aliás, precisam criar um critério delimitar as gerações (no caso 5a geração o desingn stealth) e o J-20 e Pak Fa acabaram entrando no mesmo grupo do F-35 e F-22.

Uma aeronave que se pretende a ser "Stealth" e que possa atingir velocidade supersônica (como caça) tem de calcar a furtividade mais na engenharia de materiais do que no design. O design do F-117 é incompatível com o voo supersônico.

Os americanos estão desenvolvendo aeronaves stealths desde 1.973. Os chineses e russos além de queimarem etapas estão gastando muito menos que os americanos. Só que F-22, F-35, J-31, J-20 e Pak Fa estão tudo no mesmo saco. E até os americanos não fazem questão de os tirarem fora.

A USAF fez um alarde danado no início dos anos 80 pelo fato dos soviéticos estarem 4 regimentos de Mig23 na Alemanha Oriental enquanto ela já tinha um bom punhado de esquadrões dotados de F-15 e F-16 na Europa ocidental. Eu tenho um livro sobre Migs lançado há 30 anos atrás, aliás escrito pelo Bill Sweetman que já afirmava que o Mig23 não era páreo tecnologicamente ao Eagle e ao Falcon. E de fato o Bill Sweetman estava certo (o que chegava mais próximo eram o Mig29 e Su27).

Ora, se um jornalista sabia a USAF não sabia? Claro que sabia. Fazia aquilo para tentar jogar o orçamento dela para cima mais ainda.

Eu vejo o projeto Pak Fa, J-20 e J-31 com bastante ceticismo. E não sou só eu...
Sem problemas.

Toda a opinião é válida. E sim concordo que não dá para nivelar aeronaves da mesma geração. Não mesmo!

Além do mais temos que tomar cuidado com relação a vários custos divulgados sobre desenvolvimento na Rússia. É o mesmo quando alguém chega e diz que um Su-35 custa 40/50 milhões de dólares. Na realidade não custa. É só que existe uma tendencia grande de muita traduções fazerem essas simples conversões sem levarem em consideração N... fatores. O mesmo vale para o custo de desenvolvimento de aeronaves 'do lado de lá'. Assisti uma palestra anos atrás sobre esse tema e tinha um ser humano que fez várias 'traduções reais' de preços e as coisas eram na verdade mais ou menos equivalents quando diversas variáveis eram ajustadas. Muita gente concordou, muita gente não. Eu achei interessante a matemática da coisa e o conhecimento demonstrado do cara de como os processos de desenvolvimento funcionavam na Rússia (motivo da palestra).

Enfim, quanto a subestimar e superestimar (sei lá se essa palavra existe :) ), o Bill Sweetman afirmava o que afirmava porque naquela época a USAF tinha em mãos Mig-23 do Egito e alguns sírios capturados por Israel e vários oficiais foram autorizados a 'vazar' não oficialmente determinadas informações sobre essas aeronaves para autores da aviation weekly e coisas afins tipo o Bill Sweetman. Da mesma forma que existiam trabalhos russos super legais sobre o F-14, sobre o F-4, F-5, etc e todo o resultado da avaliação iraniana do F-15 acabou parando na mão dos russos... É assim que a coisa sempre funcionou.

Mas as coisas que não foram explicitadas nessas matérias é que os russos nunca pensaram (naquela época) em lutar uma Guerra contra a OTAN da maneira como a OTAN lutaria uma Guerra. E para esse cenário os Mig-23 eram indigestos como aeronave de controle de ponto e utilizando vetoração CGI, da mesma forma que todo mundo tomou um susto com o HMD e os misseis off-boroeste do Mig-29. Com isso é sempre bom tomar cuidado subestimar os caras também. O mesmo vale para o Datalink do Mig-31 que até hoje não existe algo parecido... ou seja é exemplo aqui... e exemplo ali.

