Programa Espacial Brasileiro

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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#151 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 03, 2014 2:18 pm

BrasileiroBR escreveu:Srs(a),

Petição online promovida pelo maior blog aeroespacial do Brasil, que será levada ao congresso (caso alcance o número de assinaturas requeridas), cobrando o comprometimento dos responsáveis com o lançamento do foguete VLM na data de 07 de Setembro de 2015.

Basta colocar nome completo e email:


http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N37568

:arrow:
Como está de fato o desenvolvimento do VLM? É de fato minimamente possível prepará-lo para lançamento este ano, ou mesmo nesta década? Ou colocando pressão extra sobre o programa corremos o risco de ver as coisas feitas às pressas e acabando em outro acidente como o do VLS-3?

Sem estas informações não posso decidir assinar uma petição como esta. Ao contrário do Duda Falcão, eu já não confio mais no PEB faz bastante tempo :? .


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#152 Mensagem por Duka » Qui Abr 03, 2014 4:32 pm

Não seria melhor, do ponto de vista operacional e de flexibilidade, fundar-se uma empresa pública (caso não surgissem interessados privados) para de fato levar adiante nosso programa espacial? Me parece que do jeito que está, não chega a lugar algum.




Abraços
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#153 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 03, 2014 8:50 pm

Duka escreveu:Não seria melhor, do ponto de vista operacional e de flexibilidade, fundar-se uma empresa pública (caso não surgissem interessados privados) para de fato levar adiante nosso programa espacial? Me parece que do jeito que está, não chega a lugar algum.
Também acredito que enquanto o programa for tocado por institutos de pesquisa e não por empresas (civis, estatais ou mistas) vamos continuar patinando.

Mas antes disso ainda o país precisa decidir de uma vez quais os seus reais objetivos com o programa espacial, até para poder definir que tipo e quantas empresas deveriam existir dedicadas ao setor, e fazendo exatamente o que. Sem isso podemos até algum dia quem sabe lançar algum foguete ou construir um satélite, mas serão sucessos esporádicos, o programa continuará sem consistência.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#154 Mensagem por Duka » Qui Abr 03, 2014 9:08 pm

Pois é, sem saber onde se quer chegar fica difícil se descobrir como chegar...




Abraços
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#155 Mensagem por henriquejr » Dom Mai 18, 2014 2:36 pm

O DIA QUE OS RUSSOS ESPIONARAM A BARREIRA DO INFERNO

Matéria completa:
tokdehistoria.com.br/2013/03/10/o-dia-que-os-russos-espionaram-a-barreira-do-inferno/




.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#156 Mensagem por Grifon » Dom Ago 10, 2014 9:38 am

Por que a sétima economia do mundo ainda é retardatária na corrida espacial


RESUMO

Atraso na produção de sistema eletrônico adia mais uma vez a operação do foguete lançador de satélites VLS-1. Onze anos após acidente que matou 21 em Alcântara, problemas como escassez de recursos, ausência de um comando unificado e pouca integração com a indústria mantêm o Brasil nanico no setor.

***

Ainda não É desta vez que o Brasil fará seu primeiro lançamento ao espaço. Onze anos após o acidente que matou 21 técnicos em Alcântara, no Maranhão, o foguete VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) não decolará mais neste ano, conforme programado, nem tem novo prazo previsto.

A empresa Mectron, do grupo Odebrecht, contratada em dezembro de 2010 por R$ 21,5 milhões pela Aeronáutica para produzir o sistema de eletrônica do lançador, não concluiu o trabalho. O prazo de entrega inicial, que era agosto de 2012, já havia sido adiado para dezembro deste ano.

Com isso já são 25 anos desde a primeira data marcada para a estreia, em 1989, desse lançador de pouco menos de 20 metros de altura, um metro de diâmetro, cerca de 50 toneladas, projetado para levar uma carga de 380 kg a uma órbita de 700 km de altitude.

A causa para todo esse retardamento não tem sido apenas a aplicação insuficiente de recursos financeiros, mas também a ausência de um comando unificado, a falta de uma gestão com foco em resultados e o baixo grau de integração com a indústria.

