PF apreende documentos com estratégias para anular a Operação Lava -Jato
Manuscrito estava na casa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa
POR CLEIDE CARVALHO, ENVIADA ESPECIAL
12/12/2014 10:40 / ATUALIZADO 12/12/2014 11:55
CURITIBA - A Polícia Federal apreendeu na residência do presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, seis páginas de anotações manuscritas com estratégias das empreiteiras para anular a Operação Lava-Jato. Nas anotações constam metas de um “Projeto Tojal” ao custo total de R$ 3,5 milhões. Entre os pontos mencionados estavam trechos como “trazer a investigação para o STF”, “estudar o acordo”, “fragilizar” ou “eliminar” as colaborações premiadas firmadas e “campanha na imprensa para mudar a opinião pública” .
As informações fazem parte da denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Ricardo Pessoa e dirigentes da empreiteira Camargo Corrêa, que estão entre as 36 pessoas acusadas na primeira remessa de denúncias dos crimes envolvendo a Petrobras que foram encaminhadas à Justiça Federal do Paraná. O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, decidirá sobre as denúncias. Se aceitá-las, os denunciados passam a ser réus.
De acordo com o MPF, na casa de Pessoa havia também documentos de transferência de dinheiro para a offshore RFY Import e Export, uma das offshores usadas pelo doleiro Alberto Youssef.
Em depoimento à Polícia Federal, Pessoa admitiu que pagou R$ 2,4 milhões em dois contratos de consultoria à empresa D3TM, que pertence ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. A PF suspeita que esses contratos eram mais um dos que serviam para dar aparência de legitimidade ao recebimento de propina, como os já encontrados e firmados entre empreiteiras e quatro empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef. A D3TM ainda e Duque ainda estão sob investigação.
http://oglobo.globo.com/brasil/pf-apree ... =O%20Globo
NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Dá-lhe, PF...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ela é bonitinha, mas quando abre a boca .... hummmmm !Bourne escreveu:Pare!!! A pauta é sobre os delírios bolsonarianos. ofendido ou não, um deputado não pode responder e se comportar desse jeito. É uma vergonha para qualquer partido ou movimento de suposta direita responder assim. Porém, pelo que vi na minha time line no facebook, um monte de bolsonaretes por aí adorou. Ou seja, o show funcionou.
Vou mandar um vídeos do Roberto Campos e livros do Eugênio Gudin para ver se pessoal aprende a ser de direita. Sobretudo, como se comportar, argumentar e posicionar com elegência e firmeza, sem ser burro.
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A questão não é a beleza, cabelos loiros e olhos azuis, esse nariz avantajado e sedutor de uma vivida. O mais importante que indica que tem porte. Provando que para muitas mulheres o tempo tem um efeito positivo. Por sinal, seduzia, ligava de novo e ainda levava para jantar, no shopping, no parque e onde ela quiser.
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
NettoBR escreveu:Dá-lhe, PF...
Impressionante a corja de bandidos que lideram esse País ... quando nos livraremos disso ????Quiron escreveu:
PF apreende documentos com estratégias para anular a Operação Lava -Jato
Manuscrito estava na casa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa
POR CLEIDE CARVALHO, ENVIADA ESPECIAL
12/12/2014 10:40 / ATUALIZADO 12/12/2014 11:55
CURITIBA - A Polícia Federal apreendeu na residência do presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, seis páginas de anotações manuscritas com estratégias das empreiteiras para anular a Operação Lava-Jato. Nas anotações constam metas de um “Projeto Tojal” ao custo total de R$ 3,5 milhões. Entre os pontos mencionados estavam trechos como “trazer a investigação para o STF”, “estudar o acordo”, “fragilizar” ou “eliminar” as colaborações premiadas firmadas e “campanha na imprensa para mudar a opinião pública” .
As informações fazem parte da denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Ricardo Pessoa e dirigentes da empreiteira Camargo Corrêa, que estão entre as 36 pessoas acusadas na primeira remessa de denúncias dos crimes envolvendo a Petrobras que foram encaminhadas à Justiça Federal do Paraná. O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, decidirá sobre as denúncias. Se aceitá-las, os denunciados passam a ser réus.
De acordo com o MPF, na casa de Pessoa havia também documentos de transferência de dinheiro para a offshore RFY Import e Export, uma das offshores usadas pelo doleiro Alberto Youssef.
