Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Carlos Lima
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Re: Aviação do Exército

#2116 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jan 07, 2015 10:47 pm

Caros amigos mmatuso e jl,

Vou só pedir para os 2 para falar de Aviação do Exército nesse tópico... se os seus cenários tiverem utilizando argumentos ligados a aviação do nosso Exército, nem que citem outros países/cenários como exemplo, mas sempre procurando em 'trazer a conta' para o EB, são mais do que bem-vindos... do contrário vocês estão caminhando para o "OFF-TOPIC".

:)

Espero que compreendam.

Obrigado pela cooperação desde já :)

[]s
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Re: Aviação do Exército

#2117 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jan 07, 2015 11:05 pm

juarez castro escreveu:
Carlos Lima escreveu: Na boa... isso pode acontecer com qualquer compra, porque mesmo o FMS passa pelos seus problemas e de vez em quando alguém é preso aqui... alguém é acusado disso e aquilo ali. Mesmo os processos do FMS não são infalíveis e eu me lembro dos 'vôos da alegria'...

O Mi35 não é uma boa aeronave para o EB porque o EB tem o Pantera, EC-725, BHawk e a idéia de usar uma aeronave como o Mi35 para pegar 3, 4 pessoas aqui e ali seria totalmente subutilizada (essa idéia tem muito mais a ver com C-Sar).

O EB precisaria de um heli para lançar foguetes, lançar mísseis e ajudar com o canhão e ser basicamente um "tanque que voa" de um lado para outro ajudando o exército a se deslocar com uma agilidade maior do que a de um "tanque" e poder se infiltrar em situações aonde um tanque não poderia entrar (tanque = CC :D ) e escoltar a infantaria sendo deslocada por ar.

Qualquer um dos modelos sendo atualmente listados faria esse trabalho muito bem. ;)

[]s
CB_Lima
Boa noite Lima! A diferença é que aí nos EU, se pegarem os cara coma boca na botija, é xilindró direto, aqui, bom aqui é outra história, mas seguramente o USMC não pagaria por um AH 1Z, o preço de um Apache full mission.
Eu acredito que o Mi 28 como heli ataque e reconhecimento se sai bem melhor do que o M 35I, pelo melhor desempenho apresentado por este, mas particularmente e dado a pequena quantidade eu votaria com o chefe EM da Avex: Apache, mas infelizmente não é vinho para nossa pequena pipa.

Grande abraço
Olá Juarez, Boa Noite !

O que você está dizendo é verdade, mas existe um grande "se" nisso... :) ... além disso essa história de no Brasil o povo não ir para o xilindró se aplica a outros países também (anos atrás eu conheci um pessoal que mandava relatórios sobre suspeitas de 'probleminhas' e a lista de países que gostavam de 'esqueminhas' é mais surpreendente do que pode se imaginar... :lol: - acho que só "Cuba" escapou porque nunca comprou nada dos EUA :mrgreen: ).

O AH-1Z pode sim custar o preço de um Apache dependendo da quantidade de 'invenções Tabajará BR' que inventamos de colocar no bicho e a 'pressão' dos nossos "amigos" (via AEL, etc). E você sabe que essa é a nova mina que descobriram para aumentar o custo de qualquer coisa e como vão dizer 'que não'?

Claro... o Apache é o sonho de consumo em qualquer lugar do mundo, assim como o Mi-28 (do outro lado), mas assim como você eu não acho isso realista.

Já ficaria feliz com alguns Chinooks (mesmo o "D" atualizado e com rev. Check D todo feito e não aqueles no "bagaço" que estão vindo do Afeganistão/Iraque sem revisão) e algo como o Mangusta atualizado (não o atual italiano).

O AH-1Z é legal... tem um montão aqui perto de casa e vou colocar umas fotos deles... ele é bem pequeno e bem armado, mas é uma 'revisão' de um projeto antigo e mesmo sendo construído 'do zero' ele deriva de uma outra época e isso tem o seu preço, pois com as 4 pás ele é mais barulhento e o motorzão dele tem uns vícios meio estranhos em temperaturas muito quentes.