O espírito burocrático dessa empreitada brasileira esteve presente já na sua certidão de nascimento, em agosto de 1961, ao final da visita ao Brasil do soviético Iuri Gagarin, que naquele ano se tornara o primeiro homem a ter chegado ao espaço. Sem definir prazo, um decreto do presidente Jânio Quadros criou um grupo de trabalho, que, por sua vez, tinha a finalidade de criar uma comissão para tratar das atividades espaciais do país. Desde então, o programa espacial nacional só produziu cinco satélites -dois deles em parceria com a China- e um microssatélite, e nenhum foi colocado em órbita pelo Brasil, cujo único lançador é o VLS-1.

Enquanto isso, a Índia, que entrou na exploração do espaço em 1963, já realizou 41 lançamentos de seus três modelos de foguetes a partir de 1975 e produziu 74 satélites de diversos tipos de aplicações. Fora isso, o país asiático mandou ao espaço 45 satélites estrangeiros, colocou duas sondas na órbita da Lua e enviou outra a Marte.

A diferença entre os países começa nos investimentos em programas espaciais. A Índia destina mais de US$ 1 bilhão por ano.

De 1980 a 2011, o Brasil gastou, somadas todas as ações do PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais), um total de R$ 6,15 bilhões (cerca de US$ 2,7 bilhões), segundo resposta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação a requerimento do deputado Claudio Cajado (DEM-BA).

VALE?

Em uma análise de julho de 2012, o consultor legislativo Fernando Carlos Wanderley Rocha, da Câmara dos Deputados, afirmou: "Só em infraestrutura, em apenas quatro anos o Brasil poderá gastar com a Copa do Mundo pelo menos 5,4 vezes mais do que o PNAE gastou em 32 anos". A questão não seria, portanto, a falta de dinheiro, mas se vale a pena investir os recursos disponíveis em lançadores, satélites, pessoal especializado e a infraestrutura necessária.

A resposta a essa questão exige considerar que as atividades espaciais deixaram de ser empreendimentos motivados apenas pela ciência e tecnologia e por razões geopolíticas e militares.

Tanto para os EUA e para a Rússia, que deixaram para trás o foco no pioneirismo de fincar bandeiras fora da Terra, como para outros países, a corrida espacial passou a buscar resultados num mercado que em 2013 movimentou US$ 314 bilhões, com um crescimento de 4% em relação ao ano anterior, segundo a instituição norte-americana Space Foundation.

Desenvolvidos cada vez mais por empresas privadas, os produtos e serviços espaciais extrapolaram as atividades de defesa e pesquisa científica, gerando novas oportunidades comerciais em observação da terra, sistemas de posicionamento global (GPS), telecomunicações -especialmente para telefonia e TV digital- e meteorologia, entre outras áreas.

Integrada à indústria aeronáutica sob a denominação "aeroespacial", a exploração espacial integra esse novo setor da economia, no qual o total de 36,8 mil patentes internacionais em 2012 cresceu para 49,6 mil no ano seguinte. Esse aumento de 30% em inovação foi maior que o das áreas de informática, farmacêutica e cosméticos, segundo relatório do grupo de pesquisas Thomson Reuters divulgado em 30 de junho.

De 2004 a 2013 foram colocados em órbita ao todo 1.236 satélites e sondas por meio de 670 lançadores, segundo o relatório "Space Competitiveness Index 2014". Nesse mesmo período, o PNAE produziu apenas dois satélites, ambos em parceria com a China, e não realizou mais nenhuma tentativa de lançamento com o VLS-1.

Enquanto outros países fizeram investimentos significativos e constantes em busca de maior competitividade na área espacial, o Brasil enfrentou a defasagem entre os valores planejados e os desembolsados. Sem falar no atraso e na descontinuidade dos repasses financeiros. Essas restrições também limitaram o número de testes do VLS-1.

Nas primeiras décadas da corrida espacial, as falhas em testes de protótipos de foguetes nem sempre se tornavam notícia, principalmente na antiga União Soviética e na China. Enquanto nos programas estrangeiros as falhas foram superadas por resultados positivos alcançados com investimentos em testes de lançadores, o Brasil tem apenas a lembrança das tentativas de 1997 e de 1999 e do terrível acidente de 2003 no Maranhão.

Os dois únicos protótipos do VLS-1 lançados até hoje foram detonados pela equipe de controle após a constatação de panes em 1997 e em 1999. As tentativas permitiram obter importantes resultados de qualificação de componentes e de validação de procedimentos. Cada protótipo desses custava na época entre US$ 6 milhões e US$ 7 milhões.

