Brigada de Infantaria Paraquedista

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#196 Mensagem por Clermont » Qui Jul 03, 2014 6:49 am

cabeça de martelo escreveu:(...) mas a determinado momento do processo as entidades americanas envolvidas no negócio informaram que não tinham de armamento disponivel para ceder a Portugal relativamente á tranche das 500 M-16.
O Brigadeiro Almendra imediatamente dicidiu colocar termo ao negócio com a argumentação e questão:

" Se vocês tiveram 650.000 M-16 na guerra do Vietnam, não conseguem ceder 500 armas a Portugal ?... então não há negócio ! "
Alguma razão específica - concreta ou suspeitada - para os americanos se recusarem a ceder 500 fuzis para Portugal em 1978?




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#197 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 03, 2014 8:49 am

O país quase que caiu na mão dos comunistas em 75. Os Norte-Americanos ficaram logo com o pé atrás e por exemplo também recusaram-nos os F-5.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#198 Mensagem por Clermont » Qui Jul 03, 2014 1:03 pm

Se foi isso, então não passou de uma grande estupidez americana. Não conheço história portuguesa mas parece-me um absurdo acreditar, mesmo, que Portugal, nos finais da década de 1970 pudesse ser dominada por comunistas.

Além do que, a ação americana deveria ser justamente a oposta: fornecendo armas aos militares portugueses fortaleceria os laços com os Estados Unidos e com a OTAN.

Aliás, Portugal já era membro da OTAN desde a década de 1950, não era?




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#199 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 03, 2014 1:36 pm

Membro Fundador da OTAN.

Por mim até foi uma boa, prefiro muito mais a Galil à M-16 desse tempo e por razões racionais:

- A Galil tem uma Coronha dobrável a M-16 não tem (e ela é enorme);
- A Galil tem um cano com um tamanho médio a M-16 tem um cano enorme;
- A Galil dá ao Pára-quedista Português um aspecto que o difere por completo dos militares Norte-Americanos, o que é relevante em TO como o Afeganistão.




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#200 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 04, 2014 6:26 am

Uma espingarda-automática que fez história no seio dos Pára-quedistas Portugueses, a Armalite AR-10:



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A ArmaLite AR-10 Portuguesa é apreciada nos Estados Unidos.

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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#201 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 04, 2014 1:20 pm

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Desfile dos Cursos Pára-quedismo da Brigada de Forças Especiais em Março de 2014. Esta brigada acaba de “ser fardada” com os novos camuflados “multicam” (é a única unidade das FAA com este padrão de uniforme) e botas “Milícia”.

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Pára-quedista da Brigada de Forças Especiais, equipado para salto operacional em Março de 2014. Fardamento, calçado, capacete, mochila fornecidos pelo Grupo que também avaliou e deu parecer para a aquisição dos conjuntos de pára-quedas, adquiridos directamente.

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Os helicópteros MI 17 foram adaptados pelo Grupo em conjunto com a Força Aérea Nacional e cumpriram exemplarmente as missões de lançamento. Pilotos angolanos e instrutores portugueses, tiveram um entendimento perfeito.

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Os instrutores do Grupo ministraram toda a instrução “em terra” e garantiram a operação da Zona de Lançamento e as funções de largadores nos 1.º e 2.º cursos de pára-quedismo da BRIFE.

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O pára-quedista transporta a mochila suspensa para facilitar a aterragem. Os pára-quedas adquiridos revelaram-se muito bons e os dobradores formados em cabo Ledo também. Em 1.400 saltos não houve um único incidente de abertura.

:arrow: http://www.operacional.pt/grupo-milicia ... ctividade/

É tudo instrutores portugueses e a empresa é portuguesa.




