Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Daqui a pouco vai ter a Ofensiva do Tet que vai botar tudo de cabeça para baixo.
- Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Aí poderiam rebatizar Kobane como "New Khe Sahn":mmatuso escreveu:Daqui a pouco vai ter a Ofensiva do Tet que vai botar tudo de cabeça para baixo.
Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Kobane não é nada perto de DerErZor. O exército de Assad está resistindo lá já algum tempo
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- cabeça de martelo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://popularmilitary.com/isis-seizes- ... l-retreat/ISIS militants seized a military base 85 miles from Baghdad early Monday after the Iraqi Army made what they described as a tactical withdrawal, local media and Reuters reported. The Iraqi soldiers took their weapons and equipment before leaving the base, close to the city of Hit, in Anbar province, some reports said. Iraq’s Ministry of Defense did not immediately respond to requests for comment from NBC News but Lt. Gen. Rashid Flaih, commander of operations in Anbar, told regional news outlet Al Arabiya that the retreat had been “tactical.” No other information was immediately available.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
http://www.reuters.com/article/2014/10/ ... IE20141014Turkish warplanes hit Kurdish militant targets in southeast
- Turkish warplanes attacked Kurdistan Workers Party (PKK) targets in southeast Turkey on Sunday in the first significant air operation against the militants since the launch of a peace process two years ago, Hurriyet news website said on Tuesday.
The air strikes caused "major damage" to the PKK, Hurriyet said. They were launched after three days of PKK attacks on a military outpost in Hakkari province near the Iraqi border, it added.
There was no immediate comment from the military on the reported air strikes, which Hurriyet said was carried out with the knowledge of Turkish Prime Minister Ahmet Davutoglu.
The incident came amid Kurdish anger in southeast Turkey at Ankara's failure to intervene along its border with Syria where Islamic State militants have besieged the mainly Kurdish town of Kobani for the last month
- EDSON
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não, Stalingrado é Stralingrado. Dois enormes Exércitos com ideologias antagônicas e suprimentos e reforços chegando durante a batalha. Você poderia comparar com uma Bagstone e olhe lá ou quem sabe Tobruk.Wingate escreveu:Kobane: teríamos (guardadas as proporções e época) uma Stalingrado do Oriente Médio?wagnerm25 escreveu:
Exatamente o que eu estava falando. O exército iraquiano muito melhor equipado que os ogros do ISIS, largou todo o material na mão dos caras e saiu em desabalada carrerira. Uma vergonha completa.
Wingate
A batalhas muito mais árduas por cidades na Segunda Guerra do que estas pelo Oriente Médio ja que a capacidade industrial da Alemanha e URSS é bem maior do que esta dos países Árabes que lutam com poucos meios e suprimentos. Uma batalha assim muitas vezes fica entalada por causa da falta dos meios necessários dos dois lados de não poder decidir em pouco tempo e dai se arrasta como Alepo e Damasco. Poderia dizer que as cidades são o melhor meio para quem tem que se defender em regiões áridas. Um Oásis a meio caminho de seu próximo objetivo.
Editado pela última vez por EDSON em Ter Out 14, 2014 12:47 pm, em um total de 2 vezes.
- EDSON
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Não é tão peto assim, seria mais fácil curdos no Nordeste da Síria ajudar Kobane mas eles talvez mal podem manter suas posições.Wingate escreveu:Aí poderiam rebatizar Kobane como "New Khe Sahn":mmatuso escreveu:Daqui a pouco vai ter a Ofensiva do Tet que vai botar tudo de cabeça para baixo.
Wingate
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
FÁBIO, O JIHADISTA QUE QUERIA SER ESTRELA DA BOLA
Nascido e criado na linha de Sintra, foi para Londres aos 19 anos em busca de uma carreira na Premier League. Acabou na Jihad. Luta desde outubro de 2013 pelo Estado Islâmico, na Síria. Na semana em que os jihadistas decapitaram David Haines, um trabalhador humanitário britânico - o terceiro refém a ser morto pelo movimento terrorista -, o Expresso recupera um artigo publicado na edição de 6 de setembro do semanário.
FR7. A sigla que usava nas redes sociais quando era adolescente diz tudo sobre o seu sonho: Fábio queria jogar futebol, ser profissional, um Cristiano Ronaldo saído dos subúrbios da Grande Lisboa, um avançado de talento apurado nos vários clubes de bairro que frequentou ao longo da Linha de Sintra. Não ficava muito tempo em cada um, era brigão, inconformado, impaciente. Queria mais.
Queria ser como o craque, seguir-lhe os passos de chuteiras. Tinha o estilo 'jogador da bola' - cabelo encaracolado à David Luiz, físico de modelo - mas o talento não entusiasmou nenhum olheiro. Em 2011, aos 19 anos, deu o salto, emigrou para Londres, sozinho, com a ambição de jogar na Premier League. Era o tudo ou nada. Tornou-se um dreamchaser, caçador de um sonho, mas no fim foi ele o apanhado na rede de captação de jihadistas para a Síria.