Com relação ao IRST, novamente cuidado. Não existe altitude 'programada' para um combate aéreo acontecer. Não dá para combinar uma altitude de ambos os lados e esperar que todo mundo obedeça isso e que não exista influência atmosférica que degrade tais sistemas a essas altitudes.

Não dá para combinar assim. Por isso que em um combate aéreo o que vale é se posicionar melhor do que o inimigo e mandar chumbo. "Posicionamento" na base do IRST é complicado porque tem que combinar com o outro lado. Não é impossível... só complicado para não tomar um míssil na cabeça.

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75291 Mensagem por Justin Case » Qui Jun 18, 2015 2:10 am

Amigos,

Procurando informações atualizadas sobre o Gripen, encontrei o vídeo que segue. É longo, mas interessante, pois trata da condução do programa e relacionamento com os países clientes.

No ano passado, uma entrevista dada durante Farnborough 2014 também apresenta algumas informações.
Há uma previsão de conclusão do desenvolvimento, com a liberação de todas as capacidades operacionais em 2021.
Certamente há um planejamento de atividades, que normalmente só entra em vigor com a efetivação do contrato e recebimento do "downpayment"
http://wms.magneetto.com/saab/2014_0714_webcast2/view
Abraços,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75292 Mensagem por kirk » Qui Jun 18, 2015 3:37 am





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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75293 Mensagem por Penguin » Qui Jun 18, 2015 7:04 am

Carlos Lima escreveu:
knigh7 escreveu: Nós estamos falando da arena de combate ar-ar, ou seja, lá em cima, onde há uma variação bem menor das condições atmosféricas.

E não é bom nivelar a sensbilidade dos IRST (me refiro ao OSL-35 do Su-35, cuja sensibilidade não chega nem a metade dos da Selex).

Existe IRSTs e IRSTs assim como não é bom nivelar caças de uma mesma geração.

Aliás os russos e indianos não estão gastando no Pak Fa nem 1/10 do que os americanos gastaram no desenvolvimento do F-22 (os USD 67 bi de 20-15 anos atrás passam USD 100bi). Aliás o valor não chega nem perto no desenvolvimento de um caça de 4a geração ocidental)...

Aliás, precisam criar um critério delimitar as gerações (no caso 5a geração o desingn stealth) e o J-20 e Pak Fa acabaram entrando no mesmo grupo do F-35 e F-22.

Uma aeronave que se pretende a ser "Stealth" e que possa atingir velocidade supersônica (como caça) tem de calcar a furtividade mais na engenharia de materiais do que no design. O design do F-117 é incompatível com o voo supersônico.

Os americanos estão desenvolvendo aeronaves stealths desde 1.973. Os chineses e russos além de queimarem etapas estão gastando muito menos que os americanos. Só que F-22, F-35, J-31, J-20 e Pak Fa estão tudo no mesmo saco. E até os americanos não fazem questão de os tirarem fora.

A USAF fez um alarde danado no início dos anos 80 pelo fato dos soviéticos estarem 4 regimentos de Mig23 na Alemanha Oriental enquanto ela já tinha um bom punhado de esquadrões dotados de F-15 e F-16 na Europa ocidental. Eu tenho um livro sobre Migs lançado há 30 anos atrás, aliás escrito pelo Bill Sweetman que já afirmava que o Mig23 não era páreo tecnologicamente ao Eagle e ao Falcon. E de fato o Bill Sweetman estava certo (o que chegava mais próximo eram o Mig29 e Su27).

Ora, se um jornalista sabia a USAF não sabia? Claro que sabia. Fazia aquilo para tentar jogar o orçamento dela para cima mais ainda.

Eu vejo o projeto Pak Fa, J-20 e J-31 com bastante ceticismo. E não sou só eu...
Sem problemas.

Toda a opinião é válida. E sim concordo que não dá para nivelar aeronaves da mesma geração. Não mesmo!

