Olá pessoal,
Grande Lauro escreveu:Fala Imp. César,
Talvez 10 a 15 aviões sejam uma perda enorme para o Brasil, mas para outros países da América Latina poderiam significar 33 % de toda sua frota ao até mais em %. Ou seja uma perdas insuportáveis.
Salve Lauro
Que exagero é esse de imperador César? hehe. Valeu pelos elogios!
O motivo de usar 10 ou 15 aviões em um pacote não é, obviamente, aumentar o número de Baixas. Eu seria extremamente burro se defendesse uma idéia assim. O objetivo dessa concentração é exatamente o contrário. Cada avião no pacote não está lá por acaso, ele tem um objetivo, uma missão de modo a reduzir a vulnerabilidade do grupo.
Exemplo: Se eu ataco um alvo apenas com uma esquadrilha de aviões de ataque, se eles forem detectados no meio do caminho estarão F.., pois sua capacidade de auto-defesa é quase nula. Se você acrescenta um elemento ou esquadrilha de caças para escoltá-los a vulnerabilidade do ataque cai. Se esses caças tem Pod´s de Guerra eletrônica, ou existe algum avião no Grupo armado com mísseis anti-radar, a vulnerabilidade cai mais ainda, pois para cada tipo de ameça que surge, o Grupo está equipado com uma contra-medida.
Por fim, se esse grupo é "abastecido" com informações provenientes de um AEW ou RS, a consciência situacional sobe soberbamente, e a capacidade de reagir a ameaças aumenta mais ainda. Não sei por que a furtividade seria perdida se o grupo fosse composto por mais de, sei lá, uns 10 aviões, ou ainda se for vetorado por um AEW distante.
Naturalmente, se os aviões de ataque tiverem alguma capacidade multi-função/swing-role, a necessidade de uma esquadrilha de escolta diminui, com as chances de sucesso parecidas.
Degan escreveu: César,
Yo hablo de un ataque estratégico en profundidad, es decir lejos del campo de batalla. Imagina el ataque a una central nuclear o central eléctrica u otro centro neurálgico. Si atacas como tu dices, el enemigo estará preparado para enfrentarlo con todo, CON TODO. Así, en ese tipo de misiones hasta los gringos usan furtividad (F-117, B-2, etc).
Amigo Degan, você está certo quando diz que os Estados Unidos, em ataques do tipo, preferem poucas e furtivas aeronaves.
Porém, aqui na América latina ninguém tem nada parecido. É possível realizar ataques mais "furtivos" usando aviões voando a baixa altura, porém isso reduz não só o seu raio de ação, como também a sua consciência da situação. Essa falta de informações acarreta menos efetividade e pouca capacidade para lidar com situações imprevistas. Lembremos que uma Guerra é sempre um "organismo" dinâmico.
O que questiono é esse nível de baixas assustador em um CENÁRIO LATINO-AMERICANO. As defesas aéreas de praticamente toda a região é fraca, limita-se a algumas AAA e caças, antigos, armados quase em sua totalidade com mísseis WVR de segunda ou terceira geração.
Teria esse país(digamos o Brasil) condições de reagir a um pacote inimigo bem armado e apoiado? Com AAA e caças com WVR? Lógico que haverão baixas no pacote, mas não creio que algum país conseguirá resultados assustadoramente grandes. Mesmo que o inimigo esteja "preparado", dificilmente conseguiria evitar o ataque, e causar muitas baixas, em tão curto espaço de tempo que a incursão final dura.
Eu concordo com você de que essa não é a formação mais adequada em um ataque profundo única e exclusivamente por que, para isso, seria necessário arriscar demais o AEW, precioso por si só. Mas contra alvos estratégicos relativamente próximos, não vejo nada de errado.
Mas acredito que o ponto central de nossa discussão é a falta de furtividade que esses pacotes supostamente têm. Um AEW não acaba com a furtividade de todo um ataque. Embora ele(AEW) seja facilmente detectável, não vejo um motivo que mostre que o inimigo saberá que haverá um ataque, ainda mais de onde ele vem e onde está(pois só assim se acaba com a Furtividade).
Abraços
César