Em depoimento à Polícia Federal, Pessoa admitiu que pagou R$ 2,4 milhões em dois contratos de consultoria à empresa D3TM, que pertence ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. A PF suspeita que esses contratos eram mais um dos que serviam para dar aparência de legitimidade ao recebimento de propina, como os já encontrados e firmados entre empreiteiras e quatro empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef. A D3TM ainda e Duque ainda estão sob investigação.
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Mas a PTezada, quer crucificar é o Bolsonaro ... a bandidada se sentirá mais segura, né Sr. Grep ?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
http://www.youtube.com/watch?v=H_gAKVeskPc
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Geleia geral brasileira.
Hegemonia pressupõe o contrário do que será o ministério de Dilma – e o que foi o ministério de Lula.
Ruy Fabiano - Blog do Noblat - 13/12/2014.
A reeleição, por motivos óbvios, dispensa os ritos de transição, em que um presidente passa a faixa a outro e equipes dos dois governos trocam informações para a sequência administrativa. Dilma, claro, não passará a faixa a Dilma.
Não obstante, o que se anuncia para seu próximo mandato, dada a mudança radical em postos-chaves do ministério – Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Industrial e Agricultura, já anunciados -, é como se outro partido o assumisse.
Sai o, digamos assim, heterodoxo Guido Mantega e entra o ortodoxo Joaquim Levy, discípulo de Armínio Fraga, o mesmo que a candidata Dilma satanizou, como inimigo dos pobres. Não se trata de cobrar coerência entre o que a candidata prometeu e o que a governante fará. Isso é inútil – e já foi feito.
Trata-se de saber como governará em tal ambiente, visto que as bases do PT já demonstraram que não aceitam a novidade.
A presidente, que não é exatamente um gênio político – nem sequer gosta da atividade -, terá que administrar um quadro esquizofrênico que exigiria uma habilidade de Talleyrand, que não tem.
De um lado, estão o mercado e a opinião conservadora, cuja expressão estatística já deu mostras de que não é pequena. De outra, a base ruidosa da militância de esquerda, que faz crer que é maior do que é. Essa base, a que faz coro o presidente do PT, Rui Falcão, empenhou-se em trocar a candidata por Lula no início da campanha. Não conseguindo, engoliu-a a força.
Ela quer de Dilma o que não está politicamente em condições de entregar. A censura à imprensa, por exemplo. E o plebiscito pela Constituinte exclusiva (como será isso?) para, nos termos da proposta do PT, tornar a “sociedade hegemônica”.
Hegemonia pressupõe o contrário do que será o ministério de Dilma – e o que foi o ministério de Lula. Supõe um governo uniforme, com discurso único, sob a égide uma mesma ideologia. O ministério Dilma é plural, vai da direita à esquerda, passando pelo centro, subsolo e sobreloja. É o que, em política, se chama de saco de gatos, de que o PMDB é símbolo.
Há dias, o ministro Gilberto Carvalho, indagado sobre a presença da senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, no futuro Ministério da Agricultura, disse não estar preocupado com quem comandará aquela pasta, mas com quem comandará o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Aquela, sim, é importante, na visão dele, pois é lá que se agregam o MST e os ativistas de esquerda que combatem o agronegócio. Uma pasta neutraliza a outra, é o que ficou implícito. Essa simples formulação vale um tratado a respeito do que têm sido os governos do PT, que, sob a mesma estrela vermelha, reúnem invasores e invadidos.
Funcionou até aqui, argumentam os petistas, mas (se é que funcionou) a pergunta é: até quando? A economia vai mal, os escândalos atingem níveis estratosféricos, a presidente tem dificuldades em completar a escalação do ministério, receosa de que algum escolhido seja citado na Operação Lava-Jato.
Sabe-se, por exemplo, que o ainda governador da Bahia, Jacques Wagner, será citado – e ele era cogitado para a Casa Civil da presidência. Quantos ministeriáveis constam da misteriosa lista, em parte já em mãos do ministro do STF, Teori Zavascki, relator da matéria? Por mais boa vontade que tenha em relação ao governo, não poderá retê-la por muito tempo. O processo é maior que ele.
E há ainda questões ideológicas delicadas. Não se trata do relatório da Comissão da Verdade, que nenhum efeito prático produzirá, mas de temas como os discutidos há uma semana na Unasul, uma espécie de sucursal do Foro de São Paulo, com a diferença de que reúne chefes de Estado e pode tomar decisões.
Entre as mencionadas na reunião de Bogotá, a que tiveram acesso apenas os países que integram o Foro, está a liberação do espaço aéreo dos países do continente, o passaporte único para os sul-americanos (sem distinção de nacionalidade) e a cooperação militar, com vistas a uma unificação futura.
