NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Marta critica Dilma, ataca colegas e afirma: 'Ou o PT muda ou acaba'
Eliana Cantanhêde
10 Janeiro 2015 | 22h00
Para a senadora Marta Suplicy (SP), que foi deputada, prefeita e duas vezes ministra pelo PT, o partido chegou a uma encruzilhada: “Ou o PT muda, ou acaba”. Em entrevista ao Estado, Marta não assumiu explicitamente, mas deixou evidente que está a um passo de sair do PT: “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”.
Articuladora assumida do “Volta, Lula” em 2014, ela também deixou suficientemente claro que o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns momentos, autorizou os movimentos nesse sentido. Quanto ao governo Dilma: “Os desafios são gigantescos. Se ela não respeitar a independência da equipe econômica, vai ser desastroso para o Brasil”.
A declaração mais irada foi contra o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que ela julga “inimigo do Lula” e “candidatíssimo” a presidente em 2018, mas “vai ter contra si a arrogância e o autoritarismo”. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Por que a senhora articulou o movimento “Volta, Lula”?
Em meados de 2013, os desmandos aconteciam e a economia ia de mal a pior. Foi aí que disse ao Lula: ‘Presidente, está acontecendo uma coisa muito séria. O que o senhor acha que está acontecendo?’ Conversamos a primeira, a segunda, a terceira, a quarta vez... E ele dizia: ‘É verdade, estou conversando com ela, mas não adianta, ela não ouve’. A coisa foi piorando e, um dia, ele disse: ‘Os empresários estão se desgarrando...’. E perguntou se eu podia ajudar e organizei um jantar na minha casa, já no início de 2014, com os 30 PIBs paulistas. Foi do Lázaro Brandão a quem você quiser imaginar. Eles fizeram muitas críticas à política econômica e ao jeito da presidente.
E ele não se fez de rogado, entrou nas críticas, disse que era isso mesmo. Naquele jeito do Lula, né? Quando o jantar acabou, todos estavam satisfeitíssimos com ele.
E falaram nele como candidato?
Ninguém falou claramente, mas todo mundo saiu dali com a convicção de que ele era, sim, o candidato.
Ele admitia que queria ser?
Nunca admitiu, mas decepava (sic) ela: ‘Não ouve, não adianta falar.’
Ele estava incomodado com Dilma?
Extremamente incomodado. E isso é que foi levando ele a achar que tinha de ser o candidato e fui percebendo que a ação dele foi mudando. A verdade é que ele nunca disse, mas sempre quis ser candidato e achou que ia ser.
Por isso a senhora trabalhou pela candidatura do Lula?
Sim, providenciando os encontros para ele poder se colocar. Foi quando convidei políticos, artistas para um grande encontro político. Convidei a Dilma, o Mercadante e todos os ministros de São Paulo, avisando que o Lula estaria presente. Todos confirmaram, mas, na véspera, todos cancelaram. E ela, Dilma, também não foi. Nessa época, ainda estava confuso quem seria o candidato. Tinha uma disputa. E, depois, quando ela virou candidatésima, ele não falava mais com ela.
O Lula deixava uma porta aberta?
Quando o Lula escolheu o Fernando Haddad para disputar a Prefeitura, eu avisei a ele que eu ia sair do ministério, porque discordava da política econômica, da condução do País, e ia voltar para o Senado. ‘E vou dizer que o candidato é o senhor. A única que tem coragem de dizer isso publicamente sou eu e vou dizer’. E ele: ‘Não vai, não, de jeito nenhum’. Eu: ‘Por quê?’ Ele: ‘Porque não é hora’. Veja bem, ele não negou, ele disse que não era hora.
Depois, como evoluiu?
Um dia, eu fui direta: ‘Lula, tem de ir pro pau, tem de ter clareza nisso’. E listei pessoas com quem poderia conversar para dizer que ele tinha interesse, que estava disposto. Aí ele disse que não, que não era para falar com ninguém. O que eu ia fazer? Concordei. Só que, quando eu já estava saindo, perto da porta, ele disse: ‘Pode falar com o Rui (Falcão, presidente do PT)’. Dois dias depois, sentei duas horas e meia com o Rui e disse a ele: ‘A situação está muito difícil eleitoralmente para o PT, mas muito difícil para o País. Porque vai ser muito difícil a Dilma conduzir o País de outro jeito, você já conhece o jeito dela’. Mas ele disse que íamos ganhar e que eu estava falando de coisas que eu não entendia.
Acredita que o Lula queria ser (candidato em 2014)?
Ele é um grande estadista, mas não quis enfrentar a Dilma. Pode ser da personalidade dele não ir para um enfrentamento direto, ou porque achou que geraria uma tal disputa que os dois iriam perder.
E quando o próprio Lula encerrou de vez o assunto?
Foi quando ele disse: ‘Marta, acabou. Vamos trabalhar para a Dilma e pronto. Você vai enfiar a camisa e trabalhar de novo’.
E a senhora, nunca pensou em ser candidata?
A quê?
A presidente...
Pensei sim. Quando era neófita, tinha clareza de que poderia ser presidente. Depois, isso caiu por terra, até que um dia o Lula, no avião dele, quando era presidente, me disse: ‘Minha sucessora vai ser uma mulher’. E pensei que ou seria eu, ou Marina (Silva) ou Dilma. Logo vi aquela história de ‘mãe do PAC’ e que era a Dilma. Pensei: ‘O que faço?’ Bom, ou ficava contra e não fazia coisa nenhuma, ou ajudava. Mais uma vez, decidi ajudar. Sempre achei que ia acabar ficando meio de fora das coisas, talvez pela origem, talvez por ser loura de olho azul, não sei.
Como vê o governo Dilma?
