FAZENDAS MODULARES

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Re: FAZENDAS MODULARES

#31 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jun 23, 2014 11:43 am

Dei uma pesquisada por pura curiosidade e descobri que existem vários artigos interessantes na internet sobre o aproveitamento de pequenas propriedades rurais, até mesmo com somente 1 hectare. Seguem alguns links abaixo, para quem tiver curiosidade também:

http://www.empregoerenda.com.br/ideias- ... -lucrativo
http://www.cpt.com.br/alunos-de-sucesso ... dade-rural
http://revistagloborural.globo.com/Glob ... -3,00.html
http://www.drd.com.br/news.asp?id=50113100097590528726

Acho que realmente esta ideia do tamanho mínimo das propriedades precisa ser repensada com mais cuidado, até porque ela seria um parâmetro fundamental no custo de implantação de cada unidade de FM. A quantidade de atividades que pode ser realizada nas propriedades pequenas é imensa, indo da plantação das mais diversas frutas à criação de porcos, aves, abelhas, rãs ou mesmo de cobras!

http://venenodeserpentes.blogspot.com.b ... sitio.html

É bem possível que o parâmetro básico para a definição da área mais adequada seja não o quanto de renda pode gerar uma determinada cultura por hectare, e sim o quanto pode ser manejado por uma família levando em conta uma série de atividades distintas mas complementares.


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Re: FAZENDAS MODULARES

#32 Mensagem por Bourne » Seg Jun 23, 2014 12:17 pm

Vocês deveriam assistir mais o Globo Rural. :mrgreen: :lol:

Pequenas e até médias propriedade não sobrevivem se produzirem commodities que precisam de escala como grãos. Elas precisam apelar para culturas em que se possa ter qualidade, maiores ganhos e que a escala não seja tão importante.

É claro que existe a possibilidade do produtor e família trabalharem fora. Seja na cidade, empresas da região ou fazendas de maior porte. A propriedade familiar vira complementar. É o que ocorre especialmente nas regiões produtoras de grãos. O que não é um problema.




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Re: FAZENDAS MODULARES

#33 Mensagem por Bourne » Seg Jun 23, 2014 12:28 pm

Lembrei de um programa que existia no Paraná chamado Vila Rural dos anos 1990s com objetivo de plantar o homem no campo.

Nasceu morto. Por que a proposta era que os beneficiados realizarem meras atividades de subsistência, baixa produtividade e incapazes de vender o que produzissem à mais. Nem o subsidio do estado serviu para segurar o programa. A maioria abandonou o programa por que está preso à baixa renda para sempre. Era mais barato e efetivo financiar uma casa para eles à fundo perdido em uma cidade próxima. os que ficaram transformaram em dormitório enquanto se dedicam à atividades com maiores ganhos. O fracasso foi tão grande que o modelo foi abandonado.

Se a propriedade não for produtiva com capacidade de gerar renda para família ter um nível de vida bom, incluindo as facilidade e mimos da cidades, o abandono é certo.
Abandono marca vila rural; só metade continua produzindo

Fonte: http://www.itribuna.com.br/agronegocio/ ... indo-9768/

Ana Carla Poliseli Fale com o repórter
Publicado em: 15/07/2012 - 09:51 | Atualizado em: 15/07/2012 - 09:52
Ana Carla Poliseli

Vitor nasceu na vila e volta nas férias visitar avó

Há quase 15 anos, 49 famílias receberam um terreno de cinco mil metros na Vila Rural Flor do Campo, na PR 558, saída para Araruna. Hoje, pelo menos 50% deles não estão mais morando nos lotes. Em alguns casos, a venda seguiu as normas da Cohapar, em outros foi o chamado contrato de gaveta, quando o imóvel continua no nome do antigo proprietário. Para aqueles que viram na Vila Rural a chance de uma vida nova, a ideia de vender é inconcebível. Hoje vivem lá cerca de 300 pessoas.

Na varanda, com o sol refletindo na grama, ‘dona’ Deusa conversa com o neto Vitor, de 12 anos. O garoto nasceu ali, mas mudou com os pais para a cidade alguns anos depois. Durante as férias escolares, o ‘sítio’ dos avós é o destino preferido. “Cresci aqui e é tranquilo. Você pode andar sem medo”, comenta o menino.

