Mundo Árabe em Ebulição
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- EDSON
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Kobane é uma cidade curda portanto não haverá voluntários para o Exército do ISIS. Virou uma questão de honra dos dois lados. Se o ISIS tomar o efeito midiático sera usado para conseguir mais voluntários e outras facções sunitas wahabitas poderão jurar obediência .
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A cidade de Kobane pode ser irrelevante, mas já foi observado que, nesses poucos dias, os americanos já desfecharam mais de setenta ataques aéreos contra posições do ISIS (ou "ISIL", ou também "EI", ou também sei-lá-o-quê...) nesse ponto.
Pois bem, enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, só ocorreram dois ataques aéreos na região de Anbar, no Iraque, justamente, quando o Estado Islâmico está perto de tomar a última base aérea do governo iraquiano.
Então, poderia ser a ofensiva islâmica em Kobane, uma simples finta para atrair o poder aéreo americano para longe do teatro decisivo de operações?
Pois bem, enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, só ocorreram dois ataques aéreos na região de Anbar, no Iraque, justamente, quando o Estado Islâmico está perto de tomar a última base aérea do governo iraquiano.
Então, poderia ser a ofensiva islâmica em Kobane, uma simples finta para atrair o poder aéreo americano para longe do teatro decisivo de operações?
- Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Interessante observação, faz sentido. Entretanto, a observação do colega Edson, acima, lembra um pouco (guardadas novamente TODAS as proporções) Verdun. Se os curdos forem bem abastecidos de armas, munições e suprimentos, Kobane pode virar um moedor de carne atraindo mais e mais efetivos do ISIS para a morte.Clermont escreveu:A cidade de Kobane pode ser irrelevante, mas já foi observado que, nesses poucos dias, os americanos já desfecharam mais de setenta ataques aéreos contra posições do ISIS (ou "ISIL", ou também "EI", ou também sei-lá-o-quê...) nesse ponto.
Pois bem, enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, só ocorreram dois ataques aéreos na região de Anbar, no Iraque, justamente, quando o Estado Islâmico está perto de tomar a última base aérea do governo iraquiano.
Então, poderia ser a ofensiva islâmica em Kobane, uma simples finta para atrair o poder aéreo americano para longe do teatro decisivo de operações?
Veremos o inevitável desdobramento nos próximos dias...
Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
A coligação está a apoiar a única força no terreno capaz de enfrentar o EI.
A cidade esta em direto para o mundo inteiro, e os olhos do mundo estão lá, por isso, tornou-se simbólica na luta contra o estado islâmico.
Ja repararam que a máquina de propaganda do EI deixou de publicar videos de Kobane?
Os borrados dos iraquianos ja se viu do que são capazes. largam tudo e fogem.
Por outro lado os EUA ja afirmaram que não querem que o aeroporto de Bagdad caia
Por isso enquanto o EI não se aproximar do aeroporto de Bagdad, esta tudo bem, as bases aéreas não servem de nada ao EI
A cidade esta em direto para o mundo inteiro, e os olhos do mundo estão lá, por isso, tornou-se simbólica na luta contra o estado islâmico.
Ja repararam que a máquina de propaganda do EI deixou de publicar videos de Kobane?
Os borrados dos iraquianos ja se viu do que são capazes. largam tudo e fogem.
Por outro lado os EUA ja afirmaram que não querem que o aeroporto de Bagdad caia
Por isso enquanto o EI não se aproximar do aeroporto de Bagdad, esta tudo bem, as bases aéreas não servem de nada ao EI
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ótima analise. Pode ser que sim, a província inteira de Anbar com seus três milhões de habitantes por uma cidade Curda no meio do nada! Com qual ficaria?Clermont escreveu:A cidade de Kobane pode ser irrelevante, mas já foi observado que, nesses poucos dias, os americanos já desfecharam mais de setenta ataques aéreos contra posições do ISIS (ou "ISIL", ou também "EI", ou também sei-lá-o-quê...) nesse ponto.
Pois bem, enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, só ocorreram dois ataques aéreos na região de Anbar, no Iraque, justamente, quando o Estado Islâmico está perto de tomar a última base aérea do governo iraquiano.
Então, poderia ser a ofensiva islâmica em Kobane, uma simples finta para atrair o poder aéreo americano para longe do teatro decisivo de operações?