São temas de extrema delicadeza e gravidade, pois envolvem a soberania e a segurança nacionais. Não foram debatidos nem com a população, nem com os setores diretamente envolvidos – as Forças Armadas. Mesmo num ambiente de euforia econômica e união nacional, são questões problemáticas. Num país pelo avesso, podem ser explosivos.
Eis, em síntese, a geleia geral brasileira, de que falava há quase um século o escritor Oswald de Andrade.
Hegemonia pressupõe o contrário do que será o ministério de Dilma – e o que foi o ministério de Lula.
Ruy Fabiano - Blog do Noblat - 13/12/2014.
A reeleição, por motivos óbvios, dispensa os ritos de transição, em que um presidente passa a faixa a outro e equipes dos dois governos trocam informações para a sequência administrativa. Dilma, claro, não passará a faixa a Dilma.
Não obstante, o que se anuncia para seu próximo mandato, dada a mudança radical em postos-chaves do ministério – Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Industrial e Agricultura, já anunciados -, é como se outro partido o assumisse.
Sai o, digamos assim, heterodoxo Guido Mantega e entra o ortodoxo Joaquim Levy, discípulo de Armínio Fraga, o mesmo que a candidata Dilma satanizou, como inimigo dos pobres. Não se trata de cobrar coerência entre o que a candidata prometeu e o que a governante fará. Isso é inútil – e já foi feito.
Trata-se de saber como governará em tal ambiente, visto que as bases do PT já demonstraram que não aceitam a novidade.
A presidente, que não é exatamente um gênio político – nem sequer gosta da atividade -, terá que administrar um quadro esquizofrênico que exigiria uma habilidade de Talleyrand, que não tem.
De um lado, estão o mercado e a opinião conservadora, cuja expressão estatística já deu mostras de que não é pequena. De outra, a base ruidosa da militância de esquerda, que faz crer que é maior do que é. Essa base, a que faz coro o presidente do PT, Rui Falcão, empenhou-se em trocar a candidata por Lula no início da campanha. Não conseguindo, engoliu-a a força.
Ela quer de Dilma o que não está politicamente em condições de entregar. A censura à imprensa, por exemplo. E o plebiscito pela Constituinte exclusiva (como será isso?) para, nos termos da proposta do PT, tornar a “sociedade hegemônica”.
Hegemonia pressupõe o contrário do que será o ministério de Dilma – e o que foi o ministério de Lula. Supõe um governo uniforme, com discurso único, sob a égide uma mesma ideologia. O ministério Dilma é plural, vai da direita à esquerda, passando pelo centro, subsolo e sobreloja. É o que, em política, se chama de saco de gatos, de que o PMDB é símbolo.
Há dias, o ministro Gilberto Carvalho, indagado sobre a presença da senadora Kátia Abreu, presidente da CNA, no futuro Ministério da Agricultura, disse não estar preocupado com quem comandará aquela pasta, mas com quem comandará o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Aquela, sim, é importante, na visão dele, pois é lá que se agregam o MST e os ativistas de esquerda que combatem o agronegócio. Uma pasta neutraliza a outra, é o que ficou implícito. Essa simples formulação vale um tratado a respeito do que têm sido os governos do PT, que, sob a mesma estrela vermelha, reúnem invasores e invadidos.
Funcionou até aqui, argumentam os petistas, mas (se é que funcionou) a pergunta é: até quando? A economia vai mal, os escândalos atingem níveis estratosféricos, a presidente tem dificuldades em completar a escalação do ministério, receosa de que algum escolhido seja citado na Operação Lava-Jato.
Sabe-se, por exemplo, que o ainda governador da Bahia, Jacques Wagner, será citado – e ele era cogitado para a Casa Civil da presidência. Quantos ministeriáveis constam da misteriosa lista, em parte já em mãos do ministro do STF, Teori Zavascki, relator da matéria? Por mais boa vontade que tenha em relação ao governo, não poderá retê-la por muito tempo. O processo é maior que ele.
E há ainda questões ideológicas delicadas. Não se trata do relatório da Comissão da Verdade, que nenhum efeito prático produzirá, mas de temas como os discutidos há uma semana na Unasul, uma espécie de sucursal do Foro de São Paulo, com a diferença de que reúne chefes de Estado e pode tomar decisões.
Entre as mencionadas na reunião de Bogotá, a que tiveram acesso apenas os países que integram o Foro, está a liberação do espaço aéreo dos países do continente, o passaporte único para os sul-americanos (sem distinção de nacionalidade) e a cooperação militar, com vistas a uma unificação futura.
