Leopard 1A5 do EB

[pt]

Deixem o Leopard morrer, por favor. São apenas 200 e com data de aposentadoria já certa. Para um Exército que encomendou 2 mil blindados novos de fabrica e já tem planos para uma nova família de blindados sobre lagartas, chega a ser ilógico pensar qualquer coisa com blindado obsoleto e com blindagem de casquinha de ovo alemão.

Vamos ver se nos entendemos.
A questão inicial era:
O que seria possível fazer com o Leopard-1, para o tornar num veículo capaz e atualizado.

Seria possível desenvolver sistemas adicionais de blindagem, blindagem reativa, sistema defensivo contra mísseis anti-tanque ?

A resposta é:

Sim !
E as razões foram todas explicadas atrás.

Evidentemente que é uma questão de vontade politica.
Os planos grandiosos para a construção de milhares de blindados, infelizmente quem tem alguns aninhos, sabe que sempre existiram e também sabe no que deram.

Plano grandioso é caro e numa democracia, os planos grandiosos e caros rapidamente caem na mira dos cortes de despesas militares.
Um programa de modernização ao contrário, é muito mais facil de defender em termos politicos.

Existem mil e uma razões para achar que um programa de modernização faz sentido, desde que tenha como objetivo principal o desenvolvimento próprio de novos sistemas.
Entre um programa de pés no chão e um programa grandioso, que tem 75% de probabilidade de ser cancelado a meio qual faria mais sentido ?

As pessoas mais jovens, e especialmente no Brasil são muito otimistas. Isso é bom, mas olhar para a realidade e para o que aconteceu no passado não é má ideia. Pensar apenas no futuro sem olhar para os erros do passado, dá sempre, sempre, sempre problema.

[Viktor Reznov]

Vocês estão sonhando de novo com um CC nacional?

Mas uai, Cross. Até a cinco anos atrás, isto aqui era uma insanidade:

Quem desenvolveu foi a Iveco.

[Viktor Reznov]

E um número de 2044 era uma insanidade ainda maior.

Um número de 2044 num prazo de 20 anos é algo perfeitamente normal pra realidade brasileira.

[Túlio]

Modernizar Leo1 é tão descabido quanto fazer isso com o TAM. Simplesmente o custo-benefício vai aos céus (li por aí que cada TAM modernizado - e sem mexer na peça principal e blindagem - sairia por cerca de USD 3,5 mi), PT véio.

O EB atribui aos nossos Leos uma vida útil de pouco mais de dez anos ainda, menos de quinze. Sem qualquer perspectiva de conflito SÉRIO à vista, mexer muito neles é tirar dinheiro de outros programas e mesmo do custeio e jogar fora...

[pt]

Nunca coloquei em causa que fosse barato.

A questão, é se faria sentido ou não faria sentido utilizar o Leopard como base para desenvolver sistemas adicionais de proteção.

200 carros de combate não são um número pequeno e os carros de combate pesado são cada vez mais caros. A questão só faria sentido, tendo por objetivo o desenvolvimento de uma industria com capacidades efetivas para produzir sistemas modernos, em vez de compra-los.

Se ficar apenas na questão do financiamento e do dinheiro disponível, então é melhor fazer como a Holanda ou a Bélgica e acabar com os carros de combate.
Do ponto de vista puramente economicista, essa é a melhor solução, a mais barata, a mais simples e a que mais facilmente resolve o problema da pesquisa de tecnologia ...
... porque não precisa pesquisar tecnologia.

O periodo de vida útil, foi atribuido com base no equipamento adquirido, efetuando apenas as manutenções de rotina e previstas pelo fabricante. Nada mais que isso.
É a mesma coisa que dizer que os M2/M3 de 1942 também não tinham futuro em 1970.
Eu estou apenas a ter em consideração o passado conhecido.

Depois, não se pode ressuscitar o Osório por uma razão simples: Só foram produzidos dois ou três. Para ressuscitar o Osório era necessária uma linha completa não para reconstruir e recuperar, mas uma nova linha de produção.
O Osório nunca passou de um projeto que nem se pode considerar de pré-produção porque apenas ficou por protótipos. O Leopard existe. É uma história muito diferente.
Os americanos por exemplo, jamais pensariam em produzir mais Abrams, quando têm milhares deles onde podem continuamente fazer modificações. Espera-se que em 2050 ainda existam Abrams ao serviço.

Quanto à falta de perspectiva de conflito sério, também estou de acordo.
Mas a questão era:

Se seria possível e viável desenvolver um Leopard-1 modernizado, de forma a poder enfrentar outras ameaças na América Latina (pelo menos pelo que entendi).

[Túlio]

Bueno, Osório tá morto e enterrado, enquanto PROJETO! Não se vislumbra ameaças potenciais dignas de grandes gastos em NAÇÕES da região, tanto que o SISFRON está no PAC e a Defesa Antiaérea não...

[Lord Nauta]

O substituto do Leopard 1A5 no EB devera ser outro CC obtido por oportunidade. Dificilmente no período de quinze anos haverá recursos para desenvolver o projeto de um MTB nacional. Devemos lembrar que mesmo que este projeto fosse realizado em termos de se produzir uma família as quantidades obtidas seriam pequenas. Poucas unidades elevam o custo unitário. Como nossa historia demonstra qual a prioridade que os governos destinam a defesa, fica difícil imaginar como captar os recursos necessários. Em minha opinião sigam o meu exemplo: - ''Esqueçam MTB nacional''. O sofrimento e bem menor.