Em dois anos converteu-se ao islamismo, radicalizou-se e casou-se com uma portuguesa: Ângela, cuja história o Expresso revelou na última edição. A cronologia desses dias constrói-se com os relatos de amigos e familiares, que conversaram com o Expresso. Nenhum quis ser identificado. E começa no apartamento, onde alugou um quarto, no bairro de Leyton, na zona oriental de Londres, morada de uma das maiores comunidades muçulmanas do Reino Unido. E adensa-se num ringue de Muay Tai, no ginásio de uma organização de solidariedade social destinada a integrar jovens através das artes marciais. Fábio não tinha emprego e apenas jogava futebol em clubes amadores, à experiência. Passava ali muito tempo.
Entre o bairro e o ginásio construiu um novo grupo de amigos. E tornou-se mais próximo de três deles, portugueses, irmãos, entre os 25 e os 29 anos. Como ele, tinham crescido na Linha de Sintra, a poucos quilómetros uns dos outros. Como ele, tinham raízes em Angola. Mais velhos, conhecedores de Londres, tornaram-se uma referência. Ao contrário dele, eram muçulmanos, convertidos há uma década. Mas essa diferença acabou por se esbater.
Fábio chamava-lhes irmãos. E recebia deles companhia, apoio, alimentação, até dinheiro. As conversas passavam muito pelo Islão e o futebolista começou a interessar-se. Nunca fora religioso, mas convenceram-no a ler o Corão, a perceber o Islão. A geografia ajudou à mudança. Moravam todos perto de uma mesquita há muito referenciada pelas autoridades britânicas por incitar ao extremismo e apoiar financeiramente o conflito na Síria. Foi aí que os três irmãos se tornaram muçulmanos. E rapidamente, também Fábio começou a falar em conversão. O fim de um namoro e a desilusão do futebol deixaram-no sem rumo. Fez treinos de captação em vários clubes e até integrou um clube britânico amador, de caça-talentos, mas sem sucesso. Voltar para Portugal não era opção. Recrutá-lo para a Jihad (guerra santa) foi só mais um passo.
Os amigos e familiares não-muçulmanos começaram a estranhar as conversas. Denegria a religião católica, citava versículos do Corão, rezava e até elogiava quem ia lutar como mujahid para a Síria. "O miúdo rebelde tornou-se um miúdo radical", lamenta uma pessoa próxima de Fábio.
De Fábio para Abdu
Março de 2013 foi o mês da mudança. No início o ego estava em alta. Dia 3, no Twitter, escrevia: "Talento? Eu tenho... Herdei-o das minhas raízes. Plantei a semente, agora colho os frutos". A cada jogo um novo tweet: "A maratona para me tornar uma lenda continua". Mas a meio do mês começou o desânimo: "Preciso de uma mudança". Dia 31, escreve pela última vez nesta rede social: "Tomei a decisão da minha vida". Em outubro surge no Facebook já na Síria, e com um novo nome árabe: Abdu. "Cheguei há duas semanas a Shaam [Grande Síria], Alhamdulillah, este país é maravilhoso. A Jihad é a única solução para a Humanidade."
Dois dos três irmãos da linha de Sintra viajaram com ele. Continuam todos lá. Ao grupo juntou-se outro português, algarvio, 28 anos, atualmente afastado da frente de combate: foi ferido com gravidade nas pernas. Todos eles fazem parte do contingente de 10 a 15 jihadistas com passaporte português que têm combatido nas fileiras do Estado Islâmico (EI), na Síria e no Iraque (ver texto ao lado).
Até ao início deste ano, a família não sabia do paradeiro de Fábio. Descobriram, por acaso, a sua página de mujahid nas redes sociais. O rapaz da linha de Sintra que queria ser estrela de futebol integrava agora a brigada Kataub al Muhajireen do EI, constituída por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, França, Espanha e Alemanha. Abdu aparece de cara descoberta, sorridente, armado, a bandeira preta e branca do EI a surgir em quase todas as fotografias.
Foi um choque para quem o viu crescer. "Estamos muito preocupados com a vida dele. Queremos que ele volte para casa", desabafou ao Expresso um familiar. Contactá-lo não tem sido fácil. O Facebook tem sido a única janela de acesso. Entre comentários de extremistas islâmicos a exaltar os feitos de Abdu na frente de guerra, surgem lamentos em português da mãe e da tia: "Responde à minha mensagem Fábio" ou "Estou muito preocupada meu sobrinho. Bj saudades".
Em abril deste ano, o Expresso conseguiu conversar com ele através do chat do Facebook. Nunca confirmou ser português. "Não se trata de nacionalidades. A partir do momento em que se aceita o Islão seguimos os desígnios de Alá. Nessa altura percebemos que não há razão para não vir [para a Síria]". Sempre em inglês fluente, quis apenas falar do Islão, da guerra santa e da decadência do Ocidente, sempre em tom de censura, de acusação. "Alá sabe o que vai no coração de todas as criaturas. Ele criou-nos a todos. Portanto, se pretendem mentir sobre os homens que abandonam as suas casas e famílias para dar as suas vidas em nome das pessoas oprimidas, por favor mudem as vossas intenções."