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#202 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jul 05, 2014 10:26 am





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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#203 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 08, 2014 9:47 am

Os pára-quedistas igualmente têm elementos com a especíalidade e aptidões de atirador furtivo / Sniper, os batalhões possuem secções sniper nas suas estruturas.
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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#204 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jul 12, 2014 10:07 am

Vietname:





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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#205 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 22, 2014 11:22 am





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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#206 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 29, 2014 8:54 am

A primeira mulher portuguesa " Instrutor de Pára-quedismo Militar"

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" Para nós não existem "pára-quedistas femininas"... existem apenas pára-quedistas "

Já aqui em nossa página dissemos e voltamos a afirmar que na página Boinas Verdes e Pára-quedistas não se dá ênfase algum ao facto existirem pára-quedistas femininas na Instituição, não existem espaços próprios, álbuns, notas, etc, nem se publicam por aqui fotos de pára-quedistas do sexo feminino pelo facto de serem mulheres, apenas existe uma excepção que são as Enfermeiras Pára-quedistas devido ao importante factor histórico e á notável coragem pioneira de um grupo de Mulheres que a partir de 1961 em uma época que apesar de a Instituição Militar estar vedada á condição feminina elas mesmo assim voluntariaram-se, “valendo-se” da sua formação como enfermeiras, sabendo que iriam estar na linha da frente nas campanhas da Guerra do Ultramar, auxiliando e socorrendo camaradas mesmo em situações de combate, não raras vezes debaixo de fogo.
Mas esta pequena Nota não foca a condição feminina nas Tropas Pára-quedistas mas sim a informação que apesar de datada do já ”longínquo” ano de 1999 continua sendo um marco mais do pioneirismo, inovação e principalmente na ausência de preconceitos que esta tropa demonstra comparada ás demais ditas de élite ...
... por isso "SOMOS DIFERENTES ! "

A PRIMEIRA MULHER PORTUGUESA INSTRUTOR DE PÁRA-QUEDISMO
Alexandra Maria Damião Serrano Rosa

Em 1992 o então Corpo de Tropas Pára-quedistas decidiu reabrir as incorporações a elementos femininos , tal facto não se verificava desde a década de 70 consequência do fim da Guerra do Ultramar, até então as pára-quedistas no efectivo eram todas enfermeiras, porém desta feita as futuras Boinas Verdes estariam posteriormente aptas a desempenhar várias outras especialidades mesmo as de combate se necessário.
Nesta primeira incorporação as candidatas entraram directamente numa instrução militar geral ( IMG / recruta ) juntamente com camaradas do sexo masculino, situação distinta da que se veriicava anteriormente com as enfermeiras pára-quedistas que tiveram cursos específicamente destinados a esses grupos.
Nesse primeiro grupo de candidatas a pára-quedista militar estava Alexandra Serrano Rosa, até então funcionária da Câmara Municipal do Entroncamento, função que não hesitou em deixar de exercer mal tomou conhecimento da possiblidade de se voluntariar para as Tropas Pára-quedistas.

Julho 1992
Após a instrução militar e conclusão do 166º Curso de Pára-quedismo Alexandra Serrano Rosa é uma das 25 “pára-quedistas femininas” a conseguirem a qualificação como pára-quedista militar, conquista a Boina Verde e recebe o Brevet nº 32 755, neste curso foram brevetados 239 novos páras.

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A partir de 1993 a pára-quedista Serrano Rosa ingressa na Escola de Sargentos do Exército, em 1995 já como Sargento do Quadro Permanente passa a pertencer á especíalidade da Arma de Transmissões, segue então para BMI - Brigada Mecanizada Independente em Santa Margarida.

Em 1996 regressa a Tancos para o agora denominado CTAT - Comando das Tropas Aerotransportadas que substituiu o Corpo de Topas Pára-quedistas por extinção deste último a 31 Dezembro 1993, até 1998 exerce na sua especialidade ano em que decide corajosamente se candidatar a um curso que até então mulher alguma se havia candidatado ou tivesse feito sequer percurso que o tivesse permitido, esse curso é o CURSO DE INSTRUTOR DE PÁRA-QUEDISMO.

