Operações Policiais e Militares
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- Renato Grilo
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Re: Operações Policiais e Militares
Tomara Glauber!
A resposta dos militares tem que ser estilo "Choque e Terror". Bom... apesar que a realidade da tropa no Rio de Janeiro pra mim, é uma coisa muito distante... estou no interior de SP e não consigo imaginar as dificuldades e desafios dos militares, com todas as limitações que são impostas.
Gostaria muito que vocês, que possuem muito mais vivência e conhecimento de causa, pudessem apresentar aqui, qual deve ser a postura e a atuação à partir de agora... Tanto para responder, como para "recuperar o respeito"
Se puderem me ajudar a compreender melhor, agradeço.
A resposta dos militares tem que ser estilo "Choque e Terror". Bom... apesar que a realidade da tropa no Rio de Janeiro pra mim, é uma coisa muito distante... estou no interior de SP e não consigo imaginar as dificuldades e desafios dos militares, com todas as limitações que são impostas.
Gostaria muito que vocês, que possuem muito mais vivência e conhecimento de causa, pudessem apresentar aqui, qual deve ser a postura e a atuação à partir de agora... Tanto para responder, como para "recuperar o respeito"
Se puderem me ajudar a compreender melhor, agradeço.
Brasil Acima de Tudo
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- Júnior
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Re: Operações Policiais e Militares
Triste mesmo isso, me informaram que os militares que '' pacificam '' os morros são orientados a não atirar caso recebam fogo de algum bandido. Eu já conheci um militar que ficou 2 meses nessa de pacificação, diz que é difícil. Na internet ta cheio de vídeo dos próprios moradores hostilizando os militares simplesmente por patrulharem a região.
A chave para vitoria é a persistência.
- Glauber Prestes
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Re: Operações Policiais e Militares
Choque e terror não é a resposta, porque se for assim a população não vai confiar no exército mesmo.
A resposta tem que ser silenciosa, de preferência direto de Goiânia.
A resposta tem que ser silenciosa, de preferência direto de Goiânia.
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- Renato Grilo
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- Júnior
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Re: Operações Policiais e Militares
Direto de Goiânia se refere em usar a 1º Brigada Forças Especiais ? Não é exagero
A chave para vitoria é a persistência.
- Renato Grilo
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Re: Operações Policiais e Militares
Quando eu digo Choque e terror... Quero dizer, igual quando foram atrás daqueles 10 fuzis...
Desembarca um mundo de militares e sufoca.... para que não fique sem resposta... e pensem 2x antes de se engajar em confronto com as FAs.
Desembarca um mundo de militares e sufoca.... para que não fique sem resposta... e pensem 2x antes de se engajar em confronto com as FAs.
Brasil Acima de Tudo
- Viktor Reznov
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Re: Operações Policiais e Militares
Tem que mudar o objetivo da missão de GLO pra combate a insurgência e empregar a 1ª Brigada de Operações Especiais.
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- Hermes
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Re: Operações Policiais e Militares
Um assunto que o Glauber falou é de suma importância e pouco discutido. Sempre que se vê a morte de um policial e no caso agora de um militar se fala em correr atrás, silenciar oposição, partir para cima, tocar o terror, etc, como se bandido morto não gerasse Inquérito Policial ou apuração do fato, até mesmo pelas entidades de Direitos dos Manos. Se esquece que quem estará fazendo isso está à revelia da lei e portanto sujeito á prisão e ser expulso de sua respectiva corporação, sem nenhum apoio do Estado, de suas corporações, da imprensa, dos políticos e até mesmo de quem faz esse tipo de incitação. O Ministério Público e a Justiça em momento algum vão perdoar o sujeito por que mataram um membro de sua corporação ou amigo em determinada favela. Às vezes se esquece que estamos no Brasil do século XXI, por bem ou por mal, mais por mal que por bem...mas a realidade é que esse tipo de revanche está cada vez mais raro e mais custoso para quem a promove. Isso à custa da vida de cada vez mais policiais e militares, infelizmente.Glauber Prestes escreveu:Os militares evitam ao máximo matar alguém na maré por um motivo muito simples: Abre-se um inquérito para cada morte, o que faz com que os militares fiquem com um, dois pés atrás... Mas relaxem, quem fez isso e todos os amiguinhos deles vão pagar...