A avó foi uma das beneficiadas pelo sorteio realizado pela prefeitura há mais de 14 anos. Mudou com toda a família, que na época era formada por nove pessoas. Alguns casaram, tiveram filhos e acabaram saindo da Vila Rural. Hoje moram apenas quatro na casa. O terreno tem de tudo: milho, ervilha, hortaliças, galinha, pato e cachorro. “A gente cuida de tudo um pouco”, relata Deusa. A produção é somente para consumo, já que segundo ela, não sobra para vender. A situação piorou com as chuvas registradas em junho. “Com toda aquela água, não deu muito boa a qualidade não.”

Mesmo com os problemas, se a alegria de tirar o alimento da terra não fosse suficiente para ela continuar na Vila Rural, a posição firme do marido seria o motivo. “Meu marido não vende por nada. Ele diz que não sai fácil daqui não, esse é o sossego dele”, brinca. Deusa, no entanto, explica que esse pensamento não é unanimidade. “A maioria do pessoal já vendeu. O que tira não dá para as despesas do povo e vão trabalhar na cidade, acabam ficando”, lamenta.

Algumas casas abaixo, a família Pereira é outra que não consegue entender a venda irregular. “Acho que é gente que não valoriza. Não consegue ver como é bom isso que a gente tem”, comenta Luzia Justino Pereira. A matriarca da família recebeu o terreno na mesma época de Deusa. Quando mudaram eram aproximadamente 10 pessoas, mas ao contrario da vizinha, o tempo fez a família se multiplicar. Com noras e netos já são mais de 20 pessoas. Para que todos fiquem bem acomodados, a data já abriga quatro casas. “Não sei como seria a vida se não fosse aqui. Se estivesse em um terreno na cidade não tinha como ter meus filhos perto de mim”, reforça.

Para manter a família, seis pessoas trabalham fora da Vila e a casa abriga uma pequena confecção. A nora, Maria Aparecida Schott, recebe os pedidos de uma firma e produz em casa. Quando está pronto, os representantes da empresa recolhem. Mas além do trabalho, todos ajudam na plantação. “O que mais tem é café, mas temos frutas também. Aqui, a gente não troca e nem vende”, enfatiza o filho Paulo César Pereira, 19 anos, que está na Vila Rural desde os oito. Da vida antes, ele não gosta muito de lembrar, moravam na Vila São Francisco de Assis. “Mas era casa de lona, era favela mesmo.”

Compra legalizada x Contrato gaveta

Ana Carla Poliseli

Maria construiu um caminho; olha frutas enquanto caminha
por recomendação médica
Há sete anos, Maria Haracenko e o marido se inscreveram pela Cohapar. O processo foi bem simples. “Eles fazem entrevista com os interessados para ver se tem ligação com o campo. Ele chegou onde eu morava e viu que eu tinha um monte de coisa plantada, mesmo sem ter espaço. Ele falou que a gente iria se dar muito bem por aqui”, conta.

O terreno já possuía algumas frutas e o casal investiu na compra de outras. “Sem contar as sementes que a gente consegue.” No pomar, uva, figo, graviola, laranja, tangerina, manga, acerola, limão, jaca, entre tantas outras. Além disso, são plantados um pouco de milho, café e ginseng. “O ginseng e a polpa de acerola a gente vende um pouco”, conta orgulhosa. Segundo ela, mesmo tendo comprado, não importa a proposta, eles não vendem. “Isso não tem preço, só saio daqui agora se me levarem. E é direto para o cemitério”, graceja.

A tranquilidade de Maria não é a mesma de outro morador recente da Vila. Como não passou pela compra formal, prefere não ter o nome revelado. Ele conta que a proposta foi feita por uma família que não conseguia mais pagar as prestações e queria tentar a vida em outra cidade. “Era o que eu podia pagar e arrisquei. Sei que arrisquei, mas para mim valeu.”

Terras improdutivas

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Muitas propriedades estão abandonadas
Criado para resolver o êxodo rural, as propriedades devem, por definição, produzir para a subsistência e se possível, para a renda da família. Apesar disso, essa não é a realidade em todos os lotes. Além de fugir do objetivo inicial, o abandono cria problemas para quem pretende manter a terra com frutos. Na casa dos Pereira mesmo, o problema são as formigas. “A gente aplica veneno na nossa, mas como é muito perto dos outros lotes, quando não há cuidado lá, a infestação não diminui. Aí chega uma hora em que o custo é bem maior do que a gente pode arcar”, afirma Valdino Pereira.