O efeito cumulativo dessas restrições foi enfatizado em 2007 no relatório da comissão externa criada pela Câmara dos Deputados para apurar o incêndio na torre em Alcântara em 2003, com 21 vítimas fatais. Segundo a investigação, a causa da ignição inesperada de um dos propulsores do VLS-1 três dias antes da data prevista para seu lançamento pode ter sido uma descarga eletrostática ou uma falha no sistema elétrico.

DEGRADAÇÃO

O acidente escancarou também graves deficiências organizacionais do programa, a começar pela falta de gerenciamento de riscos. "A longa convivência do projeto com a escassez de recursos humanos e materiais pode ter conduzido a uma dificuldade crescente em perceber a degradação das condições de trabalho e da segurança", destacou o relatório da comissão da Câmara.

"Por que havia 23 pessoas lá e o que cada um estava fazendo? Nada acontece do dia para a noite, há uma sequência de eventos que levaram a isso", afirmou, em entrevista em 2003 ao "Jornal do Engenheiro", o engenheiro húngaro naturalizado brasileiro Jayme Boscov, que gerenciou o programa do VLS-1 do seu início, em 1980, a 1992.

Essas precariedades gerenciais não resultavam apenas da falta de recursos, mas também de uma deficiência organizacional maior e nada nova. O estabelecimento da CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais) só ocorreu dois anos depois do decreto de Jânio Quadros. Foram precisos mais dois anos para que começassem a ser testados pequenos foguetes para sondagem científica da atmosfera e desenvolvimento de lançadores de satélites e de mísseis, no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte.

Em 1969, quando a Apollo-11 chegou à superfície da Lua com dois astronautas dos EUA, o governo da primeira-ministra Indira Gandhi criou a Isro (Organização Indiana de Pesquisa Espacial), com objetivos e metas já definidos para a década seguinte. No Brasil, em outubro daquele ano, ainda sem programa espacial estruturado, os três ministros da Junta Militar que governava o país criaram por decreto o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), em São José dos Campos (SP), para executar projetos aeroespaciais da FAB (Força Aérea Brasileira).

CONTRAMÃO

Em 1971 a CNAE foi extinta para dar lugar, fora da Aeronáutica, ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Para tentar coordenar as duas vertentes, o governo criou no mesmo ano a Cobae (Comissão Brasileira de Atividades Espaciais), ligada ao Estado-Maior das Forças Armadas. Com isso, o comando passou a ser militar, na contramão do que já acontecia em outros países, como destaca Ludmila Deute Ribeiro, consultora em política espacial. "Naquela época, mantendo a participação militar, os principais programas espaciais estrangeiros já estavam adotando o modelo de direção civil e avançavam na transferência, para a iniciativa privada, da produção de lançadores e satélites, completando o ciclo da pesquisa, produção e inovação", observa a pesquisadora.

Em abril de 1975, a Índia colocou em órbita um de seus primeiros satélites por meio de foguetes estrangeiros. "Enquanto isso, no Brasil, as ações do Inpe e do IAE eram estruturadas isoladamente e de baixo para cima, sem partir de um núcleo estruturador", afirma o engenheiro químico Darly Pinto Montenegro, que em 2002 se aposentou do cargo de coordenador de Relações Institucionais do IAE. A Cobae patinava, "atravessada" pelos dois institutos, que não se reportavam a ela, mas aos seus órgãos hierarquicamente superiores. Foi necessário a comissão organizar um seminário em 1977, no Rio, com os dois institutos para tomar conhecimento dos projetos e outras ações de ambos, explica Montenegro, com base em entrevistas que realizou para sua dissertação de mestrado de 1997 na Fundação Getúlio Vargas do Rio.

Como resultado do seminário, surgiu o PNAE, tendo entre suas propostas colocar em órbita um satélite brasileiro com um lançador do próprio país, a Mecb (Missão Espacial Completa Brasileira).

Em 1979, ainda sem o endosso do governo para a Mecb, já haviam se passado dois anos sem avanços. Enquanto isso, em agosto daquele ano, a Índia inaugurava seu lançador SLV-3, com sucesso parcial devido à falha que não permitiu colocar em órbita o satélite que levava. Em novembro, a Cobae realizou outro seminário, em São José dos Campos, do qual extraiu dos gestores do Inpe e do IAE a proposta de, em 1989, colocar em órbita o SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados) com o VLS-1.