...
- Viktor Reznov
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Re: Operações Policiais e Militares
Traduzindo em termos sucintos: regras de engajamento extremamente limitadas.Glauber Prestes escreveu:Os militares evitam ao máximo matar alguém na maré por um motivo muito simples: Abre-se um inquérito para cada morte, o que faz com que os militares fiquem com um, dois pés atrás... Mas relaxem, quem fez isso e todos os amiguinhos deles vão pagar...
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- Clermont
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Re: Operações Policiais e Militares
A única forma legítima de matar bandidos é durante um tiroteio. Mas, para isso, precisa-se de soldados capazes de abater seus alvos, de forma rápida e precisa. Se durante um engajamento, vários bandidos fossem mortos, sem baixas para as forças militares, isso desencorajaria os meliantes de realizar novos ataques. E como os vagabundos teriam tombado durante um entrevero claro, não haveria motivos para processos jurídicos, penso eu.Hermes escreveu:Um assunto que o Glauber falou é de suma importância e pouco discutido. Sempre que se vê a morte de um policial e no caso agora de um militar se fala em correr atrás, silenciar oposição, partir para cima, tocar o terror, etc, como se bandido morto não gerasse Inquérito Policial ou apuração do fato, até mesmo pelas entidades de Direitos dos Manos. Se esquece que quem estará fazendo isso está à revelia da lei e portanto sujeito á prisão e ser expulso de sua respectiva corporação,(...)
A pergunta é: o típico soldado de infantaria, de um batalhão comum, é capaz de executar esta função?
- wagnerm25
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Re: Operações Policiais e Militares
Pior ainda: ainda que um batalhão comum do exército liquidasse 10 traficantes, aqueles da pior espécie possível. Alguém acha que não seriam acusados de ter cometido um massacre contra um grupo de pessoas vítimas da opressão da sociedade? Frutos do status quo vigente? Produtos do neo-liberalismo selvagem Aecista do inferno?Clermont escreveu:A única forma legítima de matar bandidos é durante um tiroteio. Mas, para isso, precisa-se de soldados capazes de abater seus alvos, de forma rápida e precisa. Se durante um engajamento, vários bandidos fossem mortos, sem baixas para as forças militares, isso desencorajaria os meliantes de realizar novos ataques. E como os vagabundos teriam tombado durante um entrevero claro, não haveria motivos para processos jurídicos, penso eu.Hermes escreveu:Um assunto que o Glauber falou é de suma importância e pouco discutido. Sempre que se vê a morte de um policial e no caso agora de um militar se fala em correr atrás, silenciar oposição, partir para cima, tocar o terror, etc, como se bandido morto não gerasse Inquérito Policial ou apuração do fato, até mesmo pelas entidades de Direitos dos Manos. Se esquece que quem estará fazendo isso está à revelia da lei e portanto sujeito á prisão e ser expulso de sua respectiva corporação,(...)
A pergunta é: o típico soldado de infantaria, de um batalhão comum, é capaz de executar esta função?
O exército já entrou derrotado nessa missão.
