LeandroGCard escreveu:Seria radicalismo se você insistisse em que ela deveria dar o dízimo a uma igreja qualquer (o que para ela seria muito fácil, pois o irmão dela é pastor de uma grande congregação). Mas ela acredita que o que a Bíblia diz é que a pessoa deve abrir mão de 10% do que ganha e dedicá-los a causas que agradem a Deus, e não necessariamente entregar a uma denominação religiosa estabelecida. Por isso ela doa mais à assistência social do que à igreja (mas sempre totalizando os 10%). Se você prefere não chamar isso de dízimo e sim de outra coisa qualquer, esta uma questão basicamente semântica.
O problema é que as pessoas acabam confundindo essa ideia de "radical", para alguns, seguir a religião ao pé da letra é radicalismo... paciência.
Se ela acredita em Deus é legal, mas pelo que tu falou ela não segue nenhuma religião, portanto mal não fará dar 10% do que ela ganha para uma instituição, mas biblicamente isso não é dízimo, não é questão de semântica pois a bíblia é clara.
LeandroGCard escreveu:
Minha esposa gostaria que eu também doasse os 10%, por acreditar que isso ajudaria a salvar minha alma. Mas ela só manifesta sua vontade, não insiste. E como acho isso uma bobagem faço o que quero, e ela não reclama.
Aqui a gente começa a perceber que as pessoas fazem um "mix" das coisas. Dar 10% do que tu ganha não salvará a tua alma. Você é salvo pela misericórdia de Deus, apenas isso.
A gente passa a perceber que as pessoas não seguem, elas folheiam a bíblia, ouvem a historinha dos pais e etc mas não seguem. Nada contra... mas é por isso que eu admiro o Islam nessa parte. Aqui fica tudo bagunçado, mas enfim... cada um faz aquilo que manda o seu coração.
LeandroGCard escreveu:De fato, para mim a Bíblia não passa de uma coletânea de contos da carochinha contados na forma de romance histórico. Então não vejo porque utilizá-la para explicar ou justificar nenhuma ação ou omissão de minha parte, dou a ela apenas a mesma atenção que dou ao Alcorão, os Vedas, o Zend Avesta ou o Livro dos Espíritos.
Como havia falado: Há uma diferença entre não acreditar, acreditar e seguir... se não acredita, realmente não há porquê dar importância ou seguir o que mandam os livros.
LeandroGCard escreveu:Mas nunca censurei quem pensa o contrário, inclusive minha esposa, meu cunhado ou mesmo meus pais (católicos fervorosos). Nem jamais tomei a iniciativa de tentar convencer ninguém à adotar a minha posição (a recíproca no entanto não é verdadeira), no máximo contesto argumentos que tentam convencer qualquer um a adotar uma religião quando apresentados por alguém que seja proselitista. E esta é exatamente a posição menos radical que posso conceber.
É um problema dos religiosos mesmo! Eles tentam forçar as pessoas a seguir aquilo ou criticam as pessoas por fazerem coisas que os livros nos dizem para não fazer... e ai cai na mesma história do dízimo. Não há porque não fazer se você não segue toda aquela ideia.