Tendo dito isso não ficaria infeliz com nenhuma das aeronaves na lista do EB. :)

[]s
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Re: Aviação do Exército

#2118 Mensagem por juarez castro » Qua Jan 07, 2015 11:16 pm

Lima, as tuas colocações tem procedência, ahh, o que mais preocupa nisto, incluindo aía possível compra dos Chinooks usados é a capacidade financeira do EB de mante-los operando, porque está sisma minha:

Porque até a uns dosia anos atrás o EB tinha quase a metade da frota de panteras no saco, porque não tinha recursos para efetuar o IRAN destas aeronaves, precisou o GF aportar o din din nesta modernização que está em curso junto com a inspeção geral, e olhe bem Lima, estamos falando do Panther, um heli facilzinho de manter com peça no mercado a dar com pau.
Eu, na minha singela ignorância, penso que para se introduzir estes dois modelos na AV do EB seria necessário descartar do inventário dois modelos, o BH, pelo pequeno número de células e o SP, ficando os Esquilo/Fennec, Pantera, EC 725, Chinook e o Heli de ataque.

Grande abraço




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Re: Aviação do Exército

#2119 Mensagem por Carlos Lima » Qui Jan 08, 2015 3:54 am

juarez castro escreveu:Lima, as tuas colocações tem procedência, ahh, o que mais preocupa nisto, incluindo aía possível compra dos Chinooks usados é a capacidade financeira do EB de mante-los operando, porque está sisma minha:

Porque até a uns dosia anos atrás o EB tinha quase a metade da frota de panteras no saco, porque não tinha recursos para efetuar o IRAN destas aeronaves, precisou o GF aportar o din din nesta modernização que está em curso junto com a inspeção geral, e olhe bem Lima, estamos falando do Panther, um heli facilzinho de manter com peça no mercado a dar com pau.
Eu, na minha singela ignorância, penso que para se introduzir estes dois modelos na AV do EB seria necessário descartar do inventário dois modelos, o BH, pelo pequeno número de células e o SP, ficando os Esquilo/Fennec, Pantera, EC 725, Chinook e o Heli de ataque.

Grande abraço
Olá Juarez,

Concordo com você... acho que caso essa história de "Chinook" e "Helis de Ataque" tenham procedência, os Cougar e os BH deveriam dar adeus. Honestamente hoje com a vinda do "725" eu já acho que o BH já não tem tanto espaço no EB.

Quanto a falta de recursos, realmente é uma praga que assola as nossas FAs desde sempre... Esse é um problema que tem muito pouco a ver com que heli venhamos a operar, sendo caro ou 'barato'.

O EB com Pantera/Esquilo (ou um outro heli para treinamento) EC-725, Chinooks e Helis de Ataque não seria nada mal mesmo! :)

[]s
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Re: Aviação do Exército

#2120 Mensagem por gabriel219 » Qui Jan 08, 2015 6:41 am

Sinceramente, a melhor opção, analisando apenas a aeronave, é o Mi-28. É o mais bem armado de todos, podendo carregar 16 mísseis 9M120 ou 12 9K114, sem contar que tem o canhão mais poderoso dentre os helicópteros, com canhão 2A42 30x165 mm (contando com APFSDS e desenvolvimento de munição ABM) e foguetes 80 mm. Possui a melhor blindagem dentre os concorrentes, com seu ponto mais fraco resistindo a munição 14.5 x 114 mm AP e seu mais forte resistindo a 37 mm.

Fora tudo isso, é barato e pelo preço de alguns, pode até se comprar mais do mesmo.

Tirando o Mi-28N, o Mangusta é meu outro favorito, principalmente a parte de fabricação nacional, se tiver em pauta.

Abs.




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Re: Aviação do Exército

#2121 Mensagem por Marechal-do-ar » Qui Jan 08, 2015 7:14 am

gabriel219 escreveu:Fora tudo isso, é barato e pelo preço de alguns, pode até se comprar mais do mesmo.
E continuam repetindo esse argumento... Como outro forista já mencionou, é muito improvável que um helicóptero com o dobro do peso, mais que o dobro da potência e tudo mais seja mais tão barato que os outros, e, mesmo que o custo de aquisição seja similar, ainda tem a questão da manutenção, pesando o dobro vai o dobro do combustível, não que não vale a pena, o Mi-28 é, provavelmente, o melhor dos helicópteros de ataque citados na concorrência, sem precisar de falsos argumentos a favor dele.

