TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71446 Mensagem por kirk » Qui Ago 07, 2014 10:46 pm

LeandroGCard escreveu:
NovaTO escreveu:No meu entender, sobre os russos, foram eles que não levaram a sério o peso das Tots, especialmente com uma encomenda de 36. Se fosse 120, talvez a oferta deles teria sido outra. :?

36 está mais para 12 como os M-35 do que 120 (que pode até chegar a esse número o FX-2, com encomendas subsequentes, mas sem garantias por enquanto).

[]'s
Acredito que a coisa tenha sido bem por aí mesmo.

Os russos não tem a tradição e a cultura de "vendedor" que existe nos países ocidentais e com a qual nosso pessoal está acostumado. Aquela velha e conhecida estória de prometer tudo, jamais dizer não, e depois entregar o mínimo possível e cobrar valores absurdos por tudo o que não estiver detalhado ao máximo nos contratos. Para eles transferência de tecnologia significa o que deveria significar, capacitar a desenvolver igual (sem as embromações de passar os programas das máquinas CNC ou o serviço de detalhamento de desenhos de manufatura, que isso não acrescenta absolutamente nada). Mas se o papo era de 36 aviões eles assumiram este número como ponto pacífico e concluíram que nenhuma transferência de tecnologia significativa seria economicamente viável, simples assim, e qualquer discussão sobre o tema era non-sense. E aposto que nenhum dos brasileiros presentes, que já não tinham nenhuma simpatia pelos russos ("O Inimigo" até bem pouco tempo) ou já estava "caindo de amores" pelos franceses se deu ao trabalho de mudar esta impressão deles (por sinal, pela lógica, correta - eles não tinham ideia do quão ilógico e passional é o nosso país).

Eu mesmo soube de primeira mão de uma história assim com os russos. Logo que o governo (acho que foi o Collor) liberou a importação de automóveis estrangeiros a companhia russa Lada foi uma das primeiras empresas a vir ao Brasil mostrar seus carros (que eram uma porcaria, mas tinham preços razoáveis). Um colega meu que era piloto de provas da empresa de motores diesel onde eu trabalhava na época foi indicado para testar o Lada Laika, em um circuito que ele já conhecia pelos testes que fazia de pickups equipadas com os nossos motores, seguindo os protocolos comuns deste setor. Ele me contou que no teste de aceleração ele estava pilotando enquanto um russo no banco do carona dava as instruções, através de um intérprete sentado no banco de trás ao lado do engenheiro que fazia as anotações.

No retão escolhido o carro acelerou bem, com desempenho bastante razoável até os 120Km/h, mas aí parou de acelerar e permaneceu nesta velocidade por mais que ele apertasse o acelerador. Meu colega ficou confuso, achando que poderia ser até um defeito no carro que até ali ia bem, e perguntou ao russo o que estava acontecendo. E o russo simplesmente respondeu que o limitador de velocidade havia entrado em ação e "travado" o carro em 120km/h, a velocidade máxima permitida pela lei brasileira! E contou orgulhoso que os engenheiros russos tinham trabalhado bastante para conseguir desenvolver este limitador barato, seguro e eficiente em tempo recorde, de forma que os testes no Brasil pudessem ser feitos no cronograma pré-agendado.

Em nenhum momento ocorreu aos russos que ninguém no Brasil em sã consciência compraria um automóvel que tivesse a velocidade máxima limitada aos 120km/h, mesmo que este fosse o limite legal no país! Para eles era mais do que evidente que todos adorariam ter no carro um sistema que seguisse automaticamente o que estava nas normas estabelecidas para o tráfego, evitando multas e acidentes. Claro que o teste acabou na hora, e não recomeçou até os russos desativarem o tal limitador de velocidade. Ou seja, no projeto (e na discussão sobre sua implantação) segue-se o que está escrito, não se sub-entende nada diferente.