Os desafios agora são gigantescos, porque não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela. Em 2013, esse fracasso era mais do que evidente. Era preciso mudar a equipe econômica e o rumo da economia, e sabe por que ela não mudou? Porque isso fortaleceria a candidatura do Lula, o ‘Volta, Lula’.
E a nova equipe econômica?
É experiente, qualificada. Vai depender de a Dilma respeitar a independência da equipe. Se não respeitar, vai ser desastroso. Agora, é preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?
Se Dilma não deixar a equipe econômica trabalhar, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) podem correr para o Lula, pedindo apoio?
Você não está entendendo. O Lula está fora, está totalmente fora.
Tudo isso criou uma cisão indelével no PT, entre lulistas e dilmistas, como ficou claro na posse, quando o Lula foifrio com o Mercadante?
O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o País, mesmo sabendo as limitações da Dilma. Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula. O Gilberto Carvalho é o mais óbvio.
Qual o efeito disso em 2018?
Mercadante mente quando diz que Lula será o candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve um complô dele com Rui e João Santana (marqueteiro de Dilma) para barrar Lula.
Quais as chances de vitória do PT com o Mercadante?
Ele vai ter contra si sua arrogância, seu autoritarismo, sua capacidade de promover trapalhadas. Mas ele já era o homem forte do governo. Logo, todas as trapalhadas que ocorreram antes ocorrem agora e ocorrerão depois terão a digital dele.
Afinal, quais são os desmandos da gestão do Juca Ferreira na Cultura?
Foi uma gestão muito ruim. Enviei para a CGU (ControladoriaGeral da União) tudo sobre desmandos e irregularidades da gestão dele.
O que aconteceu com a Petrobrás?
Para mim, todo o conselho e diretoria deveriam ter sido trocados. Respeito a Graça (Foster), até gosto dela. Não questiono sua seriedade e honradez. Mas, no momento, o mais importante é salvar a Petrobrás.
O PT foi criado com a aura de partido ético. Imaginava que pudesse chegar a esse ponto?
Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
Então, a senhora vai sair do PT.
A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses, chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto do PSDB e do DEM.
Para concorrer à Prefeitura?
Não será uma decisão em função de uma possível disputa à Prefeitura, por isso é tão dura. É uma decisão duríssima de quem acreditou tanto, de quem engoliu tanto.
Tem uma gota d’água?
Não, mas na campanha da Dilma e do (Alexandre) Padilha em São Paulo, fui totalmente alijada. Quando Padilha me ligou pedindo para eu gravar, disse: ‘Ô Padilha, entenda. Eu não sou mais objeto utilitário, acabou essa minha função no PT’.
Por que Dilma e Padilha foram tão mal em São Paulo?
Não foi um voto próAécio (Neves), foi um voto antiPT, pelos desmandos que o PT tem perpetrado nesses anos todos.
O que vai ocorrer com o PT?
Ou o PT muda ou acaba.
http://politica.estadao.com.br/noticias ... ba,1618119
Eliana Cantanhêde
10 Janeiro 2015 | 22h00
Para a senadora Marta Suplicy (SP), que foi deputada, prefeita e duas vezes ministra pelo PT, o partido chegou a uma encruzilhada: “Ou o PT muda, ou acaba”. Em entrevista ao Estado, Marta não assumiu explicitamente, mas deixou evidente que está a um passo de sair do PT: “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”.
Articuladora assumida do “Volta, Lula” em 2014, ela também deixou suficientemente claro que o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns momentos, autorizou os movimentos nesse sentido. Quanto ao governo Dilma: “Os desafios são gigantescos. Se ela não respeitar a independência da equipe econômica, vai ser desastroso para o Brasil”.
A declaração mais irada foi contra o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que ela julga “inimigo do Lula” e “candidatíssimo” a presidente em 2018, mas “vai ter contra si a arrogância e o autoritarismo”. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Por que a senhora articulou o movimento “Volta, Lula”?
Em meados de 2013, os desmandos aconteciam e a economia ia de mal a pior. Foi aí que disse ao Lula: ‘Presidente, está acontecendo uma coisa muito séria. O que o senhor acha que está acontecendo?’ Conversamos a primeira, a segunda, a terceira, a quarta vez... E ele dizia: ‘É verdade, estou conversando com ela, mas não adianta, ela não ouve’. A coisa foi piorando e, um dia, ele disse: ‘Os empresários estão se desgarrando...’. E perguntou se eu podia ajudar e organizei um jantar na minha casa, já no início de 2014, com os 30 PIBs paulistas. Foi do Lázaro Brandão a quem você quiser imaginar. Eles fizeram muitas críticas à política econômica e ao jeito da presidente.
E ele não se fez de rogado, entrou nas críticas, disse que era isso mesmo. Naquele jeito do Lula, né? Quando o jantar acabou, todos estavam satisfeitíssimos com ele.
E falaram nele como candidato?
Ninguém falou claramente, mas todo mundo saiu dali com a convicção de que ele era, sim, o candidato.
Ele admitia que queria ser?
Nunca admitiu, mas decepava (sic) ela: ‘Não ouve, não adianta falar.’
Ele estava incomodado com Dilma?
Extremamente incomodado. E isso é que foi levando ele a achar que tinha de ser o candidato e fui percebendo que a ação dele foi mudando. A verdade é que ele nunca disse, mas sempre quis ser candidato e achou que ia ser.
Por isso a senhora trabalhou pela candidatura do Lula?
Sim, providenciando os encontros para ele poder se colocar. Foi quando convidei políticos, artistas para um grande encontro político. Convidei a Dilma, o Mercadante e todos os ministros de São Paulo, avisando que o Lula estaria presente. Todos confirmaram, mas, na véspera, todos cancelaram. E ela, Dilma, também não foi. Nessa época, ainda estava confuso quem seria o candidato. Tinha uma disputa. E, depois, quando ela virou candidatésima, ele não falava mais com ela.