Editado pela última vez por EDSON em Qui Out 16, 2014 7:31 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Província iraquiana de Anbar pode ser próxima conquista do "Estado Islâmico"
No Iraque, como na Síria, a milícia fundamentalista do "Estado Islâmico" conquista cada vez mais território. Sobretudo na província de Anbar: caso ela venha a cair nas mãos dos sunitas, Bagdá também estará em perigo.
Já duram meses as lutas, entre o governo do Iraque e a organização terrorista "Estado Islâmico" (EI), pela província de Anbar. Apesar de quase desabitada, a gigantesca região no deserto é de grande importância estratégica.
Dados de Bagdá levam a crer que o EI já decidiu a luta em favor próprio, pois detém o controle de 80% da província. Além de Fallujah, em outubro também caíram em mãos terroristas as cidades de Hit e Kubaisa, ambas estrategicamente importantes.
Ao longo delas transcorre o corredor principal que vai da Síria até Bagdá, passando pelos postos de fronteira sírio-iraquianos. Assim, teoricamente a milícia sunita disporia de uma posição inicial forte para atacar a capital iraquiana.
Fraco Exército iraquiano
"As tropas iraquianas receberam até mesmo ordem de retirada", comenta Günter Meyer, do Centro de Estudos Árabes da cidade alemã de Mainz. Em consequência, o Exército deixou para trás todas as suas armas, entregando-as sem combates aos jihadistas. Segundo Meyer, "as tropas iraquianas não estão em condições de resistir ao EI": em geral, os militares são mal pagos e mal treinados.
Alguns também não estão dispostos a arriscar a vida pela manutenção do controle sobre Anbar. Grande parte do Exército iraquiano é composta por xiitas, enquanto a província é o bastião dos sunitas no Iraque. Hostilidades recíprocas fazem parte do dia a dia.
As tropas do governo ainda conseguem manter o controle sobre as represas em Haditha e Ramadi, porém se elas forem tomadas pelos milicianos, as consequências poderiam ser fatais. "Se elas caírem em mãos do EI, ele teria o controle do fornecimento de água e energia. Além disso, também poderia controlar o cinturão agrícola em torno de Bagdá", avalia o especialista em Iraque Günter Meyer.
Para o EI, a conquista de Anbar é uma dupla vitória estratégica. Lá estão localizadas importantes instalações militares, o que aumentaria o já vasto arsenal de armas e munições dos fundamentalistas sunitas. Além disso, eles estariam, assim, ainda mais perto de seu objetivo de conquistar Bagdá.
Medo da queda de Bagdá
Segundo a emissora britânica BBC, por esse motivo o governo iraquiano enviou um pedido urgente de ajuda aos EUA e aos seus aliados árabes. Em Bagdá, teme-se não ser possível manter o controle da província por muito tempo mais, e que em breve o EI esteja avançando sobre a capital.
"Aí aumentaria o número de atentados em Bagdá. A já precária situação local de segurança se agravaria ainda mais", antecipa Meyer. Além disso o aeroporto também poderia cair em mãos do EI.
Contudo, até agora os aliados do governo ainda não correram para ajudar a manter Anbar. É certo que, há semanas, a coalizão militar internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos sobre posições do EI. Mas os jihadistas só puderam ser contidos nas regiões do Iraque onde os combatentes curdos peshmerga oferecem resistência.
Devido à grande atenção dada às lutas pelo controle da cidade curda de Kobane, na Síria, a campanha do "Estado Islâmico" em Anbar tem sido negligenciada. Lá, nem os ataques aéreos da coligação internacional foram capazes de conter o avanço do grupo terrorista, que assumiu o controle de cidades e vilarejos inteiros, quase sem resistência.
Ainda nenhuma ajuda para Anbar
No passado, houve planos para a instalação de uma central de comando em Anbar, a ser administrada em conjunto por iraquianos e americanos. Mas até hoje nada disso se concretizou. "Na verdade, o plano dos EUA era criar uma milícia tribal, uma assim chamada zahwa, que lutasse contra o EI", relata Günther Meyer. A ideia era reunir numa tropa os combatentes sunitas que lutaram no antigo Exército de Saddam Hussein e que ainda não se houvessem aliado ao "Estado Islâmico".
