Olá Srs...
Acho que colocar como parametro o eventual corte de verbas como maneira de abrir mão de uma projeto como o do Porta-aviões é um erro que se cometido vai durar 10/20 anos para ser resolvido... se isso.
Srs... uma marinha não pode pensar assim!! Projetos estratégicos não podem ser pensados assim. Um dos papéis das Forças Armadas é justamente tentar entender o contexto estratégico do país e de suas riquezas e potenciais e mostrar aos governantes o que tem que ser feito para defender tais interesses.
Cabe daí aos governantes destinar recursos para tal. Caso isso não ocorra, não pode servir de justificativa para simplesmente abandonar projetos estratégicos.
Já passamos por ínumeros momentos díficeis no nosso país (quem é mais velho lembra da hyper inflação e coisas afins) e nem por isso a marinha desistiu do Sub Nuclear do Brasil ou a FAB desistiu da Embraer mesmo quando ambas iniciativas ficaram a bera do colapso (a Embraer foi salva praticamente aos 45 do Segundo tempo).
A Engesa e os planos para blindados nacionais (o Tamoyo) não tiveram a mesma sorte e o resultado é que 30 anos depois do Tamoyo (nem menciono o Osorio) finalmente com os LEO 1 A5 temos algo 'parecido' com o que o Tamoyo seria naquela época.... E esse é o preço que se paga... abrimos mão de algo... vamos pagar por isso por 20/30 anos, na melhor das hipóteses.
Sim, os programas vão andar mais lentamente? Claro! Adaptações serão feitas? Claro!! Mas os responsáveis por delinear a estratégia de Defesa e proteção do Brasil não podem simplesmente jogar a toalha até porque tecnicamente a coisa não é tão 'fácil' assim. Ao abrir mão do Sampa, isso não indica que vai sobrar $$$ para outros navios. Não é assim que funciona... saí o Sampa... saí o $$$$ para o Sampa e ponto final.
O caminho na direção de F-35 e o JC I também não é mais curto... muito pelo contrário, pois essa é uma belonave que tem outra filosofia de uso e limitações relativas a isso.
Não estamos começando do Zero... já andamos um longo caminho e temos muito que andar ainda... eu entendo que vida de 'entusiasta' e gente 'da ativa' é dura, mas é assim que a coisa funciona em qualquer lugar do mundo.
Eu particularmente acho que esse projeto de fazer o que a China e a Índia fizeram nos seus PAs no Sampa é uma ótima idéia.
Por que isso não aconteceu antes? Eu também me pergunto isso e acho que foi o nosso erro não termos feito isso antes. Mas enfim... o importante é aprender a lição e bola para frente!
Claro... com A-4/C-1 no Convôo teremos uma Marinha meio 'vintage' ... não vou tampar o sol com a peneira com relação a isso, mas são os passos necessários para uma marinha melhor... mesmo os franceses até não muito tempo atrás operavam Alize, Etendard, SEtendard e hoje mesmo ainda operam Allouete III e S Etendard dividindo o 'deck' com Rafale e E-2D... ou seja... cada marinha vai adaptando o quanto pode.
Meus 2 cents por enquanto
[]s
CB_Lima