Em 9 de abril de 1980, o general João Baptista Figueiredo, então presidente da República, deu aval ao empreendimento e à previsão de 20,85 bilhões de cruzeiros (R$ 3,22 bilhões em valores atualizados), "condicionada a disponibilidade a recursos orçamentários a partir de 1981". Foi o suficiente para a Mecb ter início, mas sem garantia de recursos suficientes.

EMBARGO

Além de sofrer com limitação de recursos, o PNAE passou a enfrentar dificuldades também na importação de componentes e na cooperação internacional. Criado em 1987 por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, o MTCR (Regime de Controle da Tecnologia de Mísseis, na sigla em inglês) estabeleceu embargos visando a não proliferação de foguetes capazes de transportar armas químicas e bacteriológicas, as chamadas armas de destruição em massa.

O alvo, na verdade, eram países não alinhados em sua política externa com esse bloco, como o Brasil, que, além disso, mantinha um programa espacial com um anacrônico comando militar.

Não bastassem as restrições do MTCR ao Brasil, o VLS-1 tem uma característica que fortaleceu as suspeitas de fins militares do PNAE: o uso de combustível sólido. Quase todos os novos projetos de lançadores já haviam aderido à propulsão líquida, que tem a dupla vantagem de liberar mais energia de impulsionamento e de usar câmaras de combustão mais leves -ou seja, de aumentar a força do foguete e também diminuir seu peso-, além de poder ser interrompida, reativada e também controlada.

Por outro lado, uma das poucas vantagens dos propelentes sólidos é não vazar, permitindo longos períodos de armazenamento, o que é importante para mísseis, que precisam ser acionados em poucos segundos após a decisão de dispará-los.

Em outras palavras, além de reforçar as motivações políticas do MTCR, essa opção aumentou também as suspeitas de o VLS-1 ser um lançador de satélite adaptável para servir como míssil balístico.

VÁCUO

A Cobae manteve sua fragilidade organizacional mesmo após a definição de objetivos e metas do PNAE. Longe de ser um núcleo estruturador, a comissão era apenas uma instância da burocracia militar do Estado Maior das Forças Armadas (EMFA), sem profissionais especializados. Segundo o engenheiro eletrônico Aydano Carleial, que foi gerente do programa do satélite no Inpe, ela não tinha capacidade técnica nem visão estratégica para administrar os complexos projetos que estavam sendo desenvolvidos.

"A Cobae era apenas um comando militar com uma dificuldade muito grande para compreender até mesmo aspectos básicos dos programas que gerenciava. Esse vácuo de informação foi muito prejudicial na época", diz Carleial.

Passados oito anos desde o início do PNAE, seu desgoverno se tornou evidente para a Cobae no final de 1987. Enquanto o Inpe estava prestes a concluir o satélite SCD-1, o próprio IAE, da Aeronáutica, estava longe de concluir o primeiro protótipo do VLS-1.

Isso ficou claro em uma conversa informal em Brasília entre o engenheiro aeronáutico e brigadeiro Hugo de Oliveira Piva, na época diretor-geral do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), e o tenente-brigadeiro Paulo Roberto Camarinha, então ministro-chefe do EMFA e presidente da Cobae. Piva propôs a redução do tamanho e do peso do SCD-1. A resposta de Camarinha foi revelada em uma reportagem da Folha de 29 de janeiro de 1989: "Ah, isso não, Piva. Se for pra fazer um satélite menor, é melhor botar logo uma cabeça de negro [explosivo de festa junina] ou um buscapé na ogiva desse foguete de vocês, e soltar".

O diretor-geral do Inpe na época era o matemático Marco Antonio Raupp, que viria a se tornar ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação (2012-14). Já informados extraoficialmente de que o primeiro VLS-1 não ficaria pronto em 1989 e talvez nem no ano seguinte, ele e Carleial pesquisavam custos de lançadores estrangeiros para o satélite. Em maio de 1988, ao saber disso, Camarinha declarou à Folha: "O seu Raupp e o seu Carleial não têm nada de querer comprar foguete lançador nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar. Eles estão sabotando o programa espacial brasileiro. Pode escrever isso no seu jornal".

Em abril de 1989, com Raupp e Carleial já exonerados, o Inpe empurrou para o ano seguinte a conclusão do SCD-1, dando tempo ao programa do VLS-1. Essa espera nunca foi oficialmente assumida e foi inútil, pois o satélite acabou sendo lançado em dezembro de 1993 pelos EUA, na base aérea de Vandenberg, num foguete Pegasus.

