#1478
Mensagem
por jauro » Ter Jun 02, 2015 4:51 pm
SOBRE MINAS.
As minas terrestres foram criadas pelos espanhóis no século XVI, com o objetivo de destruir os muros das fortalezas. Entretanto, a partir da Primeira Guerra Mundial foram usadas sistematicamente contra carros blindados. Sua aplicação específica contra tropas inimigas ocorreu na Segunda Grande Guerra e não só mudou o rumo dos confrontos terrestres como incentivou seu uso nos conflitos depois de segunda metade do século XX. Pela facilidade de emprego, pela capacidade para deter o avanço de tropas inimigas, pela rápida proteção proporcionada e pelos baixíssimos custos, as minas antipessoal (MAP) foram utilizadas na África, na Ásia, na antiga União Soviética, no Oriente Médio e no continente americano. As MAP podem ser consideradas uma das mais cruéis armas de guerra, pois atuam por longo período de tempo e, mesmo depois do término do conflito, continuam vitimando soldados e não combatentes - agricultores, mulheres e crianças inocentes -, impondo-lhes pesado fardo de restrições físicas, econômicas e sociais..."
"...Por essas razões e fruto de intensa campanha internacional, em 3 de dezembro de 1997, na cidade de Ottawa, ocorreu a Convenção Sobre a Proibição de Minas Antipessoal (também denominada Tratado de Ottawa). Disponibilizado aos estados membros da Organização das Nações Unidas (ONU), o Tratado de Ottawa entrou em vigor em 1º de março de 1999, sendo já ratificado por 156 países, que se comprometeram a não empregar, fabricar, comercializar, transferir, ou armazenar as MAP, bem como a destruir as existentes. Entre os países que não ratificaram o Tratado de Ottawa estão incluídos os Estados Unidos, a China, a Índia e a Rússia..."
Autor: CF(FN) Anderson da Costa Medeiros. Foi chefe do Grupo de Monitores Interamericanos na Colômbia (GMI-CO) / Período: 2009-10.
Este artigo foi publicado, originalmente, na Revista O Anfíbio, do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, edição 2010.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.