Por isso eu não duvido nada de que tenha ocorrido algo assim quando os negociadores brasileiros foram a uma reunião com um número oficial de 36 aviões, nem quiseram falar sobre um número maior, e pediram ToT´s neste cenário. A conclusão lógica era mesmo que isso não era possível. Se o Brasil quisesse tecnologia para desenvolver seus próprios caças no futuro era isso que ele deveria ter pedido diretamente, e colocado a compra inicial de 36 unidades iniciais basicamente como um sinal de boa-vontade dentro de um escopo maior. E não insistir em discutir sobre apenas 36 aviões para complementar uma força aérea que na altura já estava até modernizando as demais aeronaves de combate que possuía para operá-las sabe-se lá por quantas décadas mais ou seja, dando a nítida impressão de que ia ficar só nestas 36 unidades mesmo, o que até prova em contrário são as únicas que temos com certeza intenção de adquirir no futuro previsível - ou na verdade nem tanta certeza assim já que nenhum contrato foi ainda assinado e amanhã podem vir falar em 24 ou mesmo apenas 12, que era a dotação de M-III do GDA. E o fato de estarmos construindo fábricas e tentando desenvolver fornecedores locais não quer dizer nada, simples canetadas já mataram programas deste mesmo tipo antes.


Leandro G. Card
Boa Noite Leandro,

Eu concordo contigo, mas acrescentaria que tal pragmatismo não se trata de uma característica exclusivamente russa, na realidade, País nenhum transfere tecnologia sensível, nem Rússia, nem EUA, nem França, nem Suécia, nem por 36 aeronaves e nem por 120, exceto quando há real interesse, dos envolvidos.

No máximo concedem licença para "fabricação" local (leia-se montagens de kits), como exemplo F-16 foi "fabricado" por Bélgica , Holanda, Turquia, Coréia do Sul e Japão, o Mirage por Austrália, Suíça e Bélgica, o SU-30 é "fabricado" sob licença pela Índia e como sabemos nenhum desses países tornou-se um fabricante mundial de aeronaves, pelo contrário, tornaram-se altamente dependentes dos "Jefes" numa relação de subordinação que beira a submissão.

Tem alguns aficionados que dizem "não, os indianos fabricam TUDO, de trem de pouso a estabilizador vertical, passando pelo motor", mas raciocine comigo, amigo, se de fato tivessem recebido e absorvido real ToT estariam capengando com o Tejas até hoje? ... e o Kavery? ... e como mencionei não é prerrogativa russa não, USA e França é a mesma coisa ... é ToT de apertar parafuso e olha lá.

Isso é muito diferente de co-desenvolvimento nos moldes do AMX que por mais criticado que seja, tornou o Brasil um fabricante mundial de aeronaves.

O caso suéco é uma daquelas oportunidades que acontecem uma única vez na vida, se você pegar, sorte sua, senão o cavalo passa arriado e depois não passa nunca mais e no caso do cavalo Gripen, acho que pegamos o bicho pelo rabo, já ia escapando ...

Penso, acredito, que o Gripen NG foi idealizado com um alvo certo para o FX brasileiro, no FX-1, foi muito bem avaliado, porém havia a reclamação unânime sobre o raio de ação e os suécos perceberam que para países com territórios grandes isso precisava ser sanado ... mas, estavam de olho principalmente em outros três fatores essenciais para o sucesso da sua indústria aeronáutica (Gripen), que por sua vez são deficientes para a Saab, são eles :

1) Uma base mundial de manutenção, no oriente, no ocidente, América Latina, enfim, o alcance mundial da Embraer que tem base de manutenção nos cinco continentes;

2) Essa base de manutenção teria que proporcionar a credibilidade necessária para dar confiança que o comprador seria atendido rapidamente em qualquer lugar do mundo, precisava de uma marca mundial e forte para o produto Gripen, EMBRAER, assim o segundo "fator essencial" é que houvesse um comprador que tenha uma indústria aeronáutica de ponta e mundialmente conhecida que reúna condições de absorção da tecnologia proposta.

