Missilhouse do Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Lima
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2461 Mensagem por Carlos Lima » Qui Jun 05, 2014 2:56 pm

Legal :) se você tem a imagem sem censura. Quem bom :)

Quanto a questão do A-Darter, o mal entendido já foi explicado e resolvido e agradeci ao Sabre pelo esclarecimento e bola para frente. ;)

Além do mais ninguem acha que as pessoas do Brasil não tem competência para resolver os desafios que aparecem a sua frente. A idéia do que estava sendo discutido não tem absolutamente nada a ver com a nossa capacidade de "arregaçar as mangas e fazer o trabalho". Não mesmo.

Além do mais existem várias visões sobre o que vem a ser síndrome de vira-latas, mas não creio que a essa altura do campeonato vai trazer qualquer benefício ao tópico em questão.

Então segue o barco... ;)

[]s
CB_Lima




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2462 Mensagem por Alcantara » Qui Jun 05, 2014 4:08 pm

Segue o barco!




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2463 Mensagem por Penguin » Sex Jun 06, 2014 10:26 am

Carlos Lima escreveu:Interessante,

Você compra um produto dos caras, vai fazer uso do produto e para melhorar tal produto você precisa de algumas informações.

Comprar um produto não garante acesso a informações sobre o projeto desse produto. Isso vai depender do contrato feito no momento da compra ou de outros contratos posteriores (esses geralmente mais custosos).

Aí você pergunta:

Como faço para colocar o equipamento A, B, C?

Resposta óbvia: contrate o fabricante da aeronave, a Northrop ou faça você mesmo. Simples.
Se houvesse um bloqueio nesse caso, não seria permitido alterar a aeronave sem consequências e retaliações. Coisa que não aconteceu.


Não vou te dizer.

Aí, você vai lá e perde tempo e $$$ tendo que fazer tudo do zero até chegar a uma conclusão que deveria ser relativamente menos complicada por cooperação de quem fabricou o produto em primeiro lugar.

Talvez tenha sido mais barato e/ou mais vantajoso fazer esses ensaios aqui do que contratar a Northrop ou uma empresa americana indicada por ela ou pelo governo americano ou do que ficar se queixando da vida.

Esse $$$ extra gasto dependendo do tipo de país em que você vive é recurso que está sendo subutilizado e poderia ser utilizado em outras etapas do desenvolvimento do seu produto, atrasando e as vezes até detonando com o seu produto o tornando anti-economico.

Se não fizessemos os ensaios aqui, não teriamos aprendido como se faz.
Se tivessemos contratado uma empresa estrangeira também gastaríamos recursos.
Resumo da ópera: no setor de defesa ou se investe em desenvolvimento interno ou se depende de algum fornecedor ou prestador de serviço estrangeiro. Hoje provavelmente sabemos tanto sobre o F-5E quanto o fabricante.


E isso não é 'bloqueio'.

Nenhuma empresa tem que passar informações sobre seus produtos a ninguém. Isso não existe.
Vc acha que a MBDA passou os parametros de funcionamento do motor do MM40 para o Brasil apenas porque solicitamos essa informação?! Não mesmo! A MBDA sabia que fariamos de qualquer jeito e isso foi contabilizado como offset do programa EC725. Se fizessemos a revelia da MBDA, gastariamos mais, porém no final a MBDA não teria cotrole algum sobre esse processo e talves sofressemos algum tipo de retaliação.


Mas nem todo mundo é ruim... "Olha não podemos vender para vocês, mas vai lá em Israel que é quase que comprar da gente, sem esse mimimi do Congresso".

1) Houve uma solicitação de proposta a Northrop para fazer esse serviço?!
2) Houve mimi do Congresso?!
Se não aconteceu nenhuma das duas coisas, sua colocação não faz sentido.


Daí seguimos esse caminho, somos bem recebidos e achamos a tábua de salvação.

Realmente isso não é bloqueio... faço o 'mea culpa' no vocabulário utilizado.