Durante a conversa, o jovem combatente respondeu várias vezes com excertos do Corão. Sobre ele e sobre o local onde se encontrava nada disse: "Isso é confidencial". Mas o acompanhamento da sua atividade nas redes sociais desde outubro de 2013 permite traçar o percurso do português no Médio Oriente: ficou primeiro em Damasco, depois foi para Alepo, agora está em Raqqa, no norte da Síria, entre a Turquia e o Iraque, a primeira cidade que os radicais islâmicos tomaram a Bashar al-Assad.
A cada post - e são muitos e frequentes - revela o seu radicalismo: exalta o atentado do 11 de Setembro ("Lembramos à América o que aconteceu às suas preciosas torres"), exibe as suas armas de guerra ("Fui ao toys'r'us e arranjei um novo brinquedo") e deixa-se fotografar ao lado dos companheiros de combate, como o rapper alemão Deso Dog, que se transformou na estrela da Jihad Abu Talha al-Almani: ou Abu, um dos irmãos portugueses que o converteram ao Islão.
Há menos de um mês, Abdu subiu mais um degrau na sua vida consagrada ao Islão: aos 22 anos casou-se com uma mulher muçulmana. Umm, 19 anos, chegou à Síria no início de agosto, o rosto coberto por um niqab preto, que só deixa a descoberto os olhos escuros. Nunca se tinham visto antes. O namoro e o noivado fizeram-se online, ela em frente a um computador na Holanda, nos arredores de Utrech; ele em Raqqa. Em comum descobriram o radicalismo islâmico, a oposição ao Ocidente e a nacionalidade portuguesa. Umm nasceu Ângela, filha de um casal de emigrantes alentejanos, também ela a única muçulmana da família, também ela convertida em tempo recorde influenciada pelos amigos.
A 10 de agosto, a lusodescendente aproveitou a ausência da mãe e fugiu. Agora vive com Abdu numa zona residencial juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. Só sai de casa com autorização do marido e vai às compras, ao mercado, armada com uma pistola de 9mm. A sua página do Facebook é uma janela para o dia a dia do casal de jihadistas portugueses: desmente o cenário da guerra, descreve ruas cheias de gente e crianças que brincam, exalta a felicidade de viver de acordo com a lei islâmica. Não há medo, as bombas são oportunidades para serem mártires por Alá. E confessa o desejo de ser mãe quanto antes.
Esse passo poderá ter de esperar. Na foto que Abdu pôs esta semana na sua página pessoal, o muhajid surge de corpo inteiro, ar sério, a segurar uma bebida energética. Em jeito de legenda, alguém o localiza em Mossul. Fábio foi para o Iraque lutar pelo califado.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/fabio-o-jihadis ... z3G97KDNql
Nascido e criado na linha de Sintra, foi para Londres aos 19 anos em busca de uma carreira na Premier League. Acabou na Jihad. Luta desde outubro de 2013 pelo Estado Islâmico, na Síria. Na semana em que os jihadistas decapitaram David Haines, um trabalhador humanitário britânico - o terceiro refém a ser morto pelo movimento terrorista -, o Expresso recupera um artigo publicado na edição de 6 de setembro do semanário.
FR7. A sigla que usava nas redes sociais quando era adolescente diz tudo sobre o seu sonho: Fábio queria jogar futebol, ser profissional, um Cristiano Ronaldo saído dos subúrbios da Grande Lisboa, um avançado de talento apurado nos vários clubes de bairro que frequentou ao longo da Linha de Sintra. Não ficava muito tempo em cada um, era brigão, inconformado, impaciente. Queria mais.
Queria ser como o craque, seguir-lhe os passos de chuteiras. Tinha o estilo 'jogador da bola' - cabelo encaracolado à David Luiz, físico de modelo - mas o talento não entusiasmou nenhum olheiro. Em 2011, aos 19 anos, deu o salto, emigrou para Londres, sozinho, com a ambição de jogar na Premier League. Era o tudo ou nada. Tornou-se um dreamchaser, caçador de um sonho, mas no fim foi ele o apanhado na rede de captação de jihadistas para a Síria.
Em dois anos converteu-se ao islamismo, radicalizou-se e casou-se com uma portuguesa: Ângela, cuja história o Expresso revelou na última edição. A cronologia desses dias constrói-se com os relatos de amigos e familiares, que conversaram com o Expresso. Nenhum quis ser identificado. E começa no apartamento, onde alugou um quarto, no bairro de Leyton, na zona oriental de Londres, morada de uma das maiores comunidades muçulmanas do Reino Unido. E adensa-se num ringue de Muay Tai, no ginásio de uma organização de solidariedade social destinada a integrar jovens através das artes marciais. Fábio não tinha emprego e apenas jogava futebol em clubes amadores, à experiência. Passava ali muito tempo.