Além do mais temos que tomar cuidado com relação a vários custos divulgados sobre desenvolvimento na Rússia. É o mesmo quando alguém chega e diz que um Su-35 custa 40/50 milhões de dólares. Na realidade não custa. É só que existe uma tendencia grande de muita traduções fazerem essas simples conversões sem levarem em consideração N... fatores. O mesmo vale para o custo de desenvolvimento de aeronaves 'do lado de lá'. Assisti uma palestra anos atrás sobre esse tema e tinha um ser humano que fez várias 'traduções reais' de preços e as coisas eram na verdade mais ou menos equivalents quando diversas variáveis eram ajustadas. Muita gente concordou, muita gente não. Eu achei interessante a matemática da coisa e o conhecimento demonstrado do cara de como os processos de desenvolvimento funcionavam na Rússia (motivo da palestra).

Enfim, quanto a subestimar e superestimar (sei lá se essa palavra existe :) ), o Bill Sweetman afirmava o que afirmava porque naquela época a USAF tinha em mãos Mig-23 do Egito e alguns sírios capturados por Israel e vários oficiais foram autorizados a 'vazar' não oficialmente determinadas informações sobre essas aeronaves para autores da aviation weekly e coisas afins tipo o Bill Sweetman. Da mesma forma que existiam trabalhos russos super legais sobre o F-14, sobre o F-4, F-5, etc e todo o resultado da avaliação iraniana do F-15 acabou parando na mão dos russos... É assim que a coisa sempre funcionou.

Mas as coisas que não foram explicitadas nessas matérias é que os russos nunca pensaram (naquela época) em lutar uma Guerra contra a OTAN da maneira como a OTAN lutaria uma Guerra. E para esse cenário os Mig-23 eram indigestos como aeronave de controle de ponto e utilizando vetoração CGI, da mesma forma que todo mundo tomou um susto com o HMD e os misseis off-boroeste do Mig-29. Com isso é sempre bom tomar cuidado subestimar os caras também. O mesmo vale para o Datalink do Mig-31 que até hoje não existe algo parecido... ou seja é exemplo aqui... e exemplo ali.

Com relação ao IRST, novamente cuidado. Não existe altitude 'programada' para um combate aéreo acontecer. Não dá para combinar uma altitude de ambos os lados e esperar que todo mundo obedeça isso e que não exista influência atmosférica que degrade tais sistemas a essas altitudes.

Não dá para combinar assim. Por isso que em um combate aéreo o que vale é se posicionar melhor do que o inimigo e mandar chumbo. "Posicionamento" na base do IRST é complicado porque tem que combinar com o outro lado. Não é impossível... só complicado para não tomar um míssil na cabeça.

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Com isso é sempre bom tomar cuidado subestimar os caras também. O mesmo vale para o Datalink do Mig-31 que até hoje não existe algo parecido... ou seja é exemplo aqui... e exemplo ali.
Apenas uma observação...não existe algo parecido?!
O data link do Mig-31 permite "linkar" 4 aeronaves a 200km de distância cada uma.
O do Gripen A/C permite "linkar" a 500km de distância cada aeronave.

Na realidade, para se comparar data links é necessário saber sobre outros paramentos como taxa de transmissão de dados, tipo de dados transmitidos, resistência a interferências, integração entre sensores de aeronaves diferentes (fusão de dados) etc etc etc.

[]s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75294 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 18, 2015 8:49 am

kirk escreveu:Leandro, lembre-se é uma operação em rede ... nesse caso, geralmente uma de quatro aeronaves, em posição estratégica, vai estar com o radar ligado e suas informações serão compartilhadas com os demais ... assim uma aeronave em zero emissão, apenas IRST "localiza" o alvo e automaticamente compartilha a informação com a aeronave com radar "on" que sem dúvida pode focar o feixe permitindo o engajamento de todos que estejam no teatro ... estando ele mesmo em "distância segura".
O problema continua o mesmo.

Na hora em que o quarto Gripen ligar o radar qualquer inimigo que não seja um retardado voando um Xavante vai saber que foi detectado, está sendo rastreado e pode ficar sob ataque a qualquer momento. E vai agir com relação a isso. Assim a grande vantagem do uso do IRST (por ser passivo) se evapora.