Após uma pesquisa por fontes obscuras e poucos confiáveis achei alguns valores:
Tiger: US$ 36 milhões
A129: US$ 22 milhões
AH1Z: US$ 26 milhões
Mi 28: US$ 30 milhões

Não posso confirmar a veracidade dos valores mas me parecem bem mais realistas que alguns dos chutes por ai.
Carlos Lima escreveu:O Mi35 não é uma boa aeronave para o EB porque o EB tem o Pantera, EC-725, BHawk e a idéia de usar uma aeronave como o Mi35 para pegar 3, 4 pessoas aqui e ali seria totalmente subutilizada (essa idéia tem muito mais a ver com C-Sar).
O estranho é, por que a FAB aceitou o Mi 35 ao invés do Mi 28? Se o país vai acabar usando os dois faria muito mais sentido a FAB com o Mi 28 e o EB com Mi 35, e apesar do EB ter outros helicópteros de transporte de tropas outro forista comentou que são insuficientes e preferiria mais ao invés de helis de ataque.

Não estou tão certo de que o conceito de um helicóptero de ataque que transporta tropas seja o ideal, no fim, ele fica vulnerável no desembarque, mas a FAB ficou com ele, por que? E mesmo que fosse uma compra política, um pedido como "hei, pode trocar pelo Mi 28?" seria ouvido.

O que mais me preocupa é que tenho a impressão de que o que incomodou o EB foi o manual em cirílico, ficaria muito aliviado em saber se tem uma razão técnica e sem tem, saber qual, de resto, saber essa razão também poderia apontar para o que o EB procura em um helicóptero de ataque e, assim, saber o favorito.




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Re: Aviação do Exército

#2122 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jan 08, 2015 12:06 pm

Marechal-do-ar escreveu:
gabriel219 escreveu:Fora tudo isso, é barato e pelo preço de alguns, pode até se comprar mais do mesmo.
E continuam repetindo esse argumento... Como outro forista já mencionou, é muito improvável que um helicóptero com o dobro do peso, mais que o dobro da potência e tudo mais seja mais tão barato que os outros, e, mesmo que o custo de aquisição seja similar, ainda tem a questão da manutenção, pesando o dobro vai o dobro do combustível, não que não vale a pena, o Mi-28 é, provavelmente, o melhor dos helicópteros de ataque citados na concorrência, sem precisar de falsos argumentos a favor dele.

Após uma pesquisa por fontes obscuras e poucos confiáveis achei alguns valores:
Tiger: US$ 36 milhões
A129: US$ 22 milhões
AH1Z: US$ 26 milhões
Mi 28: US$ 30 milhões

Não posso confirmar a veracidade dos valores mas me parecem bem mais realistas que alguns dos chutes por ai.
Carlos Lima escreveu:O Mi35 não é uma boa aeronave para o EB porque o EB tem o Pantera, EC-725, BHawk e a idéia de usar uma aeronave como o Mi35 para pegar 3, 4 pessoas aqui e ali seria totalmente subutilizada (essa idéia tem muito mais a ver com C-Sar).
O estranho é, por que a FAB aceitou o Mi 35 ao invés do Mi 28? Se o país vai acabar usando os dois faria muito mais sentido a FAB com o Mi 28 e o EB com Mi 35, e apesar do EB ter outros helicópteros de transporte de tropas outro forista comentou que são insuficientes e preferiria mais ao invés de helis de ataque.

Não estou tão certo de que o conceito de um helicóptero de ataque que transporta tropas seja o ideal, no fim, ele fica vulnerável no desembarque, mas a FAB ficou com ele, por que? E mesmo que fosse uma compra política, um pedido como "hei, pode trocar pelo Mi 28?" seria ouvido.

