E na minha opinião, não deveria acontecer mesmo diante da dificuldade que a FAB está tendo para modernizar os A-1 e concluir a modernização do lote dos F5 ex-Jordânia.Bolovo escreveu:Isso não vai acontecer.MAJOR FRAGUAS escreveu:Putz... isso pode ser ruim para o Brasil poder contar com aqueles 8+2 gripen C/D até a chegada dos NG...
De qualquer forma, mesmo se vier versões A/B ja acalentaria o GDA.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Plenamente de acordo. Aliás, o demonstrador serviu para mostrar a segurança do projeto, das adaptações que serão feitas, que originarão a versão que foi comprada pelo Brasil. Mostra, ao contrário, que inexistem grandes riscos!!Thor escreveu:O que eu percebo neste fórum que há um grande grupo (a maioria dos foristas) que prefeririam o Rafale ou o Super Hornet, haja vista que a soma na pesquisa de opinião aqui no DB é superior a 50% para esses dois vetores não selecionados.
Enquanto a minoria enxerga um texto: "a aeronave será capaz de supercruise" como uma característica que pode ser comunicada para o povão como uma coisa diferente, outros pensam que é desinformação.
Para a minoria, dizer que existe um protótipo demonstrador que realizou centenas de voos, e centenas de engenheiros altamente qualificados, com as mais modernas ferramentas computacionais de análise e cálculos, é algo normal para um projeto, como qualquer projeto mundo afora é tratado; para a maioria daqui do Forum, o Demo não presta, não tinha o arrasto final, o projeto do Gripen só serve para fazer avião de papel e no autocad tudo pode , etc. Daqui a pouco o mundo terá que rever as citações que retratam que o KC-390 terá capacidade de 20 ton, alcance de x milhas, levar y soldados. Que o F-22, quando ainda em fase de projeto, teria capacidade stealth, alcançaria Mach 2. Que o Airbus 380 teria capacidade de trocentos passageiros e alcance n milhas... para esses, era tudo mentira, e não passavam de desenho de computador.
Sem problema, opiniões serão sempre opiniões.
Abraços
Por outro lado, sempre friso que a FAB dispõe de um pessoal altamente qualificado, gente cujo trabalho é esse (e não apenas hobby, ou passatempo) !! Incrível que tenhamos que ressaltar isso.
Por fim, uma historinha análoga: uma senhora de idade, antes da consulta com seu médico, resolve consultar "aprofundadamente" o Dr. Google. Nesta pesquisa, inobstante absoluta falta de qualquer conhecimento clínico, passa a fazer consultas a sites "especializados". Além de ouvir especialistas na Sonia Abrão e no Ratinho. Para finalizar, resolver ouvir um técnico de enfermagem, de gênero sexual discutível, que é seu vizinho. Munida destes valiosos conhecimentos, julga-se apta a discutir seu problema com o médico. Não só discute no dia da consulta... mas começa a se opor vigorosamente contra o médico, pois a explicação deste não batia com o que havia pesquisado... Isso aconteceu e acontece Brasil afora.
Voltando ao Gripen, se desejamos questionar o projeto, que nossos questionamentos sejam válidos !! Por exemplo: sou suspeito para falar dos posts do Knigh7, pois além do conhecimento que demonstra, é bastante coerente. Mesmo assim, vale citar o questionamento que ele fez acerca do aumento de peso do caça, o que redundaria numa menor carga de armas.
Esse é o tipo de ponderação que acresce. São dúvidas, críticas pertinentes, formuladas criteriosamente através de uma atenta observação dos fatos !!
Finalizando (já está longo demais), teremos no Brasil um caça equipado com um put@ míssil que é o Meteor, com um IRST e suíte EW de nova geração, a mais avançada capacidade de guerra centrada em rede (vamos ter o linkbr logo ali na frente. Aliás, quantos podem ter um datalink próprio e avançado no seu caça ?). E será manutenido aqui. Tecnologicamente, atrás apenas do F-35.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Valeu Knigh7 !knigh7 escreveu:Galina escreveu: Não sabia disso. É bom demais saber que teremos o Meteor.
Mas, ainda tenho duas ponderações quanto a ele e outros da nova geração: a) se será ou não necessário que o lançador atue como guia num momento inicial (funcionando como um semi ativo); b) se, na prática, isso não implicará apenas que o defensor terá que antecipar as medidas evasivas. Ou seja, ao invés de se preocupar lá pelas 25/30 nm, ele simplesmente começaria o movimento defensivo antes.
Curioso com isso.Só agora a noite entrei no fórum.Túlio escreveu:Eu idem.
O Meteor é dotado de um inercial que o leva para uma área próxima que o alvo estaria no momento do disparo e aí realizar a busca com seu radar ativo.
Cabe ao caça emissor, eventuais correções de rota via datalink.
Ou seja, essas perguntas que vc fez, vai depender do comportamento do caça adversário. Se o caça mantém o curso, não vai ser necessárias atualizações, ou seja, acabar sendo um radar semiativo. O Meteor vai chegar numa área provável e daí o radar dele faz o resto.
