Para ONDE vai a ARGENTINA?
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- malmeida
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
falando em Pernambuco, aí vai uma notícia de um jornal deste Estado:
Banco dos Brics deve ajudar a Argentina
A Argentina poderá ser o primeiro tomador de crédito do Novo Banco de Desenvolvimento, que será criado hoje pelos presidentes dos países-membros dos Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, durante a reunião de cúpula, em Fortaleza. A informação é de fontes extraoficiais com trânsito entre os organizadores do evento. O convite para que a Argentina participe do encontro de líderes como observador partiu do governo russo, em maio. Antes de chegar ao Brasil, domingo, para a final da Copa do Mundo, o presidente Vladimir Putin fez uma escala em Buenos Aires, no sábado.
O mandatário russo começou sua visita à América Latina na sexta-feira, quando esteve em Havana. Lá, ele afirmou que a China apoiará a entrada da Argentina no Brics. No entanto, há resistência à participação efetiva do vizinho no grupo. Ontem, empresários reunidos na capital cearense questionaram a presença da Argentina na reunião dos Brics. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o país vizinho não se encaixa no conceito do grupo, que busca solucionar os problemas de segurança jurídica, e que almeja “uma democracia plena”.
Apesar das incertezas financeiras da Argentina, Rússia, China e Brasil têm interesse em ajudar o país vizinho, que é destino da maior parte das exportações de manufaturados brasileiros e um grande produtor de grãos. Os russos querem sair do isolamento e, assim como os chineses, querem ampliar sua presença na América Latina. Não à toa, Rússia e China veem com bons olhos que um país que não tem mais crédito com as instituições ocidentais possa encontrar apoio no novo banco dos emergentes.
Buenos Aires pode acabar decretando uma nova moratória. Atualmente, o país governado por Cristina Kirchner atravessa uma nova crise de crédito porque perdeu na Suprema Corte dos Estados Unidos a apelação contra o processo de cobrança US$ 1,3 bilhão por fundos que não não renegociaram a dívida em 2005.
(...)
Já estão cogitando até a participação da Argentina nos BRICS.
MAlmeida
fuente:
http://www.diariodepernambuco.com.br/ap ... tina.shtml
Banco dos Brics deve ajudar a Argentina
A Argentina poderá ser o primeiro tomador de crédito do Novo Banco de Desenvolvimento, que será criado hoje pelos presidentes dos países-membros dos Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, durante a reunião de cúpula, em Fortaleza. A informação é de fontes extraoficiais com trânsito entre os organizadores do evento. O convite para que a Argentina participe do encontro de líderes como observador partiu do governo russo, em maio. Antes de chegar ao Brasil, domingo, para a final da Copa do Mundo, o presidente Vladimir Putin fez uma escala em Buenos Aires, no sábado.
O mandatário russo começou sua visita à América Latina na sexta-feira, quando esteve em Havana. Lá, ele afirmou que a China apoiará a entrada da Argentina no Brics. No entanto, há resistência à participação efetiva do vizinho no grupo. Ontem, empresários reunidos na capital cearense questionaram a presença da Argentina na reunião dos Brics. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o país vizinho não se encaixa no conceito do grupo, que busca solucionar os problemas de segurança jurídica, e que almeja “uma democracia plena”.
Apesar das incertezas financeiras da Argentina, Rússia, China e Brasil têm interesse em ajudar o país vizinho, que é destino da maior parte das exportações de manufaturados brasileiros e um grande produtor de grãos. Os russos querem sair do isolamento e, assim como os chineses, querem ampliar sua presença na América Latina. Não à toa, Rússia e China veem com bons olhos que um país que não tem mais crédito com as instituições ocidentais possa encontrar apoio no novo banco dos emergentes.
Buenos Aires pode acabar decretando uma nova moratória. Atualmente, o país governado por Cristina Kirchner atravessa uma nova crise de crédito porque perdeu na Suprema Corte dos Estados Unidos a apelação contra o processo de cobrança US$ 1,3 bilhão por fundos que não não renegociaram a dívida em 2005.