O Lula deixava uma porta aberta?
Quando o Lula escolheu o Fernando Haddad para disputar a Prefeitura, eu avisei a ele que eu ia sair do ministério, porque discordava da política econômica, da condução do País, e ia voltar para o Senado. ‘E vou dizer que o candidato é o senhor. A única que tem coragem de dizer isso publicamente sou eu e vou dizer’. E ele: ‘Não vai, não, de jeito nenhum’. Eu: ‘Por quê?’ Ele: ‘Porque não é hora’. Veja bem, ele não negou, ele disse que não era hora.
Depois, como evoluiu?
Um dia, eu fui direta: ‘Lula, tem de ir pro pau, tem de ter clareza nisso’. E listei pessoas com quem poderia conversar para dizer que ele tinha interesse, que estava disposto. Aí ele disse que não, que não era para falar com ninguém. O que eu ia fazer? Concordei. Só que, quando eu já estava saindo, perto da porta, ele disse: ‘Pode falar com o Rui (Falcão, presidente do PT)’. Dois dias depois, sentei duas horas e meia com o Rui e disse a ele: ‘A situação está muito difícil eleitoralmente para o PT, mas muito difícil para o País. Porque vai ser muito difícil a Dilma conduzir o País de outro jeito, você já conhece o jeito dela’. Mas ele disse que íamos ganhar e que eu estava falando de coisas que eu não entendia.
Acredita que o Lula queria ser (candidato em 2014)?
Ele é um grande estadista, mas não quis enfrentar a Dilma. Pode ser da personalidade dele não ir para um enfrentamento direto, ou porque achou que geraria uma tal disputa que os dois iriam perder.
E quando o próprio Lula encerrou de vez o assunto?
Foi quando ele disse: ‘Marta, acabou. Vamos trabalhar para a Dilma e pronto. Você vai enfiar a camisa e trabalhar de novo’.
E a senhora, nunca pensou em ser candidata?
A quê?
A presidente...
Pensei sim. Quando era neófita, tinha clareza de que poderia ser presidente. Depois, isso caiu por terra, até que um dia o Lula, no avião dele, quando era presidente, me disse: ‘Minha sucessora vai ser uma mulher’. E pensei que ou seria eu, ou Marina (Silva) ou Dilma. Logo vi aquela história de ‘mãe do PAC’ e que era a Dilma. Pensei: ‘O que faço?’ Bom, ou ficava contra e não fazia coisa nenhuma, ou ajudava. Mais uma vez, decidi ajudar. Sempre achei que ia acabar ficando meio de fora das coisas, talvez pela origem, talvez por ser loura de olho azul, não sei.
Como vê o governo Dilma?
Os desafios agora são gigantescos, porque não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela. Em 2013, esse fracasso era mais do que evidente. Era preciso mudar a equipe econômica e o rumo da economia, e sabe por que ela não mudou? Porque isso fortaleceria a candidatura do Lula, o ‘Volta, Lula’.
E a nova equipe econômica?
É experiente, qualificada. Vai depender de a Dilma respeitar a independência da equipe. Se não respeitar, vai ser desastroso. Agora, é preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?
Se Dilma não deixar a equipe econômica trabalhar, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) podem correr para o Lula, pedindo apoio?
Você não está entendendo. O Lula está fora, está totalmente fora.
Tudo isso criou uma cisão indelével no PT, entre lulistas e dilmistas, como ficou claro na posse, quando o Lula foifrio com o Mercadante?
O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o País, mesmo sabendo as limitações da Dilma. Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula. O Gilberto Carvalho é o mais óbvio.
Qual o efeito disso em 2018?
Mercadante mente quando diz que Lula será o candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve um complô dele com Rui e João Santana (marqueteiro de Dilma) para barrar Lula.
Quais as chances de vitória do PT com o Mercadante?
Ele vai ter contra si sua arrogância, seu autoritarismo, sua capacidade de promover trapalhadas. Mas ele já era o homem forte do governo. Logo, todas as trapalhadas que ocorreram antes ocorrem agora e ocorrerão depois terão a digital dele.
Afinal, quais são os desmandos da gestão do Juca Ferreira na Cultura?
Foi uma gestão muito ruim. Enviei para a CGU (ControladoriaGeral da União) tudo sobre desmandos e irregularidades da gestão dele.
O que aconteceu com a Petrobrás?
Para mim, todo o conselho e diretoria deveriam ter sido trocados. Respeito a Graça (Foster), até gosto dela. Não questiono sua seriedade e honradez. Mas, no momento, o mais importante é salvar a Petrobrás.
O PT foi criado com a aura de partido ético. Imaginava que pudesse chegar a esse ponto?
Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
Então, a senhora vai sair do PT.
A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses, chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto do PSDB e do DEM.
Para concorrer à Prefeitura?
Não será uma decisão em função de uma possível disputa à Prefeitura, por isso é tão dura. É uma decisão duríssima de quem acreditou tanto, de quem engoliu tanto.
Tem uma gota d’água?
Não, mas na campanha da Dilma e do (Alexandre) Padilha em São Paulo, fui totalmente alijada. Quando Padilha me ligou pedindo para eu gravar, disse: ‘Ô Padilha, entenda. Eu não sou mais objeto utilitário, acabou essa minha função no PT’.
Por que Dilma e Padilha foram tão mal em São Paulo?
Não foi um voto próAécio (Neves), foi um voto antiPT, pelos desmandos que o PT tem perpetrado nesses anos todos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Começo a admirar a Dilma, por essa clara função de desmantelar o PT.