Mas a Força Aérea emissora do míssil (na guerra moderna trabalha-se num ambiente NCW, e espero que na próxima década as nossas FFAA tenham desenvolvido mais esta potencialidade)vai ter de acompanhar aonde está o caça.
Um sistema extremamente importante do GripenNG é o IRST SkyGuard. Esse IRST é derivado do Pirate que equipa os Typhoons. O alcance dele varia entre 100km (aeronave adversária de frente) a 145km(aeronave adversária se evadindo).
Pela capacidade desse IRST, é alta a probabilidade do GripenNG acompanhar o adversário apenas de modo passivo e efetuar eventuais correções via datalink, ou seja, levando que o adversário só perceba o alvejamento na fase final. Bem depois na No-Scape Zone.
É importante ressaltar que o IRST não é e nem precisa ser preciso quanto ao alvo. O IRST deve levar o míssil ativo até uma região onde ele já possa adquirir o alvo no seu radar.
Isso que eu venho colocando de alguns de posts para cá sobre o Meteor, bem como a capacidade do IRST SkyGuard foram que me levaram a ficar extremamente entusiasmado com a notícia que recebi do Meteor para a FAB.
Nós vamos ter um caça muito bom de briga.
Não tinha parado para pensar na possibilidade de atualizar o Meteor se valendo do próprio IRST. Se puder realmente ser utilizado, será outra grande vantagem nossa. Porque sei da qualidade do IRST do Gripen.
Situação prática que mais me fascina: o IRST detectando alvos com pequena RCS; para confirmar o contato, o caça direciona um feixe concentrado do seu radar AESA para o lugar !!
Será sim um osso duríssimo de roer.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
É bom lembrar que equipamentos tipo IRST sofrem com as condições de operação da aeronave (clima, etc). Esses alcances divulgados são 'o máximo' e extremos e dificilmente vão funcionar na realidade.
E essa é uma limitação de qualquer tipo de IRST seja do Typhoon, do F-35, do Gripen, do Su, etc.
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E essa é uma limitação de qualquer tipo de IRST seja do Typhoon, do F-35, do Gripen, do Su, etc.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sem duvida o Gripen NG promete ser um grande sistema de armas. Isso não há duvida alguma. No nosso continente sulamericano será imbatível, do mesmo jeito que seria o Super Hornet, o Rafale ou até mesmo o Flanker. Mas não acho que as críticas sejam quanto a isso. De minha parte, a crítica principal é simples: é de longe o único programa de alto risco, fadado a ser um AMX 2.0, em todas as percepções possíveis do termo. Alias, isso é uma coisa que eu nem especulo mais, mas já tomo como certeza, cada dia mais. A SAAB vendeu o maior conto do vigário da história e infelizmente a FAB abraçou isso como se não tivesse amanhã.
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Interessante essa abordagem!joao fernando escreveu:Custa menos mas vc precisa ter o dobro.kirk escreveu:PARIS: chefe da força aérea sueca mantém firme no tamanho da frota
Por: CRAIG HOYLEPARIS Fonte: 17 horas atrás
Com rápidas saídas de alerta reação ocorrendo agora em uma base diária eo governo em Estocolmo exigindo aumento da prontidão operacional, a força aérea sueca já não está se sentindo generoso sobre poupando alguns de seus Gripens da Saab para apoiar os clientes de exportação.
Falando em Paris , na véspera da abertura da mostra, chefe da força aérea Maj Gen Micael Byden observou que seu serviço tinha concordado em liberar oito caças Gripen C e três formadores D-modelo para fornecer uma solução provisória para a Suíça, antes da sua introdução prevista de 22 Gripen Es. Esse negócio não progrediu, no entanto, devido a um referendo público.
"Isso foi há dois anos - agora eu não vou assinar o papel dizendo que eu vou permitir que 11 aeronaves fora do meu inventário. Isso teria um impacto negativo; nós precisamos deles ", diz Byden. "Eu era mais generoso, há dois anos do que eu sou hoje."
Craig Hoyle / Flightglobal
Mais de 400 reação rápida de alerta vôos foram lançados a partir de Suécia no ano passado, e que o governo quer que todas as seis unidades Gripen - atualmente incluindo dois dedicado à formação - para estar plenamente operacional até mais tarde nesta década, o que significa uma frota de quase 100 exemplos.
As discussões entre a agência de exportação defesa FXM do governo sueco eo governo brasileiro estão continuando no que diz respeito ao fornecimento de uma capacidade de transição, antes da introdução deste último, o Gripen NG a partir do final desta década.
Byden declínios especular sobre quantos Gripens seu serviço poderia deixar ir, mas o presidente-executivo da Saab Håkan Buskhe diz que a empresa pode gerenciar a situação.
"Nós podemos entregar novas aeronaves em 18 meses - não é um problema", diz ele. A Suécia também tem um estoque de Gripens armazenados A / B-modelo, que poderiam ser rapidamente atualizados para a configuração C / D.