A revolta em relação aos terrenos improdutivos também é destacada por Deusa. “Tem gente aqui que não planta um pé de cebolinha para fazer o almoço, deixa o mato avançar solto”, lamenta a aposentada.

Vila Rural, um projeto estadual

De acordo com o Ipardes, a Vila Rural faz parte do Projeto Paraná 12 meses, implementado com recursos do acordo de empréstimos firmado entre o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Governo do Paraná, em dezembro de 1997. Contudo, as Vilas Rurais paranaenses já vinham sendo implantadas desde 1995, após um projeto para amenizar as migrações do campo para a cidade. O modelo de ‘assentamento’ foi implantado principalmente nos locais onde o processo de tecnificação agrícola apresentou-se mais intenso.

O programa tinha como meta minimizar o êxodo rural que continuava crescente e consequentemente ampliava o favelamento. Além disso, deveria assegurar a mão de obra no campo mantendo dessa forma uma reserva para as agroindústrias e empresas rurais.




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Re: FAZENDAS MODULARES

#34 Mensagem por Marechal-do-ar » Seg Jun 23, 2014 2:48 pm

LeandroGCard escreveu: Acho que realmente esta ideia do tamanho mínimo das propriedades precisa ser repensada com mais cuidado, até porque ela seria um parâmetro fundamental no custo de implantação de cada unidade de FM. A quantidade de atividades que pode ser realizada nas propriedades pequenas é imensa, indo da plantação das mais diversas frutas à criação de porcos, aves, abelhas, rãs ou mesmo de cobras!
Não sei se da para considerar criação de porcos ou aves como atividade rural, os bichos ficam em uma "casa" ou mesmo um prédio, a comida vem de fora na forma de ração industrializada, água e esgoto encanado e veterinário por perto, parecido com um pet shop que cria cachorros, o mesmo para hortaliças produzidas em estufas.

Acho que a discussão não vai muito longe assim sem uma definição do que é uma fazenda (fazendas eólicas contam? Fazendas de peixes?), realmente, da para ter lucro em uma área pequena, é só essa área ser construída e não lembrar em nada uma fazenda, se for só para entregar um pedaço de terra e desejar boa sorte então que seja um pedaço bem grande para permitir o plantio de grãos que exigem pouco investimento nessa terra.




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Re: FAZENDAS MODULARES

#35 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jun 23, 2014 3:28 pm

Marechal-do-ar escreveu:Não sei se da para considerar criação de porcos ou aves como atividade rural, os bichos ficam em uma "casa" ou mesmo um prédio, a comida vem de fora na forma de ração industrializada, água e esgoto encanado e veterinário por perto, parecido com um pet shop que cria cachorros, o mesmo para hortaliças produzidas em estufas.

Acho que a discussão não vai muito longe assim sem uma definição do que é uma fazenda (fazendas eólicas contam? Fazendas de peixes?), realmente, da para ter lucro em uma área pequena, é só essa área ser construída e não lembrar em nada uma fazenda, se for só para entregar um pedaço de terra e desejar boa sorte então que seja um pedaço bem grande para permitir o plantio de grãos que exigem pouco investimento nessa terra.
Também não precisa ser tudo ou nada deste jeito.

Uma coisa é a criação super-intensiva de animais de raças com altíssima produtividade e baixa rusticidade para fins industriais, outra é a criação de raças mais rústicas e com crescimento mais lento e manejo simplificado. Um dos links que coloquei tem justamente uma lista de raças de galinhas/frangos com suas características deste tipo, indicando para que tipo de criação seriam adequados.

Além disso é preciso considerar a relação custo/benefício. O que é melhor, entregar mais terra (que também tem um custo que não é nada baixo) ou menos terra e disponibilizar recursos para fazer as benfeitorias (algo que desde o início eu coloquei como importante)? Adianta mais o camarada receber 50 ha de terra vazia longe de tudo e nenhum dinheiro para trator, sementes, defensivos e etc... para plantar em tudo isso, ou ter só 5 ha próximos a uma estrada ou pequena cidade e mais tijolos (mesmo que de adobe), madeira e ferramentas para construir galpões, estufas e cercados, além de matrizes para criação? E tudo isso é sim atividade rural, vida no campo não é feita só de commodities, muito pelo contrário.