AGÊNCIA

A direção do PNAE deixou de ser militar em 1994, no governo Itamar Franco, com a criação da AEB (Agência Espacial Brasileira), vinculada diretamente à Presidência da República. Diferentemente da Cobae, o órgão nasceu com equipe especializada. "Mas nunca conseguiu negociar recursos suficientes para executar programas nem obteve resultados significativos para ampliar a participação da indústria", diz Carleial.

Em 2003, a agência foi transferida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Mesmo antes dessa queda de status governamental, o órgão não conseguiu eliminar a duplicidade gerencial que já existia desde 1971. Em 2010, o Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados, após debates realizados sobre o PNAE, concluiu em seu relatório que esse duplo comando permanecia, e com atuações isoladas do IAE e do Inpe. "Embora tenham sedes situadas lado a lado em São José dos Campos, entre as duas principais unidades executoras do programa espacial brasileiro, as distâncias programáticas e filosóficas são significativas", afirmou o documento.

RESPOSTAS

Em resposta à pergunta da reportagem sobre a razão de o PNAE ainda manter combustível sólido para seu primeiro lançador, o IAE respondeu apenas que a propulsão líquida será adotada nos novos modelos da família VLS, a serem desenvolvidos em projetos de parceria com a Rússia.

A reportagem solicitou entrevista a Raupp sobre supostas tentativas suas, desde que se tornou ministro em 2012, de fazer a AEB voltar a ser diretamente ligada à Presidência da República. Ex-presidente da agência (2011-12) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (2007-11), ele não atendeu à reportagem afirmando ainda estar sob a quarentena de sua saída em março do MCTI.

A AEB não respondeu às perguntas sobre a duplicidade de comando civil e militar do PNAE. Sobre as restrições orçamentárias e financeiras, a agência afirmou por escrito que o programa "é apenas um instrumento de planejamento decenal, no qual são destacadas as orientações e diretrizes estratégicas de ação", e que o governo busca "atender múltiplas necessidades e prioridades, entre elas, pagamento de pessoal, dívidas, investimentos em infraestrutura e projetos de desenvolvimento social e econômico".

A Mectron não atendeu às solicitações de entrevista alegando estar sob sigilo contratual. A reportagem apurou, no entanto, que uma das principais dificuldades da empresa para importar peças foi a recusa de fornecimento por parte de outros países. Apesar de ter concedido entrevista, o IAE respondeu somente por escrito que não houve alteração do custo contratado para a fabricação do sistema de eletrônica do VLS-1 e que a demora se deve a "dificuldades técnicas, relacionadas à complexidade do objeto, uma vez que se trata de equipamentos não disponíveis no país".

PRIORIDADES

O Brasil precisa rever suas prioridades espaciais, afirmaram participantes de debates sobre o tema nos últimos anos. Além da Câmara dos Deputados, em 2010, conclusões semelhantes a essa também foram apontadas por especialistas em fóruns promovidos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2011, e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, em 2012. Essa é também a opinião de Carleial, aposentado do Inpe desde 1997 e hoje consultor independente e presidente da Associação Aeroespacial Brasileira.

Um bom sinal do começo da libertação do PNAE do peso de sua tradição burocrática, segundo Ludmila Deute Ribeiro, foi o lançamento, em 19 de junho, na Rússia, do NanoSatC-Br1, o primeiro minissatélite brasileiro.

A saída efetiva desse passado dependerá também da maior participação da iniciativa privada, que, de acordo com a pesquisadora, pode oxigenar o programa espacial brasileiro, sufocado pelas regras da administração pública, incompatíveis com o dinamismo necessário ao desenvolvimento tecnológico. "O governo federal, com as instituições militares, foi o berço do programa espacial brasileiro, mas nenhum programa deve viver eternamente no berço."

MAURÍCIO TUFFANI, 57, é jornalista especializado em ciência, colaborador da Folha e mantém um blog no site do jornal.

CAMILLE KACHANI, 50, é artista plástico.

Fonte : http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissi ... cial.shtml




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#157 Mensagem por LeandroGCard » Dom Ago 10, 2014 10:49 am

Grifon escreveu:
Por que a sétima economia do mundo ainda é retardatária na corrida espacial


RESUMO

Atraso na produção de sistema eletrônico adia mais uma vez a operação do foguete lançador de satélites VLS-1. Onze anos após acidente que matou 21 em Alcântara, problemas como escassez de recursos, ausência de um comando unificado e pouca integração com a indústria mantêm o Brasil nanico no setor.