Enquanto Saab não está expondo na mostra, Byden estarão reunidos seu colega brasileiro e os chefes de ar dos companheiros nações operador Gripen em Paris esta semana. "Estamos tentando encontrar maneiras de ser melhor", diz ele da cooperação entre os utilizadores Suécia, República Checa, Hungria, África do Sul e Tailândia.
http://www.flightglobal.com/news/articl ... ze-413534/
No último vídeo institucional do Gripen NG, na parte sobre consciência situacional e enlace de dados tem uma Frase: "Predadores Letais Caçam em Grupo", parece apenas uma frase bem colocada pelo marketing da Saab, porém reflete muito bem o CONCEITO de combate do caça ...
Há uma quebra de paradigma aqui, até então o avião de caça era visto ou analisado pelas suas próprias capacidades ... o avião era analisado pela quantidade de bombas que pode embarcar, velocidade, potência ... sempre foi uma "chuva de supertrunfo" as comparações (ainda são) ...
Mas com o aprimoramento do NCW, fusão de sensores, comunicação entre os diversos sistemas, compartilhados entre todos os componentes do teatro de operações, cada caça passou a ser uma "unidade de inteligência operacional" ou seja, parte integrante de um sistema de combate, COM O DOMÍNIO DA INFORMAÇÃO ...
"Predadores Letais Caçam em Grupo" é isso ... o piloto utiliza todos os sensores de todos os caças e de todo o sistema de defesa, com um único objetivo: VENCER ... assim o IRST de um caça PODE estar prejudicado por fatores externos, mas o mesmo sensor em outro caça tal detecção pode estar bem nítida ... é o bastante para que TODOS que estejam em combate tenham a informação a partir daí é somente identificar quem está em melhores condições de tiro ... e abater o adversário.
O grande sinalizador sobre a eficiência desse conceito é o próprio JSF - F-35, que ancora sua capacidade de combate, além da própria invisibilidade, claro, TAMBÉM no combate em rede ... basta ler os conceitos que estão sendo prometidos para o F-35 e vamos identificar uma grande similaridade com o Gripen ... porém enquanto isso é relativamente "novo" para os americanos ... sempre foi a coluna vertebral do sistema de defesa suéco ... e essa é uma visão de PONTA ... pois, quando Mangabeira Unger escreveu a END ... ENFATIZOU insistentemente essa questão de "Operações em Rede" de todo nosso sistema de defesa ... e como sabemos o cara não é nenhum "bobinho" e tornou-se um dos mais jovens professores da história da Universidade Harvard.
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Não dá nem para começar a comparar as promessas do Gripen com a realidade do F-35.
A começar pela geração.
É verdade que nos vídeos e nas propagandas elaboradas pelo pessoal de marketing, em função da entrada de serviço em 2019 ou 20 é claro que é importante fazer esse tipo de associações e o video aceita tudo. Afinal, o F-35 já está cada vez mais virando o 'hot ticket'.
A realidade é que cada um no seu quadrado, 4 geração, com 4 geração, os monoturbinas dessa geração com os monoturbinas dessa geração e por aí vai...
Pelo menos aqui poderíamos dar um desconto e não trazer esses exageros de marketeiros e tentar achar que os vídeos de CAD e photoshop servem de alguma base para um debate com o mínimo de qualidade, pois eles removem qualquer chance de um debate bom já que o argumento tem que começar lá pela região do mimimi e nunca vai chegar a um nível alto infelizmente.
Mas é claro, existe sempre a opção em acreditar nos powerpoints em HD do youtube. Eu já vi e li o suficiente para não acreditar nessas coisas.
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A começar pela geração.
É verdade que nos vídeos e nas propagandas elaboradas pelo pessoal de marketing, em função da entrada de serviço em 2019 ou 20 é claro que é importante fazer esse tipo de associações e o video aceita tudo. Afinal, o F-35 já está cada vez mais virando o 'hot ticket'.
A realidade é que cada um no seu quadrado, 4 geração, com 4 geração, os monoturbinas dessa geração com os monoturbinas dessa geração e por aí vai...
Pelo menos aqui poderíamos dar um desconto e não trazer esses exageros de marketeiros e tentar achar que os vídeos de CAD e photoshop servem de alguma base para um debate com o mínimo de qualidade, pois eles removem qualquer chance de um debate bom já que o argumento tem que começar lá pela região do mimimi e nunca vai chegar a um nível alto infelizmente.
Mas é claro, existe sempre a opção em acreditar nos powerpoints em HD do youtube. Eu já vi e li o suficiente para não acreditar nessas coisas.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Que tipo de associação o pessoal do marketing tá fazendo Lima ???Carlos Lima escreveu:Não dá nem para começar a comparar as promessas do Gripen com a realidade do F-35.
A começar pela geração.
É verdade que nos vídeos e nas propagandas elaboradas pelo pessoal de marketing, em função da entrada de serviço em 2019 ou 20 é claro que é importante fazer esse tipo de associações e o video aceita tudo. Afinal, o F-35 já está cada vez mais virando o 'hot ticket'.