O que mais me preocupa é que tenho a impressão de que o que incomodou o EB foi o manual em cirílico, ficaria muito aliviado em saber se tem uma razão técnica e sem tem, saber qual, de resto, saber essa razão também poderia apontar para o que o EB procura em um helicóptero de ataque e, assim, saber o favorito.
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Desculpe a risada, mas os valores dos 4 helicópteros que você diz FONTES OBSCURAS, os 3 ocidentais você achou o MESMO valor que está na wikipedia.
Mas cometeu 2 falhas, o do Tiger o valor está em EUROS, que convertendo para dólares deixará de ser 36 mi e passará para U$ 42,4 mi.
O do AH-1Z o valor citado no wikipedia diz entre U$ 27 e U$ 31, sendo 27 valor de 2010 e 31 valor de 2011. Seria mais conveniente utilizar o valor mais atual. :wink:
Mas o valor citado do Mi-28 no wikipedia é de U$16 à U$18 mi, valores de 2002. Curiosamente, suas fontes 'obscuras' decidiram utilizar os menores valores encontrados para os helicópteros ocidentais e os maiores para o Mi-28

Lembre-se que AGORA o rublo está valendo menos, e consequentemente fica MAIS BARATO os equipamentos militares russos para uma aquisição em dólares.

Na matéria escrita no poder aéreo pelo Roberto Lopes, ele cita valores pesquisados por ele:
Mi-28: U$ 16,8 à U$ 18 mi
Ka-52: U$ 29 à U$ 32 mi
Mangusta: U$ 43 à U$ 63mi
Tiger: U$ 50 mi (versão que interessaria no comparativo).

Acho que não é justo comparar o valor de um equipamento PELADO, citado no wikipedia e de outro equipamento buscar um valor de CONTRATO (que incluiria treinamento, sobressalentes, tot, etc.)




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Re: Aviação do Exército

#2123 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jan 08, 2015 12:24 pm

Como outro forista já mencionou, é muito improvável que um helicóptero com o dobro do peso, mais que o dobro da potência e tudo mais seja mais tão barato que os outros, e, mesmo que o custo de aquisição seja similar, ainda tem a questão da manutenção, pesando o dobro vai o dobro do combustível, não que não vale a pena, o Mi-28 é, provavelmente, o melhor dos helicópteros de ataque citados na concorrência, sem precisar de falsos argumentos a favor dele.
Marechal,

apenas para dar outro exemplo:

Brasil --> Gripen NG --> MTOW 16,5T --> Potência 10 T/F --> 36 unidades --> U$ 5,4 bi --> U$ 152 mi unitário
Venezuela --> Su-30MK --> MTOW 34,5T --> Potência 25 T/F --> 24 unidades --> U$ 1,56 --> U$ 65 mi unitário

Quanto você acha que custaria um Su-35S hoje???

Mais caro que o Gripen???

O Su-35 é 3x mais potente, leva quase 4x mais combustível e pesa mais que o dobro.
Você acha que o Su-35 custaria 2 ou 3x mais caro que o Gripen???
Eu acho bem provável que custe MAIS BARATO.




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Re: Aviação do Exército

#2124 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jan 08, 2015 12:25 pm

Pesquisei no wikipedia em RUSSO e o valor do Mi-28 é de U$ 24 mi (valor de 2013)
Mais atualizado que o wikipedie em inglês que menciona entre U$ 16 e U$ 18 mi (valores de 2002).




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Re: Aviação do Exército

#2125 Mensagem por Lucas Lasota » Qui Jan 08, 2015 12:51 pm

Luís Henrique escreveu:
Como outro forista já mencionou, é muito improvável que um helicóptero com o dobro do peso, mais que o dobro da potência e tudo mais seja mais tão barato que os outros, e, mesmo que o custo de aquisição seja similar, ainda tem a questão da manutenção, pesando o dobro vai o dobro do combustível, não que não vale a pena, o Mi-28 é, provavelmente, o melhor dos helicópteros de ataque citados na concorrência, sem precisar de falsos argumentos a favor dele.
Marechal,

apenas para dar outro exemplo:

Brasil --> Gripen NG --> MTOW 16,5T --> Potência 10 T/F --> 36 unidades --> U$ 5,4 bi --> U$ 152 mi unitário
Venezuela --> Su-30MK --> MTOW 34,5T --> Potência 25 T/F --> 24 unidades --> U$ 1,56 --> U$ 65 mi unitário

Quanto você acha que custaria um Su-35S hoje???