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A saída efetiva desse passado dependerá também da maior participação da iniciativa privada, que, de acordo com a pesquisadora, pode oxigenar o programa espacial brasileiro, sufocado pelas regras da administração pública, incompatíveis com o dinamismo necessário ao desenvolvimento tecnológico. "O governo federal, com as instituições militares, foi o berço do programa espacial brasileiro, mas nenhum programa deve viver eternamente no berço."

MAURÍCIO TUFFANI, 57, é jornalista especializado em ciência, colaborador da Folha e mantém um blog no site do jornal.

CAMILLE KACHANI, 50, é artista plástico.

Fonte : http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissi ... cial.shtml
Volto a afirmar,

A melhor maneira de conseguir que o Brasil realize alguma coisa significativa no setor espacial no menor prazo possível é encerrar de vez o programa e desmontar tudo o que foi montado até agora, voltando a começar do zero daqui a alguns anos. Sem isso é ficar para sempre correndo atrás do rabo. E não tem parceria internacional ou inclusão de iniciativa privada que dê jeito. A parceria com a Rússia nunca decolou, a da Ucrânia nos fez gastar centenas de milhões em infra-estrutura para lançar um foguete que provavelmente jamais existirá. E agora se vê que contratação da Mectron não está resolvendo nada.

Não tem outro jeito, pau que nasce torto morre torto.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#158 Mensagem por motumbo » Ter Ago 19, 2014 4:09 pm

Vcs viram que vai ter concurso para a AEB? To com vontade de fazer.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#159 Mensagem por nveras » Ter Ago 19, 2014 4:40 pm

LeandroGCard escreveu:
Grifon escreveu:
Volto a afirmar,

A melhor maneira de conseguir que o Brasil realize alguma coisa significativa no setor espacial no menor prazo possível é encerrar de vez o programa e desmontar tudo o que foi montado até agora, voltando a começar do zero daqui a alguns anos. Sem isso é ficar para sempre correndo atrás do rabo. E não tem parceria internacional ou inclusão de iniciativa privada que dê jeito. A parceria com a Rússia nunca decolou, a da Ucrânia nos fez gastar centenas de milhões em infra-estrutura para lançar um foguete que provavelmente jamais existirá. E agora se vê que contratação da Mectron não está resolvendo nada.

Não tem outro jeito, pau que nasce torto morre torto.


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A verdade é que o Brasil quer lançar foguete com trocado. Tratam a AEB como qualquer outro órgão público, com cortes de orçamento todos os anos. O que falta é política, é interesse político. Basta ver que quando morreram os 22 técnicos, nenhum presidente ou político apareceu nem no local e nem para fazer um pronunciamento a nação. Morreu um candidato ao governo e todo mundo correu pra aparecer na imprensa e declarar luto. Países necessitam de governantes competentes e com visão de futuro. Dessa corja que nós chamamos de políticos eu não espero nada.




Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#160 Mensagem por LeandroGCard » Ter Ago 19, 2014 7:35 pm

nveras escreveu:A verdade é que o Brasil quer lançar foguete com trocado. Tratam a AEB como qualquer outro órgão público, com cortes de orçamento todos os anos. O que falta é política, é interesse político. Basta ver que quando morreram os 22 técnicos, nenhum presidente ou político apareceu nem no local e nem para fazer um pronunciamento a nação. Morreu um candidato ao governo e todo mundo correu pra aparecer na imprensa e declarar luto. Países necessitam de governantes competentes e com visão de futuro. Dessa corja que nós chamamos de políticos eu não espero nada.
A questão não é e jamais foi a falta de dinheiro, basta ver que nos últimos anos gastamos 500 milhões para construir a infra-estrutura necessária para lançar o Cyclone-4, foguete que provavelmente jamais irá sequer existir :roll: !

O grande problema é que o Brasil nunca teve e não tem nenhum objetivo concreto na conquista do espaço, o programa foi desde o início idealizado apenas como uma área de pesquisa acadêmica. A FAB queria basicamente criar uma massa de especialistas com conhecimentos suficientes para desenvolver mísseis de médio e longo alcance se isso um dia fosse decidido, mas jamais nenhum projeto específico foi sequer imaginado. O próprio VLS não passa de uma acochambração para tentar lançar um satélite qualquer com o mesmo motor foguete do Sonda-IV, que por sua vez desde o princípio foi pensado apenas como um marco acadêmico de pesquisa (tanto que nunca mais foi sequer lançado). E os satélites que se começou a desenvolver sempre tiveram como limitação de projeto a capacidade de carga do VLS, pequena demais para permitir a construção de qualquer coisa de uso prático. Ninguém sério no planeta hoje sequer se dá ao trabalho de desenvolver foguetes com capacidade de carga tão pequena :? .