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Re: FAZENDAS MODULARES

#36 Mensagem por Bourne » Seg Jun 23, 2014 6:20 pm

A vida rural sem benfeitorias e plantação na base da enxada é coisa de comunidade hippie. Ou tribo africana perdida no meio do nada. :o :?

Minha família era de pequenos produtores rurais e colonizadores da região entre Curitiba e São Paulo. Desde idos de 1900 existia a pressão para serem produtivos e ganharem dinheiro comercializando produtos com outros produtores, centros urbanos e industrias nascentes. Por que o dinheiro era importante para comprar bens e serviços da vida moderna, melhorar a casa, qualidade de vida e infraestrutura da fazenda. Nos anos 1960 e 1970, vovô ganhou muito dinheiro com suinicultura, erva-mate e lenha, contava com produção de milho e outras pequenezas para reduzir custos e manter a propriedade lucrativa. A diferença é que com o tempo a região virou condomínio de chácaras de luxo devido à proximidade da capital. Os custos de produção ficaram altos, as terras se valorizaram e não tinha mais sentido essa atividade tão próxima da capital. Os filhos e netos foram para outras atividades.

A família de meu ex-orientador de mestrado é de uma família de pequenos produtores rurais no interior do Paraná, fronteira com santa catarina. Da família, só um irmão continuou na atividade, beneficiado com a criação de frangos para atender à demanda por insumos da Sadia e Perdigão que tem origem na região. A estrutura e benfeitorias tiveram como foco avicultura, mas plantam grãos e fazem o manejo para reduzir custos, com apoio da associação local. A estrada asfaltada vai até a porta da propriedade, tem telefone, internet, tv por assinatura, casa muito boa e melhor que residencia de classe média, carros novos na garagem. É o tipo de propriedade que encontra no interior norte-americano, canadense e europeu.

Quando leio o post sinto que boa parte não conhece a vida no campo. :|




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Re: FAZENDAS MODULARES

#37 Mensagem por Bourne » Seg Jun 23, 2014 6:34 pm

Enquanto isso, o que os africanos estão fazendo para reduzir a importação de alimentos e modernizar o setor agrícola com desenvolvimento social.
JUN 23, 2014
Africa’s Farms of the Future

HARARE – Launching a business can be hard work, especially in Africa, where weak governance systems and inconsistent access to critical resources impede success. For Africa’s farmers, the challenges are particularly pronounced. Given the vast economic and social benefits of a dynamic and modern agricultural sector, providing farmers with the incentives, investments, and regulations that they need to succeed should become a top priority.

The recent boom in Africa’s telecommunications sector – which has revolutionized entire industries, not to mention people’s lifestyles – demonstrates just how effective such an approach can be. There are more than a half-billion mobile connections on the continent today; indeed, in many respects, Africa leads the world in mobile growth and innovation.

Why has Africa been unable to replicate that growth in the agriculture sector? Why, instead of bumper crops, does Africa have an annual food-import bill of $35 billion? According to the Africa Progress Panel’s latest annual report, Grain, Fish, Money – Financing Africa’s Green and Blue Revolutions, the problem is straightforward: the odds are stacked against Africa’s farmers.

This is particularly true for smallholder farmers, most of whom are women. These farmers, who cultivate plots about the size of one or two football fields, typically lack reliable irrigation systems and quality inputs, such as seeds and soil supplements. Moreover, they rarely earn enough to invest in the needed machinery, and cannot gain access to credit.

As if that were not enough, farmers are facing increasingly volatile climate conditions that increase the likelihood that their crops will fail. Maize yields, for example, are set to decline by one-quarter over the course of the twenty-first century. And, when the crops are ready, farmers face major obstacles – including inadequate rural road systems and a lack of cold storage facilities – in delivering them to the market.

Despite these risks, which dwarf those faced by the telecoms industry, Africa’s smallholders remain as efficient as their larger counterparts – a testament to their tenacity and resilience. Yet, instead of supporting farmers, African governments have erected even more obstacles to growth, including excessive taxation, insufficient investment, and coercive policies.

Africa’s farmers need an enabling environment that enables them to overcome the challenges they face. In such a context, the continent’s agricultural sector could unleash a revolution akin to that fueled by the communications industry.