Essa comunista é talentosa e vai tirar o PT do poder para sempre.
Essa comunista é talentosa e vai tirar o PT do poder para sempre.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
As falas da marta Suplicy não são novidade. Ouvi palavras de petistas antidilmistas, alguns mais enfático e outros mais tímidos. A novidade é alguém da importância que ela teve no PT falar abertamente.
Um sinal de negar o fracasso foi se apegar na campanha e discursos atuais o extremismo, a questão emocional, o medo e não ter pudor de usar tudo para vencer. Sem problemas de fazer o diabo e seguir o marqueteiro para manter apoio da militância de infantaria do baixo clero que não questiona. Além de buscar os mais extremistas e radicais que durante o governo Lula a cúpula ignorava e escondia pela quantidade de maluquices que falava.
O discurso não condiz com a realidade e nem ações. O mais evidente é por o Joaquim Levy no ministério e promover o corta-corta que jurava que não existiria. Agora os extremistas estão doidos escrevendo criticas ao governo por que descobriram que eles não são levados a sério. E não devem. As ideias deles são insanas e vivem num mundo paralelo.
O Dilma II prevejo ser tão deprimente quanto FHC II. Está lá e não governa. Além do partido brigar tanto internamente que não apresenta um candidato firme para 2018.
Um sinal de negar o fracasso foi se apegar na campanha e discursos atuais o extremismo, a questão emocional, o medo e não ter pudor de usar tudo para vencer. Sem problemas de fazer o diabo e seguir o marqueteiro para manter apoio da militância de infantaria do baixo clero que não questiona. Além de buscar os mais extremistas e radicais que durante o governo Lula a cúpula ignorava e escondia pela quantidade de maluquices que falava.
O discurso não condiz com a realidade e nem ações. O mais evidente é por o Joaquim Levy no ministério e promover o corta-corta que jurava que não existiria. Agora os extremistas estão doidos escrevendo criticas ao governo por que descobriram que eles não são levados a sério. E não devem. As ideias deles são insanas e vivem num mundo paralelo.
O Dilma II prevejo ser tão deprimente quanto FHC II. Está lá e não governa. Além do partido brigar tanto internamente que não apresenta um candidato firme para 2018.
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
PMDB se julga preterido por Dilma e arma troco.
Rota 2014 - 11.01.15.
A coligação partidária é a melhor forma de PMDB e PT descobrirem que coligação partidária não dá certo. Julgando-se maltratado no primeiro mandato, o PMDB renovou a parceria com Dilma Rousseff depois que a presidente assegurou ao seu vice, Michel Temer, que tudo seria diferente no segundo quadriênio. De fato, muita coisa mudou.
Na opinião do PMDB, para pior.
Para a caciquia do PMDB, há um excesso de PT ao lado de Dilma. A crítica se refere aos conselheiros que a presidente escolheu para integrar o que o Planalto chama de coordenação de governo.
São cinco ministros, todos petistas: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações), Pepe Vargas (Relações Institucionais), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner (Defesa).
Avalia-se que a composição do grupo deixou ainda mais explícito o que já estava na cara: Dilma escanteia Temer e o PMDB. Alguns dos “excluídos” tramam responder com tocaias no Congresso. Eis o que irá ocorrer, nas palavras de um coronel da infantaria peemedebista:
“Se a Dilma faz tanta questão de soltar elefantes na casa de louças, o PMDB vai mostrar que sabe fazer elefantes voarem.”
Rota 2014 - 11.01.15.
A coligação partidária é a melhor forma de PMDB e PT descobrirem que coligação partidária não dá certo. Julgando-se maltratado no primeiro mandato, o PMDB renovou a parceria com Dilma Rousseff depois que a presidente assegurou ao seu vice, Michel Temer, que tudo seria diferente no segundo quadriênio. De fato, muita coisa mudou.
Na opinião do PMDB, para pior.
Para a caciquia do PMDB, há um excesso de PT ao lado de Dilma. A crítica se refere aos conselheiros que a presidente escolheu para integrar o que o Planalto chama de coordenação de governo.
São cinco ministros, todos petistas: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações), Pepe Vargas (Relações Institucionais), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Jaques Wagner (Defesa).
Avalia-se que a composição do grupo deixou ainda mais explícito o que já estava na cara: Dilma escanteia Temer e o PMDB. Alguns dos “excluídos” tramam responder com tocaias no Congresso. Eis o que irá ocorrer, nas palavras de um coronel da infantaria peemedebista:
“Se a Dilma faz tanta questão de soltar elefantes na casa de louças, o PMDB vai mostrar que sabe fazer elefantes voarem.”
- mmatuso
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Só aumentam os boatos de que a dentuça desgarrou completamente do PT e ninguém aguenta ela.
Virou um mal necessário que agora nem isso é mais.
Virou um mal necessário que agora nem isso é mais.
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
"Maquinação partidária".
Editorial da Folha de São Paulo - 13.01.15.
Gilberto Kassab (PSD), sempre ele, prepara mais um golpe contra a regra da fidelidade partidária.
Imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2007, a medida tinha o propósito de tornar mais racional o sistema político brasileiro.
Depois daquele ano, já não passava incólume o deputado ou vereador que, tendo obtido um cargo eletivo, decidisse trocar de partido como quem troca de roupa. O mandato, segundo a nova interpretação da Justiça, pertencia à legenda pela qual o candidato foi sufragado; como consequência, trânsfugas poderiam terminar cassados.
Tratava-se de dar cabo do balcão de negócios que se abria em Brasília após cada pleito, quando congressistas de oposição, traindo a vontade do eleitor, se deixavam atrair por siglas da base aliada.