(...)
Já estão cogitando até a participação da Argentina nos BRICS.
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http://www.diariodepernambuco.com.br/ap ... tina.shtml
MAlmeida
- Bourne
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Vai ajudar sim.
Isso é um banco e está fortemente relacionado aos interesses dos países membros. Banco de investimento como o BRIC criou é extensão de política industrial e comercio internacional. Toda o projeto é avaliado nessa perspectiva e tente a exigir participar de empresas, bens e serviços de quem financiar.
Se o problema da argentina é liquidez. O fundo e países do BRICs podem fornecer, mas vão cobrar a alma por esse favor.
Isso é um banco e está fortemente relacionado aos interesses dos países membros. Banco de investimento como o BRIC criou é extensão de política industrial e comercio internacional. Toda o projeto é avaliado nessa perspectiva e tente a exigir participar de empresas, bens e serviços de quem financiar.
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- Túlio
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
E o relógio não para, duas semanas para o fim do prazo definitivo. Dia 30 ou pagou ou está em default...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Então no fim, os abutres vão colocar a mão na grana dos BRICS?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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- malmeida
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Vixe, deixa ela lá, acho que é melhor.Bourne escreveu:mais fácil o BRIC por a mão na argentina.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Sinto cheiro de polônio caindo no copo de algum dirigente abutrerodrigo escreveu:Então no fim, os abutres vão colocar a mão na grana dos BRICS?
Agora o acordo com os abutres saem logo logo.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Este Banco vai acabar quebrando antes de começar se for resolver os problemas financeiros da Argentina, Venezuela e Cuba.rodrigo escreveu:Então no fim, os abutres vão colocar a mão na grana dos BRICS?
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Enquanto os problemas da Argentina, Venezuela e Cuba forem tratados como problemas financeiros, qualquer um que tentar ajudar vai quebrar.Italo Lobo escreveu:Este Banco vai acabar quebrando antes de começar se for resolver os problemas financeiros da Argentina, Venezuela e Cuba.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
O problema é que os problemas financeiros da Argentina, não podem ser resolvidos sem serem encarados como problemas financeiros.Enquanto os problemas da Argentina, Venezuela e Cuba forem tratados como problemas financeiros, qualquer um que tentar ajudar vai quebrar.
E quem manda nesse banco, é o império celestial, que quando mete dinheiro, decide mandar.
O presidente do banco é rotativo, mas a sede, os funcionários, o pessoal que acabará por decidir, responderá perante o trono celestial.
A China deixa os outros ficar com o protagonismo, enquanto que na prática é a China que manda e a China que decide. A Argentina terá que tentar vender alguma coisa à China.
Eles estão interessados em território para cultivar comida...
É o Império do Meio a voltar ao lugar que sempre teve no mundo.
O resto, são adereços e decoração.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Interessante prospecção sobre a evolução da crise da dívida:
Três cenários possíveis para a crise da dívida argentina com os fundos abutres
Analistas avaliam as possíveis consequências de um acordo ou, ao contrário, de um calote
BUENOS AIRES E CIDADE DO MÉXICO - A Argentina se encaminha para o calote em menos de duas semanas, a não ser que chegue a um acordo com os credores dos bônus que o país deixou de pagar em 2001 ou consiga uma dilatação do prazo que permita ao país continuar pagando os bônus reestruturados.
O juiz americano Thomas Griesa bloqueou a tentativa do país de pagar em 30 de junho uma parcela aos credores que aceitaram reestruturar a dívida, com um desconto em torno de 70%. Griesa afirmou que o país também tem que pagar US$ 1,33 bilhão aos fundos de hedge — os chamados fundos abutres — que compraram os bônus de credores originais e não aceitaram a reestruturação proposta pela Argentina, recorrendo à Justiça americana para receber o valor integral.