The good news is that both the private and public sectors – motivated by soaring demand for food, especially in Africa’s rapidly growing cities, and rising global food prices – seem ready to propel this shift. Private firms have begun to channel investment toward Africa’s agricultural sector, including through initiatives like Grow Africa (of which I am co-Chair), which facilitates cooperation between national governments and more than a hundred local, regional, and international companies to achieve targets for agricultural growth. Over the last two years, these firms have pledged more than $7.2 billion in agricultural investment.

For their part, African governments and development partners, recognizing the central role that agriculture can play in their economic-development agendas, have begun to reverse a three-decade decline in public investment in agriculture. In fact, agriculture has the potential to reduce poverty twice as fast as any other sector.

The impact of such efforts is already becoming apparent in many parts of the continent. From Ghana to Rwanda, high levels of agricultural investment are fueling impressive economic growth in rural areas, thereby boosting job creation and reducing poverty and hunger.

But these gains remain fragile. To sustain them, African governments must recommit to the African Union’s Maputo Declaration on Agriculture and Food Security, which includes a pledge to channel at least 10% of their budgets toward agricultural investment. And, they must provide farmers with the infrastructure, energy supplies, and supportive policies that they need in order to get their products to the market.

The communications sector also has a key role to play. Mobile technology has already begun to transform Africa’s agricultural industry, by providing farmers with valuable information like market prices, input support through e-vouchers, and even access to credit. Many of these innovative services are more accessible to African smallholders than they are to their American or European counterparts.

Finally, private-sector actors, farmers’ organizations, and civil-society groups must cooperate to advance agricultural development. For example, the Alliance for a Green Revolution in Africa, supplies high-quality seeds – many of which are drought-resistant – to millions of smallholder farmers across the continent.

The African Union has declared 2014 the Year of Agriculture and Food Security in Africa. With broad action on policy, investment, and technology, Africa’s farmers can double their productivity within five years. It is time to give the agriculture sector the opportunity that all Africans need to usher in an era of shared prosperity.

---------

Strive Masiyiwa
Strive Masiyiwa, a member of the Africa Progress Panel, is the founder and chairman of Econet Wireless. He is also the co-Chair of GROW Africa, and Chairman of the Board of the Alliance for a Green Revolution in Africa.

http://www.project-syndicate.org/commen ... mic-growth




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Re: FAZENDAS MODULARES

#38 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 02, 2014 11:23 am

Alguém aqui já ouviu falar sobre um agricultor Norte-Americano chamado Salatin?

:arrow: http://www.polyfacefarms.com/



Antes de fazerem planos, deviam ver casos reais de pessoas que têm negócios lucrativos e que não recorrem a GMO e tretas do género. Vejam as opções que ele tem, vejam o tipo de produções que ele tem. Vejam as técnicas que ele desenvolveu e que defende com unhas e dentes.

Querem mais exemplos?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: FAZENDAS MODULARES

#39 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 03, 2014 12:59 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: FAZENDAS MODULARES

#40 Mensagem por motumbo » Ter Ago 19, 2014 5:45 pm

Túlio escreveu:A charla começou aqui:
FAZENDAS MODULARES - Resultaram de estudos encomendados à EMBRAPA pela Governança das Terras e Pastos (equivalente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Brasil) em meados da década de 90, com o intuito inicial de criar agrupamentos de pequenas fazendas familiares congregadas por cooperativas, tendo por finalidade a criação de uma classe média rural que substituiria as favelas, principalmente na capital. Os ditos estudos indicaram que o modelo inicial proposto seria economicamente inviável e propuseram uma alternativa, que se tornou o modelo das Fazendas Modulares da atualidade (quinze, ao sul e norte de Nova Olivença). Cada uma possui 500 módulos iguais, com 50 hectares e produção diversificada, ou seja, grãos, féculas, legumes, verduras e frutas, além de gado (bovino, ovino, suíno e aves). Parte é destinada à alimentação do gado (criado em confinamento), sendo enviada à fábrica de rações da própria cooperativa; outra é enviada ao setor de industrialização e beneficiamento da mesma. O departamento comercial se encarrega da compra de insumos e venda da produção. A administração é estritamente profissional, tendo desde o Gerente-Geral até o membro menos hierarquizado sido contratados com base em suas capacidades e mantidos (ou demitidos) por critérios puramente empresariais. Cada minifazenda é chamada Módulo de Produção. Como o modelo familiar é insustentável, dada a grande carga de trabalho, todos os módulos contratam empregados não-especializados por baixos salários para auxiliar na faina diária (em sua maioria residentes na favela Paço dos Enforcados), além de outros especializados que trabalham diretamente para a cooperativa, como agrônomos, técnicos variados e veterinários. Cada FM ocupa área entre 310 e 370 km², de acordo com a natureza do terreno. Em 2013 movimentaram, em conjunto, cerca de 7 bilhões de dólares, quase metade do PIB de Tapes.