Talvez muitos políticos tenham se sentido constrangidos pela nova diretriz, mas não Kassab. O ex-prefeito de São Paulo (2006-2012) tratou de procurar um caminho para contornar o obstáculo.
Encontrou nas exceções à regra aquilo de que precisava. De acordo com o TSE, a fidelidade não se aplica em situações de "justa causa", entre as quais estão a criação de um partido, a fusão de legendas e a grave discriminação pessoal.
Em 2011, com o regulamento debaixo do braço, Kassab fundou o PSD, e dezenas de políticos aproveitaram a oportunidade para reviver os tempos do troca-troca partidário. Agremiações como DEM e PSDB sofreram várias deserções.
Com 37 deputados, o PSD é hoje a quarta maior bancada do Congresso, atrás de PT, PMDB e PSDB. Com isso, o ex-aliado dos tucanos credenciou-se para o cargo de ministro das Cidades no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Kassab, é claro, quer mais –e suas movimentações inquietam tanto partidos da oposição como legendas da base governista.
No que depender dele, em breve o extinto PL será ressuscitado. Assim, deputados poderão migrar para essa agremiação, que em seguida seria fundida ao PSD. Com a manobra, a sigla talvez conquiste 30 parlamentares, tornando-se a segunda maior no Legislativo.
Toda essa maquinação, segundo se afirma, contaria com o beneplácito do Planalto, interessado em fragilizar o PMDB no Congresso Nacional. Pode ser.
Se o plano prosperar, Kassab terá criado dois partidos artificiais e oportunistas sem que Marina Silva, com um capital de 20 milhões de votos, tenha conseguido oficializar a sua Rede Sustentabilidade, agremiação que parece representar verdadeiras reivindicações de parte significativa da sociedade.
Juntos, Gilberto Kassab e o PT mostram que a política sempre pode ficar ainda mais avacalhada.
Editorial da Folha de São Paulo - 13.01.15.
Gilberto Kassab (PSD), sempre ele, prepara mais um golpe contra a regra da fidelidade partidária.
Imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral em 2007, a medida tinha o propósito de tornar mais racional o sistema político brasileiro.
Depois daquele ano, já não passava incólume o deputado ou vereador que, tendo obtido um cargo eletivo, decidisse trocar de partido como quem troca de roupa. O mandato, segundo a nova interpretação da Justiça, pertencia à legenda pela qual o candidato foi sufragado; como consequência, trânsfugas poderiam terminar cassados.
Tratava-se de dar cabo do balcão de negócios que se abria em Brasília após cada pleito, quando congressistas de oposição, traindo a vontade do eleitor, se deixavam atrair por siglas da base aliada.
Talvez muitos políticos tenham se sentido constrangidos pela nova diretriz, mas não Kassab. O ex-prefeito de São Paulo (2006-2012) tratou de procurar um caminho para contornar o obstáculo.
Encontrou nas exceções à regra aquilo de que precisava. De acordo com o TSE, a fidelidade não se aplica em situações de "justa causa", entre as quais estão a criação de um partido, a fusão de legendas e a grave discriminação pessoal.
Em 2011, com o regulamento debaixo do braço, Kassab fundou o PSD, e dezenas de políticos aproveitaram a oportunidade para reviver os tempos do troca-troca partidário. Agremiações como DEM e PSDB sofreram várias deserções.
Com 37 deputados, o PSD é hoje a quarta maior bancada do Congresso, atrás de PT, PMDB e PSDB. Com isso, o ex-aliado dos tucanos credenciou-se para o cargo de ministro das Cidades no governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Kassab, é claro, quer mais –e suas movimentações inquietam tanto partidos da oposição como legendas da base governista.
No que depender dele, em breve o extinto PL será ressuscitado. Assim, deputados poderão migrar para essa agremiação, que em seguida seria fundida ao PSD. Com a manobra, a sigla talvez conquiste 30 parlamentares, tornando-se a segunda maior no Legislativo.
Toda essa maquinação, segundo se afirma, contaria com o beneplácito do Planalto, interessado em fragilizar o PMDB no Congresso Nacional. Pode ser.
Se o plano prosperar, Kassab terá criado dois partidos artificiais e oportunistas sem que Marina Silva, com um capital de 20 milhões de votos, tenha conseguido oficializar a sua Rede Sustentabilidade, agremiação que parece representar verdadeiras reivindicações de parte significativa da sociedade.
Juntos, Gilberto Kassab e o PT mostram que a política sempre pode ficar ainda mais avacalhada.
- Gerson Victorio
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Deviam mudar o nome do tópico para "notícias políticas que malham o PT"..
de volta a Campo Grande - MS.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A “conversão” de Marta Suplicy em crítica do lulopetismo é o-por-tu-nista.
Marta conviveu com as maracutaias do partido por longos anos, e agora se afasta dele porque quer ser candidata em São Paulo.
Blog Ricardo Setti - Veja.
Marta Suplicy em 2010, quando estava às boas com a presidente Dilma Rousseff — a ponto de lhe fazer o papel de copeira. Um tanto contrariada, é verdade, mas… (Fotos: Ayrton Vignola/AE)
Muito interessante a senadora Marta Suplicy (PT-SP) começar, de repente, a atirar publicamente contra o governo Dilma e contra o próprio PT.
O fel começou a vir à tona quando Marta deixou o Ministério da Cultura, em novembro passado, em cerimônia gelada na qual mal falou com a presidente. Depois, com seu famoso texto no Facebook no finalzinho de dezembro, baixando o sarrafo em seu sucessor, Juca Ferreira. E, finalmente, mais que tudo, na explosiva entrevista que concedeu à jornalista Eliane Cantanhêde, na edição deste domingo do Estadão.
Uma das cortantes frases de Marta foi a seguinte:
– Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas.