Entre o bairro e o ginásio construiu um novo grupo de amigos. E tornou-se mais próximo de três deles, portugueses, irmãos, entre os 25 e os 29 anos. Como ele, tinham crescido na Linha de Sintra, a poucos quilómetros uns dos outros. Como ele, tinham raízes em Angola. Mais velhos, conhecedores de Londres, tornaram-se uma referência. Ao contrário dele, eram muçulmanos, convertidos há uma década. Mas essa diferença acabou por se esbater.
Fábio chamava-lhes irmãos. E recebia deles companhia, apoio, alimentação, até dinheiro. As conversas passavam muito pelo Islão e o futebolista começou a interessar-se. Nunca fora religioso, mas convenceram-no a ler o Corão, a perceber o Islão. A geografia ajudou à mudança. Moravam todos perto de uma mesquita há muito referenciada pelas autoridades britânicas por incitar ao extremismo e apoiar financeiramente o conflito na Síria. Foi aí que os três irmãos se tornaram muçulmanos. E rapidamente, também Fábio começou a falar em conversão. O fim de um namoro e a desilusão do futebol deixaram-no sem rumo. Fez treinos de captação em vários clubes e até integrou um clube britânico amador, de caça-talentos, mas sem sucesso. Voltar para Portugal não era opção. Recrutá-lo para a Jihad (guerra santa) foi só mais um passo.
Os amigos e familiares não-muçulmanos começaram a estranhar as conversas. Denegria a religião católica, citava versículos do Corão, rezava e até elogiava quem ia lutar como mujahid para a Síria. "O miúdo rebelde tornou-se um miúdo radical", lamenta uma pessoa próxima de Fábio.
De Fábio para Abdu
Março de 2013 foi o mês da mudança. No início o ego estava em alta. Dia 3, no Twitter, escrevia: "Talento? Eu tenho... Herdei-o das minhas raízes. Plantei a semente, agora colho os frutos". A cada jogo um novo tweet: "A maratona para me tornar uma lenda continua". Mas a meio do mês começou o desânimo: "Preciso de uma mudança". Dia 31, escreve pela última vez nesta rede social: "Tomei a decisão da minha vida". Em outubro surge no Facebook já na Síria, e com um novo nome árabe: Abdu. "Cheguei há duas semanas a Shaam [Grande Síria], Alhamdulillah, este país é maravilhoso. A Jihad é a única solução para a Humanidade."
Dois dos três irmãos da linha de Sintra viajaram com ele. Continuam todos lá. Ao grupo juntou-se outro português, algarvio, 28 anos, atualmente afastado da frente de combate: foi ferido com gravidade nas pernas. Todos eles fazem parte do contingente de 10 a 15 jihadistas com passaporte português que têm combatido nas fileiras do Estado Islâmico (EI), na Síria e no Iraque (ver texto ao lado).
Até ao início deste ano, a família não sabia do paradeiro de Fábio. Descobriram, por acaso, a sua página de mujahid nas redes sociais. O rapaz da linha de Sintra que queria ser estrela de futebol integrava agora a brigada Kataub al Muhajireen do EI, constituída por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, França, Espanha e Alemanha. Abdu aparece de cara descoberta, sorridente, armado, a bandeira preta e branca do EI a surgir em quase todas as fotografias.
Foi um choque para quem o viu crescer. "Estamos muito preocupados com a vida dele. Queremos que ele volte para casa", desabafou ao Expresso um familiar. Contactá-lo não tem sido fácil. O Facebook tem sido a única janela de acesso. Entre comentários de extremistas islâmicos a exaltar os feitos de Abdu na frente de guerra, surgem lamentos em português da mãe e da tia: "Responde à minha mensagem Fábio" ou "Estou muito preocupada meu sobrinho. Bj saudades".
Em abril deste ano, o Expresso conseguiu conversar com ele através do chat do Facebook. Nunca confirmou ser português. "Não se trata de nacionalidades. A partir do momento em que se aceita o Islão seguimos os desígnios de Alá. Nessa altura percebemos que não há razão para não vir [para a Síria]". Sempre em inglês fluente, quis apenas falar do Islão, da guerra santa e da decadência do Ocidente, sempre em tom de censura, de acusação. "Alá sabe o que vai no coração de todas as criaturas. Ele criou-nos a todos. Portanto, se pretendem mentir sobre os homens que abandonam as suas casas e famílias para dar as suas vidas em nome das pessoas oprimidas, por favor mudem as vossas intenções."
Durante a conversa, o jovem combatente respondeu várias vezes com excertos do Corão. Sobre ele e sobre o local onde se encontrava nada disse: "Isso é confidencial". Mas o acompanhamento da sua atividade nas redes sociais desde outubro de 2013 permite traçar o percurso do português no Médio Oriente: ficou primeiro em Damasco, depois foi para Alepo, agora está em Raqqa, no norte da Síria, entre a Turquia e o Iraque, a primeira cidade que os radicais islâmicos tomaram a Bashar al-Assad.