Mas desde que milícias xiitas, ou seja, os inimigos do EI, passaram a violar os direitos humanos, é pouca a motivação dos combatentes sunitas para se aliarem a uma zahwa. Nas últimas semanas, xiitas sequestraram e mataram dezenas de sunitas, em vingança pelos assassinatos perpetrados pelo "Estado Islâmico".
"Enquanto Bagdá continuar permitindo que as milícias pratiquem regularmente tais atrocidades, estará sancionando crimes de guerra e fomentando um círculo vicioso de violência de motivação religiosa, que destrói ainda mais o país", instou Donatella Rovera, consultora da ONG Anistia Internacional para resposta a crises, em relatório recente. "O governo iraquiano deve finalmente parar de apoiar o regime das milícias,"
Essa opinião é compartilhada pelo especialista Günter Meyer: "Atos de vingança devem ser proibidos e punidos", uma vez que os sunitas de Anbar só estarão dispostos a se unir à luta contra o EI quando sua confiança tiver sido recuperada. E apenas desse modo se poderá evitar a perda dessa importante província iraquiana.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... Islamico-/
No Iraque, como na Síria, a milícia fundamentalista do "Estado Islâmico" conquista cada vez mais território. Sobretudo na província de Anbar: caso ela venha a cair nas mãos dos sunitas, Bagdá também estará em perigo.
Já duram meses as lutas, entre o governo do Iraque e a organização terrorista "Estado Islâmico" (EI), pela província de Anbar. Apesar de quase desabitada, a gigantesca região no deserto é de grande importância estratégica.
Dados de Bagdá levam a crer que o EI já decidiu a luta em favor próprio, pois detém o controle de 80% da província. Além de Fallujah, em outubro também caíram em mãos terroristas as cidades de Hit e Kubaisa, ambas estrategicamente importantes.
Ao longo delas transcorre o corredor principal que vai da Síria até Bagdá, passando pelos postos de fronteira sírio-iraquianos. Assim, teoricamente a milícia sunita disporia de uma posição inicial forte para atacar a capital iraquiana.
Fraco Exército iraquiano
"As tropas iraquianas receberam até mesmo ordem de retirada", comenta Günter Meyer, do Centro de Estudos Árabes da cidade alemã de Mainz. Em consequência, o Exército deixou para trás todas as suas armas, entregando-as sem combates aos jihadistas. Segundo Meyer, "as tropas iraquianas não estão em condições de resistir ao EI": em geral, os militares são mal pagos e mal treinados.
Alguns também não estão dispostos a arriscar a vida pela manutenção do controle sobre Anbar. Grande parte do Exército iraquiano é composta por xiitas, enquanto a província é o bastião dos sunitas no Iraque. Hostilidades recíprocas fazem parte do dia a dia.
As tropas do governo ainda conseguem manter o controle sobre as represas em Haditha e Ramadi, porém se elas forem tomadas pelos milicianos, as consequências poderiam ser fatais. "Se elas caírem em mãos do EI, ele teria o controle do fornecimento de água e energia. Além disso, também poderia controlar o cinturão agrícola em torno de Bagdá", avalia o especialista em Iraque Günter Meyer.
Para o EI, a conquista de Anbar é uma dupla vitória estratégica. Lá estão localizadas importantes instalações militares, o que aumentaria o já vasto arsenal de armas e munições dos fundamentalistas sunitas. Além disso, eles estariam, assim, ainda mais perto de seu objetivo de conquistar Bagdá.
Medo da queda de Bagdá
Segundo a emissora britânica BBC, por esse motivo o governo iraquiano enviou um pedido urgente de ajuda aos EUA e aos seus aliados árabes. Em Bagdá, teme-se não ser possível manter o controle da província por muito tempo mais, e que em breve o EI esteja avançando sobre a capital.
"Aí aumentaria o número de atentados em Bagdá. A já precária situação local de segurança se agravaria ainda mais", antecipa Meyer. Além disso o aeroporto também poderia cair em mãos do EI.
Contudo, até agora os aliados do governo ainda não correram para ajudar a manter Anbar. É certo que, há semanas, a coalizão militar internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos sobre posições do EI. Mas os jihadistas só puderam ser contidos nas regiões do Iraque onde os combatentes curdos peshmerga oferecem resistência.