Uma analogia que pode facilitar entender a situação é pensar na área de aviões. O IAE e o INPE são como o CTA, uma entidade que realiza pesquisas acadêmicas e no máximo elabora normas de aplicação na área (já a AEB é um órgão absolutamente inútil que não serve para nada além de gerar apresentações Powerpoint que nem eles mesmos levam a sério). Quem de fato faz aviões são empresas como a Embraer, e não o CTA, seria até ridículo esperar que ele fizesse isso. Mas o governo espera que estes dois órgão, basicamente acadêmicos, consigam projetar e construir alguma coisa que funcione, o que previsivelmente não aconteceu até hoje e não parece ter muitas chances de acontecer no futuro discernível.

Não vai dar certo, o que o PEB precisa é de engenheiros e projetistas com experiência em projetos e administração, o tipo de profissionais que existe dentro de uma Embraer da vida. Mas ao invés disso o governo vai contratar mais doutores, oriundos diretamente da área acadêmica e selecionados por concurso ao invés de experiência :roll: . Ou seja, não vai mudar nada. Por isso minha opinião é que a solução é parar tudo, extinguir a AEB e transformar o INPE e o IAE em faculdades ou institutos de pesquisa puramente teóricos. Depois começar a pensar no que o país realmente pode querer no espaço, sem ninguém de nenhum destes órgãos para interferir, e daqui a alguns anos montar um programa de verdade que possa atender as necessidades que forem identificadas. Se nesta altura o IAE e o INPE puderem contribuir com alguma coisa vá lá, mas apenas como órgãos consultivos e nunca, jamais como os executores.

É o que penso.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#161 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Ago 28, 2014 4:08 pm

Eu gosto desse nome "Barreira do Inferno".




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#162 Mensagem por Skyway » Sáb Ago 30, 2014 10:06 am

Pessoal, alguém tem notícia do VS-30 que ia ser lançado ontem do CLA? Não encontro notícias em lugar nenhum, se foi ou não lançado, se deu certo ou não...nada.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#163 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Ago 30, 2014 3:14 pm

Skyway escreveu:Pessoal, alguém tem notícia do VS-30 que ia ser lançado ontem do CLA? Não encontro notícias em lugar nenhum, se foi ou não lançado, se deu certo ou não...nada.
Segundo o blog Brazilianspace o lançamento foi adiado, mas nenhuma explicação foi dada sobre motivos ou nova previsão para o lançamento. Contudo, comentários no blog indicam que o motivo teria sido o mau tempo.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#164 Mensagem por akivrx78 » Dom Ago 31, 2014 4:55 pm

Satélite construído por Brasil e China passa por testes térmicos
Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China
Por Abner @abnerssantana · Publicado em 30 de agosto de 2014 21:15
Imagem
cbers-3

Satélite construído por Brasil e China em parceria cumpriu mais uma fase das atividades de montagem, integração e testes (AIT). Os ensaios térmicos foram concluídos na sexta-feira 22 de agosto, por especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) que trabalham em conjunto no centro chinês, em Pequim.

Nesta fase, o satélite sino-brasileiro foi submetido aos testes de balanço térmico (TBT) para checar se o projeto térmico está funcionando de acordo com o especificado e também ajustar os modelos matemáticos térmicos que serão utilizados mais tarde para prever as temperaturas em várias condições orbitais.

Também foi realizado o teste termovácuo (TVT), que simula as temperaturas altas e baixas que o satélite irá enfrentar no espaço para averiguar o funcionamento de seus vários subsistemas e uma possível degradação dos materiais.

Nestes testes todos os equipamentos e subsistemas do satélite são testados exaustivamente por aproximadamente 20 dias seguidos com alternância de calor e frio. Se durante os testes é identificado alguma anomalia, é possível resolver antes do lançamento, explica o engenheiro Antonio Carlos de O. Pereira Jr., do Inpe.