Mais caro que o Gripen???

O Su-35 é 3x mais potente, leva quase 4x mais combustível e pesa mais que o dobro.
Você acha que o Su-35 custaria 2 ou 3x mais caro que o Gripen???
Eu acho bem provável que custe MAIS BARATO.
A ideia que o Marechal defende sobre o meu argumento citado é que os preços divulgados pelos diversos meios são de difícil quantificação para nós, meros entusiastas do setor. Por mais que existam inúmeras fontes obscuras ou não que tratam do valor unitário ou dentro de um determinado programa dos diversos equipamentos - no caso o Mi-28 -, a dificuldade de quantificar o preço advém principalmente de dois parâmetros:

a) Variáveis contratuais. Podem englobar armamentos, treinamento e equipamentos táticos ou de manuntenção, bem como acordos de contrapartidas (offsets);
b) Segredo comercial-estratégico. Pode acontecer que tanto o fabricante, por razões de segredo industrial ou de concorrência, ou o Estado comprador, por razões estratégicas, não queiram revelar o valor unitário de determinado equipamento. A fim de transparência administrativa, citam-se os valores totais dos contratos, mas dificilmente encontra-se informações fiáveis sobre a distribuição quantitativa dos recursos envolvidos.

Todas as informações que o amigo tem trazido a partir de variadas fontes (incluindo a dos caças) são interessantes, mas provavelmente referem-se a um valor que infelizmente pouca importância terá para um possível contrato conosco, justamente por não determinar os verdadeiros parâmetros de definição do preço.

Ou seja, tendo em vista a dificuldade de quantificar o valor intrínseco dos helicópteros, em especial o Mi-28, esse argumento de que ele é mais barato - pelo menos ao nível de informação que nós foristas podemos alcançar, é inócuo.

Apenas para enriquecer o debate, a dificuldade sobre a quantificação do preço de produção ou comercial passa por considerações até mesmo geopolíticas. De uma fonte russa podemos ler:
A fama de que a Rússia vendia barato suas armas ficou no passado. A altíssima inflação e os crescentes custos de produção influenciaram decisivamente para o crescimento sem precedentes dos preços dos armamentos. (...) Vale ressaltar que uma prática comum ao fortalecimento das exportações realizada por outros países, que é a compra de sua própria produção, não é observada no mercado russo. Geralmente, o melhor demonstrativo da qualidade de um produto é a sua adoção pelas forças armadas do seu país de origem. Entretanto, as compras realizadas nos últimos quatro ou cinco anos pelo Ministério da Defesa russo não têm apresentado resultados positivos nesse sentido. A Rússia decidiu adquirir quase 300 exemplares do caça Su-30 MKI no ano de 2012 que foram já comprados pela Índia, Malásia e Argélia desde 1996 . Por outro lado, 48 unidades do novíssimo caça SU-35 comprados pela Força Aérea russa ainda não foram vendidos ao exterior. Sendo assim, realmente (e não apenas formalmente, como afirmam os EUA e seus aliados), a soberania da Rússia no cenário internacional tem se mostrado o principal incentivo e fomento às vendas de produtos de defesa a países estrangeiros.
http://br.rbth.com/ciencia/2014/07/25/p ... 26623.html




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Re: Aviação do Exército

#2126 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jan 08, 2015 2:21 pm

Lucas, você tem razão em partes e não no todo.

Não conseguimos determinar valores com exatidão, mas através dos valores divulgados na internet tanto de valores unitários como de contratos, conseguimos AO MENOS ter uma IDEIA APROXIMADA de valores.

E os russos possuem sim equipamentos mais baratos que os análogos europeus e americanos na grande maioria dos casos.
Isto se deve porque os russos possuem mão-de-obra mais barata, moeda menos valorizada e empresas estatais no setor de defesa que são menos gananciosas que as empresas privadas americanas e europeias.

A ideia levantada por dois colegas foristas que devido à potência maior e ao peso maior o helicóptero russo não poderia custar mais barato NÃO TEM LÓGICA NENHUMA.
Teria lógica se fosse produto similar do MESMO FORNECEDOR (país e empresa).