Sds


Lord Nauta

[Lord Nauta]

O substituto do Leopard 1A5 no EB devera ser outro CC obtido por oportunidade. Dificilmente no período de quinze anos haverá recursos para desenvolver o projeto de um MTB nacional. Devemos lembrar que mesmo que este projeto fosse realizado em termos de se produzir uma família as quantidades obtidas seriam pequenas. Poucas unidades elevam o custo unitário. Como nossa historia demonstra qual a prioridade que os governos destinam a defesa, fica difícil imaginar como captar os recursos necessários. Em minha opinião sigam o meu exemplo: - ''Esqueçam MTB nacional''. O sofrimento e bem menor.


Sds


Lord Nauta

[LeandroGCard]

O substituto do Leopard 1A5 no EB devera ser outro CC obtido por oportunidade. Dificilmente no período de quinze anos haverá recursos para desenvolver o projeto de um MTB nacional. Devemos lembrar que mesmo que este projeto fosse realizado em termos de se produzir uma família as quantidades obtidas seriam pequenas. Poucas unidades elevam o custo unitário. Como nossa historia demonstra qual a prioridade que os governos destinam a defesa, fica difícil imaginar como captar os recursos necessários. Em minha opinião sigam o meu exemplo: - ''Esqueçam MTB nacional''. O sofrimento e bem menor.


Sds


Lord Nauta

Por outro lado... (só para o pessoal não ficar tão triste).

Se de fato o EB partir para a definição de um família de veículos que inclua não apenas os CC's mas também VBCI's, auto-propulsados e etc..., e apareça alguma empresa interessada em desenvolver o projeto, ele pode se transformar em uma iniciativa industrial dentro de algum programa como um PAC da vida , e deixaria de ser uma simples aquisição de material militar (como os Sub's da MB e o KC-390). E aí as restrições de verbas desapareceriam (afinal, o desenvolvimento de um primeiro produto que pode ser uma VCBI, bem mais simples que um CC, tende a custar menos do que custou um estádio para a Copa do Mundo), e o prazo de 15 anos ou mesmo menos para a implementação da linha de produção passa a ser perfeitamente cabível. Os CC's poderiam vir como sub-produto, logo depois.

A esperança é a última que morre (mas só para constar, não acredito que isso irá de fato acontecer no meu tempo de vida . Ainda mais se a Marina ganhar).


Leandro G. Card

[wagnerm25]

Bom a FAB se associou (ou encomendou) a Embraer um cargueiro que está aí perto de fazer seu voo inaugural. Seria absurdo o Exército fazer o mesmo com, sei lá, a KMW para construir um carro sobre lagartas com base nas suas especificações? Ou construir um carro desses é mais complexo/caro que construir um avião? E já se tem a experiência do Guarani, falando nisso.

[gusmano]

Avião dá para fazer média politiqueira, vende uns para os correios mete uns da FAB para levar comida para algum pais que esteja na merda e tal e pronto... agora , um tanque ? Vai fazer o que para para aparecer e ficar de bem com a opinião pública? Invadir a argentina ?

abs

[Bolovo]

Quem desenvolveu foi a Iveco.

E um número de 2044 era uma insanidade ainda maior.

Um número de 2044 num prazo de 20 anos é algo perfeitamente normal pra realidade brasileira.

Então. Vc mesmo respondeu. O modelo será parecido ao Guarani, uma parceria com alguma empresa (pro Guarani foi a IVECO, para a esse novo projeto chuto a KMW que está se instalando em Santa Maria), uma família de blindados sobre lagartas (CC, IFV, engenharia etc), mais de 1000 unidades, entregas e pagamento divididos por décadas. Igualzinho aconteceu com blindado sobre rodas.

[Bolovo]

Avião dá para fazer média politiqueira, vende uns para os correios mete uns da FAB para levar comida para algum pais que esteja na merda e tal e pronto... agora , um tanque ? Vai fazer o que para para aparecer e ficar de bem com a opinião pública? Invadir a argentina ?

abs

Qual foi o milagre que o EB fez para desenvolver e encomendar 2044 veículos blindados sobre rodas? Poxa, para um blindado sobre lagartas a lógica seria a mesma, afinal todos não passam de meros "tanques de guerra".

[Marechal-do-ar]

As pessoas mais jovens, e especialmente no Brasil são muito otimistas. Isso é bom, mas olhar para a realidade e para o que aconteceu no passado não é má ideia. Pensar apenas no futuro sem olhar para os erros do passado, dá sempre, sempre, sempre problema.

Otimismo é achar que um Leo 1 modernizado da para o gasto, não, não da, e o Brasil não deve cair nessa cilada (mais uma vez...), para começar, tudo isso que querem pendurar no Leo 1 para ele ter alguma chance de sobrevivência custa caro, muito caro, da para quase comprar MBTs novos com isso, e qual o valor de combate desse Leo 1 modernizado perante um MBT novo? Ou talvez a melhor pergunta seria, a quantos Leo 1 equivale um MBT novo? Pra mim é claro que o MBT novo é mais interessante.

E não pt, não estou falando de um projeto nacional do zero, apesar de achar que isso ainda faz mais sentido que modernizar os Leo 1, não faço questão que o próximo MBT do EB seja nacional, nem que seja parte da família de blindados, só faço questão que seja um veículo moderno e de qualidade, chega de ferro velho.

[Bolovo]

Para mim é muito simples. Nossos Leopard 1A5 foram comprados pelo preço de um carro de rua. Compramos a última modernização feita pelo país de origem. Ele foi aposentado em seu país de origem e nos principais operadores de exportação. A que conclusão chegamos?