- Hermes
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Re: Operações Policiais e Militares
Sempre haverão processos jurídicos, faz parte do ordenamento jurídico nacional, assim como cada corporação é obrigada a instaurar sindicância interna para apurar esses fatos, independente de se querer ou não. O que pode acontecer é o sujeito ficar um bom tempo pendurado respondendo a Inquérito ou sindicância, isso quando não é afastado do serviço e depois ser inocentado e ficar apenas como auto de resistência em sua ficha (existem algumas correntes dos direitos dos manos que querem eliminar a figura jurídica do auto de resistência e tratar mortes em confrontos como homicídio, mas esse é outro papo). O que acontece hoje é que toda ação da polícia ou das Forças Armadas é escrutinada por um sem número de ONGs e pessoas interessadas em denegrir a imagem de toda e qualquer operação em que resulte a morte de alguém de fora, (morte de policial não conta) além do que o Judiciário não costuma ser leniente, pois desde a faculdade os futuros juízes e promotores já tem incutido em suas cabeças que a polícia é má e elimina pobres cidadãos inocentes a toa. Assim, como disse o colega acima, as regras de engajamento são cada vez mais rígidas e para o Estado é muito melhor a morte de cem policiais, que não dá Ibope, do que a morte de dez bandidos, que dá manifestação, queima de ônibus, homenagens no Esquenta e discursos do Freixo. Infelizmente, devido a isso as forças de segurança ficam cada vez mais inibidas de agir e correndo cada vez mais riscos, mesmo diante de injustas agressões à bala por parte dos meliantes.Clermont escreveu:A única forma legítima de matar bandidos é durante um tiroteio. Mas, para isso, precisa-se de soldados capazes de abater seus alvos, de forma rápida e precisa. Se durante um engajamento, vários bandidos fossem mortos, sem baixas para as forças militares, isso desencorajaria os meliantes de realizar novos ataques. E como os vagabundos teriam tombado durante um entrevero claro, não haveria motivos para processos jurídicos, penso eu.Hermes escreveu:Um assunto que o Glauber falou é de suma importância e pouco discutido. Sempre que se vê a morte de um policial e no caso agora de um militar se fala em correr atrás, silenciar oposição, partir para cima, tocar o terror, etc, como se bandido morto não gerasse Inquérito Policial ou apuração do fato, até mesmo pelas entidades de Direitos dos Manos. Se esquece que quem estará fazendo isso está à revelia da lei e portanto sujeito á prisão e ser expulso de sua respectiva corporação,(...)
A pergunta é: o típico soldado de infantaria, de um batalhão comum, é capaz de executar esta função?
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- Sávio Ricardo
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Re: Operações Policiais e Militares
Seria o ideal!Glauber Prestes escreveu:Choque e terror não é a resposta, porque se for assim a população não vai confiar no exército mesmo.
A resposta tem que ser silenciosa, de preferência direto de Goiânia.
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Re: Operações Policiais e Militares
Hermes, assisti ao programa, mas como entrevistaram uns 6 policiais não deu pra identificar você. Qual seria?Hermes escreveu:Amigos, como alguns sabem, sou policial e fui baleado em serviço há um ano e onze meses, ficando paraplégico. Nesse tempo o Estado me atrapalhou de muitas maneiras e só recentemente com o atual Chefe de Polícia pude ter o devido apoio da Instituição. Sempre há a eterna queixa também de que as ONGs e Direitos Humanos só procuram bandidos e não policiais feridos ou mortos em serviço, o que é uma grande verdade, com exceção do Afroreggae, que ao tomar conhecimento do meu caso realizou uma entrevista que irá ao ar domingo agora dia 23/11 às 23:30h no Programa Conexões Urbanas do Multishow , onde conto um pouco do que tenho vivido desde o meu acidente. Assistam, pois vai ser muito interessante.
Abraços.
Horários alternativos do programa:
TER 07:00
TER 16:00
QUA 13:30
SEX 06:00
SEX 14:30
De qualquer forma, parabens, todos os entrevistados fizeram um ótimo trabalho e foram muito bem.
O Junior do Afroreggae esta conseguindo mudar meu conceito sobre ele.
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Re: Operações Policiais e Militares
DESABAFO
Posso afirmar com total certeza que este quadro social criminal do nosso país vai piorar muito mais nos próximos anos, devido a reprodução da ideologia criminosa que esta sendo cultivada na mente de muitos jovens no interior das chamadas comunidades carentes. Hoje existe uma espécie de exaltação ao crime, como uma forma de revolta política. Uma coisa absolutamente estranha e execrável.
Qualquer um pode observar isto, lendo as letras das músicas dos funks, vendo a cultura da bandidagem. Infelizmente a cada dia são arrastados mais moços para o buraco negro das atividades criminosas, tal qual como um vírus que se reproduz e ataca células saúdaveis esta ideologia acerca as mentes, corrompe e transforma pré-adolescentes, em infratores.
E pasmem, também a cada dia, estes criminosos são mais aceitos e vistos até com bons olhos dentro das comunidades. Eles arrancam suspiros das meninas, que desejam namorar e transar com os “bad boys”, pois assim terão “status” e acesso a bens de “grife” tão exaltados pela sociedade de consumo, além de consumo de drogas liberado.
Estes mesmos prósperos bandidos, passam a sustentar materialmente as suas famílias, muitas destruturadas e longe do modelo antigo patriarcal, também trazem dinheiro que circula dentro da suas comunidades.