A realidade é que cada um no seu quadrado... e honestamente não precisamos desses exageros.
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Quem tá fazendo a comparação sou eu e quem tá correndo atrás de uma operação em rede é o F-35 ... isso já é realidade na Saab a muito tempo ...
As vezes cansa essa sua repetição viu Lima, parece um disco furado, velho ... ademais os próprios americanos não estão nada entusiasmados com o JSF ... publicamos uma matéria recente que simulações entre Gripen X F-35 ... quem toma pau é o F-35 ... vai dizer o que? que os gringos tão atirando no próprio pé?
Eu particularmente acho o F-35 um baita avião ... inclusive acho que será a referência em termos de aviões de combate (quando e SE atingir toda a capacidade almejada) ... mas olha só, vai ter que atuar em bando também ... e tem mais, se for enfrentar Gripens em campo neutro, provável que vençam, se estiverem em números equivalentes ... mas se forem enfrentar Gripens em seu ambiente de defesa, vão tomar pau ... é minha opinião!
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Bolovo,Bolovo escreveu:Sem duvida o Gripen NG promete ser um grande sistema de armas. Isso não há duvida alguma. No nosso continente sulamericano será imbatível, do mesmo jeito que seria o Super Hornet, o Rafale ou até mesmo o Flanker. Mas não acho que as críticas sejam quanto a isso. De minha parte, a crítica principal é simples: é de longe o único programa de alto risco, fadado a ser um AMX 2.0, em todas as percepções possíveis do termo. Alias, isso é uma coisa que eu nem especulo mais, mas já tomo como certeza, cada dia mais. A SAAB vendeu o maior conto do vigário da história e infelizmente a FAB abraçou isso como se não tivesse amanhã.
Com relação ao maior risco, sem dúvidas que é isso mesmo. Mas é um projeto e é óbvio que o risco seria o maior entre as opções do SL. Aliás, o risco maior mesmo, que vejo, nem seria técnico, mas é o risco de não se investir adequadamente no processo, como aconteceu com o AMX.
Vc realmente acha que a FAB e o GF não sabiam que a Saab estava vendendo a entrada do Brasil em um projeto?! Pois isso foi justamente o que conferiu alguns atrativos em relação aos demais.
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Um grande risco é a nossa incapacidade de manter os investimentos. Isso vale para o KC390, Prosub etc...
De acordo com Mangabeira Unger...
Valor, 28 de Maio, 2015 - 10:55 ( Brasília )
Defesa
END - Restrição fiscal impõe limites a programas do setor, diz ministro
Principal articulador da Estratégia Nacional de Defesa (END), que está sendo revisada, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, disse que a restrição fiscal inclui limitações ao ritmo do avanço dos programas de desenvolvimento na indústria de defesa, mais nos aspectos que tem a ver com equipamentos do que com aqueles relacionados à capacitação científica e tecnológica.
Ele defendeu, porém, que o Estado invista na formação de quadros científicos e tecnológicos e priorize a inovação desenvolvida internamente ao invés da opção pela compra de plataformas acabadas.
Ele cita o desenvolvimento do caça supersônico Gripen NG, em parceria com a empresa sueca Saab, e a construção do submarino de propulsão nuclear como os grandes focos do setor aeroespacial, porque são potencialmente catalizadores de toda uma cadeia produtiva.
A resolução do projeto F-X2 em favor do Gripen é o exemplo mais notável dessa estratégia, afirma. "A objeção que se fazia ao Gripen é que ele não existia porque ainda teria que ser construído. Mas essa objeção, na verdade, descrevia e descreve a maior virtude do projeto", lembra. O Brasil, segundo o ministro, não poderia aprender a fazer um caça de última geração simplesmente comprando o avião. A única maneira de aprender a produzir uma tecnologia avançada de defesa como essa, argumenta, é fazer junto com o parceiro.
O ministro reconhece que o Brasil ainda possui um complexo industrial de defesa incipiente e rarefeito e do ponto de vista econômico a escala aparece como elemento crucial para o seu desenvolvimento. "Queremos transformar o Brasil em uma plataforma de exportação de alguns produtos de defesa e é isso que nós vamos procurar fazer em relação ao Gripen", afirmou.
Outro elemento essencial, segundo Unger, é organizar o regime de financiamento, como está ocorrendo agora com as ações da Finep e do BNDES no complexo industrial da defesa. "Mesmo no ambiente do ajuste fiscal existe hoje um esforço grande dessas instituições de organizar o regime de financiamento das empresas médias vanguardistas", comentou.
O ministro acredita que a maior restrição das pequenas e médias empresas de defesa não seja a falta de financiamento. "O problema está no desenho institucional que assegure o casamento entre acesso a crédito, acesso a tecnologias avançadas, acesso a práticas avançadas e por fim, escala". E na área de defesa, o ministro lembra que só é possível assegurar a escala quando o mercado é no mundo todo e não apenas no Brasil.