São temas de extrema delicadeza e gravidade, pois envolvem a soberania e a segurança nacionais. Não foram debatidos nem com a população, nem com os setores diretamente envolvidos – as Forças Armadas. Mesmo num ambiente de euforia econômica e união nacional, são questões problemáticas. Num país pelo avesso, podem ser explosivos.
Eis, em síntese, a geleia geral brasileira, de que falava há quase um século o escritor Oswald de Andrade.
- J.Ricardo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
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- Bourne
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Sem entrar no mérito da imbecilidade da declaração dos dois e de quem construiu a comparação.
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Os PTistas, imprensa séria e esquerda oficial não gostam do Chiraldelli. Principalmente, depois que ele passou a criticar o governo e a revista oficial carta capital. As declações são fortes e as vezes passam da linhas, mas escreve bem e tem alguma coerência.
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Os PTistas, imprensa séria e esquerda oficial não gostam do Chiraldelli. Principalmente, depois que ele passou a criticar o governo e a revista oficial carta capital. As declações são fortes e as vezes passam da linhas, mas escreve bem e tem alguma coerência.
Direito ao ódio e às lantejoulas
Fonte http://ghiraldelli.pro.br/direito-ao-od ... ntejoulas/
O ódio de professores de filosofia, jornalistas e partidos. Bom mocismo com raiva olhando a cauda do outro.
A disputa sobre quem tem mais ódio na política é uma daquelas que não vale a pena instituir. E quando ela resvala em professores de filosofia metidos a jornalistas, a coisa parece ficar ainda pior do que quando é só o diabo que a encomenda.
Quando escrevia no Estadão, um dia Renato Janine Ribeiro, professor de ética, ligou para a redação para pedir a minha cabeça. Ele era meu amigo! Naquela época ele estava junto do governo, na CAPES. Namorava o PT. Apoiou o PT mesmo no episódio do “mensalão”. Então fez o que fez! Agora, em matéria da Carta Capital, revista francamente petista, ele diz que o PSDB está se atrelando ao grupo do ódio que existe entre os seus eleitores. Ao falar isso, parece querer deixar no limbo o quanto o PT gera de ódio. Quem viu o que meu amigo Luís Eduardo Soares passou nessa campanha última, sabe disso. Aliás, quem viu o Lobão discursar viu que ele, na extrema direita, atacou a Globo e a Folha de S. Paulo igualzinho fizeram os petistas no dia da comemoração da vitória de Dilma.
Esse ódio petista já foi enumerado por muitos. Recentemente outro professor de filosofia, Luiz Felipe Pondé fez isso na Folha de São Paulo. Infelizmente assim agiu para fugir da própria filosofia e despejar o seu próprio ódio pessoal, de perdedor de eleição, contra até mesmo os bons projetos de Dilma – inclusive e estranhamente a proposta de diálogo com a oposição, lançada pela Presidente. Aliás, nessa linha, mas com menos raiva, outro professor de filosofia, o Vladimir Safatle, também se insurgiu contra o diálogo proposto por Dilma, também em artigo da Folha de S. Paulo. Os professores de filosofia não gostam de conversar. Estranho não?
Estranho que a filosofia não consiga deter os professores de filosofia! Eles se tornam pessoas frágeis ao agirem assim, na denúncia contra o ódio do outro sem ver o seu próprio, ou então na denúncia da raposice do outro sem ver a sua própria.
Como filósofo eu nunca advoguei o bom mocismo. Jamais peço de gente da academia que se pareça com os personagens Tico e Teco, com salamaleques e etiquetas desnecessárias. Dou-me o direito de dizer o que tenho de dizer, sem papas na língua. Sócrates vociferava e ironizava de modo ofensivo, até com palavras duras, verdadeiros xingamentos. Não é a polidez hipócrita que faz o filósofo. Agora, a falta de exame da própria cauda e a propensão a não dar crédito à análise que busca a objetividade (esse conceito não está em desuso, basta conotá-lo corretamente!) é o que não tem a ver com a filosofia. Não dá para puxar a brasa para a sardinha da esquerda ou da direita no Brasil, se pusermos respectivamente PT e PSDB nesse espectro, e alertar então para uma eleição do mais sacana. Dá empate. Nesse aspecto do ódio, ambos os partidos não valem o que comem. Basta estarem perdendo e fazem com que tudo que é feio e pouco produtivo para o Brasil venha à tona.