Hoje quando um desses autores criminosos é preso, suas famílias choram na porta das delegacias e os comentários que fazem, são de que os agentes da lei, são os vilões violentos corruptos, malígnos a serviço de um estado agressor e o jovem criminoso é tratado como um pobre coitado vítima da opressão policial. Tudo se inverteu de forma dramática.
A realidade esta muito mais feia do que o povo sente, a coisa é muito maior e mais extensa. Pois este comportamento anormal, vem sendo alimentado diáriamente e se agiganta a cada ano.
As polícias estaduais que já foram cães ferozes, hoje são cachorrinhos que andam de focinheira, com coleiras presas a correntes curtas, seguras com mão forte. Todo o sistema de segurança pública esta falindo, desde os códigos legais ultrapassados pela realidade social, do judiciário assolapado de processos ao sistema penitenciário em permanente crise.
No meu ponto de vista não existe solução militar para o problema. Se for este o caminho escolhido, no futuro talvez poderemos ver as forças militares se comportando como os soldados de Israel quando adentram na faixa de Gaza e em outras comunidades palestinas. Logo teremos carros de combate adentrando em meio aos barracos e moleques de peito nu, com a camisa enrolada nas caras atirando RPG's. Veremos muros serem construídos, desocupações em massa, demolições etc. Produziremos uma segregação social horrenda. Iremos abrir uma uma ferida horrenda na sociedade, que vai purgar por décadas.
Sou totalmente contra o uso das forças armadas no combate ao crime, elas devem ser preservadas e usadas para a nobre tarefa de defender a soberania nacional. São inadequadas na sua concepção para este fim, apenas passam uma ideia errada de poder do estado sobre o crime.
Quando assisti pela TV o show das ocupações militares no Rio, em meio aos aplausos ingênuos ou não de alguns, pude perceber de que eram inócuas as ações, pois o crime logo voltaria, assim como o mofo volta em parede que é limpa, quando a sua causa não é removida, se não sanada a umidade não adianta pintar a superfície.
O que é necessário para o Brasil é ter vergonha na cara, para que a conduta criminosa seja banida de vez deste país, para que haja ética em tudo, para que condutas que vão de um o aluno que frauda a prova com cola, do motorista que acha normal as infrações de trânsito, desapareçam, saneando assim a sociedade do seu mais baixo patamar até os altos da pirâmide social nacional.
Claro que existem pessoas honestas, mas infelizmente para que o mal prevaleça basta que os bons se calem e isto no Brasil nunca foi tão real, os cidadãos honestos desarmados, acuados, massacrados, se encarceram atrás de grades, portões e cercas de serpentina cortantes. Enquanto isso os criminosos andam livres pelas ruas a hora que desejam, portando as armas que querem, realizando bailes de rua, com os seus funks, ornados com orgias de sexo e farto consumo de cocaína, tudo em plena via pública aos olhos arregalados dos mais idosos. As festinhas com a presença massiva de adolescentes sendo viciados em drogas, são vistas como manifestação cultural pelos intelectuais nacionais.
Existe solução, sim talvez, reformas profundas na estrutura legal, remodelar os códigos legais mais adequados para a realidade atual, penas mais sérias. Não sei pois a mazela chegou a tal ponto que estou pessimista quanto as perspectivas futuras.
Pêsames por este jovem soldado do Exército Brasileiro, que foi um exemplo, mas que infelizmente logo será esquecido. Aqui em São Paulo, vai longe a lista de policiais militares executados, em uma verdadeira guerra civil surda que se trava no escuro e nas noites paulistanas.
Este é o meu desabafo, perdoem me se aborreci alguns.
J. L.
Posso afirmar com total certeza que este quadro social criminal do nosso país vai piorar muito mais nos próximos anos, devido a reprodução da ideologia criminosa que esta sendo cultivada na mente de muitos jovens no interior das chamadas comunidades carentes. Hoje existe uma espécie de exaltação ao crime, como uma forma de revolta política. Uma coisa absolutamente estranha e execrável.
Qualquer um pode observar isto, lendo as letras das músicas dos funks, vendo a cultura da bandidagem. Infelizmente a cada dia são arrastados mais moços para o buraco negro das atividades criminosas, tal qual como um vírus que se reproduz e ataca células saúdaveis esta ideologia acerca as mentes, corrompe e transforma pré-adolescentes, em infratores.