Devido à grande atenção dada às lutas pelo controle da cidade curda de Kobane, na Síria, a campanha do "Estado Islâmico" em Anbar tem sido negligenciada. Lá, nem os ataques aéreos da coligação internacional foram capazes de conter o avanço do grupo terrorista, que assumiu o controle de cidades e vilarejos inteiros, quase sem resistência.
Ainda nenhuma ajuda para Anbar
No passado, houve planos para a instalação de uma central de comando em Anbar, a ser administrada em conjunto por iraquianos e americanos. Mas até hoje nada disso se concretizou. "Na verdade, o plano dos EUA era criar uma milícia tribal, uma assim chamada zahwa, que lutasse contra o EI", relata Günther Meyer. A ideia era reunir numa tropa os combatentes sunitas que lutaram no antigo Exército de Saddam Hussein e que ainda não se houvessem aliado ao "Estado Islâmico".
Mas desde que milícias xiitas, ou seja, os inimigos do EI, passaram a violar os direitos humanos, é pouca a motivação dos combatentes sunitas para se aliarem a uma zahwa. Nas últimas semanas, xiitas sequestraram e mataram dezenas de sunitas, em vingança pelos assassinatos perpetrados pelo "Estado Islâmico".
"Enquanto Bagdá continuar permitindo que as milícias pratiquem regularmente tais atrocidades, estará sancionando crimes de guerra e fomentando um círculo vicioso de violência de motivação religiosa, que destrói ainda mais o país", instou Donatella Rovera, consultora da ONG Anistia Internacional para resposta a crises, em relatório recente. "O governo iraquiano deve finalmente parar de apoiar o regime das milícias,"
Essa opinião é compartilhada pelo especialista Günter Meyer: "Atos de vingança devem ser proibidos e punidos", uma vez que os sunitas de Anbar só estarão dispostos a se unir à luta contra o EI quando sua confiança tiver sido recuperada. E apenas desse modo se poderá evitar a perda dessa importante província iraquiana.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
O exército iraquiano atual é imprestável. Ajudá-lo é ajudar o EI com armas, munição e suprimentos. Se não houver intervenção total dos EUA e aliados o Iraque todo vai cair como uma fruta (ou cabeça) no cesto do EI.Lirolfuti escreveu:Província iraquiana de Anbar pode ser próxima conquista do "Estado Islâmico"
No Iraque, como na Síria, a milícia fundamentalista do "Estado Islâmico" conquista cada vez mais território. Sobretudo na província de Anbar: caso ela venha a cair nas mãos dos sunitas, Bagdá também estará em perigo.
Já duram meses as lutas, entre o governo do Iraque e a organização terrorista "Estado Islâmico" (EI), pela província de Anbar. Apesar de quase desabitada, a gigantesca região no deserto é de grande importância estratégica.
Dados de Bagdá levam a crer que o EI já decidiu a luta em favor próprio, pois detém o controle de 80% da província. Além de Fallujah, em outubro também caíram em mãos terroristas as cidades de Hit e Kubaisa, ambas estrategicamente importantes.
Ao longo delas transcorre o corredor principal que vai da Síria até Bagdá, passando pelos postos de fronteira sírio-iraquianos. Assim, teoricamente a milícia sunita disporia de uma posição inicial forte para atacar a capital iraquiana.
Fraco Exército iraquiano
"As tropas iraquianas receberam até mesmo ordem de retirada", comenta Günter Meyer, do Centro de Estudos Árabes da cidade alemã de Mainz. Em consequência, o Exército deixou para trás todas as suas armas, entregando-as sem combates aos jihadistas. Segundo Meyer, "as tropas iraquianas não estão em condições de resistir ao EI": em geral, os militares são mal pagos e mal treinados.
Alguns também não estão dispostos a arriscar a vida pela manutenção do controle sobre Anbar. Grande parte do Exército iraquiano é composta por xiitas, enquanto a província é o bastião dos sunitas no Iraque. Hostilidades recíprocas fazem parte do dia a dia.
As tropas do governo ainda conseguem manter o controle sobre as represas em Haditha e Ramadi, porém se elas forem tomadas pelos milicianos, as consequências poderiam ser fatais. "Se elas caírem em mãos do EI, ele teria o controle do fornecimento de água e energia. Além disso, também poderia controlar o cinturão agrícola em torno de Bagdá", avalia o especialista em Iraque Günter Meyer.