E eu já dei alguns exemplos e posso dar outros:

Su-34 --> MTOW 45T --> Valor unitário U$ 32 mi.
Qualquer caça ocidental BEM MAIS LEVE que o Su-34 custa mais caro.

SSBN Borei Class
Submarino Nuclear Lançador de Mísseis Balísticos
Valor unitário: U$ 780 mi
Deslocamento do MONSTRO: 24.000 t (11 x o deslocamento do SBR)

SBR (Scorpene)
Submarino Diesel Elétrico
Valor unitário: U$ 825 mi
Deslocamento do pequeno: 2.200 T

AN-124 Maior que o C-17 e qualquer outro avião militar ocidental
Capacidade: 150 T (2x o que leva o C-17 e 4x o que leva o A-400)
Preço: U$ 100 mi

C-17 Globemaster3
Capacidade: 77,5T
Preço: U$ 218 mi (preço de 2007)

A-400
Capacidade: 37T
Preço: U$ 180 mi




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Re: Aviação do Exército

#2127 Mensagem por Duka » Qui Jan 08, 2015 3:10 pm

Pessoal, parem de se enganar com essas histórias de que tudo que é russo, como que por milagre econômico, é absurdamente mais barato...

Cada MI-35 da FAB custou mais de 30 milhões de dólares (no pacote completo). Alguém acha que um MI-28, muito mais complexo, sairia mais barato?

Fonte: http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... de-MI-35M/




Abraços
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Re: Aviação do Exército

#2128 Mensagem por gabriel219 » Qui Jan 08, 2015 3:23 pm

Amigo Duka, o que estamos falando é da aeronave pelada e não com variáveis contratuais, que tem o nome de variáveis por óbvio motivo.

Se colocar armamentos, vai ser um preço, se colocar tudo o que tem direito, inclusive fabricação e manutenção nacional, por via de fábrica (isso contaria a favor do Mi-28, já que ajudaria o AH-2 nisso e ambos compartilham a maioria das peças, inclusive o motor) com fabricação de munições é outro preço.

O Mi-28N é mais barato que os ocidentais no custo unitário. Não estamos falando sobre custo de contrato ou custo de manutenção. Se o EB colocou o Mi-28N na lista, que inclusive faz um bom tempo que o EB olha pro Mi-28N, desde que fecharam contrato com os AH-2 nossos, é porque vaibter dinheiro para opera-lo.

Não é absurdamente mais barato, mas com o custo dele, dá para fazer um contrato muito mais amplo com o preço total unitário de outros, como o do Tiger.

Abs.
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Re: Aviação do Exército

#2129 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jan 08, 2015 4:04 pm

Duka escreveu:Pessoal, parem de se enganar com essas histórias de que tudo que é russo, como que por milagre econômico, é absurdamente mais barato...

Cada MI-35 da FAB custou mais de 30 milhões de dólares (no pacote completo). Alguém acha que um MI-28, muito mais complexo, sairia mais barato?

Fonte: http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... de-MI-35M/
E você acha que um contrato com uma empresa ocidental o valor seria estes postados pelo colega Lucas?

O que não é JUSTO é comparar o valor PELADO dos helicópteros americanos e europeus com o valor do helicóptero russo COMPLETO.
AI é complicado. :?




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Re: Aviação do Exército

#2130 Mensagem por Lucas Lasota » Qui Jan 08, 2015 5:04 pm

O Mi-28N é mais barato que os ocidentais no custo unitário.
E você acha que um contrato com uma empresa ocidental o valor seria estes postados pelo colega Lucas?

O que não é JUSTO é comparar o valor PELADO dos helicópteros americanos e europeus com o valor do helicóptero russo COMPLETO.
AI é complicado. :?
Luís, primeiramente muito obrigado pela deferência em ler meus argumentos.