Puxa, como demorou, não, senadora? O PT foi fundado há quase 35 anos, em 1980. Os casos de corrupção nas administrações municipais — inclusive maracutaias em capitais importantíssimas — já datam desta década. Foram denunciados nos primórdios do partido por gente como Paulo de Tarso Venceslau, que, longe de ser de “direita”, participou da luta armada durante a ditadura militar.
Denúncias de outras natureza e sérias questões éticas vieram à tona por iniciativa de outros fundadores, sejam de “esquerda”, como o hoje editor César Queiroz Benjamin, também antigo participantes da luta armada, sejam do campo liberal, como o jurista Hélio Bicudo, que se destacou pela coragem e integridade como promotor público em sua luta contra o Esquadrão da Morte durante o período militar, foi deputado, candidato ao Senado e vice-prefeito de São Paulo antes de desiludir-se, como os demais citados, com o partido de Lula.
Vamos supor, porém, que tais questões fossem pequenas, embora graves.
Mas o mensalão, senadora? O maior escândalo de corrupção política da história da República até o surgimento do petrolão já vai completar DEZ ANOS em agosto, dona Marta. DEZ anos. Onde ficaram seus protestos contra os chefões petistas acusados e, finalmente, condenados à cadeia?
Oportunidades para fazer reparos aos condenados não faltaram, não é mesmo? Como os dois réveillons que o ex-tesoureiro do PT que terminou na Papuda, Delúbio Soares, passou com a senhora, marido e amigos no Guarujá, lembra?
Onde estavam suas críticas quando estourou o escândalo Rosemary Noronha, a amigona de Lula — este mesmo que a senhora erigiu em “Deus” –, responsável pela transformação do escritório da Presidência em São Paulo em balcão de negócios?
De que lado a senhora esteve durante as várias tentativas de gente de seu partido de calar a boca da imprensa?
Quando foi que a senhora se posicionou contra a política externa de vassalagem a Cuba, Venezuela, Irã e outros regimes párias?
Não ouvimos seus reparos à barbaridade em que se constituiu a concessão de asilo político ao terrorista e assassino Cesare Battisti, julgado e condenado por todas as instâncias pelo Judiciário italiano, mas tratado pelo governo lulopetista como um “perseguido político”, como se a Itália de democracia exemplar fosse uma ditadura?
Agora, num passe de mágica, a senadora quer se dissociar de tudo isso. Como, porém, acreditar que isso se deva a convicções, e não por oportunismo?
Na entrevista à excelente Eliane Cantanhêde, ela própria acabou, talvez, dizendo mais do que pretendia, quando desabafou, a certa altura, entregando suas prováveis razões:
– Se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
Ah! Chegamos ao ponto… A braveza da senadora pode estar todinha abrigada aqui. Ela quer espaço no partido, quer concorrer à Prefeitura no ano que vem — e o problema não está em que seu “Deus”, acima de partidos e convenções, já decidiu que o prefeito Fernando Haddad será o candidato do PT.
O problema é que Marta aprendeu com as eleições do ano passado que o PT não tem futuro em São Paulo. O massacre sofrido por Dilma no pleito presidencial diante do tucano Aécio Neves — que teve dois terços dos votos do eleitorado mais numeroso do país –, e a espetacular vitória em primeiro turno do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que venceu em 644 dos 645 município do Estado, deixando em um distante terceiro lugar o petista Alexandre Padilha, tornaram evidente, para a senadora, que com uma estrela vermelha no peito ela não chegará a lugar algum.
Eis aí, então, a razão de seu desencanto com o PT e do namoro com o PMDB. Se Lula conseguir emplacar o novo secretário municipal de Educação paulistano, Gabriel Chalita, como candidato do partido mais fisiológico do Brasil, gente perto de Marta assopra que ela poderá até ir para o Solidariedade, partido fundado pelo sindicalista e oportunista profissional Paulinho da Força.
Convicção ideológica é isso aí.
Marta conviveu com as maracutaias do partido por longos anos, e agora se afasta dele porque quer ser candidata em São Paulo.
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Marta Suplicy em 2010, quando estava às boas com a presidente Dilma Rousseff — a ponto de lhe fazer o papel de copeira. Um tanto contrariada, é verdade, mas… (Fotos: Ayrton Vignola/AE)
Muito interessante a senadora Marta Suplicy (PT-SP) começar, de repente, a atirar publicamente contra o governo Dilma e contra o próprio PT.
O fel começou a vir à tona quando Marta deixou o Ministério da Cultura, em novembro passado, em cerimônia gelada na qual mal falou com a presidente. Depois, com seu famoso texto no Facebook no finalzinho de dezembro, baixando o sarrafo em seu sucessor, Juca Ferreira. E, finalmente, mais que tudo, na explosiva entrevista que concedeu à jornalista Eliane Cantanhêde, na edição deste domingo do Estadão.
Uma das cortantes frases de Marta foi a seguinte:
– Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas.
Puxa, como demorou, não, senadora? O PT foi fundado há quase 35 anos, em 1980. Os casos de corrupção nas administrações municipais — inclusive maracutaias em capitais importantíssimas — já datam desta década. Foram denunciados nos primórdios do partido por gente como Paulo de Tarso Venceslau, que, longe de ser de “direita”, participou da luta armada durante a ditadura militar.
Denúncias de outras natureza e sérias questões éticas vieram à tona por iniciativa de outros fundadores, sejam de “esquerda”, como o hoje editor César Queiroz Benjamin, também antigo participantes da luta armada, sejam do campo liberal, como o jurista Hélio Bicudo, que se destacou pela coragem e integridade como promotor público em sua luta contra o Esquadrão da Morte durante o período militar, foi deputado, candidato ao Senado e vice-prefeito de São Paulo antes de desiludir-se, como os demais citados, com o partido de Lula.