viewtopic.php?p=5367826#p5367826
O nosso cupincha Leandro véio achou legal, mesmo após eu dizer isso:
Sobre as FMs, não sei não: há anos penso nisso, a ponto de charlar com uns figuras do ramo. Em suma, me foi dito que é uma idéia tão boa quão impraticável, só funcionando em ficção mesmo: o custo de UMA SÓ FM seria de bilhões, pois desapropriar entre 30 e 40 mil hectares ia dar o maior rabo político e custar uma nota (fora o risco de invasão pelo MST tão logo as obras começassem). Afora isso, treinar milhares de pessoas para tocar os 500 módulos, equipar tudo e ainda montar a Cooperativa e seu quadro de pessoal, bueno, só com verba federal. E aí é que a porca torce o rabo, pois o governo - seja de que sigla for - vai querer botar seus próprios gestores (com QI), ou seja, necas de PROs.
O que acham? Tem viabilidade? É factível?

EM DEBATE!
Eu acredito que aqui no Brasil, o mais fácil, seria um programa de reforma agrária sério, integrado com as grandes industrias de processamento, transformando os assentados em sócios, ou seja, novos burgueses que poderiam optar em cultivar o que quisessem nos 5% ou 10% da terra, e nos 90% ou 95% restantes seria plantado o que a referida industria de processamento (com alta mecanização) e os donos da terra (assentados) ganhariam participação nos lucros da operação.

Na pratica o que aconteceria, seria que na alta do mercado os assentados provavelmente fariam cursos para operar as maquinas das industrias parceiras e simplesmente plantar tudo como a industria precisa; já na baixa, poderiam plantar o que quiserem.

A reforma agrária só terá resultado se observada de um ponto de vista capitalista, que entenda e abra espaço para a integração de investimento e de retorno de quem investe.

O resto, esta enterrado desde 1989.




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Re: FAZENDAS MODULARES

#41 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Out 29, 2014 8:08 am

Empresa lusa cria aldeias autossuficientes em Angola


Uma empresa de Paredes de Coura já instalou em Angola mais de 15.000 metros quadrados em módulos pré-fabricados, estruturas que estão a permitir a criação, mesmo onde não há energia elétrica, de pequenas aldeias e hospitais autossuficientes.

Em entrevista à Lusa, Paulo Alves, presidente do grupo Transcoura, que trabalha na área do transporte das mercadorias mas tem apostado cada vez mais nos pré-fabricados, explicou que companhia portuguesa chegou a Angola a 2007, onde começou a trabalhar em conjunto com parceiros locais.

Atualmente, a Transcoura já fornece entidades públicas angolanas e organizações não-governamentais (ONG's). "Conseguimos criar uma aldeia ou uma vila totalmente autónoma, independentemente de haver energia elétrica ou não", contou o responsável.

Segundo Paulo Alves, os módulos pré-fabricados construídos pela empresa nacional podem ser acoplados para formarem casas, escolas, clínicas e até pequenos hospitais por intermédio de um sistema que garante ainda o tratamento de água e o fornecimento de eletricidade.

"Imagine o que é estar longe de tudo, sem energia para ter um frigorífico e manter as vacinas em bom estado. É isto que estamos a fazer", congratulou-se o presidente da Transcoura, que destacou, como projetos mais emblemáticos, os das clínicas, cantinas e dormitórios instalados em Sumba (na província do Cuanza Sul) e no Soyo (Zaire), soluções autossuficientes que são rápidas de implementar e acessíveis financeiramente.

Paulo Alves adiantou que a empresa também tem "fornecido para a polícia e para o exército" e já instalou em Angola cerca de um milhar destes módulos, de produção e montagem própria, um negócio que está, entretanto, a ser expandido para Moçambique.

A Transcoura Angola fatura anualmente mais de três milhões de euros, nomeadamente através do transporte logístico, com cerca de 20 pesados que operam de Luanda para todo o país. Contudo, a área dos pré-fabricados, que também desenvolve em Portugal, tem vindo a crescer cada vez mais.

Lusa




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