3) Precisava de "Projeção Política Mundial" um grande País por trás, dando suporte político ao produto Gripen, a Saab sempre teve carência desse apoio político forte nos bastidores, assim como LM e Boeing tem o US Gvt, a Dassault tem a França, Sukhoi e Mig tem a Rússia, compra de armas envolve muito alinhamento político e geo-estratégico, a suéca Saab necessita MUITO do "emergente" peso político do Brasil, principalmente considerando o "público alvo" da aeronave, os não alinhados e novos emergentes que reúnem condições financeiras para aprimorar sua FA mas não de adquirir F-35, nem outros com preços similares. É exatamente a esfera de influência do Brasil.

Esse fatores já vem sendo reconhecidos pelos especialistas:
As análises em geral, tanto no meio especializado aeronáutico e militar, e econômico e industrial, são convergentes ao avaliar que a decisão brasileira tem uma ascendência importante no futuro do mercado global de aeronaves de combate, e impacta profundamente (e positivamente) nos rumos da SAAB, sendo assim, de maior relevância estratégica para a Suécia, que propriamente ao Brasil.
http://www.defesanet.com.br/fia/noticia ... so-favor-/
E é por isso e somente por isso, que houve uma proposta de REAL transferência de conhecimento sensível e co-desenvolvimento por parte dos suécos da Saab, porque há de fato REAL INTERE$$E, desses parceiros de se "associar" ao Brasil na produção e desenvolvimento do Gripen.

Por isso falam em co-propriedade intelectual, por isso o mot "Orgulho de se Tornar Brasileiro", isso é de interesse de nossos parceiros, assim como, CLARO, também é de nosso interesse.

Se de fato, o mais importante no FX-2 é real ToT, não há dúvida sobre a escolha no FX-2.

Sds
kirk




[] kirk

Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71447 Mensagem por Carlos Lima » Sex Ago 08, 2014 3:14 am

Acho que é bom aguardar a divisão do trabalho para sabermos realmente a amplitude da cooperação nesse programa e principalmente a nossa "real" importância na sua concepção e execução.

O que está claro hoje é que teremos uma certa importância com relação ao trabalho a ser feito na fuselagem da aeronave. Com relação a aviônica, FBW, Motor, etc (que correspondem a mais de 50% do projeto da aeronave, e que são de maior importância do que a lataria da fuselagem) é bom aguardar a assinatura dos acordos finais para sabermos qual será a parte que cabe ao Brasil.

Um grande compromisso industrial por conta de 36 aeronaves é algo caro e com resultados questionáveis já que uma aeronave dessa precisa ser mantida por muitos anos e logicamente as empresas que participam do programa tem que ter vida e folego 'além do Gripen'.

É uma questão delicada pois da mesma forma que várias promessas estão sendo feitas ao Brasil, na própria Suécia e em outros países ínumeras empresas já estão comprometidas com o projeto inclusive participando da construção do protótipo dessa aeronave (e aí? Os atuais parceiros que estão construindo o protótipo serão 'retirados' do programa e colocaremos empresas nacionais? Elas são qualificadas para isso? Quanto tempo demorará para elas chegarem a altura e competência de alguns dos atuais parceiros que já estão trabalhando no protótipo? Quem vai pagar por isso?).

Por essas e outras que temos que saber separar a realidade das palavras e frases de efeito da propaganda, pois a realidade não é bem assim e envolve muitas negociações, e potenciais divisões do trabalho que talvez não agrade a todos (o que é normal em qualquer programa).

A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.

O que AM-X ensinou foi termos muita cautela com parcerias aonde não somos os 'criadores' da aeronave (é só ler a "A Decolagem de um Sonho" e o capítulo do AM-X para terem uma idéia e que cada um chegue as suas conclusões).

Enfim... todas as vezes que eu leio frases de efeito e coisas sobre nossa 'liderança' e similares eu me lembro do que diziam na época do AM-X e coloco as minhas barbas de molho até ver o contrato assinado com os % e divisão real do trabalho divulgada.

Se for tudo muito bom... ótimo para o Brasil, só temos a ganhar com isso e tudo bem :) , mas temos que ficar de olho. ;)

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71448 Mensagem por Alcantara » Sex Ago 08, 2014 9:20 am

Carlos Lima escreveu:A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.