É só uma aplicação prática do "Soft Power" aonde você toma uma ferroada, mas fica naquela de não saber como reclamar e no fim até agradece...

Dai arregaçamos a manga, trabalhamos, aprendemos e atingimos nosso abjetivo sem depender de ninguém. Esse é o caminho da salvação. Mas tem muita gente por ai que prefere ficar se queixando da vida em vez de investir e trabalhar. Fica sempre na esperança que alguém vai dar algo mastigado na boquinha :lol:

Bom...

Em agradecimento ao esforço do Marino de "correr atrás" e encontrar as informações, aqui vai um video do Youtube sobre o assunto.



Valeu Marino [100] [009]

[]s
CB_Lima
Correr atrás?! Esse video é rodadíssimo em fóruns de defesa. Basta colocar no Google o nome do Brigadeiro Venâncio, palestra, CTA.




Editado pela última vez por Penguin em Sex Jun 06, 2014 12:25 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2464 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 11:26 am

Vc acha que a MBDA passou os parametros de funcionamento do motor do MM40 para o Brasil apenas porque solicitamos essa informação?! Não mesmo! A MBDA sabia que fariamos de qualquer jeito e isso foi contabilizado como offset do programa EC725.
Santiago, pode colocar a fonte desta informaçao?




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2465 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 11:28 am

Correr atrás?! Esse video é rodadíssimo em fóruns de defesa. Basta colocar no Google o nome do Brigadeiro Venâncio, palestra, CTA.
:lol: :lol: :lol:
Sim, os oito minutos iniciais da palestra estão na internet.
O resto da palestra, está em meu computador, dois tempos de 45 minutos do Brigadeiro falando.
A questão era lembrar que este tema, das asas do F-5, foi tratado na mesma.




Editado pela última vez por Marino em Sex Jun 06, 2014 11:37 am, em um total de 1 vez.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2466 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 11:35 am

Resposta óbvia: contrate o fabricante da aeronave, a Northrop ou faça você mesmo. Simples.
Se houvesse um bloqueio nesse caso, não seria permitido alterar a aeronave sem consequências e retaliações. Coisa que não aconteceu.
O Grande Pai Branco é tão bonzinho, né Santiago?
A questão não foi contratar a fabricante da aeronave.
E se a fabricante foi contatada e ouvimos a seguinte resposta: não, nem pagando passamos os dados, pois o míssil a ser integrado não é americano e vocês vão adquirir uma capacidade acima da liberada para o Brasil por nós!
Por isso o Brigadeiro coloca no slide e chama tal prática de BLOQUEIO IMPLÍCITO.
Claro, se tivéssemos a capacidade de fazer aqui muito bem.
Só atrasaria o programa, como ocorreu neste e em vários outros.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2467 Mensagem por Túlio » Sex Jun 06, 2014 1:29 pm

Bueno, pelo menos o A-Darter já está integrado ao Gripen, assim, por aí, sem problemas...

E CMG véio, já faz anos que o Grande Pai Branco é PRETO! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2468 Mensagem por Penguin » Sex Jun 06, 2014 1:44 pm

Marino escreveu:
Vc acha que a MBDA passou os parametros de funcionamento do motor do MM40 para o Brasil apenas porque solicitamos essa informação?! Não mesmo! A MBDA sabia que fariamos de qualquer jeito e isso foi contabilizado como offset do programa EC725.
Santiago, pode colocar a fonte desta informaçao?