A cada post - e são muitos e frequentes - revela o seu radicalismo: exalta o atentado do 11 de Setembro ("Lembramos à América o que aconteceu às suas preciosas torres"), exibe as suas armas de guerra ("Fui ao toys'r'us e arranjei um novo brinquedo") e deixa-se fotografar ao lado dos companheiros de combate, como o rapper alemão Deso Dog, que se transformou na estrela da Jihad Abu Talha al-Almani: ou Abu, um dos irmãos portugueses que o converteram ao Islão.
Há menos de um mês, Abdu subiu mais um degrau na sua vida consagrada ao Islão: aos 22 anos casou-se com uma mulher muçulmana. Umm, 19 anos, chegou à Síria no início de agosto, o rosto coberto por um niqab preto, que só deixa a descoberto os olhos escuros. Nunca se tinham visto antes. O namoro e o noivado fizeram-se online, ela em frente a um computador na Holanda, nos arredores de Utrech; ele em Raqqa. Em comum descobriram o radicalismo islâmico, a oposição ao Ocidente e a nacionalidade portuguesa. Umm nasceu Ângela, filha de um casal de emigrantes alentejanos, também ela a única muçulmana da família, também ela convertida em tempo recorde influenciada pelos amigos.
A 10 de agosto, a lusodescendente aproveitou a ausência da mãe e fugiu. Agora vive com Abdu numa zona residencial juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. Só sai de casa com autorização do marido e vai às compras, ao mercado, armada com uma pistola de 9mm. A sua página do Facebook é uma janela para o dia a dia do casal de jihadistas portugueses: desmente o cenário da guerra, descreve ruas cheias de gente e crianças que brincam, exalta a felicidade de viver de acordo com a lei islâmica. Não há medo, as bombas são oportunidades para serem mártires por Alá. E confessa o desejo de ser mãe quanto antes.
Esse passo poderá ter de esperar. Na foto que Abdu pôs esta semana na sua página pessoal, o muhajid surge de corpo inteiro, ar sério, a segurar uma bebida energética. Em jeito de legenda, alguém o localiza em Mossul. Fábio foi para o Iraque lutar pelo califado.
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Triste sina ter nascido português
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Bem observado. Ficaria com Bastogne (com areia no lugar da neve...). Porém, com os manpads de hoje, acredito que o abastecimento dos defensores pelo ar ficou muito mais difícil, senão, impossível.EDSON escreveu:Não, Stalingrado é Stralingrado. Dois enormes Exércitos com ideologias antagônicas e suprimentos e reforços chegando durante a batalha. Você poderia comparar com uma Bagstone e olhe lá ou quem sabe Tobruk.Wingate escreveu: Kobane: teríamos (guardadas as proporções e época) uma Stalingrado do Oriente Médio?
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A batalhas muito mais árduas por cidades na Segunda Guerra do que estas pelo Oriente Médio ja que a capacidade industrial da Alemanha e URSS é bem maior do que esta dos países Árabes que lutam com poucos meios e suprimentos. Uma batalha assim muitas vezes fica entalada por causa da falta dos meios necessários dos dois lados de não poder decidir em pouco tempo e dai se arrasta como Alepo e Damasco. Poderia dizer que as cidades são o melhor meio para quem tem que se defender em regiões áridas. Um Oásis a meio caminho de seu próximo objetivo.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
(Re u ters) - separatistas do sul que procuram dividir de norte do Iêmen definir um ultimato para o governo a evacuar seus soldados e funcionários públicos em 30 de novembro, e pediu a todos as empresas estrangeiras produtoras de petróleo e gás na região de interromper as exportações de imediato.
Southern Herak, o grupo principal exigindo a restauração de um estado Iêmen do Sul que se fundiu com o Iêmen do Norte em 1990, fez as suas exigências em um comunicado depois de ter encenado manifestações de massa nas cidades do sul de Aden e Mukalla na terça-feira.
"O estado do sul está chegando e nenhum poder pode nos impedir de alcançar isso", disse o comunicado.
A declaração coincide com uma crise política no norte, que parece ter revigorado demandas de Herak para um estado do sul separado, um desenvolvimento que seria observado de perto por uma região marcada pela guerra fundamental para o fornecimento de petróleo do mundo.
No mês passado, um movimento rebelde norte-base, o muçulmano xiita Houthis, apreendeu capital do Iêmen Sanaa, deixando de lado a má administração do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi.
Southern Herak parece ter tirado o incentivo de capacidade dos houthis 'ditar termos para Hadi e passar a perna em um estabelecimento militar enfraquecida por divisões.
Iêmen compartilha uma longa fronteira com o maior exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita e os flancos movimentadas rotas de navegação, tais como os do Bab El Mandeb oeste estreito estratégico de Aden.
ULTIMATO
Southern Herak pediu às companhias que operam em petróleo e gás para travar as suas exportações até técnicos nomeados pelo movimento do sul pode supervisionar o processo e as receitas são colocados em bancos sob o nome de um novo estado do sul.
Southern Herak, o grupo principal exigindo a restauração de um estado Iêmen do Sul que se fundiu com o Iêmen do Norte em 1990, fez as suas exigências em um comunicado depois de ter encenado manifestações de massa nas cidades do sul de Aden e Mukalla na terça-feira.