O que AM-X ensinou foi termos muita cautela com parcerias aonde não somos os 'criadores' da aeronave (é só ler a "A Decolagem de um Sonho" e o capítulo do AM-X para terem uma idéia e que cada um chegue as suas conclusões).
A sua opinião não coaduna com a opinião da própria Embraer. Ela afirma que o desenvolvimento do AMX permitiu entender "como funciona" o projeto de um avião a jato. Isso foi fundamental para o projeto do jato regional ERJ-145, iniciado em 1989.

Ou seja, sem o envolvimento no projeto AMX, a Embraer não teria o condições de passar do Brasília ao ERJ-145.


Abraços.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71449 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Ago 08, 2014 10:28 am

Alcantara escreveu:
Carlos Lima escreveu:A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.

O que AM-X ensinou foi termos muita cautela com parcerias aonde não somos os 'criadores' da aeronave (é só ler a "A Decolagem de um Sonho" e o capítulo do AM-X para terem uma idéia e que cada um chegue as suas conclusões).
A sua opinião não coaduna com a opinião da própria Embraer. Ela afirma que o desenvolvimento do AMX permitiu entender "como funciona" o projeto de um avião a jato. Isso foi fundamental para o projeto do jato regional ERJ-145, iniciado em 1989.

Ou seja, sem o envolvimento no projeto AMX, a Embraer não teria o condições de passar do Brasília ao ERJ-145.


Abraços.
E já foi me dito (por ex-colegas de graduação) que a importância do programa AMX é muito enfatizada no Programa de Especialização da Embraer. Mas deve ser bobagem, afinal a Embraer sabe de nada... inocente!

Abraços,

Wesley




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71450 Mensagem por joao fernando » Sex Ago 08, 2014 11:02 am

Vcs estão desmentindo o próprio Ozires Silva...rsss

ERJ 145 é um Brasilia a jato. No proprio site da Embraer existe a historia toda do projeto, das asas e sua similaridade com o Brasilia. Não falam nada de AMX. Alias, Ozires diz que o projeto foi complicado pacas, ao contrario do Xavante




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71451 Mensagem por LeandroGCard » Sex Ago 08, 2014 11:39 am

Carlos Lima escreveu:A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.
Carlos, eu estagiei na Embraer na época em que os primeiros AMX de série estavam sendo produzidos, e acompanhei bastante a evolução da empresa logo a seguir porque tinha muito interesse em ir trabalhar lá. E posso te garantir que o programa AMX não teve absolutamente nada a ver com a crise financeira que se abateu sobre a empresa naquela época, ela foi causada por razões ligadas à sua privatização, que já expliquei em outros tópicos.

O AMX também não representou a revolução tecnológica para a Empresa com é divulgado em alguns meios e que muitos imaginam, na verdade ele foi um projeto bastante conservador para a época e trouxe poucos benefícios em termos tecnológicos para a empresa. Basicamente ele justificou a implantação de uma linha de máquinas de usinagem CNC de 5 e 6 eixos de grande porte (que muitas outras empresas além da Embraer estavam comprando na época também, não era nada de outro mundo) e deu experiência na integração de alguns sistemas militares, o que depois foi aproveitado no ST e nas modernizações do F-5, do A-4 e do próprio AMX. De resto a Embraer aprendeu muito pouco com o projeto deste caça bombardeiro (até porque a maior parte dele foi feita na Itália), de fato os programas que realmente foram os grandes divisores de águas para a empresa foram o do EMB-120 Brasília e o de seu sucessor, o EMB-145.
Alcantara escreveu:A sua opinião não coaduna com a opinião da própria Embraer. Ela afirma que o desenvolvimento do AMX permitiu entender "como funciona" o projeto de um avião a jato. Isso foi fundamental para o projeto do jato regional ERJ-145, iniciado em 1989.

Ou seja, sem o envolvimento no projeto AMX, a Embraer não teria o condições de passar do Brasília ao ERJ-145.
Esta informação faz pouco sentido, já que a integração de motores a jato em aeronaves comerciais é suportada pelos próprios fabricantes dos motores, e é bem diferente da integração dos motores de aviões de combate (até as normas são diferentes).