O Curso de Instrutor de Pára-quedismo qualifica oficiais e sargentos do Quadro Permanente á função de Instrutores aptos a ministrar cursos de pára-quedismo militar e abrange a obrigatória capacidade para o Instrutor dominar todas as áreas relacionadas com o curso a ministrar a candidados a pára-quedismo militares ( não obrigatóriamente a apenas futuros Boinas Verdes mas também a militares de outras especálidades e até de outros ramos das Forças Armadas ), áreas essas que são evidentemente as componentes técnicas que vão desde o profundo conhecimento dos pára-quedas, da sua "mecânica" e funcionamento, dominio de toda a estrutura / infraestrutura da área dos cursos tais como as Torres Francesa e Americana, as Maquetes, os Arneses suspensos, as Pistas, etc.
O Instrutor de pára-quedismo será capaz de "estar á frente" de exigentes sessões de treino físico sendo ele o "guia" e exemplo físico para seus instruendos terá por isso de ser possuídor de faculdades inerentes que o permitam.
Uma das áreas dominadas será a capacidade de supervisão e chefia dentro de uma aeronave , bem como as intruções a dar no interior das mesmas, aos pára-quedistas, estará apto a ensinar aos alunos os procedimentos de saída de um avião, a descida e aterragem, bem como conhecer a própria aeronave no que concerne ás áreas relacionadas com o para-quedismo militar.
O Instrutor de pára-quedismo militar para além de tudo isto irá ser ele próprio por vezes o Largador dos pára-quedistas sendo assim o último elo da necessária confiança e tranquilidade transmitida ao pára-quedista prestes a lançar-se no vazio, neste itém "Largador" o candidato a futuro Instrutor é alvo de uma exigente avaliação por parte dos Instrutores do Curso de Instrutores.

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Por tudo isto o "Instrutor de Pára-quedismo Militar" aqui referido/a merece a admiração de todos pois já conquistou e exerce com distinção estas funções desde 1999, tal como ela muitos mais Boinas Verdes têm esta qualificação mas a Alexandra Serrano Rosa efectivamente é um marco mais nas Tropas Pára-quedistas e nas Forças Armadas Portuguesas .

Notas finais:
- Em Setembro de 2013 passou ao posto de Sargento-Ajudante
- A Pára-quedista Alexandra Serrano Rosa é filha do nosso sobejamente conhecido Sargento Mor PQ Alfredo Serrano Rosa , Boina Verde com o Brevet nº 2865 de 1964

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2014 / Boinas Verdes e Pára-quedistas
RMS http://www.facebook.com/BoinasVerdesEParaQuedistas




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#207 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Jul 29, 2014 10:07 am

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Moçambique, Dondo
Boina Verde, Coronel Pára-quedista Costa Campos envergando a boina vermelha GEP dando palestra a Grupos GEP, GE e outros camaradas.

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Maria do Carmo de Sousa Pereira Jardim

Os GEP contaram igualmente com uma componente cívil, a portuguesa Carmo Jardim foi instrutora de pára-quedismo manual nos Grupos Especiais Pára-quedistas

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General Kaúlza de Arriaga saúda um novo GEP acabado de ser brevetado
GEP - Grupos Especiais Pára-quedistas

No decorrer da Guerra do Ultramar constatava-se que os efectivos militares enviados pela metrópole para esta província ultramarina eram insuficiêntes em parte consequência de que a que as tropas portuguesas estavam igualmente envolvidas em outras duas campanhas, em Angola e na Guiné.
O contingente pára-quedista não fugia á regra, era ainda mais reduzido devido á específica instrução e apronto que obrigatóriamente necessita de um período de tempo mais longo que o soldado dito "convencional" e concluida essa fase os efectivos eram repartidos entre os 4 Batalhões BCP`s 12, 21, 31, 32 , além que parte do efectivo teria de permanecer e assegurar o RCP em Tancos.
O Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, General Kaúlza de Arriaga decide colmatar estas lacunas com a criação de grupos especiais "GE" e grupos especiais pára-quedistas "GEP" (*), grupos estes constituidos maioritariamente por elementos recrutados localmente.

