Legal meu amigo mmatuso, obrigado pela oportunidade do debate.
Continuando
Citei o caso iraniano, pelo fato de que eles conseguem fazer com que as aeronaves americanas voem, com um embargo que já vem desde de 1979. Penso que isto é uma façanha incrível e uma demonstração de como uma séria restrição pode ser superada.
Olha com relação ao F5 eu era totalmente contra o up-grade, mas não sou brigadeiro e não apito nada, na minha modesta opinião deveria ter se partido para o F16 usado, que é o Fusca dos caças e então realizar um up-grade da Elbit na plataforma superior que seria a do caça F16.
Voltando para as aeronaves vermelhas, veja não disse que um caça russo dura menos que um caça norte americano. De forma nenhuma não é isso, o que eu disse é que a vida útil de muitos componentes são menores, mas veja bem, são componentes substituíveis.
O porque disto, vou tentar exemplificar, com a imagem de um jipe jipe militar básico. Estou falando de forma hipotética: No modelo norte americano a correia dentada do motor, tem uma vida útil de no minimo de digamos 50000 km e tem um custo em dólares elevado. Já o russo tem uma correia com a metade da vida útil e um custo menor. A lógica russa é a seguinte, que em um grande conflito um jipe não irá rodar 50000 km sem sofrer danos ou ser destruído, então a grande vida útil do componente se torna irrelevante. No caso dos caças, quando uma turbina de caça soviético atingia a vida útil eles simplesmente trocavam a turbina inteira por uma outra nova e devolviam a usada para o fabricante. Por que eles tinham um monte de componentes.
Então com a manutenção adequada, um caça da era soviética, vai durar tanto quanto o seu equivalente ocidental. Aliás as aeronaves russas eram muito mais robustas. Existe uma história ou estória, que um piloto hindu, na frente dos seus congeneres ocidentais, se exibiu fazendo barra usando o tubo pitot de Sukhoi Su 7, tamanha a resistência do componente.
Sobre fontes bem tenho bastante material antigo sobre aeronaútica, mas não sei se pode ser considerado válido e também o acesso não está fácil, somente recordo de um livro datado do ano de 1982, publicado no Brasil pela editora Record, de autoria de um russo Viktor Suvorov, com o título “O Exército Soviético por dentro”, que contem alguns pensamentos russos.
Falando da Venezuela, bem claro que deve ter alguns Sukhoi voando, pois não é possível que tudo esteja parado, mas que com a quantidade enorme de equipamento russo e chinês comprado em massa com custo bem alto, acredito que não sobrou dólares para que eles invistam em parques de manutenção, treinamento, ferramental, estoques de peças de reposição.
Devo lembrar que países como Líbia e Iraque compravam quantidades imensas de equipamento militar e tinham também quantidades imensas de equipamentos parados. Muitas vezes um carro de combate ficava imóvel somente porque faltava uma peça x e como os componentes demoravam para chegar aí começava o canabalismo que ia deixando um monte de carcaças irrecuperáveis nas bases.
Então com base no acima exposto e como a Venezuela também não possui parque industrial para nacionalizar componentes, acredito que a operacionalidade deles vai diminuir a cada ano a partir da data da aquisição dos armamentos. Vou além acredito que seja mais fácil manter um F16, porque tem muito mais peças no mundo que podem ser contrabandeadas e diversos fornecedores e empresas que fornecem manutenção. É igual ter uma moto Honda e ter uma outra mais barata e com componentes de menor vida útil e de difícil acesso. Novamente qual a pior, depende se você tiver os componentes em abundância e realizar a manutenção programada as duas vão andar do mesmo jeito. Mas se você tiver que usar peças não originais. Você vai preferir a Honda.
Quanto a comprar ou não equipamento russo, não vejo nada que impossibilite, mas ressalto que a Rússia passa por sérias crise econômica e política, sendo bem possível conseguir bons preços, mas o depois da compra, somente o futuro poderá dizer. Então quem for adquirir um sistema russo deve estar bem preparado, devendo como já mencionei estar bem calçado em termos de apoio logístico.
Seja lá qual for o escolhido, melhor ter qualquer um deles do que não ter nenhum.
Volto a afirmar sou um fã de tudo da era soviética. Aliás tem um site de um forista
www.areamilitar.net, que o colega adora expor as fraquezas dos equipamentos russos. Talvez lá você encontre outras curiosidades.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.