Acho que existem vários equívocos nessa idéia de colocar uma FArmada contra a outra em termos de 'meios' e economia.knigh7 escreveu:A FAB resistiu bastante contra uma aeronave do FX2 que tinha um custo de operação alto que era preferida politicamente. A opção do EB pela VBTP-MR de 6x6 ao invés de 8x8 foi por causa dos custos. A modernização dos M113 também. Aliás, quase tudo no EB e FAB é pautado pelos custos.Carlos Lima escreveu:
E com o SP operacional (algo que não acontece hoje), será que essa 'quota' de 'óleo' não mudaria? O Minas operou durante anos e não me parece um navio 'economico', e como é que tínhamos 'óleo' para gastar com ele e todas aqueles contra-torpedeiros beberrões e agora a """""solução""""" é dizer que não devemos ter esse tipo de navio porque não temos 'óleo' para tal?
Me desculpe, mas esse não me parece o pensamento correto.
Alguém acha que operar F-35 ou ter um J Carlos I vai gastar menos "óleo", etc? Acho díficil isso.
Assim como em qualquer debate o Oficial da MB está dando a opinião dele que é válida, mas não acho esse o melhor argumento para ser honesto. Porque se formos dimencionar qualquer FArmada em função do orçamento, operaremos botes de borracha, Tucanos, Xingus como aviões de transporte e .38 como arma do Exército.
[]s
CB_Lima
Essas 2 forças tem um senso de realismo que a MB não tem, Lima.
E vc mencionou o Juan Carlos. Eu acredito que se a MB tivesse de ter um NAe deveria ser como ele, o Cavour, o Chakri Naruebe. Enfim, NAes que são como um Navio Multipropósito. Sem dúvida são mais fáceis de operar e manter que um NAe como o São Paulo.
Aliás, é meio complicado definir o custo de operação de um F-35B sendo que ele nem ainda entrou em serviço.
As forças lidam com desafios comuns e alguns que são bem distintos. O EB não abriu mão do 8x8 e inclusive abriu concorrência para tal. Então esse argumento é meio falho. O M113 está sendo modernizado porque ter meios de transporte sobre lagartas também é algo necessário nos dias de hoje.
E vamos ser honestos, por falar em opção política, foi o Snowden e a consequente opção política quem decidiu o F-X. Então da mesma forma que a FAB "resistiu" à opção política em 2009, em 2013 "aceitou" a opção política por falta de opção. Porque afinal de contas como sabemos a FAB queria o SHornet que é bem mais caro de manter e operar e comprar do que o Gripen que foi a opção que sobrou... então achar que a FAB foi fazer "economia" é absolutamente fora da realidade, porque se é da vontade dela íriamos de SHornet com aqueles dois F414 e tudo o que tem direito... (o que eu particularmente prefiro ao Gripen a qualquer hora do dia).
No mais, o Gripen não vai sair "baratinho" como a propaganda adora tentar dizer, então levemos isso para o tópico apropriado, mas por favor não vamos nos enganar com esse papo de "pautada pelos custos".
Se você acha que a MB deveria ter um PA como o JC ou o Cavour, no fim é uma opinião.
Achar que é mais fácil de manter do que um São Paulo é aberto a debate, porque são belonaves que tem algumas tarefas que sem dúvida são as mesmas, mas outras tarefas o PA convencional e seus meios sempre terá uma vantagem. O que acontece com esses navios de "controle de área" é que eles sempre tentam fazer de tudo um pouco e nunca conseguem fazer tudo bem feito porque ou falta espaço ou eles tem que abrir mão de algo para executar uma das suas múltiplas utilidades de maneira bem feita. Para isso podemos usar navios Anfíbios, deixando o PA se preocupar com cobertura área, etc.
Além disso com os $ 400 Milhões de custo de reforma de um São Paulo, hoje só compramos 3 F-35B pelados e sem suporte algum... mesmo que a reforma do Sampa saia por 1 Bi ainda sim não dá para muitos F-35B e ainda vai faltar uma grana preta para o navio em si...
No mais isso nos limita a somente uma aeronave (F-35B) e existe também a limitação de quantas aeronaves podem ser levadas e os tipos.
Enfim, sou da opinião de que um PA tipo o JC nos limita muito mais do que aprimora as nossas capacidades.
[]s
CB_Lima