Skyway escreveu:Pois é. Cada equipamento que vai entrar em um avião é analisado em cada componente, determinado quando e onde cada peça vai falhar a fim de estabelecer todos os pontos para uma operação segura. É feita uma análise de árvore de falhas, determinando os caminhos por onde uma falha pode andar, se aquele componente é capaz de parar uma falha, ou se ele vai agir em conjunto com outros para aumentar uma falha, apontando onde é necessária uma redundância e onde não é e etc. E isso a nível de componentes eletrônicos mínimos, caminhos de placas de circuitos, de softwares...
Mais uma vez, existem pessoas que trabalham a vida nisso, que estudam cada pentelho disso tudo, e que seguem padrões e normas para que a operação de qualquer equipamento a bordo seja feita com segurança.
O que se pode contestar é o real ganho da mudança de filosofia da cabine original do Gripen, saindo de 3 MFDs para um MFD único. Mas quanto a qualidade do material, é óbvio que ninguém vai autorizar o uso de algo que vá comprometer o voo de um caça moderno. Lembrando que as informações para o voo que são exibidas ao piloto são quase tão importantes quando as asas e o motor. Sem isso é emergência.
Isso só me faz pensar no nível que ta isso, por que sinceramente nada do que eu disse aqui é novidade pra quem discute aqui a anos.
E mesmo assim um F-22 "apagou" ao cruzar o meridiano da data devido a um bug de software
O que acho mais engraçado nessas discussões é que o pessoal ignora o óbvio, esses componentes não falham tão fácil assim para começo de conversa, digam honestamente, quantas vezes um monitor LCD de vocês falhou? O meu já passou de 20 mil horas de funcionamento e continua em ordem, os componentes eletrônicos mais básicos (chips) costumam ter seu MTBF estipulado em 1 milhão de horas, com que frequência motores aeronáuticos falham? Ou o software?
Isso me lembra uma resposta de um engenheiro automotivo sobre porque haviam colocado processadores redundantes nos carros da marca, a resposta foi "porque nosso concorrente colocou e não queríamos ter que responder a questionamentos sobre isso", esse processador custa uns US$5, não é como se fosse a peça que falha com mais frequência.
Pessoalmente o WAD ser ou não redundante não me preocupa, como boas práticas deixaria um segundo sistema capaz de exibir as informações necessárias para que o piloto traga a aeronave de volta em segurança, no WAD redundante da AEL tenho certeza que ao longo da vida do Gripen bugs de software que vão apagar as duas ou três telas (o mesmo exibir uma informação errada, em todas as telas) serão muito mais frequentes que falhas de hardware em que uma das telas vai apagar.