A impossibilidade de conserto em órbita torna imprescindível a simulação em Terra de todas as condições que o satélite irá enfrentar desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.
Programa Cbers

Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China, que em parceria mantêm o Cbers (China-Brazil Earth Resources Satellite). O programa é um exemplo bem-sucedido de cooperação em matéria de alta tecnologia e é um dos pilares da parceria estratégica sino-brasileira.

O lançamento do CBERS-4, inicialmente programado para 2015, foi antecipado para dezembro de 2014 após a falha ocorrida com o foguete chinês, no final de 2013, que causou a perda do Cbers-3. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).

As imagens obtidas a partir dos satélites da série Cbers permitem uma vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e monitoramento do desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até estudos na área de desenvolvimento urbano.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#165 Mensagem por arcanjo » Ter Set 02, 2014 4:57 pm

Com lançamento do VS-30, Brasil entra no grupo dos países com tecnologia própria de veículos espaciais

Brasília, 2/9/2014 - O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, realizou com sucesso o lançamento do foguete VS-30 V13. O voo do veículo, que teve como carga útil ativa um motor L5 movido a combustível líquido ocorreu às 23 horas e 02 minutos desta segunda-feira (1/9).

Este foi o 13º voo do VS-30. Foram 3 minutos e 34 segundos até que o veículo alcançasse a área de segurança prevista.

Imagem

Um dos experimentos desenvolvidos na operação foi a avaliação do desempenho do veículo impulsionado pelo motor L5. Foram 90 segundos nos quais o módulo de experimentos do VS-30 foi alimentado por oxigênio líquido e etanol. “Neste primeiro voo do Estágio Propulsivo Líquido verificou-se o bom funcionamento do motor L5 durante os 90 segundos previstos”, afirmou o Coronel-Aviador Avandelino Santana Júnior, Coordenador Geral da Operação Raposa.

Adiamento

Durante o voo também foram feitas a coleta de dados para estudos de um GPS de aplicação espacial desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e de um dispositivo de segurança para veículos espaciais, concebido no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

De acordo com coordenador, o lançamento previsto para ocorrer na última sexta-feira (29) foi adiado para que as equipes verificassem um problema de pressurização no sistema de abastecimento do veículo.

“Após os ensaios realizados no final de semana, decidimos transferir as atividades para o período da tarde desta segunda, culminando com o lançamento noturno a fim de solucionar dificuldades de abastecimento do Estágio Propulsivo Líquido (EPL) com oxigênio líquido. Não tenho dúvidas de que tiramos lições importantes com esta operação e que colocamos o Brasil num rol de países que detém tecnologia própria para operar veículos espaciais movidos a propelente líquido”, explicou o Coronel Santana Júnior.

Para o Diretor do CLA, coronel Cesar Demétrio Santos, o lançamento desta segunda-feira representou um salto evolutivo na missão da organização. “Com a Operação Raposa, o CLA alcança um patamar de importância estratégica ainda maior no conjunto do Programa Nacional de Atividades Espaciais. Demos um passo essencial visando a operação de veículos espaciais movidos a combustível líquido, que permitem uma maior capacidade de carga e precisão de inserção em órbita, essenciais para atividades envolvendo o Veículo Lançador de Satélite (VLS) e sucessores”, afirma o diretor.

Operação Raposa

A Operação Raposa, iniciada no último dia 12 de agosto, é financiada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e contou com o apoio de esquadrões de transporte de carga e pessoal, helicópteros e patrulha marítima da Força Aérea Brasileira (FAB).

O IAE é o responsável pelo fornecimento, integração e treinamento das equipes que atuam no projeto do veículo, inclusive a carga-útil EPL L5 e o sistema de transmissão de dados. A Orbital Engenharia é responsável pelo Sistema de Alimentação Motor Foguete (SAMF) e pela integração das redes elétricas, juntamente com a equipe do IAE. A coordenação geral da operação é de responsabilidade do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) participou da operação com trabalhos de coleta de dados em voo por meio de uma estação móvel de telemetria. O CLA se responsabiliza pelo lançamento, rastreio, coleta de dados, segurança de superfície e voo. Outra participação importante é do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) que responde pela verificação da calibração dos instrumentos.

A Marinha do Brasil (MB) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizaram a interdição do tráfego marítimo e aéreo na região, respectivamente, condição importante para o sucesso da operação.

Fotos e informações: Agência Força Aérea
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

http://www.defesa.mil.br/noticias/13608 ... -espaciais

abs.

arcanjo




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