Posso. Hoje estou com tempo e paciência... :wink:
A fonte que fariamos a remotorização independente da MBDA foi uma entrevista do VA (RM1) Ronaldo Fiúza de Castro ao DefesaNet em 2009. Aliás, muito interessante e esclarecedora essa entrevista:
24 de Abril, 2009 - 01:00 ( Brasília )
Naval

ENTREVISTA COM O VICE-ALMIRANTE (RM1) RONALDO FIÚZA DE CASTRO
O VA (RM1) Ronaldo Fiúza de Castro é o Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície (SSM – do inglês “Surface-to-Surface Missile”) pela Marinha do Brasil (MB)



O VA (RM1) Ronaldo Fiúza de Castro é o Gerente do Projeto de Desenvolvimento do míssil nacional superfície-superfície (SSM – do inglês “Surface-to-Surface Missile”) pela Marinha do Brasil (MB). Esse projeto é considerado um dos mais importantes em curso atualmente na nossa Marinha, perdendo apenas para o do Submarino Nuclear. Antes de iniciar a entrevista o Alte. Fiúza deixou bem claro que ele não está emitindo opiniões e posições da Marinha, ele só exporia as suas opiniões pessoais e comentaria sobre fatos concretos.

DEFESANET: Alte Fiúza, por que o senhor solicitou que fosse realizada esta entrevista?
Alte. Fiúza: É a oportunidade de esclarecer alguns pontos relacionados a este projeto que estão sendo divulgados pela imprensa. Tudo o que será comentado aqui são fatos concretos e as opiniões e posicionamentos pessoais meus.

DEFESANET: Qual é, então, o objeto do Projeto do Míssil Nacional?
Alte. Fiúza: O Objeto deste projeto é um míssil anti-navio produzido no Brasil que possa ser lançado dos lançadores existentes atualmente da MB. O alcance desse míssil será compatível com os sensores de bordo, atualmente isto significa cerca de 60 km. Isto é, as características do míssil devem ser aproximadamente as do EXOCET MM40 Bk I.

DEFESANET: Quando foi que a MB decidiu partir para o projeto de um míssil SSM nacional ?
Alte. Fiúza: O projeto do míssil anti-navio nacional é uma idéia muito antiga. No final da década de 1970, o Alte Branco, então Diretor da antiga DACM (Diretoria de Armamento e Comunicações da Marinha) resolveu que era necessário formar uma equipe para tratar de um projeto de um míssil nacional. Vários Oficiais foram naquela época enviados para se especializarem no assunto. Eu acabei escolhido para, em 1980, ir cursar mestrado em engenharia aeronáutica no MIT na área de controle, navegação e guiagem de mísseis.

DEFESANET: O que foi feito na ocasião?
Alte. Fiúza: A idéia, em 1982, quando voltei dos USA, era a mesma de hoje em dia: produzir um míssil que tivesse o alcance de nossos sensores. Algo em torno de 30 milhas náuticas (cerca de 60 km).

Este tipo de míssil sempre será necessário em qualquer Marinha, é quase que uma continuação do conceito de “Bateria Principal” nos navios antigos. É lógico que países do Primeiro Mundo e Marinhas mais ricas podem se dar ao luxo de alcances maiores e mísseis mais caros, esperando uma possível OTHT (Over-The-Horizon Targeting) oferecidas por outros meios, mas sempre haverá lugar num navio patrulha ou escolta de um míssil anti-navio barato que possa engajar alvos dentro do seu horizonte radar .

Havia, naquele momento, o oferecimento de uma empresa israelense de se montar uma fábrica para produzir o míssil GABRIEL III no Brasil. Contudo, como era apenas uma transferência de “know-how” e não de “know-why”, a MB decidiu não prosseguir com as negociações. Posteriormente, os israelenses partiram para negociar com a África do Sul e lá fizeram o míssil SKORPION.

DEFESANET: Mas essa fábrica não poderia ser encarada como um primeiro passo na direção do SSM nacional?
Alte. Fiúza: Certamente seria um passo, mas provavelmente não nos levaria a lugar algum. Há uma história bastante elucidativa a esse respeito: Na década de 1950, a MB comprou uma fábrica de torpedos MK 15 que era capaz de fazer tudo daquele torpedo. Entravam os insumos e saia o produto acabado. Essa fábrica funcionou durante algum tempo em Niterói. Contudo, ela fabricou apenas cerca de 50 unidades e a MB decidiu que não havia mais necessidade de produzir outros. A fábrica produziu então material de teste, bancadas e até brindes. Depois, por falta de demanda, ficou em estado vegetativo. Quando chegou a hora de partir para o MK 16, lançado por submarinos, fomos incapazes de fazer o salto tecnológico necessário. Faltava-nos o conhecimento da engenharia de projeto. Só sabíamos construir bem feito aquilo que tinha sido programado.