Para Unger, muitos dos aspectos da construção do complexo industrial de defesa são normativos e não implicam, necessariamente, em gastos. Ele cita como exemplo a elaboração de um regime jurídico e tributário para as empresas privadas de defesa, como já ocorre nos grandes países do mundo. "Por seu caráter estratégico, essas empresas devem ser eximidas das regras gerais de licitações públicas, mas em troca elas devem admitir um poder estratégico do Estado nelas, como já acontece na Embraer, por meio da golden share (ação especial que confere à União Federal o poder de vento em algumas decisões de interesse estratégico)", disse.
No setor espacial, diz o ministro, há uma preocupação estratégica do governo em relação à dependência do Brasil ao GPS americano (sistema de posicionamento global). Por não ter um sistema nacional próprio, ele considera a dependência grave para o sistema de defesa e autonomia nacional. "Se os americanos interrompessem ou baixassem o GPS, ficaríamos literalmente às escuras. Teríamos, por exemplo, que conduzir nossos navios de guerra por navegação astronômica".
O fim da parceria espacial com Ucrânia, afirma, deixou mais clara a necessidade de se construir outro caminho para desenvolver o potencial aeroespacial do país. "Estamos determinados a desenvolver o nosso potencial em lançamento de satélites", disse.
Editado pela última vez por Penguin em Qua Jun 17, 2015 11:20 am, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Não entendi.Galina escreveu:Situação prática que mais me fascina: o IRST detectando alvos com pequena RCS; para confirmar o contato, o caça direciona um feixe concentrado do seu radar AESA para o lugar !!
Será sim um osso duríssimo de roer.
Porquê o piloto faria isso se já tem o alvo no IRST? Assim ele se entregaria e perderia a vantagem da surpresa (mesmo que o inimigo tivesse radar superior e já o tivesse detectado ele ainda não saberia que teria sido detectado também, o que daria margem a uma ação-surpresa). Já ligando o radar, ainda mais com o feixe concentrado, o piloto do Gripen estaria entregando não apenas sua posição como também sua situação tática.
O procedimento mais usual no caso de se detectar um inimigo no IRST não seria alterar a direção para criar uma velocidade tangencial com relação ao alvo detectado e assim poder determinar sua distância e direção de vôo, fazer o upload dos dados para um míssil e lançá-lo ainda em silêncio de radar?
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Há alguma respostas para esse debate no artigo abaixo...na 2a página, 3a coluna:LeandroGCard escreveu:Não entendi.Galina escreveu:Situação prática que mais me fascina: o IRST detectando alvos com pequena RCS; para confirmar o contato, o caça direciona um feixe concentrado do seu radar AESA para o lugar !!
Será sim um osso duríssimo de roer.
Porquê o piloto faria isso se já tem o alvo no IRST? Assim ele se entregaria e perderia a vantagem da surpresa (mesmo que o inimigo tivesse radar superior e já o tivesse detectado ele ainda não saberia que teria sido detectado também, o que daria margem a uma ação-surpresa). Já ligando o radar, ainda mais com o feixe concentrado, o piloto do Gripen estaria entregando não apenas sua posição como também sua situação tática.
O procedimento mais usual no caso de se detectar um inimigo no IRST não seria alterar a direção para criar uma velocidade tangencial com relação ao alvo detectado e assim poder determinar sua distância e direção de vôo, fazer o upload dos dados para um míssil e lançá-lo ainda em silêncio de radar?
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Bom Kirkkirk escreveu:Que tipo de associação o pessoal do marketing tá fazendo Lima ???Carlos Lima escreveu:Não dá nem para começar a comparar as promessas do Gripen com a realidade do F-35.
A começar pela geração.
É verdade que nos vídeos e nas propagandas elaboradas pelo pessoal de marketing, em função da entrada de serviço em 2019 ou 20 é claro que é importante fazer esse tipo de associações e o video aceita tudo. Afinal, o F-35 já está cada vez mais virando o 'hot ticket'.
A realidade é que cada um no seu quadrado... e honestamente não precisamos desses exageros.
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Quem tá fazendo a comparação sou eu e quem tá correndo atrás de uma operação em rede é o F-35 ... isso já é realidade na Saab a muito tempo ...
As vezes cansa essa sua repetição viu Lima, parece um disco furado, velho ... ademais os próprios americanos não estão nada entusiasmados com o JSF ... publicamos uma matéria recente que simulações entre Gripen X F-35 ... quem toma pau é o F-35 ... vai dizer o que? que os gringos tão atirando no próprio pé?
Eu particularmente acho o F-35 um baita avião ... inclusive acho que será a referência em termos de aviões de combate (quando e SE atingir toda a capacidade almejada) ... mas olha só, vai ter que atuar em bando também ... e tem mais, se for enfrentar Gripens em campo neutro, provável que vençam, se estiverem em números equivalentes ... mas se forem enfrentar Gripens em seu ambiente de defesa, vão tomar pau ... é minha opinião!