Além disso, como o alcance do radar do Gripen é limitado quando comparado ao de aeronaves maiores, esta "distância segura" em que o quarto avião teria que estar para poder apoiar os demais não me parece ser tão segura assim. Um avião com um radar enorme e de alcance consideravelmente maior (como os iranianos usavam o F-14 na guerra Irã-Iraque) poderia cumprir melhor esta tarefa de quarto elemento do grupo. Por isso or russos colocam um radar enorme em seus SU-27/35, mesmo sabendo que com ele ligado o avião vira um farol no céu. Um avião destes será sim um farol, mas bem lá atrás. Não é exatamente o caso do Gripen.


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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75295 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 18, 2015 9:31 am

knigh7 escreveu:
Carlos Lima escreveu:É bom lembrar que equipamentos tipo IRST sofrem com as condições de operação da aeronave (clima, etc). Esses alcances divulgados são 'o máximo' e extremos e dificilmente vão funcionar na realidade.

E essa é uma limitação de qualquer tipo de IRST seja do Typhoon, do F-35, do Gripen, do Su, etc.

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Nós estamos falando da arena de combate ar-ar, ou seja, lá em cima, onde há uma variação bem menor das condições atmosféricas.
A arena ar-ar não significa combate apenas acima das nuvens, cada lado vai procurar maximizar suas vantagens e minimizar suas deficiências, e isso em muitos casos vai significar justamente operar onde os sistemas IRST terão menor capacidade de detecção, como em menores altitudes (onde a umidade e a poeira no ar são maiores) ou em áreas de maior nebulosidade.

Mas, de qualquer forma, a existência de sistemas IRST de alta sensibilidade capazes de detectar o inimigo em distâncias compatíveis com o alcance dos radares embarcados é um fator a mais que os pilotos terão que considerar daqui para a frente. A coisa ficou bem mais complicada do que só comparar quem tem o melhor radar ou quem é menos visível a ele.


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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75296 Mensagem por NovaTO » Qui Jun 18, 2015 9:55 am

LeandroGCard escreveu:
kirk escreveu:Leandro, lembre-se é uma operação em rede ... nesse caso, geralmente uma de quatro aeronaves, em posição estratégica, vai estar com o radar ligado e suas informações serão compartilhadas com os demais ... assim uma aeronave em zero emissão, apenas IRST "localiza" o alvo e automaticamente compartilha a informação com a aeronave com radar "on" que sem dúvida pode focar o feixe permitindo o engajamento de todos que estejam no teatro ... estando ele mesmo em "distância segura".
O problema continua o mesmo.

Na hora em que o quarto Gripen ligar o radar qualquer inimigo que não seja um retardado voando um Xavante vai saber que foi detectado, está sendo rastreado e pode ficar sob ataque a qualquer momento. E vai agir com relação a isso. Assim a grande vantagem do uso do IRST (por ser passivo) se evapora.

Além disso, como o alcance do radar do Gripen é limitado quando comparado ao de aeronaves maiores, esta "distância segura" em que o quarto avião teria que estar para poder apoiar os demais não me parece ser tão segura assim. Um avião com um radar enorme e de alcance consideravelmente maior (como os iranianos usavam o F-14 na guerra Irã-Iraque) poderia cumprir melhor esta tarefa de quarto elemento do grupo. Por isso or russos colocam um radar enorme em seus SU-27/35, mesmo sabendo que com ele ligado o avião vira um farol no céu. Um avião destes será sim um farol, mas bem lá atrás. Não é exatamente o caso do Gripen.


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Entendo que um IRST "indica algo" e pode até identificar como alvo com IIR. Mas para determinar parâmetros de distância precisa triangular com outro IRST. Ae sim com alvo triangulado, em total silêncio radar, disparar seus BVRs. Ou seja 2 Gripen E voando à mais ou menos 100/200 km um do outro pode travar um alvo em silêncio radar. ]

Agora isso pode ser feito por radar também com um Gripen "emitindo" e outro em silêncio. Mas esse modo seria menos "furtivo" e denunciaria o caça emissor, podendo sofrer contra-medidas.

