Carlos Lima escreveu:LeandroGCard escreveu:E a naval não seria mais um pouquinho ainda?
Leandro G. Card
Pois é, eu tinha escrito um parágrafo sobre isso, mas eu perdi
.
Em resumo, o desafio (enorme) aí é que nem a Embraer e nem a SAAB tem experiência com esse tipo de aeronave, daí quem realmente faria a diferença seria uma empresa externa e provavelmente os tais benefícios para a Embraer (Brasil de um modo geral) devem fazer parte das negociações, com um determinado preço é claro porque quem sabe fazer avião assim não vai passar nada de graça.
[]s
CB_Lima
Nesta perspectiva Carlos, os suecos já disseram, se oficialmente ou não, não sei, que a finalização do projeto do Gripen N, ou seja, montagem do protótipo(s), testes e adaptações de parte e peças necessárias e voos de avaliação e prontificação, irão custar entre US 200 e 300 milhões.
Bem, se eu entendi direito, o resto eles já sabem - os dados sobre se é possível tal adaptação real - e foi isto que eles entregaram para a MB analisar, se vale a pena mesmo mexer em um avião projetado para voar a partir de terra, e se tal relação custo x benefício realmente compensa.
Oras é sobre isto então que a MB tem de pensar e decidir, junto com a Embraer e GF. Os dados teóricos me parece estão na mesa. E eles indicam a possibilidade de que uma versão naval do Gripen é tão possível quanto viável. Resta testá-los na prática para saber-se se isso é verdade, ou não. E pagar por isso, claro. O preço indicado, também aparentemente já está dado. Ponto. Eu na verdade acho que estes valores levados a público não são totalmente reais. E penso a MB, FAB, Embraer e GF também sabem disso.
Agora, como suecos e brasileiros não sabem exatamente o que fazer para tornar esse projeto concreto, vão ter que contar com a expertise dos ingleses. E eles obviamente irão cobrar por isso, como de fato já o vem fazendo há tempos, desde que foram contratados, é sempre bom lembar isso, pela SAAB para assessorar o projeto do Gripen N há alguns anos atrás. Que é outro dado que também precisa ser lembrado aqui. Este projeto não vai simplesmente começar do zero em 2019 ou 2024.
Enfim, Leandro, a relação custo x benefício parece estar dada. Vamos pagar caro para termos, inicialmente, 8 caças biplace. E supondo que mesmo que a FAB decida, aportar todos os seus 8 atuais esquadrões com somente com 12 Gripen E/F, ainda assim poderemos chegar a 32 caças biplace, se mantivermos a mesma proporção/relação mono/bi usada para o FX-2. Me parece a perspectiva de dispor de 32 biplace é melhor do que apenas 8, e a FAB aparentemente também pensa assim.
Talvez pensando nesta possibilidade é que a FAB tenha decidido por engendrar o desenvolvimento desta versão. Se assim for, podemos entender então que a perspectiva de se projetar/produzir 48 Gripen N é mais do que convincente, desde que provada, não só levando-se em conta a questão operacional, como e principalmente, a questão do Knowhow tecnológico que pretensamente será absorvido pela Embraer. Mesmo que para isso tenhamos que gastar até meio bilhão de dólares a mais do orçamento para conseguir alcançar todos os objetivos de tal empreitada.
Eu sinceramente espero que isso realmente venha a acontecer. Ao mesmo tempo que uma versão naval do Gripen não é algo assombroso, da mesma forma, sem os aportes técnico-financeiros, e operacionais básicos devidos, nada sairá do papel. O último protótipo do Gripen NG deverá voar daqui a três anos. E ele será a base para o E/F da força aérea. Se até lá conseguirmos provar que a versão N deste avião é viável, e que os custos implicados são/serão aceitáveis. pode ser que, penso, nem precisemos construir do zero um protótipo naval, posto que isso poderá ser feito a partir dos 4 protótipos do programa do NG, tanto da versão mono como da biplace. Menos custos e menos problemas para definir-se as características finais desta versão. Aposto neste quesito.
Como o SP só volta, hipoteticamente, do seu PMG em 2017, e os A-4M/KC-2 só começam a chegar em
2018, provavelmente teremos tempo precioso para avaliar o navio e, no devido tempo, fazê-lo receber os novos caças já com tudo que tenha de ser solucionado no pós-PMG(modernização) avaliado e provado. E o mais importante, já com tripulações - de convés e voo - devidamente treinadas e operacionais para referendar o que vier-lhes a mão a partir das linhas da Embraer para teste e avaliação.
São conjecturas. E não passam disso. Mas até prova em contrário, me parecem bastante substantivas quanto a suas possibilidades.
A ver.
abs.