Leandro G. Card




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71452 Mensagem por pafuncio » Sex Ago 08, 2014 1:01 pm

Excepcional post, leandro.

Obrigado.

Abs.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71453 Mensagem por Carlos Lima » Sex Ago 08, 2014 1:07 pm

LeandroGCard escreveu:
Carlos Lima escreveu:A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.
Carlos, eu estagiei na Embraer na época em que os primeiros AMX de série estavam sendo produzidos, e acompanhei bastante a evolução da empresa logo a seguir porque tinha muito interesse em ir trabalhar lá. E posso te garantir que o programa AMX não teve absolutamente nada a ver com a crise financeira que se abateu sobre a empresa naquela época, ela foi causada por razões ligadas à sua privatização, que já expliquei em outros tópicos.

O AMX também não representou a revolução tecnológica para a Empresa com é divulgado em alguns meios e que muitos imaginam, na verdade ele foi um projeto bastante conservador para a época e trouxe poucos benefícios em termos tecnológicos para a empresa. Basicamente ele justificou a implantação de uma linha de máquinas de usinagem CNC de 5 e 6 eixos de grande porte (que muitas outras empresas além da Embraer estavam comprando na época também, não era nada de outro mundo) e deu experiência na integração de alguns sistemas militares, o que depois foi aproveitado no ST e nas modernizações do F-5, do A-4 e do próprio AMX. De resto a Embraer aprendeu muito pouco com o projeto deste caça bombardeiro (até porque a maior parte dele foi feita na Itália), de fato os programas que realmente foram os grandes divisores de águas para a empresa foram o do EMB-120 Brasília e o de seu sucessor, o EMB-145.
Alcantara escreveu:A sua opinião não coaduna com a opinião da própria Embraer. Ela afirma que o desenvolvimento do AMX permitiu entender "como funciona" o projeto de um avião a jato. Isso foi fundamental para o projeto do jato regional ERJ-145, iniciado em 1989.

Ou seja, sem o envolvimento no projeto AMX, a Embraer não teria o condições de passar do Brasília ao ERJ-145.
Esta informação faz pouco sentido, já que a integração de motores a jato em aeronaves comerciais é suportada pelos próprios fabricantes dos motores, e é bem diferente da integração dos motores de aviões de combate (até as normas são diferentes).

Leandro G. Card
Olá Leandro você tem razão!

Desculpe, eu cometi um erro quando estava colocando o meu post e o que eu queria dizer é que a "Embraer quase quebrou por conta do Brasil "na época das entregas" do AM-X.

Como afirmei antes, eu concordo com o que você diz, a Embraer deve muito ao Brasília e se esse não teríamos o EMB-145.

[]s
CB_Lima




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71454 Mensagem por Carcará » Sex Ago 08, 2014 1:08 pm

Carlos Lima escreveu:Acho que é bom aguardar a divisão do trabalho para sabermos realmente a amplitude da cooperação nesse programa e principalmente a nossa "real" importância na sua concepção e execução.

O que está claro hoje é que teremos uma certa importância com relação ao trabalho a ser feito na fuselagem da aeronave. Com relação a aviônica, FBW, Motor, etc (que correspondem a mais de 50% do projeto da aeronave, e que são de maior importância do que a lataria da fuselagem) é bom aguardar a assinatura dos acordos finais para sabermos qual será a parte que cabe ao Brasil.

Um grande compromisso industrial por conta de 36 aeronaves é algo caro e com resultados questionáveis já que uma aeronave dessa precisa ser mantida por muitos anos e logicamente as empresas que participam do programa tem que ter vida e folego 'além do Gripen'.

É uma questão delicada pois da mesma forma que várias promessas estão sendo feitas ao Brasil, na própria Suécia e em outros países ínumeras empresas já estão comprometidas com o projeto inclusive participando da construção do protótipo dessa aeronave (e aí? Os atuais parceiros que estão construindo o protótipo serão 'retirados' do programa e colocaremos empresas nacionais? Elas são qualificadas para isso? Quanto tempo demorará para elas chegarem a altura e competência de alguns dos atuais parceiros que já estão trabalhando no protótipo? Quem vai pagar por isso?).