[]'s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75297 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 18, 2015 10:22 am

NovaTO escreveu:Entendo que um IRST "indica algo" e pode até identificar como alvo com IIR. Mas para determinar parâmetros de distância precisa triangular com outro IRST. Ae sim com alvo triangulado, em total silêncio radar, disparar seus BVRs. Ou seja 2 Gripen E voando à mais ou menos 100/200 km um do outro pode travar um alvo em silêncio radar. []'s
Se você procurar na net verá que existem "n" algoritmos desenvolvidos justamente para permitir que com um único IRST seja possível determinar a posição relativa entre o detector e um alvo móvel, ou entre o detector móvel e um alvo fixo, usando processos de triangularização. Como a posição do detector (instalado no avião) pode ser determinada a cada momento via GPS ou navegação inercial, se houver suficiente componente de velocidade tangencial entre a aeronave portadora do sistema e o alvo é possível sim determinar a posição deste, e integrando diversas posições é possível determinar sua direção de vôo e velocidade relativas, dados suficientes para uma solução de tiro de um míssil.

Acredito que seria necessário algum tempo (segundos?) para o sistema calcular estes dados sozinho, contra uma determinação imediata se houver dois ou mais sistemas se inter-comunicando via datalink. Mas em um ambiente de pesada ECM o próprio datalink em si passa a ser uma emissão detectável e rastreável do avião (além de ser "jammeavél"), então em certas circunstâncias, principalmente se o inimigo for realmente detectado a longa distância via IRST, pode ser mais interessante o avião determinar sozinho sua solução de tiro.

Na verdade estou apenas especulando baseado nas informações que encontro pela net, não sei se na prática a coisa vai realmente funcionar assim. Mas me parece uma boa possibilidade, pelo menos matematicamente 8-] .


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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75298 Mensagem por joao fernando » Qui Jun 18, 2015 10:28 am

LeandroGCard escreveu:
NovaTO escreveu:Entendo que um IRST "indica algo" e pode até identificar como alvo com IIR. Mas para determinar parâmetros de distância precisa triangular com outro IRST. Ae sim com alvo triangulado, em total silêncio radar, disparar seus BVRs. Ou seja 2 Gripen E voando à mais ou menos 100/200 km um do outro pode travar um alvo em silêncio radar. []'s
Se você procurar na net verá que existem "n" algoritmos desenvolvidos justamente para permitir que com um único IRST seja possível determinar a posição relativa entre o detector e um alvo móvel, ou entre o detector móvel e um alvo fixo, usando processos de triangularização. Como a posição do detector (instalado no avião) pode ser determinada a cada momento via GPS ou navegação inercial, se houver suficiente componente de velocidade tangencial entre a aeronave portadora do sistema e o alvo é possível sim determinar a posição deste, e integrando diversas posições é possível determinar sua direção de vôo e velocidade relativas, dados suficientes para uma solução de tiro de um míssil.

Acredito que seria necessário algum tempo (segundos?) para o sistema calcular estes dados sozinho, contra uma determinação imediata se houver dois ou mais sistemas se inter-comunicando via datalink. Mas em um ambiente de pesada ECM o próprio datalink em si passa a ser uma emissão detectável e rastreável do avião (além de ser "jammeavél"), então em certas circunstâncias, principalmente se o inimigo for realmente detectado a longa distância via IRST, pode ser mais interessante o avião determinar sozinho sua solução de tiro.

Na verdade estou apenas especulando baseado nas informações que encontro pela net, não sei se na prática a coisa vai realmente funcionar assim. Mas me parece uma boa possibilidade, pelo menos matematicamente 8-] .