E o que eu penso. Todas as vezes que a propaganda sem sentido agir, eu vou dizer o que penso.
E nao adianta mesmo pedir para deixar de lado as provocacoes pessoais ne?
E por favor, menos com essa loucura de quem esta correndo atras desses conceitos sao os americanos ou que eles nao estao entusiasmados ou que nas 'simulacoes' eles tomam pau... Fica ate Feio...
Nao vamos confundir as criticas de quem quer uma aeronave de 5 geracao pronta para ontem e de um programa que teve muitos erros e acertos mas que esta ai voando com sonhos e intolerancia para criticas de quem esta esperando uma aeronave de 4 geracao em 2020.
Como eu disse anteriormente esse e' o problema, o debate fica reduzido a esse bando de desinformacao.
Sim... Cansa porque nao ha progresso.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Uma tentativa de pitaco nessa conversa.
Compramos um projeto, não um caça pronto. A meu ver, isso foi o que atraiu a FAB, ou parcela significativa dela, de certo modo, desde o começo para o Gripen NG, e anteriormente, também, em termos perspectivos, para o Gripen C/D na versão 1 do FX, que poderia nos inserir em um contexto de desenvolvimento tecnológico na seara aeroespacial tão desejada e sempre buscada pela engenharia da força aérea. Ponto.
Como se trata de um projeto, com todos os riscos nele inseridos, eu me arrisco a afirmar com muita tranquilidade, que a FAB estava, como está, completamente ciente dos riscos envolvidos. Do contrário, a lógica seria a não assinatura de um contrato com a SAAB. Mesmo que sob a sombra de eventuais movimentos políticos internos ao governo. Ok.
Em sendo assim, a FAB entende - creio que apostou nisso - que o Gripen NG não é apenas um caça, mas um conceito de sistema de sistemas, operando em rede e de forma integrada. A tão afamada NCW, que não por acaso os suecos conhecem muito bem. Então, a ideia é que se consiga através deste projeto, o Gripen NG, alçar também a FAB a um outro patamar em termos de guerra cêntrica, não mais apenas baseada em redes C3, mas, diria até na forma de redes C4ISR. Em certo sentido temos uma noção muito breve disso aqui no Brasil com o SISDABRA, mas bastante limitado, tendo em vista as nossas condições de investimento material e humano na montagem e organização de uma rede NCW própria. O que se provê agora é a integração que se espera que tanto Sisfront quanto o Sigaaz possam engendrar com aquele sistema da FAB. Aí vamos começar a poder conversar seriamente em NCW nacional. E com todos os seus desdobramentos.
Tendo dito isso, espero que os colegas entendam, que independente de o Gripen NG ter sido uma escolha política ou não, ou a imposição dela sobre a FAB, ele será o nosso próximo caça, e nem de longe os avanços que a nossa participação neste projeto trará a industria e a própria FAB concorrem em termos de significância com os caças que ele virá a substituir. Este é o meu pensamento.
Resta saber contudo, se o país estará à altura de tal empreendimento. Investir em tecnologia e informação, diria, formação, é um caminho longo e dolorido. Na verdade um caminho estranho e pouco afeto a cultura nacional. Mas ele foi o escolhido. Que nosso esforço agora seja para que ele frutifique. E que em 2019 e adiante, nós demos um primeiro passo para alçar a nossa força aérea à condição de prontidão e eficiência de que ela necessita para atender a missão constitucional que lhe foi imposta pela sociedade. O contrário disso, é abdicar de toda e qualquer posição de ventura em relação ao poder aéreo que um dia nós nos pretendemos ter. Nos restará a pecha de eternos compradores de prateleira, de usados e a indiscutível adesão leniente pela dependência anacrônica - em todos os sentidos - de terceiros, característica de quem nunca soube chegar no fim, porque de certo nunca soube mesmo onde queria chegar.
abs.
Compramos um projeto, não um caça pronto. A meu ver, isso foi o que atraiu a FAB, ou parcela significativa dela, de certo modo, desde o começo para o Gripen NG, e anteriormente, também, em termos perspectivos, para o Gripen C/D na versão 1 do FX, que poderia nos inserir em um contexto de desenvolvimento tecnológico na seara aeroespacial tão desejada e sempre buscada pela engenharia da força aérea. Ponto.
Como se trata de um projeto, com todos os riscos nele inseridos, eu me arrisco a afirmar com muita tranquilidade, que a FAB estava, como está, completamente ciente dos riscos envolvidos. Do contrário, a lógica seria a não assinatura de um contrato com a SAAB. Mesmo que sob a sombra de eventuais movimentos políticos internos ao governo. Ok.