À medida que o prazo de 30 dias se esgota para que o país entre em moratória formalmente, eis três possíveis cenários:
CENÁRIO DE ACORDO
A Argentina e os credores chegam a um acordo até 30 de julho.
Um acerto com os fundos abutres, que compraram as securitizações do calote de US$ 95 bilhões em 2001, inclusive os fundos NML Capital, do bilionário Paul Singer, e Aurelius Capital Management, seria o melhor cenário para os investidores.
— Além disso, permitiria a Argentina a obter novamente acesso aos mercados internacionais de crédito — disse Mauro Roca, economista sênior para a América Latina do Goldman Sachs Group, em Nova York. — Isso aliviaria a pressão sobre o peso e aumentaria as reservas internacionais do país.
O ágio que os investidores cobram para comprar bônus argentinos em dólar em vez dos Treasuries americanos cairia de 6,5 pontos percentuais para o mínimo de três pontos percentuais, segundo Diego Ferro, codiretor-chefe de investimento da Greylock Capital Management, em Nova York.
A queda nos custos de financiamento levaria empresas e províncias argentinas a emitir até US$ 2 bilhões em bônus, a maior oferta desde 2010, de acordo com Federico Tomasevich, presidente da Puente Sociedad de Bolsa, o maior subscritor de títulos soberanos do país.
O escopo do acordo é crítico. Fazer um acerto com os credores que recorreram à Justiça americana deixaria o país vulnerável a ações de outros detentores de bônus.
Assim, qualquer solução vai ter que garantir também que os investidores que aceitaram os termos das reestruturações de 2005 e 2010 não possam exigir os mesmos termos dos fundos abutres, disse Ferro. A cláusula Rights Upon Future Offers (Rufo) no contrato dos bônus, que expira em 31 de dezembro, impede que os países voluntariamente melhorem os termos de pagamento aos credores sem que façam o mesmo aos detentores de bônus. Segundo o governo argentino, isso custaria ao país US$ 120 bilhões.
Se o país puder evitar o disparo da cláusula Rufo, a Argentina poderá pagar um total potencial entre US$ 11 bilhões e US$ 12,5 bilhões aos credores, afirmou Roca. A compensação seria provavelmente uma combinação de dinheiro e novos bônus para evitar uma erosão das reservas soberanas do país.
CENÁRIO DE NEGOCIAÇÃO
A Justiça concede um adiamento da sentença (Stay) enquanto as negociações prosseguem.
Uma suspensão da decisão da Corte permitiria às autoridades argentinas continuarem pagando os bônus enquanto negociam com os fundos abutres.
Uma prorrogação da sentença até o fim do ano “eliminaria o risco da cláusula Rufo, e os mercados começaram a apostar numa chance maior de um acordo”, disse Roca.
— Seria muito positivo para o crédito e abriria uma janela para a emissão de bônus soberanos e corporativos.
O governo argentino provavelmente não conseguirá emitir novos bônus antes de um acordo final, disse ele.
A Argentina pediu um adiamento da sentença em reuniões este mês com Daniel Pollack, o mediador designado pela Justiça, em Nova York.
A Elliot Management Corp., firma do fundo NML, informou que apoiaria um adiamento para que a Argentina continuasse realizando os pagamentos dos bônus reestruturados se houvesse avanço concreto nas negociações rumo a uma solução até o fim de julho, quando vende o período de tolerância para o pagamento do bônus. Já o fundo Aurelius afirmou no dia 14 de julho que o país “não merece um único dia”.
CENÁRIO DE CALOTE
A Argentina não alcança um acordo e a Corte não concede um adiamento
A Argentina entrará em default de seus bônus com vencimento em 2033 se não chegar a um acordo ou obter um adiamento da aplicação da sentença de Griesa, levando a uma onda de venda dos títulos atualmente valendo 88,3 centavos por dólar, segundo Stuart Culverhouse, chefe global de pesquisa da Exotix Partners, em Londres.
— É o cenário menos esperado — disse ele.