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Mas Leandro...os caras gastam uma naba em um sistema de IRST, mais datalihk e esquece que o datalink ao emissor tbem coloca no espaço um sinal de rádio que pode ser detectável...rsssss




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75299 Mensagem por NovaTO » Qui Jun 18, 2015 10:42 am

LeandroGCard escreveu:
NovaTO escreveu:Entendo que um IRST "indica algo" e pode até identificar como alvo com IIR. Mas para determinar parâmetros de distância precisa triangular com outro IRST. Ae sim com alvo triangulado, em total silêncio radar, disparar seus BVRs. Ou seja 2 Gripen E voando à mais ou menos 100/200 km um do outro pode travar um alvo em silêncio radar. []'s
Se você procurar na net verá que existem "n" algoritmos desenvolvidos justamente para permitir que com um único IRST seja possível determinar a posição relativa entre o detector e um alvo móvel, ou entre o detector móvel e um alvo fixo, usando processos de triangularização. Como a posição do detector (instalado no avião) pode ser determinada a cada momento via GPS ou navegação inercial, se houver suficiente componente de velocidade tangencial entre a aeronave portadora do sistema e o alvo é possível sim determinar a posição deste, e integrando diversas posições é possível determinar sua direção de vôo e velocidade relativas, dados suficientes para uma solução de tiro de um míssil.

Acredito que seria necessário algum tempo (segundos?) para o sistema calcular estes dados sozinho, contra uma determinação imediata se houver dois ou mais sistemas se inter-comunicando via datalink. Mas em um ambiente de pesada ECM o próprio datalink em si passa a ser uma emissão detectável e rastreável do avião (além de ser "jammeavél"), então em certas circunstâncias, principalmente se o inimigo for realmente detectado a longa distância via IRST, pode ser mais interessante o avião determinar sozinho sua solução de tiro.

Na verdade estou apenas especulando baseado nas informações que encontro pela net, não sei se na prática a coisa vai realmente funcionar assim. Mas me parece uma boa possibilidade, pelo menos matematicamente 8-] .


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Caro Leandro,


Não havia pensado nessa possibilidade... :)

Realmente, com um INS "marcando a posição do IRST a cada segundo (ou milissegundo), um bom processador dá para imaginar um único IRST fazendo a triangulação sozinho... Outra solução é o sistema do F-35 (DAS) com vários detectores espalhados pela aeronave, fazendo a triangulação entre eles.

Se o Gripen E puder fazer isso com um único IRST, seria superior ao sistema do F-35... :shock: :D

Mas bom lembrar que o do F-35 é 360 graus e o do Gripen no máximo 180°


[]'s




Editado pela última vez por NovaTO em Qui Jun 18, 2015 10:44 am, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#75300 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 18, 2015 10:43 am

joao fernando escreveu:Mas Leandro...os caras gastam uma naba em um sistema de IRST, mais datalihk e esquece que o datalink ao emissor tbem coloca no espaço um sinal de rádio que pode ser detectável...rsssss
Ninguém "esqueceu" nada, apenas é para usar o que for mais interessante em cada situação, e não ligar tudo ao mesmo tempo só porque foi instalado. Aeronaves de combate não são árvores de natal, que quanto mais "coisinhas piscando" melhor.

A grande vantagem do datalink é que todas as aeronaves podem RECEBER, mesmo que só uma emita (ou a emissão venha de outras fontes). Mas alguém tem que emitir, e este alguém correrá sempre um risco maior. Se isso puder ser evitado, principalmente contra um inimigo tecnicamente forte que leva EW a sério, tanto melhor.

Imagine um inimigo voando em missão de ataque, e de repente um sinal em seu ouvido indica que alguém ligou um datalink por perto. No mínimo ele vai ficar muito mais atento e passar a procurar com mais afinco por possíveis ameaças, o que não é do interesse de quem está tentando uma interceptação. Já no caso do inimigo ser realmente avançado e ter uma aeronave EW cobrindo o cenário o datalink ligado pode funcionar como um farol, e aí a coisa realmente pega.


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