Por essas e outras que temos que saber separar a realidade das palavras e frases de efeito da propaganda, pois a realidade não é bem assim e envolve muitas negociações, e potenciais divisões do trabalho que talvez não agrade a todos (o que é normal em qualquer programa).

A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.

O que AM-X ensinou foi termos muita cautela com parcerias aonde não somos os 'criadores' da aeronave (é só ler a "A Decolagem de um Sonho" e o capítulo do AM-X para terem uma idéia e que cada um chegue as suas conclusões).

Enfim... todas as vezes que eu leio frases de efeito e coisas sobre nossa 'liderança' e similares eu me lembro do que diziam na época do AM-X e coloco as minhas barbas de molho até ver o contrato assinado com os % e divisão real do trabalho divulgada.

Se for tudo muito bom... ótimo para o Brasil, só temos a ganhar com isso e tudo bem :) , mas temos que ficar de olho. ;)

[]s
CB_Lima
Olá amigo,

Agora fiquei confuso. Se (com toda a razão que lhe dou) temos que ter ressalvas e pé atras com as propostas de Tot do Projeto Gripen, que participou da short list, foi analisado, estudado e está sendo negociado conosco. Porque não ter ressalvas e acreditar de peito aberto em outra proposta ("grande oportunidade perdida") que não passou por qualquer tipo de crivo ou analise?

Sinceramente não entendi!

Grande Abraço!

"Carcará" Mascarenhas




CAMPANHA ANTI-FLOOD: OU POSTA KÔZA QUE PRESTE, QUE VÁ SOMAR, OU FICA SÓ LENDO. CHAT É NO MSN & QUETALES!!!

Colaborem, tigrada!!! (By Túlio)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71455 Mensagem por Carlos Lima » Sex Ago 08, 2014 1:21 pm

Carcará escreveu:
Carlos Lima escreveu:Acho que é bom aguardar a divisão do trabalho para sabermos realmente a amplitude da cooperação nesse programa e principalmente a nossa "real" importância na sua concepção e execução.

O que está claro hoje é que teremos uma certa importância com relação ao trabalho a ser feito na fuselagem da aeronave. Com relação a aviônica, FBW, Motor, etc (que correspondem a mais de 50% do projeto da aeronave, e que são de maior importância do que a lataria da fuselagem) é bom aguardar a assinatura dos acordos finais para sabermos qual será a parte que cabe ao Brasil.

Um grande compromisso industrial por conta de 36 aeronaves é algo caro e com resultados questionáveis já que uma aeronave dessa precisa ser mantida por muitos anos e logicamente as empresas que participam do programa tem que ter vida e folego 'além do Gripen'.

É uma questão delicada pois da mesma forma que várias promessas estão sendo feitas ao Brasil, na própria Suécia e em outros países ínumeras empresas já estão comprometidas com o projeto inclusive participando da construção do protótipo dessa aeronave (e aí? Os atuais parceiros que estão construindo o protótipo serão 'retirados' do programa e colocaremos empresas nacionais? Elas são qualificadas para isso? Quanto tempo demorará para elas chegarem a altura e competência de alguns dos atuais parceiros que já estão trabalhando no protótipo? Quem vai pagar por isso?).

Por essas e outras que temos que saber separar a realidade das palavras e frases de efeito da propaganda, pois a realidade não é bem assim e envolve muitas negociações, e potenciais divisões do trabalho que talvez não agrade a todos (o que é normal em qualquer programa).

A Embraer quase quebrou por conta do Brasil e do AM-X. Eu sei que é bonito falar que o AM-X levou a Embraer ao que é hoje... quando isso não é verdade. Foram a privatização e o Brasília que levaram ao ERJ-145 e ao sucesso que a Embraer tem hoje. O ERJ-145 nasceu como uma versão 'à jato' do Brasília inclusive com várias configurações diferentes de motores, etc.

