VÍDEO-REPORTAGEM: TREINO DO «LIVE FIRE EXERCISE» “ORION 15”
Por Miguel Machado • 15 Jun , 2015
O Operacional esteve em Santa Margarida, na Brigada Mecanizada, e assistiu aos treinos para o Live Fire Exercise do “Orion 15”. Pela primeira vez, carros de combate Leopard e viaturas blindadas de rodas Pandur II, apoiados por artilharia, morteiros pesados e aviões F-16 da Força Aérea treinaram em conjunto “ combate de alta intensidade”. Aqui fica a vídeo-reportagem.
Este exercício justifica-se não só por haver já este ano dois grandes exercícios multinacionais em Portugal, o European Air Transport Trainning e o Trident Juncture 15, especialmente este último com fortíssimo empenhamento do Exército em geral e “de Santa Margarida” em particular, como para certificar capacidades que qualquer Exército moderno tem que ter para cumprir cabalmente a sua missão. E isto, ter unidades certificadas segundo os padrões NATO, só se consegue com muito treino e avaliação.
Não foi um esforço pequeno para os militares envolvidos, certamente que várias lacunas foram detectadas e serão objecto de análise e tentativa de correcção, tendo em vista os dois próximos exercícios multinacionais em que o ramo terrestre, em coordenação com o EMGFA, Marinha e Força Aérea, vai estar empenhado, e também os eventuais empenhamentos operacionais reais que possam surgir.
A situação internacional não está de molde a facilitar na prontidão das forças, e como é sabido, os exércitos não se improvisam.
No “Orion 15”, que abordamos com algum detalhe no artigo EXÉRCITO PREPARA-SE PARA GRANDES EXERCÍCIOS MULTINACIONAIS, do comando à execução, estiveram presentes não o resultado de meses de preparação, mas de anos de trabalho, de saber acumulado e dedicação ao ramo, às Forças Armadas e a Portugal.
Não era a única. Esta unidade é o Esquadrão de Reconhecimento (Arma de Cavalaria), da Brigada de Intervenção. Até nos Batalhões de Infantaria há mulheres visto que não há qualquer tipo de impedimento a elas estarem nessas funções. Na verdade até é possível para uma mulher ir para os Comandos/Operações Especiais, mas as poucas que tentam ficam pelo caminho (não as levam ao colo como em Tancos...).
Uma curiosidade, elas aparecem nas Chaimites, por isso é tudo de morteiros.
VÍDEO-REPORTAGEM, VISITA AO CENTRO DE TROPAS COMANDOS
Por Miguel Machado
Todas as unidades militares recebem visitas e estas são regra-geral preparadas para a audiência em causa, sendo naturalmente diferente o que se mostra e explica em cada situação. O Operacional acompanhou uma visita de cadetes da Academia Militar, Arma de Infantaria, ao Centro de Tropas Comandos da Brigada de Reacção Rápida, e mostra-lhe parte substancial do que eles viram.
Terminou a sessão de treino de “tiro de combate” – no artigo a publicar no Operacional esta designação será explicada – a Equipe (1 sargento e 4 praças) de um dos Grupos de Combate do Batalhão de Comandos empenhada é apresentada aos cadetes que de seguida vão tomar contacto com o armamento usado.
Esta visita decorreu no espaço de 4 horas e o Centro de Tropas Comandos preparou um programa para duas dezenas de cadetes da Arma de Infantaria da Academia Militar, 4.º ano, que ali estavam no âmbito de uma das suas cadeiras, relativa a sistemas de armas de infantaria. A intenção primeira desta visita foi assim a de mostrar, a utilização prática de alguns tipos de armas de infantaria nos Comandos, possibilidade de emprego e questões relativas à formação e treino nesta área, não pretendendo naturalmente esgotar um tema que, nomeadamente na Arma de Infantaria, tem grande relevância e abrange um número muito diferenciado de armas.
Não se pretendeu mostrar todas as capacidades das Tropas Comandos, logo neste apontamento de reportagem também não é isso que se pode ver. Apenas e só o que foi tratado na visita.
Sendo para muitos uma primeira visita ao CTC, o briefing inicial abrangeu aspectos históricos relativos aos Comandos, a sua organização e empenhamentos operacionais nas Forças Nacionais Destacadas e, a parte substancial, o ciclo de instrução e a incidência posta no Tiro e nas diferentes vertentes que esta formação inclui. Depois na visita e demonstrações a que se assistiu mais informação foram dadas aos cadetes, agora, perante os casos concretos.
O oficial responsável por esta sessão de tiro apresenta aos cadetes algumas particularidades, nomeadamente as etapas prévias a este tipo de treino e a finalidade dos “incidentes injectados” durante a sessão. Tanto quanto possível numa carreira de tiro tentam-se replicar situações típicas de uma situação real.
Mais imagens da unidade destacada do RC6 de Braga, na Lituânia.
Equipado com 30 «Pandur» e com o velhinho «Chaimite» (V-200, VBTP, e V-600, porta-morteiro), o esquadrão de reconhecimento português tem ganho elogios de todos os parceiros.
Um oficial de uma das unidades de forças especiais lituanas (YPT) disse recentemente: «se comparar com americanos, polacos, suecos e alemães, com quem temos operado, os portugueses são os que se adaptam mais rapidamente às novas condições, e trazem sempre ideias novas».
E um observador checo: «vocês conseguiram comprar as Pandur por um terço do preço que nós pagámos. E ninguém foi preso em Praga».
cabeça de martelo escreveu:
E um observador checo: «vocês conseguiram comprar as Pandur por um terço do preço que nós pagámos. E ninguém foi preso em Praga».
grande coisa, na Alemanha quantos foram presos no caso dos submarinos e ninguém foi preso em Portugal
Cabeça,
nesta foto aparece um M543.
Sabes me dizer se ele ainda apresenta o configuração mecânica original?
Os nossos sofreram, na década de 90, um up-grade, com motor DS11 e caixa de marchas Scania, sistemas elétricos novos, revisão e atualização nos demais componentes.
E praticamente todos já foram ao beléu.... sem nenhum caminhão à altura para lhes substituir!
eligio, já me entrometendo, que caminhões são estes M543 e qual sua função no EB. e porque não há substitutos para eles? O Guarani adaptado poderia exercer a mesma função?