Quando os intelectuais não percebem isso e se engalfinham na defesa indefensável da postura acrítica, como esses moços aí acima estão fazendo, eles já estão fora da filosofia. Mas estão imersos na ideologia, ou seja, os partidos já os ganharam e os soterraram.
Esses moços não fazem isso por dinheiro? Pouco importa, porque no limite outros próximos deles fazem – e como se aproveitam deles! Professor de filosofia usado por jornalista que ganha muito de partidos políticos e governos é o que não falta.
O governo de São Paulo, do PSDB, compra a revista Veja e a distribui nas escolas. Material didático? Não! Aquilo decididamente não é uma revista informativa. Faz tempo que não é. Mas e o governo federal? Ora, o governo nas mãos do PT paga Luiz Nassif (*) e outros para criar dossiês contra adversários e propagar nas redes sociais falso jornalismo. Tudo isso com o nosso dinheiro! E o mais terrível é que os grupos dirigentes dos dois partidos acreditam nas mentiras que eles pagam para serem publicadas e, não raro, criam políticas de acordo com tais mentiras. Dá nisso aí que temos: uma boa parte da intelectualidade envolvida em projetos de autoengano e uma boa parte das políticas voltadas para a construção de obras que não saem do papel, mas cujo papel nas agências de propaganda custa uma nota para o contribuinte. Só para se ter um exemplo: na época de Haddad no MEC o orçamento total da propaganda das obras ficou mais caro que as obras todas, e várias nunca vieram se concretizar!
Isso tudo feito em nome de combate ao ódio – o ódio que só o outro sente. Trata-se do ódio que agora os professores de filosofia travestidos de jornalistas estão disputando. Ao lado disso fica o Brasil e suas necessidades. Aliás, necessidades que não são tematizadas como importantes quando as eleições se tornam distantes.
A autêntica filosofia política tem de pensar para além dessa conversinha do ódio e para além dessa mania de achar que há um grupo social que pode destilar o ódio, que tem legitimidade para tal, e outro não. Todos podem odiar enquanto indivíduos, o que não se pode deixar acontecer é políticas de ódio institucionais, com seus ideólogos por aí, aqueles que sempre se dizem pacíficos porque são bons moços.
Paulo Ghiraldelli, 57, filósofo.
Nassif atacou minha esposa e eu, minha família toda, com mentiras. Isso por mando do PT, por causa de uma crítica minha a um artigo de Marilena Chauí, onde ela ironiza a dor dos familiares do acidente da TAM. Ele depois ficou com mais raiva ainda, quando mostrei para todos que ele era empregado do PT para fazer o serviço sujo. Que ele está a serviço do PT o próprio Rui Falcão confirmou em um Roda Viva.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ato em defesa da presidente Dilma Rousseff reúne 70 pessoas em São Paulo
Manifestação durou vinte minutos e contou com a participação de membros do diretório estadual do PT
POR RENATO ONOFRE
SÃO PAULO — Em meio a maior crise do primeiro governo, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) recebeu na tarde deste sábado o apoio de militantes petista na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo. Cerca de 70 pessoas se reuniram no vão livre do Masp e por 20 minutos discursaram a favor da presidente. O grupo também levou faixa em apoio a deputado federal Maria do Rosário (PT-RS) que na semana foi atacada verbalmente pelo também parlamentar Jair Bolsonoro (PP-RJ).
Os primeiros manifestantes chegaram por volta das 14, mas só às 15h30 ocorreram os discursos. Eles reafirmaram as bandeiras petistas a favor de uma constituinte exclusiva para a reforma política e repudiaram declarações recentes de Bolsonaro. Em discurso na Câmara, o deputado afirmou que não estupraria a parlamentar e ex-ministra Maria do Rosário porque ela "não merece".
O ato contou com a participação de membros do diretório paulista que tentam organizar uma grande caravana para ir a posse da presidente Dilma, em janeiro. De acordo com a Polícia Militar, o grupo não chegou a fechar a Avenida Paulista.
http://oglobo.globo.com/brasil/ato-em-d ... o-14829100
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Tigrada, a PF se mexia em tempos de antanho? Que eu saiba - por charlar com Colegas da Corporação - a coleira era BEM apertada e a corrente BEM curta (ou esqueceram do "cargo" de ENGAVETADOR-MOR da União?)...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Eu concordo Tulio, só acho que a PF hoje se mexe mais para botar para f@der o governo do que por "vontade politica das instituições para passar o Brasil a limpo". Porém, ai pouco importa, o fato é ..as coisas mudam, processos como esse que estamos vendo mudam a história de um pais.
abs
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