Os GEP
A partir de Maio de 1971 no BCP31 ( Beira ) inicia-se o recrutamento e concentração de recrutas GEP.
Os GEP inicialmente estiveram sob a jurisdição deste batalhão quer em termos de aquartelamento bem como na sua instrução mas no inicio de Outubro é constituido na zona do Dondo o CIGE- Centro de Instrução de Grupos Especiais e também o Batalhão GEP.
Na fase inicial dos GEP os quadros eram quase exclusivamente provenientes dos BCP31 e BCP32 dos quais vinham para os GEP em regime de comissão sendo imediatamente graduados em Furriel ou Sargento ( milicianos / sendo desgraduados quando reintegrados nas Unidades de origem ).
Os GEP a formar frequentavam um curso de pára-quedismo militar tanto quanto possivel semelhante ao dado na metrópole mas as carências notavam-se principalmente na impossiblidade de proporcionar treino com infraestruturas técnicas idênticas ás existentes em Tancos como por exemplo a Torre Francesa, ao invés dessa impossiblidade foram no entanto construidas maquetes para o treino de procedimentos no interior e de saída do Nord Noratlas.
Após a instrução terrestre efectuavam os respectivos saltos de avião (6 saltos) após os quais recebiam a boina vermelha grená e brevet
Na cerimónia de brevetamento era feito o Juramento de Bandeira
com as seguintes palavras:

" Juro defender a minha terra, a minha família e os meus camaradas.
Juro dar todo o meu esforço, para melhorar a vida do meu povo.
Juro combater os inimigos da ordem, até haver paz na nossa terra.
Juro obedecer aos meus chefes.
Juro defender a Bandeira e a nossa Pátria Portuguesa "

O uniforme de campanha consistia no camuflado regular do Exército português com excepção dos monitores dos BCPs que usavam o camuflado da FAP mas usando igualmente a boina GEP enquanto permanecendo nestas unidades.
Embora decidido um pouco mais tarde o crachá a usar seria o mesmo que o usado pelos GE, tal se deveu a identificar os militares como pertencendo ao CIGE independentemente de se tratarem de GEP ou GE, o mesmo se considerava no distintivo da boina que era igual na vermelha GEP e na amarela GE

Existiram 12 grupos GEP constituídos ( como o nome indica eram de facto organizados estruturalmente em “grupos” ) cada grupo era constituido por 85 elementos, sendo um alferes, 4 furriéis e 80 praças. Obrigado(todas as patentes somadas) sendo que não colocando aqui a exactidão dos efectivos GEP eles rondaram muito perto o milhar de homens durante a sua existência.

O 1º Comandante dos Grupos Especiais Pára-quedistas foi o Coronel Pára-quedista Sigfredo Ventura da Costa Campos

Os cursos de para-quedismo GEP não são considerados cursos oficiais das Tropas Pára-quedistas portuguesas pois carecem de homologação visto terem sido ministrados fora de território nacional e da Escola em Tancos que a lei portuguesa consagra como a única Unidade portuguesa habilitada a qualificar para-quedistas militares.

Importante referir que apesar do contributo, esforço e juramento a Portugal, os Grupos Especiais não são considerados oficialmente como fazendo parte do Exército português sendo-lhes atribuída a condição “paramilitar” com tudo que esse termo acarreta de positivo e por vezes negativo.

Uma curiosidade em termos de terminologias e siglas usadas por antigos combatentes dos Grupos GE :
É comum que por vezes militares GE ( boina amarela) afirmem e “confundam” a designação GEP com GE e não é raro se ouvir pronunciar por um GE que no seu tempo de comissão em Moçambique ele foi … GEP “…eu fui GEP… “
… “GEP`s” são apenas os que serviram nessas Unidades saltando de avião e usando a Boina Vermelha grená que quer se queira ou não faz parte da História dos Boinas Verdes de Portuga.

(*) Com a criação dos GE e GEP presume-se que eventualmente por parte do regime existiu igualmente a estratégia de mostrar á comunidade internacional que os povos indígenas estariam "de corpo e alma" a favor da colonização portuguesa e até lutavam por Portugal.


Agradecimento especial ao GEP José Manuel Figueiredo por fotos concedidas
Fonte: http://www.facebook.com/BoinasVerdesEParaQuedistas




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#208 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 30, 2014 11:23 am

E isto é um exercício, imagina se não fosse! LOL

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http://www.operacional.pt/avaliacao-da- ... -o-bipara/




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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#209 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Ago 01, 2014 11:43 am





















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Re: Artigo Brigada de Infantaria Paraquedista

#210 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Ago 02, 2014 6:06 am

"Prisioneiros de guerra":

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Fonte: Sargento-Mor Rosa




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