"O estado do sul está chegando e nenhum poder pode nos impedir de alcançar isso", disse o comunicado.
A declaração coincide com uma crise política no norte, que parece ter revigorado demandas de Herak para um estado do sul separado, um desenvolvimento que seria observado de perto por uma região marcada pela guerra fundamental para o fornecimento de petróleo do mundo.
No mês passado, um movimento rebelde norte-base, o muçulmano xiita Houthis, apreendeu capital do Iêmen Sanaa, deixando de lado a má administração do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi.
Southern Herak parece ter tirado o incentivo de capacidade dos houthis 'ditar termos para Hadi e passar a perna em um estabelecimento militar enfraquecida por divisões.
Iêmen compartilha uma longa fronteira com o maior exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita e os flancos movimentadas rotas de navegação, tais como os do Bab El Mandeb oeste estreito estratégico de Aden.
ULTIMATO
Southern Herak pediu às companhias que operam em petróleo e gás para travar as suas exportações até técnicos nomeados pelo movimento do sul pode supervisionar o processo e as receitas são colocados em bancos sob o nome de um novo estado do sul.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Agora sim dá para dizer que o ISIS é verdadeiramente um estado constituído. Estão enfrentando sua primeira guerrilha. Espero que venham muitas outras.
Guerrilla groups hunt down Islamic State in Syria
Mon, Oct 13 12:27 PM EDT
BEIRUT (Reuters) - Small groups of Syrians are hunting down Islamic State fighters in one of their main strongholds in eastern Syria in a new guerrilla campaign that has emerged as a response to the Islamists' growing brutality.
The main aim is to generate fear in Islamic State's ranks, said the head of "White Shroud" - a group that says it has killed more than 100 Islamic State fighters in attacks in Deir al-Zor province in recent months.
The name reflects that aim: White Shroud is a reference to the death shroud it says awaits Islamic State fighters responsible for crimes against the Syrian people, said the group's leader, Abu Aboud, in an interview via Skype.
As the United States advances plans to train and equip the moderate opposition to President Bashar al-Assad as part of its strategy to tackle Islamic State, the appearance of such groups shows how it has generated new enemies on the ground.
Abu Aboud, who declined to give his real name for security reasons, was a commander in an anti-Assad insurgent group crushed by the better armed and financed Islamic State as it seized almost full control of Deir al-Zor earlier this year.
The small band he now leads is in no position to deal a major blow to Islamic State. But it does pose an extra challenge as the United States and its allies target the group in air strikes in both Syria and Iraq.
The Syrian Observatory for Human Rights, which tracks the war, has recorded a rising number of attacks by gunmen on Islamic State targets in Deir al-Zor province. Together with Raqqa province further north, Deir al-Zor forms the bedrock of Islamic State's influence in Syria.
White Shroud shows no mercy to Islamic State: when it manages to abduct one of its members, it is only to "liquidate" him later on, said Abu Aboud.
It operates in and around the town of Al Bukamal at the Iraqi border - an area of crucial importance to Islamic State as the link between the territory it controls in Syria and Iraq. The group currently numbers 300 members, said Abu Aboud.
"Eighty percent of the members of White Shroud did not take part in combat before (Islamic State) came. We trained them and they joined White Shroud because of the great oppression they felt after Islamic State took control," said Abu Aboud.
The Syrian Observatory for Human Rights says White Shroud is one of several small groups that have taken up arms against Islamic State in Deir al-Zor province in recent months and are picking off Islamic State fighters whenever they get the chance.
They have all taken similarly menacing names. These include the "Phantom Brigade" and "The Brigade of the Angel of Death", said Rami Abdulrahman, who runs the Observatory, which says it gathers information from sources on all sides of the conflict.
INCREASING ATTACKS
One such group killed no fewer than 10 Islamic State fighters in a nighttime gun attack on a checkpoint in the town of Al Mayadin in Deir al-Zor province last Thursday, the Observatory reported. In a separate attack, a gunman on a motor bike opened fire on another Islamic State checkpoint.
"There is an increase in their operations against Islamic State," Abdulrahman said.
Islamic State has made plenty of enemies during its conquest of Deir al-Zor, an oil-producing region.
It expelled most other insurgent groups from Deir al-Zor in July, emboldened by rapid gains in Iraq where it seized the city of Mosul in June, capturing with it Iraqi army equipment that has been deployed in Syria.
Mirroring its approach elsewhere, Islamic State has used crucifixions and decapitations to suppress all opposition in Deir al-Zor. It executed 700 members of one rebellious tribe, the Sheitaat, in August, the Observatory reported.
Members of anti-Assad armed groups loosely referred to as the "Free Syrian Army" had the choice of fleeing, submitting to Islamic State rule, or death. The Nusra Front, al Qaeda's official affiliate in Deir al-Zor, withdrew from the province.
The Syrian government still controls a portion of Deir al-Zor city and its airport.
"Secrecy is the most important element of White Shroud's work," said Abu Aboud. The group comprises four-man "cells" that work independently of each other, Abu Aboud said.