O que o colegas estão propondo - a afirmação que o Mi-28 tem um custo unitário menor do que seus concorrentes, não obstante as suas características técnicas superiores, é improvável e não-verificável.

a) Improvável porque os colegas não consideram a atual organização econômica-empresarial das fabricantes russas de produtos de defesa e b) não-verificável porque estão trazendo diversos números de fontes indiretas (não-correlatas com os envolvidos nos negócios) e sob alegação de que se referem às unidades per si, não agregando outros elementos contratuais.

a) Depois da queda da URSS, o paradigma estrutural da economia russa é a de mercado. Ou seja, lá são vigentes as mesmas teorias microeconômicas de organização da atividade produtiva, em especial o cálculo na margem. O lucro pretendido e perseguido pelos produtores russos são estruturados da mesma forma do que no Ocidente. (http://www.eco.unicamp.br/docprod/downa ... d=105&tp=a p.3 e http://repositorio.ipea.gov.br/bitstrea ... D_1963.pdf p. 23)

A Russian Helicopters é uma empresa privada de capital acionário aberto. O único contato com o Estado russo é através da Rosoboronoexport, uma agência mediadora de exportação. Portanto, é bem provável que a sua organização produtiva tenha por base a ortodoxia econômica capitalista liberal mormente devido à prestação de contas aos investidores privados. (http://www.russianhelicopters.aero/en/investors/). Aliás, ser uma empresa estatal não é garantia de produtos mais baratos ou mais competitivos.

O contexto administrativo-econômico que a Rússia se insere não invalida o que os colegas afirmam em relação às características técnicas do Mi-28, mas levanta sérias dúvidas quanto ao menor custo unitário tão propagado aqui e alhures. Se a empresa deve produzir na margem utilizando os melhores equipamentos do mercado mundial, como consegue o custo mais baixo? Já vimos que a "ganância" é a mesma do Ocidente. Mão de obra mais barata e desvalorização da moeda? Então como se explica os altíssimos salários de Moscou após a grande evasão de cérebros que a oferta de profissionais altamente qualificados e aumentou drasticamente os salários reais? (http://www.wsws.org/pt/2005/jun2005/port-j07.shtml e http://repositorio.ipea.gov.br/bitstrea ... D_1963.pdf p. 14)

b) Todas as informações sobre preço unitário que os colegas trazem perpetuam imprecisões valorativas que diversos meios propagam. Talvez a única maneira de se saber ao certo o quanto custa produzir uma "unidade pelada" de Mi-28 é tendo acesso total a um contrato de fornecimento. Fora isso é especulação. Repito, a nosso nível de discussão não há parâmetro de verificação do custo unitário, todos os valores apresentados pelos colegas não são passíveis de verificação. O cálculo de um contrato de fornecimento é complexo e envolve diversas variantes. Neste exemplo, vemos discrepâncias profunda de preços entre helicópteros de ataque e transporte:
Em concorrências internacionais equipamentos russos também foram derrotados, por exemplo: na aquisição de 22 unidades do helicóptero de ataque AH-64D Apache, produzido pela norte-americana Boeing, com valor aproximado de US$ 600 milhões, em detrimento do modelo Mi-28N, da empresa russa Mil (RIA Novosti, 2011); na aquisição de quinze helicópteros de transporte CH-47F Chinook, também da Boeing, em um negócio de US$ 1,4 bilhão, derrotando o modelo Mi-26T2, igualmente produzido pela Mil (RIA Novosti, 2011); e na aquisição de seis aeronaves de transporte e reabastecimento Airbus A330, no valor aproximado de € 1 bilhão, vencendo o modelo russo Ilyushin Il-78MK (Airbus Military, 2013).o governo dos Estados Unidos possui acordos para a aquisição de armamentos russos, destacando-se a compra de 21 helicópteros Mil Mi-17V5 em 2011, entregues para as Forças Armadas do Afeganistão, em um contrato com valor aproximado de US$ 900 milhões (Jane’s, 2013c). (...) (http://repositorio.ipea.gov.br/bitstrea ... D_1963.pdf p.28)

Apenas quero frisar o já dito pelo colega Marechal: as qualidades do Mi-28 falam por si só e as afirmações a respeito de preço ("unitário", "pelado", "sem variedades contratuais", etc.) como quesito comparativo superior são de caráter subjetivo não-verificável .




Editado pela última vez por Lucas Lasota em Sex Jan 09, 2015 4:52 am, em um total de 1 vez.
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