Para o EI, a conquista de Anbar é uma dupla vitória estratégica. Lá estão localizadas importantes instalações militares, o que aumentaria o já vasto arsenal de armas e munições dos fundamentalistas sunitas. Além disso, eles estariam, assim, ainda mais perto de seu objetivo de conquistar Bagdá.
Medo da queda de Bagdá
Segundo a emissora britânica BBC, por esse motivo o governo iraquiano enviou um pedido urgente de ajuda aos EUA e aos seus aliados árabes. Em Bagdá, teme-se não ser possível manter o controle da província por muito tempo mais, e que em breve o EI esteja avançando sobre a capital.
"Aí aumentaria o número de atentados em Bagdá. A já precária situação local de segurança se agravaria ainda mais", antecipa Meyer. Além disso o aeroporto também poderia cair em mãos do EI.
Contudo, até agora os aliados do governo ainda não correram para ajudar a manter Anbar. É certo que, há semanas, a coalizão militar internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos sobre posições do EI. Mas os jihadistas só puderam ser contidos nas regiões do Iraque onde os combatentes curdos peshmerga oferecem resistência.
Devido à grande atenção dada às lutas pelo controle da cidade curda de Kobane, na Síria, a campanha do "Estado Islâmico" em Anbar tem sido negligenciada. Lá, nem os ataques aéreos da coligação internacional foram capazes de conter o avanço do grupo terrorista, que assumiu o controle de cidades e vilarejos inteiros, quase sem resistência.
Ainda nenhuma ajuda para Anbar
No passado, houve planos para a instalação de uma central de comando em Anbar, a ser administrada em conjunto por iraquianos e americanos. Mas até hoje nada disso se concretizou. "Na verdade, o plano dos EUA era criar uma milícia tribal, uma assim chamada zahwa, que lutasse contra o EI", relata Günther Meyer. A ideia era reunir numa tropa os combatentes sunitas que lutaram no antigo Exército de Saddam Hussein e que ainda não se houvessem aliado ao "Estado Islâmico".
Mas desde que milícias xiitas, ou seja, os inimigos do EI, passaram a violar os direitos humanos, é pouca a motivação dos combatentes sunitas para se aliarem a uma zahwa. Nas últimas semanas, xiitas sequestraram e mataram dezenas de sunitas, em vingança pelos assassinatos perpetrados pelo "Estado Islâmico".
"Enquanto Bagdá continuar permitindo que as milícias pratiquem regularmente tais atrocidades, estará sancionando crimes de guerra e fomentando um círculo vicioso de violência de motivação religiosa, que destrói ainda mais o país", instou Donatella Rovera, consultora da ONG Anistia Internacional para resposta a crises, em relatório recente. "O governo iraquiano deve finalmente parar de apoiar o regime das milícias,"
Essa opinião é compartilhada pelo especialista Günter Meyer: "Atos de vingança devem ser proibidos e punidos", uma vez que os sunitas de Anbar só estarão dispostos a se unir à luta contra o EI quando sua confiança tiver sido recuperada. E apenas desse modo se poderá evitar a perda dessa importante província iraquiana.
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Os curdos, hoje, são a única força confiável na região.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Uma base aérea tem bastante equipamento útil para o ISIS. O meu preferido é canhão anti-aéreo de 57mm.DSA escreveu:A coligação está a apoiar a única força no terreno capaz de enfrentar o EI.
A cidade esta em direto para o mundo inteiro, e os olhos do mundo estão lá, por isso, tornou-se simbólica na luta contra o estado islâmico.
Ja repararam que a máquina de propaganda do EI deixou de publicar videos de Kobane?
Os borrados dos iraquianos ja se viu do que são capazes. largam tudo e fogem.
Por outro lado os EUA ja afirmaram que não querem que o aeroporto de Bagdad caia
Por isso enquanto o EI não se aproximar do aeroporto de Bagdad, esta tudo bem, as bases aéreas não servem de nada ao EI
Base aérea capturada pelo ISIS perto de Hit hoje.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Ali de duas uma, ou sentam dinheiro nos curdos ou sentam dinheiro nos iranianos e sírios. Para acabar com o EI seria mais fácil sentar dinheiro nos iranianos e sírios, mas não é isso que o ocidente quer. Então é financiam uma minoria.
Ali virou um samba do crioulo doido.