One of White Shroud's biggest operations was an attack on an Islamic State position in Al Bukamal in which around 11 Islamic State fighters were killed, according to the Observatory and Abu Aboud.
The U.S.-led air strikes are not making White Shroud's job easier, said Abu Aboud. Where Islamic State fighters once used to gather in large numbers, they now move in small groups, often at night, using motor bikes.
White Shroud's spokesman said the group is using weapons that formerly belonged to anti-Assad rebel groups.
The spokesman, who gave his name as Abu Ali Albukamali, said that despite its modest resources, White Shroud had achieved its goal: "The aim of this group - spreading fear among Islamic State members - has been realised. Today, you never meet them walking alone. They mostly move in groups, afraid of abduction."
(Writing by Tom Perry; Editing by Samia Nakhoul and Giles Elgood)
Guerrilla groups hunt down Islamic State in Syria
Mon, Oct 13 12:27 PM EDT
BEIRUT (Reuters) - Small groups of Syrians are hunting down Islamic State fighters in one of their main strongholds in eastern Syria in a new guerrilla campaign that has emerged as a response to the Islamists' growing brutality.
The main aim is to generate fear in Islamic State's ranks, said the head of "White Shroud" - a group that says it has killed more than 100 Islamic State fighters in attacks in Deir al-Zor province in recent months.
The name reflects that aim: White Shroud is a reference to the death shroud it says awaits Islamic State fighters responsible for crimes against the Syrian people, said the group's leader, Abu Aboud, in an interview via Skype.
As the United States advances plans to train and equip the moderate opposition to President Bashar al-Assad as part of its strategy to tackle Islamic State, the appearance of such groups shows how it has generated new enemies on the ground.
Abu Aboud, who declined to give his real name for security reasons, was a commander in an anti-Assad insurgent group crushed by the better armed and financed Islamic State as it seized almost full control of Deir al-Zor earlier this year.
The small band he now leads is in no position to deal a major blow to Islamic State. But it does pose an extra challenge as the United States and its allies target the group in air strikes in both Syria and Iraq.
The Syrian Observatory for Human Rights, which tracks the war, has recorded a rising number of attacks by gunmen on Islamic State targets in Deir al-Zor province. Together with Raqqa province further north, Deir al-Zor forms the bedrock of Islamic State's influence in Syria.
White Shroud shows no mercy to Islamic State: when it manages to abduct one of its members, it is only to "liquidate" him later on, said Abu Aboud.
It operates in and around the town of Al Bukamal at the Iraqi border - an area of crucial importance to Islamic State as the link between the territory it controls in Syria and Iraq. The group currently numbers 300 members, said Abu Aboud.
"Eighty percent of the members of White Shroud did not take part in combat before (Islamic State) came. We trained them and they joined White Shroud because of the great oppression they felt after Islamic State took control," said Abu Aboud.
The Syrian Observatory for Human Rights says White Shroud is one of several small groups that have taken up arms against Islamic State in Deir al-Zor province in recent months and are picking off Islamic State fighters whenever they get the chance.
They have all taken similarly menacing names. These include the "Phantom Brigade" and "The Brigade of the Angel of Death", said Rami Abdulrahman, who runs the Observatory, which says it gathers information from sources on all sides of the conflict.
INCREASING ATTACKS
One such group killed no fewer than 10 Islamic State fighters in a nighttime gun attack on a checkpoint in the town of Al Mayadin in Deir al-Zor province last Thursday, the Observatory reported. In a separate attack, a gunman on a motor bike opened fire on another Islamic State checkpoint.
"There is an increase in their operations against Islamic State," Abdulrahman said.
Islamic State has made plenty of enemies during its conquest of Deir al-Zor, an oil-producing region.
It expelled most other insurgent groups from Deir al-Zor in July, emboldened by rapid gains in Iraq where it seized the city of Mosul in June, capturing with it Iraqi army equipment that has been deployed in Syria.
Mirroring its approach elsewhere, Islamic State has used crucifixions and decapitations to suppress all opposition in Deir al-Zor. It executed 700 members of one rebellious tribe, the Sheitaat, in August, the Observatory reported.
Members of anti-Assad armed groups loosely referred to as the "Free Syrian Army" had the choice of fleeing, submitting to Islamic State rule, or death. The Nusra Front, al Qaeda's official affiliate in Deir al-Zor, withdrew from the province.
The Syrian government still controls a portion of Deir al-Zor city and its airport.
"Secrecy is the most important element of White Shroud's work," said Abu Aboud. The group comprises four-man "cells" that work independently of each other, Abu Aboud said.
One of White Shroud's biggest operations was an attack on an Islamic State position in Al Bukamal in which around 11 Islamic State fighters were killed, according to the Observatory and Abu Aboud.
The U.S.-led air strikes are not making White Shroud's job easier, said Abu Aboud. Where Islamic State fighters once used to gather in large numbers, they now move in small groups, often at night, using motor bikes.
White Shroud's spokesman said the group is using weapons that formerly belonged to anti-Assad rebel groups.