As opiniões variam sobre o tamanho da queda. Culverhouse diz que os bônus cairiam para 50 centavos por dólar. Ferro e Siobhan Morden, chefe de estratégia para a América Latina no Jeffreries Group, afirmam que os papéis cairiam para cerca de 60 centavos por dólar. Alejo Costa, estrategista da corretora com sede em Buenos Aires Puente Sociedad de Bolsa, estima um preço próximo a 76 centavos.
O primeiro passo do governo argentino poderá ser pedir aos credores a trocar seus papéis por notas cobertas pela legislação argentina, que não estão sujeitas às decisões da Justiça americana. Autoridades argentinas chegaram a considerar essa possibilidade depois que a Suprema Corte americana não quis avaliar o recurso argentino contra a decisão de Griesa em meados de junho.
Se a Argentina aplicar o calote, o crescimento econômico vai cair e a fuga de dólares crescer, segundo Roca.
— Seria um erro de seu pensamento político acreditar que é melhor aplicar o calote do que negociar — disse Culverhouse. — Com um default você tem empresas quebrando, você tem recessão, mais desemprego, inflação, desvalorização cambial. Isso não é uma posição de força.
Read more: http://oglobo.globo.com/economia/tres-c ... z387tKg3ty
Três cenários possíveis para a crise da dívida argentina com os fundos abutres
Analistas avaliam as possíveis consequências de um acordo ou, ao contrário, de um calote
BUENOS AIRES E CIDADE DO MÉXICO - A Argentina se encaminha para o calote em menos de duas semanas, a não ser que chegue a um acordo com os credores dos bônus que o país deixou de pagar em 2001 ou consiga uma dilatação do prazo que permita ao país continuar pagando os bônus reestruturados.
O juiz americano Thomas Griesa bloqueou a tentativa do país de pagar em 30 de junho uma parcela aos credores que aceitaram reestruturar a dívida, com um desconto em torno de 70%. Griesa afirmou que o país também tem que pagar US$ 1,33 bilhão aos fundos de hedge — os chamados fundos abutres — que compraram os bônus de credores originais e não aceitaram a reestruturação proposta pela Argentina, recorrendo à Justiça americana para receber o valor integral.
À medida que o prazo de 30 dias se esgota para que o país entre em moratória formalmente, eis três possíveis cenários:
CENÁRIO DE ACORDO
A Argentina e os credores chegam a um acordo até 30 de julho.
Um acerto com os fundos abutres, que compraram as securitizações do calote de US$ 95 bilhões em 2001, inclusive os fundos NML Capital, do bilionário Paul Singer, e Aurelius Capital Management, seria o melhor cenário para os investidores.
— Além disso, permitiria a Argentina a obter novamente acesso aos mercados internacionais de crédito — disse Mauro Roca, economista sênior para a América Latina do Goldman Sachs Group, em Nova York. — Isso aliviaria a pressão sobre o peso e aumentaria as reservas internacionais do país.
O ágio que os investidores cobram para comprar bônus argentinos em dólar em vez dos Treasuries americanos cairia de 6,5 pontos percentuais para o mínimo de três pontos percentuais, segundo Diego Ferro, codiretor-chefe de investimento da Greylock Capital Management, em Nova York.
A queda nos custos de financiamento levaria empresas e províncias argentinas a emitir até US$ 2 bilhões em bônus, a maior oferta desde 2010, de acordo com Federico Tomasevich, presidente da Puente Sociedad de Bolsa, o maior subscritor de títulos soberanos do país.
O escopo do acordo é crítico. Fazer um acerto com os credores que recorreram à Justiça americana deixaria o país vulnerável a ações de outros detentores de bônus.
Assim, qualquer solução vai ter que garantir também que os investidores que aceitaram os termos das reestruturações de 2005 e 2010 não possam exigir os mesmos termos dos fundos abutres, disse Ferro. A cláusula Rights Upon Future Offers (Rufo) no contrato dos bônus, que expira em 31 de dezembro, impede que os países voluntariamente melhorem os termos de pagamento aos credores sem que façam o mesmo aos detentores de bônus. Segundo o governo argentino, isso custaria ao país US$ 120 bilhões.