Em sendo assim, a FAB entende - creio que apostou nisso - que o Gripen NG não é apenas um caça, mas um conceito de sistema de sistemas, operando em rede e de forma integrada. A tão afamada NCW, que não por acaso os suecos conhecem muito bem. Então, a ideia é que se consiga através deste projeto, o Gripen NG, alçar também a FAB a um outro patamar em termos de guerra cêntrica, não mais apenas baseada em redes C3, mas, diria até na forma de redes C4ISR. Em certo sentido temos uma noção muito breve disso aqui no Brasil com o SISDABRA, mas bastante limitado, tendo em vista as nossas condições de investimento material e humano na montagem e organização de uma rede NCW própria. O que se provê agora é a integração que se espera que tanto Sisfront quanto o Sigaaz possam engendrar com aquele sistema da FAB. Aí vamos começar a poder conversar seriamente em NCW nacional. E com todos os seus desdobramentos.
Tendo dito isso, espero que os colegas entendam, que independente de o Gripen NG ter sido uma escolha política ou não, ou a imposição dela sobre a FAB, ele será o nosso próximo caça, e nem de longe os avanços que a nossa participação neste projeto trará a industria e a própria FAB concorrem em termos de significância com os caças que ele virá a substituir. Este é o meu pensamento.
Resta saber contudo, se o país estará à altura de tal empreendimento. Investir em tecnologia e informação, diria, formação, é um caminho longo e dolorido. Na verdade um caminho estranho e pouco afeto a cultura nacional. Mas ele foi o escolhido. Que nosso esforço agora seja para que ele frutifique. E que em 2019 e adiante, nós demos um primeiro passo para alçar a nossa força aérea à condição de prontidão e eficiência de que ela necessita para atender a missão constitucional que lhe foi imposta pela sociedade. O contrário disso, é abdicar de toda e qualquer posição de ventura em relação ao poder aéreo que um dia nós nos pretendemos ter. Nos restará a pecha de eternos compradores de prateleira, de usados e a indiscutível adesão leniente pela dependência anacrônica - em todos os sentidos - de terceiros, característica de quem nunca soube chegar no fim, porque de certo nunca soube mesmo onde queria chegar.
abs.
Carpe Diem
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Acho que existe um erro grave ao ignorar todo o trabalho em termos de "Guerra de Redes" feito no Brasil, desde os seus primeiros passos (lá na época do GDA e os DACTA) até o que foi feito no SIVAM e o que está sendo feito com o LINK BR para tentar justificar que estaremos agregando algo 'inédito' à FAB.FCarvalho escreveu:Uma tentativa de pitaco nessa conversa.
Compramos um projeto, não um caça pronto. A meu ver, isso foi o que atraiu a FAB, ou parcela significativa dela, de certo modo, desde o começo para o Gripen NG, e anteriormente, também, em termos perspectivos, para o Gripen C/D na versão 1 do FX, que poderia nos inserir em um contexto de desenvolvimento tecnológico na seara aeroespacial tão desejada e sempre buscada pela engenharia da força aérea. Ponto.
Como se trata de um projeto, com todos os riscos nele inseridos, eu me arrisco a afirmar com muita tranquilidade, que a FAB estava, como está, completamente ciente dos riscos envolvidos. Do contrário, a lógica seria a não assinatura de um contrato com a SAAB. Mesmo que sob a sombra de eventuais movimentos políticos internos ao governo. Ok.
Em sendo assim, a FAB entende - creio que apostou nisso - que o Gripen NG não é apenas um caça, mas um conceito de sistema de sistemas, operando em rede e de forma integrada. A tão afamada NCW, que não por acaso os suecos conhecem muito bem. Então, a ideia é que se consiga através deste projeto, o Gripen NG, alçar também a FAB a um outro patamar em termos de guerra cêntrica, não mais apenas baseada em redes C3, mas, diria até na forma de redes C4ISR. Em certo sentido temos uma noção muito breve disso aqui no Brasil com o SISDABRA, mas bastante limitado, tendo em vista as nossas condições de investimento material e humano na montagem e organização de uma rede NCW própria. O que se provê agora é a integração que se espera que tanto Sisfront quanto o Sigaaz possam engendrar com aquele sistema da FAB. Aí vamos começar a poder conversar seriamente em NCW nacional. E com todos os seus desdobramentos.
Tendo dito isso, espero que os colegas entendam, que independente de o Gripen NG ter sido uma escolha política ou não, ou a imposição dela sobre a FAB, ele será o nosso próximo caça, e nem de longe os avanços que a nossa participação neste projeto trará a industria e a própria FAB concorrem em termos de significância com os caças que ele virá a substituir. Este é o meu pensamento.
Resta saber contudo, se o país estará à altura de tal empreendimento. Investir em tecnologia e informação, diria, formação, é um caminho longo e dolorido. Na verdade um caminho estranho e pouco afeto a cultura nacional. Mas ele foi o escolhido. Que nosso esforço agora seja para que ele frutifique. E que em 2019 e adiante, nós demos um primeiro passo para alçar a nossa força aérea à condição de prontidão e eficiência de que ela necessita para atender a missão constitucional que lhe foi imposta pela sociedade. O contrário disso, é abdicar de toda e qualquer posição de ventura em relação ao poder aéreo que um dia nós nos pretendemos ter. Nos restará a pecha de eternos compradores de prateleira, de usados e a indiscutível adesão leniente pela dependência anacrônica - em todos os sentidos - de terceiros, característica de quem nunca soube chegar no fim, porque de certo nunca soube mesmo onde queria chegar.
abs.