O que AM-X ensinou foi termos muita cautela com parcerias aonde não somos os 'criadores' da aeronave (é só ler a "A Decolagem de um Sonho" e o capítulo do AM-X para terem uma idéia e que cada um chegue as suas conclusões).

Enfim... todas as vezes que eu leio frases de efeito e coisas sobre nossa 'liderança' e similares eu me lembro do que diziam na época do AM-X e coloco as minhas barbas de molho até ver o contrato assinado com os % e divisão real do trabalho divulgada.

Se for tudo muito bom... ótimo para o Brasil, só temos a ganhar com isso e tudo bem :) , mas temos que ficar de olho. ;)

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Olá amigo,

Agora fiquei confuso. Se (com toda a razão que lhe dou) temos que ter ressalvas e pé atras com as propostas de Tot do Projeto Gripen, que participou da short list, foi analisado, estudado e está sendo negociado conosco. Porque não ter ressalvas e acreditar de peito aberto em outra proposta ("grande oportunidade perdida") que não passou por qualquer tipo de crivo ou analise?

Sinceramente não entendi!

Grande Abraço!

"Carcará" Mascarenhas
Olá amigo,

Porque são coisas diferentes em momentos diferentes.

Eu sou da opinião que poderíamos ter uma short-list diferente... mas isso lá na época da short-list...

O que coloquei acima é levando em consideração que a escolha já foi feita e é Gripen e ponto final. Sendo assim temos que ter uma idéia exata da divisão de trabalho para sabermos realmente como serão as responsabilidades nossas (e o valor agregado nesse programa) antes de dizer que o Gripen "é brasileiro" ou outras frases do Marketing do programa.

A fase do "Marketing" já passou... já venceu, agora é a coisa na prática.

Por conta do número de unidades fabricadas e as empresas já comprometidas com o programa com a Suécia, será muito bom ver como as nossas empresas poderão se juntar a esse programa e ter ganhos consideráveis com ele além de fazer pedaço de fuselagem.

(daí vem todas as perguntas no meu post acima).

É bom deixar claro que essa cobrança seria igual para qualquer marketing que diz que no Brasil faremos isso e aquilo e seremos 'quase que donos' do projeto.

No fim entendo e euforia, afinal não escolhemos caças a 40 anos, mas 36 unidades não ajudam todas essas promessas sem termos que lidar com desafios com relação a custos, distribuição do trabalho, fornecedores, etc.

[]s
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71456 Mensagem por Olinda » Sex Ago 08, 2014 1:23 pm

Além disso, a EMBRAERr e a SAAB serão responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão biposto do Gripen NG, ao mesmo tempo em que as duas empresas estudam a formação de uma parceria estratégica para promoção e vendas das duas versões, monoposto e biposto, no mercado global.

Grande é a expectativa quanto à conclusão dos entendimentos e arranjos produtivos para que se chegue à assinatura do contrato com a Força Aérea Brasileira. As análises em geral, tanto no meio especializado aeronáutico e militar, e econômico e industrial, são convergentes ao avaliar que a decisão brasileira tem uma ascendência importante no futuro do mercado global de aeronaves de combate, e impacta profundamente (e positivamente) nos rumos da SAAB, sendo assim, de maior relevância estratégica para a Suécia, que propriamente ao Brasil.
http://www.defesanet.com.br/fia/noticia ... ough-2014-–-A-Brazuca-que-faz-gol----a-nosso-favor-/

Sobre o trecho destacado.


Quando é dito "desenvolvimento completo".
O que seria isto se a versão biplace é a versão mono "esticada". O que tem para desenvolver, que a Embraer não saberia fazer sozinha?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71457 Mensagem por kirk » Sex Ago 08, 2014 5:39 pm

Olinda escreveu:Além disso, a EMBRAERr e a SAAB serão responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão biposto do Gripen NG, ao mesmo tempo em que as duas empresas estudam a formação de uma parceria estratégica para promoção e vendas das duas versões, monoposto e biposto, no mercado global.