Vamos supor, porém, que tais questões fossem pequenas, embora graves.
Mas o mensalão, senadora? O maior escândalo de corrupção política da história da República até o surgimento do petrolão já vai completar DEZ ANOS em agosto, dona Marta. DEZ anos. Onde ficaram seus protestos contra os chefões petistas acusados e, finalmente, condenados à cadeia?
Oportunidades para fazer reparos aos condenados não faltaram, não é mesmo? Como os dois réveillons que o ex-tesoureiro do PT que terminou na Papuda, Delúbio Soares, passou com a senhora, marido e amigos no Guarujá, lembra?
Onde estavam suas críticas quando estourou o escândalo Rosemary Noronha, a amigona de Lula — este mesmo que a senhora erigiu em “Deus” –, responsável pela transformação do escritório da Presidência em São Paulo em balcão de negócios?
De que lado a senhora esteve durante as várias tentativas de gente de seu partido de calar a boca da imprensa?
Quando foi que a senhora se posicionou contra a política externa de vassalagem a Cuba, Venezuela, Irã e outros regimes párias?
Não ouvimos seus reparos à barbaridade em que se constituiu a concessão de asilo político ao terrorista e assassino Cesare Battisti, julgado e condenado por todas as instâncias pelo Judiciário italiano, mas tratado pelo governo lulopetista como um “perseguido político”, como se a Itália de democracia exemplar fosse uma ditadura?
Agora, num passe de mágica, a senadora quer se dissociar de tudo isso. Como, porém, acreditar que isso se deva a convicções, e não por oportunismo?
Na entrevista à excelente Eliane Cantanhêde, ela própria acabou, talvez, dizendo mais do que pretendia, quando desabafou, a certa altura, entregando suas prováveis razões:
– Se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
Ah! Chegamos ao ponto… A braveza da senadora pode estar todinha abrigada aqui. Ela quer espaço no partido, quer concorrer à Prefeitura no ano que vem — e o problema não está em que seu “Deus”, acima de partidos e convenções, já decidiu que o prefeito Fernando Haddad será o candidato do PT.
O problema é que Marta aprendeu com as eleições do ano passado que o PT não tem futuro em São Paulo. O massacre sofrido por Dilma no pleito presidencial diante do tucano Aécio Neves — que teve dois terços dos votos do eleitorado mais numeroso do país –, e a espetacular vitória em primeiro turno do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que venceu em 644 dos 645 município do Estado, deixando em um distante terceiro lugar o petista Alexandre Padilha, tornaram evidente, para a senadora, que com uma estrela vermelha no peito ela não chegará a lugar algum.
Eis aí, então, a razão de seu desencanto com o PT e do namoro com o PMDB. Se Lula conseguir emplacar o novo secretário municipal de Educação paulistano, Gabriel Chalita, como candidato do partido mais fisiológico do Brasil, gente perto de Marta assopra que ela poderá até ir para o Solidariedade, partido fundado pelo sindicalista e oportunista profissional Paulinho da Força.
Convicção ideológica é isso aí.
- Bourne
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Os colunistas da veja se superam a cada textos. Eles vivem no mundo paralelo. depois perguntam por viram piada como a FOX NEWS e CNN.
A Marta abriu o jogo das guerras internas do PT entre lulistas e dilmista. O primeiro quer seguir a tradição pragmática do lula, sem aventuras e emoções, prevendo a tradição PTista seja lá o que for, extremante crítico ao estilo Dilma. O segundo viu na Dilma uma oportunidade de se manter no poder que fizeram o diabo na eleição, continuam fazendo com alianças e descumprindo promessas que fizeram aos malucos. A ideia dos carrões com motoristas, cargos comissionados e presentes subiu a cabeça deles.
Não subestimem como sendo briguinha de comadre. É coisa muito grande e envolve gente graúda. Os resultados possíveis para 2016 e 2018 são indefinidos. Uma guerra civil tão grande que pode sobrar para tucanada. Se não tropeçarem em si mesmos.
A Marta abriu o jogo das guerras internas do PT entre lulistas e dilmista. O primeiro quer seguir a tradição pragmática do lula, sem aventuras e emoções, prevendo a tradição PTista seja lá o que for, extremante crítico ao estilo Dilma. O segundo viu na Dilma uma oportunidade de se manter no poder que fizeram o diabo na eleição, continuam fazendo com alianças e descumprindo promessas que fizeram aos malucos. A ideia dos carrões com motoristas, cargos comissionados e presentes subiu a cabeça deles.
Não subestimem como sendo briguinha de comadre. É coisa muito grande e envolve gente graúda. Os resultados possíveis para 2016 e 2018 são indefinidos. Uma guerra civil tão grande que pode sobrar para tucanada. Se não tropeçarem em si mesmos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Esse é o nosso governador alquimista!
'Não há risco de racionamento em 2015', diz Alckmin
30/09/2014
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014 ... pid=compfb
Apenas 106 dias depois...
Alckmin admite que há racionamento de água em SP
14/01/2015
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... m-sp.shtml
Se há por acaso alguém nesse fórum que votou no Alckmin, fique sabendo desde já que você não é meu amigo.
Grato.
'Não há risco de racionamento em 2015', diz Alckmin
30/09/2014
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014 ... pid=compfb
Apenas 106 dias depois...
Alckmin admite que há racionamento de água em SP
14/01/2015
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... m-sp.shtml
Se há por acaso alguém nesse fórum que votou no Alckmin, fique sabendo desde já que você não é meu amigo.
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"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não se exalte, jovem.
Vender ilusões se tornou prática como em todos os níveis de governos. As vezes parece que os governantes vivem em outro universo.