Qualquer vencedor do F-X teria que justamente trabalhar com esse tipo de conceito de Guerra de redes, pois faz parte fundamental do pensamento dos novos grandes projetos de Defesa em qualquer país com um mínimo de infraestrutura. Se tívessemos escolhido o SHornet ele também teria que operar sob o conceito NCW, e por aí vai...
Sob esse aspecto, por conta dessa área ser extremamente sensível (a ponto de que quando os nossos pilotos foram fazer o curso de Gripen na Suécia, foram negados o uso do LINK16 porque a OTAN não deixou), o melhor produto é o nacional. A melhor tecnologia é a nacional, e estamos fazendo isso... na falta do F-X até aonde consta o F-5 será utilizado como plataforma para testes já em 2016.
Enfim, a questão não é ser 'contra' ou 'a favor' e sim colocar os pingos nos 'i's e encarar o projeto pensando no mundo real e na medida do possível tentando sair dos produtos de marketing e capacidades fora da realidade para que o nível da discussão aumente.
E quanto a 'comprar o projeto'. Eu tenho as minhas dúvidas ao saber que o protótipo está em plena construção e que não teremos brasileiros lá até o fim do ano. Mas aí é uma discussão totalmente diferente. Deixa prá lá.
[]s
CB_Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Você ligou o "repeat embromation" e não respondeu a pergunta, amigão !Carlos Lima escreveu:Bom Kirkkirk escreveu: Que tipo de associação o pessoal do marketing tá fazendo Lima ???
Quem tá fazendo a comparação sou eu e quem tá correndo atrás de uma operação em rede é o F-35 ... isso já é realidade na Saab a muito tempo ...
As vezes cansa essa sua repetição viu Lima, parece um disco furado, velho ... ademais os próprios americanos não estão nada entusiasmados com o JSF ... publicamos uma matéria recente que simulações entre Gripen X F-35 ... quem toma pau é o F-35 ... vai dizer o que? que os gringos tão atirando no próprio pé?
Eu particularmente acho o F-35 um baita avião ... inclusive acho que será a referência em termos de aviões de combate (quando e SE atingir toda a capacidade almejada) ... mas olha só, vai ter que atuar em bando também ... e tem mais, se for enfrentar Gripens em campo neutro, provável que vençam, se estiverem em números equivalentes ... mas se forem enfrentar Gripens em seu ambiente de defesa, vão tomar pau ... é minha opinião!
E o que eu penso. Todas as vezes que a propaganda sem sentido agir, eu vou dizer o que penso.
E nao adianta mesmo pedir para deixar de lado as provocacoes pessoais ne?
E por favor, menos com essa loucura de quem esta correndo atras desses conceitos sao os americanos ou que eles nao estao entusiasmados ou que nas 'simulacoes' eles tomam pau... Fica ate Feio...
Nao vamos confundir as criticas de quem quer uma aeronave de 5 geracao pronta para ontem e de um programa que teve muitos erros e acertos mas que esta ai voando com sonhos e intolerancia para criticas de quem esta esperando uma aeronave de 4 geracao em 2020.
Como eu disse anteriormente esse e' o problema, o debate fica reduzido a esse bando de desinformacao.
Sim... Cansa porque nao ha progresso.
[]s
CB
Lembrando que o amigo NUNCA defendeu para a FAB a aquisição de um 5ªG ... ficava naquela ladainha infindável de SU-35 ... que caso não saiba é 3ª Geração recauchutado com miolo de 4ª Geração e RCS de 2ª Geração ...
Então, meu caro, não venha agora discursar sobre gerações enquanto até ontem (antes da decisão do FX-2) defendia com unhas e dentes um 3ª geração ... e quando eliminado passou para o Rafale, uma aeronave que além de custos estratosféricos nunca chegará nem perto da tecnologia embarcada pelo Gripen, a começar pelo D-link ...
Nem vou mencionar sobre a cooperação industrial oferecida, porque os fatos constatados na Índia já falam por si. ZERO
Interessante AGORA seu apego ao F-35 ... isso só enaltece as capacidades do Gripen NG, sabe porque? ... porque você não tem nem CORAGEM de defender outra aeronave (que estava no SL) como melhor opção que o Gripen ... e agora se apega ao F-35 ... pois é a única aeronave atualmente que fará frente ao nosso avião ...
E sim, os gringos estão "correndo atrás" da operação Full-NCW já praticada pela Saab-Gripen ... você pode negar, chamar de loucura tentando ridicularizar o argumento ... mas as evidências estão publicadas ... o que o F-35 "promete" o Gripen já pratica ...
Mas responda a pergunta, o amigo mais uma vez acusou o marketing ... agora aponte e responda o questionamento que fiz.
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”