E pasmem, também a cada dia, estes criminosos são mais aceitos e vistos até com bons olhos dentro das comunidades. Eles arrancam suspiros das meninas, que desejam namorar e transar com os “bad boys”, pois assim terão “status” e acesso a bens de “grife” tão exaltados pela sociedade de consumo, além de consumo de drogas liberado.
Estes mesmos prósperos bandidos, passam a sustentar materialmente as suas famílias, muitas destruturadas e longe do modelo antigo patriarcal, também trazem dinheiro que circula dentro da suas comunidades.
Hoje quando um desses autores criminosos é preso, suas famílias choram na porta das delegacias e os comentários que fazem, são de que os agentes da lei, são os vilões violentos corruptos, malígnos a serviço de um estado agressor e o jovem criminoso é tratado como um pobre coitado vítima da opressão policial. Tudo se inverteu de forma dramática.
A realidade esta muito mais feia do que o povo sente, a coisa é muito maior e mais extensa. Pois este comportamento anormal, vem sendo alimentado diáriamente e se agiganta a cada ano.
As polícias estaduais que já foram cães ferozes, hoje são cachorrinhos que andam de focinheira, com coleiras presas a correntes curtas, seguras com mão forte. Todo o sistema de segurança pública esta falindo, desde os códigos legais ultrapassados pela realidade social, do judiciário assolapado de processos ao sistema penitenciário em permanente crise.
No meu ponto de vista não existe solução militar para o problema. Se for este o caminho escolhido, no futuro talvez poderemos ver as forças militares se comportando como os soldados de Israel quando adentram na faixa de Gaza e em outras comunidades palestinas. Logo teremos carros de combate adentrando em meio aos barracos e moleques de peito nu, com a camisa enrolada nas caras atirando RPG's. Veremos muros serem construídos, desocupações em massa, demolições etc. Produziremos uma segregação social horrenda. Iremos abrir uma uma ferida horrenda na sociedade, que vai purgar por décadas.
Sou totalmente contra o uso das forças armadas no combate ao crime, elas devem ser preservadas e usadas para a nobre tarefa de defender a soberania nacional. São inadequadas na sua concepção para este fim, apenas passam uma ideia errada de poder do estado sobre o crime.
Quando assisti pela TV o show das ocupações militares no Rio, em meio aos aplausos ingênuos ou não de alguns, pude perceber de que eram inócuas as ações, pois o crime logo voltaria, assim como o mofo volta em parede que é limpa, quando a sua causa não é removida, se não sanada a umidade não adianta pintar a superfície.
O que é necessário para o Brasil é ter vergonha na cara, para que a conduta criminosa seja banida de vez deste país, para que haja ética em tudo, para que condutas que vão de um o aluno que frauda a prova com cola, do motorista que acha normal as infrações de trânsito, desapareçam, saneando assim a sociedade do seu mais baixo patamar até os altos da pirâmide social nacional.
Claro que existem pessoas honestas, mas infelizmente para que o mal prevaleça basta que os bons se calem e isto no Brasil nunca foi tão real, os cidadãos honestos desarmados, acuados, massacrados, se encarceram atrás de grades, portões e cercas de serpentina cortantes. Enquanto isso os criminosos andam livres pelas ruas a hora que desejam, portando as armas que querem, realizando bailes de rua, com os seus funks, ornados com orgias de sexo e farto consumo de cocaína, tudo em plena via pública aos olhos arregalados dos mais idosos. As festinhas com a presença massiva de adolescentes sendo viciados em drogas, são vistas como manifestação cultural pelos intelectuais nacionais.
Existe solução, sim talvez, reformas profundas na estrutura legal, remodelar os códigos legais mais adequados para a realidade atual, penas mais sérias. Não sei pois a mazela chegou a tal ponto que estou pessimista quanto as perspectivas futuras.
Pêsames por este jovem soldado do Exército Brasileiro, que foi um exemplo, mas que infelizmente logo será esquecido. Aqui em São Paulo, vai longe a lista de policiais militares executados, em uma verdadeira guerra civil surda que se trava no escuro e nas noites paulistanas.
Este é o meu desabafo, perdoem me se aborreci alguns.
J. L.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.