Vender ilusões se tornou prática como em todos os níveis de governos. As vezes parece que os governantes vivem em outro universo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Meu exalto sim, idoso. Eu faço o que eu quiser, estou num país livre. Conheço BEM de perto do que rola com a água em SP. E adoro o cinismo paulista de falar que é culpa que não chove etc. O que rola em SP de proteger o Alckmin é absurdo. Na China estaria sendo executado essas horas.Bourne escreveu:Não se exalte, jovem.
Vender ilusões se tornou prática como em todos os níveis de governos. As vezes parece que os governantes vivem em outro universo.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Temos o equivalente petista. Quer dizer dilmista.
Só não fala que a meta é 4,5%
Saudades do grande líder.
Nessa época tinha superávit primário, crescimento, inflação na meta, o BR era referência internacional. Todos eram felizes.
Só não fala que a meta é 4,5%
SUPER DILMA
Mesmo com uma das maiores crises econômicas mundiais rolando, a presidenta Dilma e sua equipe econômica conseguem o mais importante para o povo: manter o emprego, a renda e ainda garantir a menor inflação média de um presidente em primeiro mandato desde o plano Real. Dilma teve 6,41%, pertinho de Lula com 6,65% e bem abaixo dos 7,39% de FHC.
Confira a análise do Estadão: http://goo.gl/gTgfmy
Saudades do grande líder.
Nessa época tinha superávit primário, crescimento, inflação na meta, o BR era referência internacional. Todos eram felizes.
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
"De novo elle".
Bernardo Mello Franco - Folha de São Paulo
A volta de Fernando Collor ao noticiário de escândalos mostra que o país evoluiu menos que o desejável desde 1992, quando ele foi enxotado do Planalto. Mesmo assim, a pressão pelo respeito ao dinheiro público deve continuar.
O ex-caçador de marajás retornou à cena política há oito anos, eleito senador pelo PRTB de Levy Fidelix. Antes de tomar posse, migrou para o PTB de Roberto Jefferson e, para surpresa dos brasileiros com memória, aproximou-se de Lula e do PT.
A nova relação de simpatia, quase amor, foi recompensada com cargos no governo federal. Conhecedor da máquina, Collor decidiu cobrar seu quinhão numa subsidiária da Petrobras. Indicou dois diretores da BR Distribuidora, por onde passa a receita dos postos da estatal.
A nomeação de um deles, José Zonis, foi citada em debate na campanha de 2010. Dilma Rousseff fingiu que não ouviu. No dia seguinte, o então ministro Edison Lobão foi questionado sobre o tema. Respondeu o seguinte: "Não vejo problema no fato de ele ter sido indicado pelo Collor, se é um bom nome".
A Petrobras está na mira de Collor desde 1990. No primeiro ano de seu governo, o advogado Luís Octávio da Motta Veiga deixou o comando da estatal por não aguentar o assédio de Paulo César Farias, o ex-tesoureiro que pagava as contas do presidente. O executivo relatou pressões para interferir em concorrências e ajudar empreiteiras amigas. O enredo é idêntico ao da Operação Lava Jato, com a diferença que os diretores acusados de desvios agora estão indo para a cadeia.
Lula e Dilma conheciam a ficha do senador quando deixaram que ele voltasse a apitar na Petrobras.
A Polícia Federal já identificou oito depósitos do doleiro Alberto Youssef em uma das contas dele. O valor total, de R$ 50 mil, parece módico diante das cifras milionárias do escândalo. Pode ser só o fio do novelo. Há 23 anos, Collor começou a cair por causa de um Fiat Elba.
Bernardo Mello Franco - Folha de São Paulo
A volta de Fernando Collor ao noticiário de escândalos mostra que o país evoluiu menos que o desejável desde 1992, quando ele foi enxotado do Planalto. Mesmo assim, a pressão pelo respeito ao dinheiro público deve continuar.
O ex-caçador de marajás retornou à cena política há oito anos, eleito senador pelo PRTB de Levy Fidelix. Antes de tomar posse, migrou para o PTB de Roberto Jefferson e, para surpresa dos brasileiros com memória, aproximou-se de Lula e do PT.
A nova relação de simpatia, quase amor, foi recompensada com cargos no governo federal. Conhecedor da máquina, Collor decidiu cobrar seu quinhão numa subsidiária da Petrobras. Indicou dois diretores da BR Distribuidora, por onde passa a receita dos postos da estatal.
A nomeação de um deles, José Zonis, foi citada em debate na campanha de 2010. Dilma Rousseff fingiu que não ouviu. No dia seguinte, o então ministro Edison Lobão foi questionado sobre o tema. Respondeu o seguinte: "Não vejo problema no fato de ele ter sido indicado pelo Collor, se é um bom nome".
A Petrobras está na mira de Collor desde 1990. No primeiro ano de seu governo, o advogado Luís Octávio da Motta Veiga deixou o comando da estatal por não aguentar o assédio de Paulo César Farias, o ex-tesoureiro que pagava as contas do presidente. O executivo relatou pressões para interferir em concorrências e ajudar empreiteiras amigas. O enredo é idêntico ao da Operação Lava Jato, com a diferença que os diretores acusados de desvios agora estão indo para a cadeia.
Lula e Dilma conheciam a ficha do senador quando deixaram que ele voltasse a apitar na Petrobras.
A Polícia Federal já identificou oito depósitos do doleiro Alberto Youssef em uma das contas dele. O valor total, de R$ 50 mil, parece módico diante das cifras milionárias do escândalo. Pode ser só o fio do novelo. Há 23 anos, Collor começou a cair por causa de um Fiat Elba.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Brasil não tem jeito com essa gente comandando.
Apenas a ONU formando uma coalizão e vindo aqui tirar essa gente do poder para resolver.
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