Se o país puder evitar o disparo da cláusula Rufo, a Argentina poderá pagar um total potencial entre US$ 11 bilhões e US$ 12,5 bilhões aos credores, afirmou Roca. A compensação seria provavelmente uma combinação de dinheiro e novos bônus para evitar uma erosão das reservas soberanas do país.
CENÁRIO DE NEGOCIAÇÃO
A Justiça concede um adiamento da sentença (Stay) enquanto as negociações prosseguem.
Uma suspensão da decisão da Corte permitiria às autoridades argentinas continuarem pagando os bônus enquanto negociam com os fundos abutres.
Uma prorrogação da sentença até o fim do ano “eliminaria o risco da cláusula Rufo, e os mercados começaram a apostar numa chance maior de um acordo”, disse Roca.
— Seria muito positivo para o crédito e abriria uma janela para a emissão de bônus soberanos e corporativos.
O governo argentino provavelmente não conseguirá emitir novos bônus antes de um acordo final, disse ele.
A Argentina pediu um adiamento da sentença em reuniões este mês com Daniel Pollack, o mediador designado pela Justiça, em Nova York.
A Elliot Management Corp., firma do fundo NML, informou que apoiaria um adiamento para que a Argentina continuasse realizando os pagamentos dos bônus reestruturados se houvesse avanço concreto nas negociações rumo a uma solução até o fim de julho, quando vende o período de tolerância para o pagamento do bônus. Já o fundo Aurelius afirmou no dia 14 de julho que o país “não merece um único dia”.
CENÁRIO DE CALOTE
A Argentina não alcança um acordo e a Corte não concede um adiamento
A Argentina entrará em default de seus bônus com vencimento em 2033 se não chegar a um acordo ou obter um adiamento da aplicação da sentença de Griesa, levando a uma onda de venda dos títulos atualmente valendo 88,3 centavos por dólar, segundo Stuart Culverhouse, chefe global de pesquisa da Exotix Partners, em Londres.
— É o cenário menos esperado — disse ele.
As opiniões variam sobre o tamanho da queda. Culverhouse diz que os bônus cairiam para 50 centavos por dólar. Ferro e Siobhan Morden, chefe de estratégia para a América Latina no Jeffreries Group, afirmam que os papéis cairiam para cerca de 60 centavos por dólar. Alejo Costa, estrategista da corretora com sede em Buenos Aires Puente Sociedad de Bolsa, estima um preço próximo a 76 centavos.
O primeiro passo do governo argentino poderá ser pedir aos credores a trocar seus papéis por notas cobertas pela legislação argentina, que não estão sujeitas às decisões da Justiça americana. Autoridades argentinas chegaram a considerar essa possibilidade depois que a Suprema Corte americana não quis avaliar o recurso argentino contra a decisão de Griesa em meados de junho.
Se a Argentina aplicar o calote, o crescimento econômico vai cair e a fuga de dólares crescer, segundo Roca.
— Seria um erro de seu pensamento político acreditar que é melhor aplicar o calote do que negociar — disse Culverhouse. — Com um default você tem empresas quebrando, você tem recessão, mais desemprego, inflação, desvalorização cambial. Isso não é uma posição de força.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Um investidor tem que tomar um coquetel de cocaína com uísque para ter coragem de investir na Argentina e/ou concordar com qualquer recomendação do governo argentino.O primeiro passo do governo argentino poderá ser pedir aos credores a trocar seus papéis por notas cobertas pela legislação argentina, que não estão sujeitas às decisões da Justiça americana. Autoridades argentinas chegaram a considerar essa possibilidade depois que a Suprema Corte americana não quis avaliar o recurso argentino contra a decisão de Griesa em meados de junho.
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Re: Para ONDE vai a ARGENTINA?
Suicídio!!!
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