Grande é a expectativa quanto à conclusão dos entendimentos e arranjos produtivos para que se chegue à assinatura do contrato com a Força Aérea Brasileira. As análises em geral, tanto no meio especializado aeronáutico e militar, e econômico e industrial, são convergentes ao avaliar que a decisão brasileira tem uma ascendência importante no futuro do mercado global de aeronaves de combate, e impacta profundamente (e positivamente) nos rumos da SAAB, sendo assim, de maior relevância estratégica para a Suécia, que propriamente ao Brasil.
http://www.defesanet.com.br/fia/noticia ... ough-2014-–-A-Brazuca-que-faz-gol----a-nosso-favor-/

Sobre o trecho destacado.


Quando é dito "desenvolvimento completo".
O que seria isto se a versão biplace é a versão mono "esticada". O que tem para desenvolver, que a Embraer não saberia fazer sozinha?
Olá Olinda,

Entendo que toda e qualquer modificação estrutural numa aeronave de combate supersônica traz consigo inúmeras implicações, entendo que não seria somente um alongamento, altera peso, payload, etc.

Mas independentemente disso, penso que o "projeto" será a quatro mãos, as integrações feitas aqui pela Embraer com consultoria da Saab, dessa forma, todas as etapas que eventualmente tenhamos perdido na versão "E" teremos acesso na versão "F", eventuais modificações de requisitos também poderão ser contempladas nesse projeto.

Assim como o Gripen E é derivado do C, ou seja, as modificações também são pontuais, não são exatamente as modificações que trarão conhecimento, mas o acompanhamento passo a passo do projeto da nova versão, dessa forma ACREDITO na recuperações do ganho de conhecimento que "perdemos a oportunidade" na versão E com a nossa participação na versão F.

Sds
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71458 Mensagem por Marino » Sex Ago 08, 2014 5:41 pm

Assim como o Gripen E é derivado do C...
Spock, é isso mesmo?




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71459 Mensagem por Luís Henrique » Sex Ago 08, 2014 6:55 pm

Olinda escreveu:Além disso, a EMBRAERr e a SAAB serão responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão biposto do Gripen NG, ao mesmo tempo em que as duas empresas estudam a formação de uma parceria estratégica para promoção e vendas das duas versões, monoposto e biposto, no mercado global.

Grande é a expectativa quanto à conclusão dos entendimentos e arranjos produtivos para que se chegue à assinatura do contrato com a Força Aérea Brasileira. As análises em geral, tanto no meio especializado aeronáutico e militar, e econômico e industrial, são convergentes ao avaliar que a decisão brasileira tem uma ascendência importante no futuro do mercado global de aeronaves de combate, e impacta profundamente (e positivamente) nos rumos da SAAB, sendo assim, de maior relevância estratégica para a Suécia, que propriamente ao Brasil.
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Sobre o trecho destacado.


Quando é dito "desenvolvimento completo".
O que seria isto se a versão biplace é a versão mono "esticada". O que tem para desenvolver, que a Embraer não saberia fazer sozinha?
Engraçado que para alterar totalmente a cabine, acrescentando uma segunda cabine, aviônicos, parte elétrica, do Gripen C para o D são 0,70 m de diferença no comprimento da aeronave, etc. etc. etc. É relativamente simples e para APENAS 8 UNIDADES a Embraer fará com o apoio da SAAB e ninguém vê problema nisso.

Mas para fazer uma versão naval, que precisa mudar o trem de pouso e adicionar um gancho de parada alguns acreditam que tais modificações ESTRUTURAIS custariam bilhões de dólares e que nem 24 e nem mesmo 48 unidades justificariam o investimento......




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#71460 Mensagem por kirk » Sáb Ago 09, 2014 3:33 am

Marino escreveu:
Assim como o Gripen E é derivado do C...
Spock, é isso mesmo?
Olá Marino !

O amigo tem alguma dúvida de que seja assim?

http://www.webasas.com.br/webasas/news_img/DCA308C8A3FC40F_7.jpg

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