Ali virou um samba do crioulo doido.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
O Exército Sírio teve ganhos nesta cidade. A parte sul era totalmente controlada pelo ISIS.prp escreveu:Ali de duas uma, ou sentam dinheiro nos curdos ou sentam dinheiro nos iranianos e sírios. Para acabar com o EI seria mais fácil sentar dinheiro nos iranianos e sírios, mas não é isso que o ocidente quer. Então é financiam uma minoria.
Ali virou um samba do crioulo doido.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Militantes da causa Wahabita ganham adeptos todos os dias e talvez os menos improváveis.Wingate escreveu:Interessante observação, faz sentido. Entretanto, a observação do colega Edson, acima, lembra um pouco (guardadas novamente TODAS as proporções) Verdun. Se os curdos forem bem abastecidos de armas, munições e suprimentos, Kobane pode virar um moedor de carne atraindo mais e mais efetivos do ISIS para a morte.Clermont escreveu:A cidade de Kobane pode ser irrelevante, mas já foi observado que, nesses poucos dias, os americanos já desfecharam mais de setenta ataques aéreos contra posições do ISIS (ou "ISIL", ou também "EI", ou também sei-lá-o-quê...) nesse ponto.
Pois bem, enquanto isso, no mesmo espaço de tempo, só ocorreram dois ataques aéreos na região de Anbar, no Iraque, justamente, quando o Estado Islâmico está perto de tomar a última base aérea do governo iraquiano.
Então, poderia ser a ofensiva islâmica em Kobane, uma simples finta para atrair o poder aéreo americano para longe do teatro decisivo de operações?
Veremos o inevitável desdobramento nos próximos dias...
Wingate
Um desertor do Exército libanês Corporal Abdullah Shehadeh mostra "troféu" armas e seu próprio show-off, que ele trouxe do exército para os "novos heróis do islã":
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Mas pelo que eu tenho visto/lido/entendido por aí, me parece que o ISIS já atingiu o ponto mais alto da curva e agora começa a escala descendente ou no mínimo vai estabilizar. Sofreram pesadas perdas nos últimos dias, talvez as maiores que já tiveram desde que começaram suas conquistas na região. Os governos ocidentais, locais e diversos grupos/etnias/tribos parecem ter acordado para o perigo que o ISIS representa. Resumindo, agora tá todo mundo prestando atenção neles e não vão ter mais o caminho suave que tiveram no primeiro momento.EDSON escreveu:Militantes da causa Wahabita ganham adeptos todos os dias e talvez os menos improváveis.Wingate escreveu: Interessante observação, faz sentido. Entretanto, a observação do colega Edson, acima, lembra um pouco (guardadas novamente TODAS as proporções) Verdun. Se os curdos forem bem abastecidos de armas, munições e suprimentos, Kobane pode virar um moedor de carne atraindo mais e mais efetivos do ISIS para a morte.
Veremos o inevitável desdobramento nos próximos dias...
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Um desertor do Exército libanês Corporal Abdullah Shehadeh mostra "troféu" armas e seu próprio show-off, que ele trouxe do exército para os "novos heróis do islã":
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Interessante o mapa.EDSON escreveu:O Exército Sírio teve ganhos nesta cidade. A parte sul era totalmente controlada pelo ISIS.prp escreveu:Ali de duas uma, ou sentam dinheiro nos curdos ou sentam dinheiro nos iranianos e sírios. Para acabar com o EI seria mais fácil sentar dinheiro nos iranianos e sírios, mas não é isso que o ocidente quer. Então é financiam uma minoria.
Ali virou um samba do crioulo doido.
Deir ez-zor está cercada pelo EI, e Assd está mantendo a cidade a duras perdas. Não sei nem como eles estão abastecendo a cidade.
As refinarias ficam do lado de cima do rio, que é controlado pelo EI.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Riad está forçando uma queda acentuada nos preços do petróleo, isso obviamente atinge a Venezuela, Irã, Iraque, Rússia e mesmo alguns estados dos EUA. O que fica no ar é quem é o alvo principal dos sauditas?!
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Irã.hades767676 escreveu:Riad está forçando uma queda acentuada nos preços do petróleo, isso obviamente atinge a Venezuela, Irã, Iraque, Rússia e mesmo alguns estados dos EUA. O que fica no ar é quem é o alvo principal dos sauditas?!