The spokesman, who gave his name as Abu Ali Albukamali, said that despite its modest resources, White Shroud had achieved its goal: "The aim of this group - spreading fear among Islamic State members - has been realised. Today, you never meet them walking alone. They mostly move in groups, afraid of abduction."
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
White shroud: "mortalha branca" ou "sudário branco" - mais um ator nessa peça de doidos...wagnerm25 escreveu:Agora sim dá para dizer que o ISIS é verdadeiramente um estado constituído. Estão enfrentando sua primeira guerrilha. Espero que venham muitas outras.
Guerrilla groups hunt down Islamic State in Syria
Mon, Oct 13 12:27 PM EDT
BEIRUT (Reuters) - Small groups of Syrians are hunting down Islamic State fighters in one of their main strongholds in eastern Syria in a new guerrilla campaign that has emerged as a response to the Islamists' growing brutality.
The main aim is to generate fear in Islamic State's ranks, said the head of "White Shroud" - a group that says it has killed more than 100 Islamic State fighters in attacks in Deir al-Zor province in recent months.
The name reflects that aim: White Shroud is a reference to the death shroud it says awaits Islamic State fighters responsible for crimes against the Syrian people, said the group's leader, Abu Aboud, in an interview via Skype.
As the United States advances plans to train and equip the moderate opposition to President Bashar al-Assad as part of its strategy to tackle Islamic State, the appearance of such groups shows how it has generated new enemies on the ground.
Abu Aboud, who declined to give his real name for security reasons, was a commander in an anti-Assad insurgent group crushed by the better armed and financed Islamic State as it seized almost full control of Deir al-Zor earlier this year.
The small band he now leads is in no position to deal a major blow to Islamic State. But it does pose an extra challenge as the United States and its allies target the group in air strikes in both Syria and Iraq.
The Syrian Observatory for Human Rights, which tracks the war, has recorded a rising number of attacks by gunmen on Islamic State targets in Deir al-Zor province. Together with Raqqa province further north, Deir al-Zor forms the bedrock of Islamic State's influence in Syria.
White Shroud shows no mercy to Islamic State: when it manages to abduct one of its members, it is only to "liquidate" him later on, said Abu Aboud.
It operates in and around the town of Al Bukamal at the Iraqi border - an area of crucial importance to Islamic State as the link between the territory it controls in Syria and Iraq. The group currently numbers 300 members, said Abu Aboud.
"Eighty percent of the members of White Shroud did not take part in combat before (Islamic State) came. We trained them and they joined White Shroud because of the great oppression they felt after Islamic State took control," said Abu Aboud.
The Syrian Observatory for Human Rights says White Shroud is one of several small groups that have taken up arms against Islamic State in Deir al-Zor province in recent months and are picking off Islamic State fighters whenever they get the chance.
They have all taken similarly menacing names. These include the "Phantom Brigade" and "The Brigade of the Angel of Death", said Rami Abdulrahman, who runs the Observatory, which says it gathers information from sources on all sides of the conflict.
INCREASING ATTACKS
One such group killed no fewer than 10 Islamic State fighters in a nighttime gun attack on a checkpoint in the town of Al Mayadin in Deir al-Zor province last Thursday, the Observatory reported. In a separate attack, a gunman on a motor bike opened fire on another Islamic State checkpoint.
"There is an increase in their operations against Islamic State," Abdulrahman said.
Islamic State has made plenty of enemies during its conquest of Deir al-Zor, an oil-producing region.
It expelled most other insurgent groups from Deir al-Zor in July, emboldened by rapid gains in Iraq where it seized the city of Mosul in June, capturing with it Iraqi army equipment that has been deployed in Syria.
Mirroring its approach elsewhere, Islamic State has used crucifixions and decapitations to suppress all opposition in Deir al-Zor. It executed 700 members of one rebellious tribe, the Sheitaat, in August, the Observatory reported.
Members of anti-Assad armed groups loosely referred to as the "Free Syrian Army" had the choice of fleeing, submitting to Islamic State rule, or death. The Nusra Front, al Qaeda's official affiliate in Deir al-Zor, withdrew from the province.
The Syrian government still controls a portion of Deir al-Zor city and its airport.
"Secrecy is the most important element of White Shroud's work," said Abu Aboud. The group comprises four-man "cells" that work independently of each other, Abu Aboud said.
One of White Shroud's biggest operations was an attack on an Islamic State position in Al Bukamal in which around 11 Islamic State fighters were killed, according to the Observatory and Abu Aboud.
The U.S.-led air strikes are not making White Shroud's job easier, said Abu Aboud. Where Islamic State fighters once used to gather in large numbers, they now move in small groups, often at night, using motor bikes.
White Shroud's spokesman said the group is using weapons that formerly belonged to anti-Assad rebel groups.
The spokesman, who gave his name as Abu Ali Albukamali, said that despite its modest resources, White Shroud had achieved its goal: "The aim of this group - spreading fear among Islamic State members - has been realised. Today, you never meet them walking alone. They mostly move in groups, afraid of abduction."
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
guerrilha dentro da guerrilha... tá joia!
Triste sina ter nascido português