DEFESANET: O senhor então não acredita em transferência de tecnologia?
Alte. Fiúza: É claro que acredito! Porém transferência de tecnologia só acontece num momento mágico em que há alguém que sabe o bastante para ter uma dúvida e existe um outro alguém, mais experiente, que fornece a resposta correta. Só nessas condições haverá de fato uma transferência de conhecimento. Não adianta mandarem livros, manuais ou darem cursos teóricos se esta premissa não for atendida. Na ocasião, os israelenses deixaram claro que não iriam responder a qualquer pergunta técnica sobre a engenharia de projeto de mísseis.

DEFESANET: O que aconteceu a partir de então?
Alte. Fiúza: Por vários motivos, a MB continuou adquirindo seus Exocet, exatamente como havia feito desde 1975. Até que em 2001, a MB recebeu uma carta da MBDA avisando que o míssil tipo MM38 que possuíamos não seria mais apoiado pela empresa. Isso depois de muito alardearem sobre as vantagens de seus novos mísseis com especificações acima do que precisamos e por volta de 3 vezes mais onerosos. Isso gerou uma desconfortável sensação de impotência na MB e decidiu-se que o projeto do míssil nacional finalmente seria retomado. A MB teria que se desfazer de seus MM38 apesar de serem ainda perfeitamente adequados às tarefas, ameaças e cenários (TAC) esperados. Porém, como a confiabilidade e disponibilidade deles iriam despencar, a MB decidiu adquirir, numa primeira hora, novos mísseis. Foi então que a Marinha se conscientizou que não poderia mais continuar dependendo das condições de lucratividade de empresas estrangeiras em relação a sua arma mais letal. A situação não ficou mais crítica para a MB, pois o MM38 teve uma sobrevida graças, aliás, a Marinha Francesa.

DEFESANET: A decisão, então, foi Estratégica?
Alte. Fiúza: O preço de mísseis, como o de qualquer arma importante, é político. O que um Estado está disposto a pagar a outro Estado para ter uma arma? No caso de fornecedores como a antiga URSS, esse preço era aderir a uma ideologia, no caso dos USA era aceitar uma graduação tecnológica determinada por eles e no caso dos europeus era pagar preços exorbitantes por material de, digamos, “penúltimo” estado da arte. Por isso, a decisão de produzir ou não uma arma no seu próprio País é naturalmente estratégica.

DEFESANET: Como, então, se iniciou essa empreitada?
Alte. Fiúza: Houve primeiramente um projeto chamado de “munição inteligente” que se desenvolveu entre 2003 e 2005. Nesse projeto foram levantados todos os passos da sequência reversível e, principalmente da sequência irreversível de lançamento do míssil. Isso permitiu que o IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) com supervisão da DSAM (Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, órgão que sucedeu a DACM) adaptasse um lançador de MM38 para lançar o MM40. Um lançamento foi realizado com sucesso no final de 2005. Esse projeto nos deu segurança para partir com confiança para o projeto nacional. Além disso, como passamos a dominar a interface entre o míssil e o sistema de lançamento, temos como iniciar o projeto.

DEFESANET: Qual foi o próximo passo?
Alte. Fiúza: Bem, a MB aceitou descartar os mísseis MM38, mas resolveu “forçar a barra” e dizer a MBDA que iria nacionalizar o motor foguete, parte perecível mais crítica do míssil. Daí, ela deixou claro que a empresa poderia aceitar colaborar no desenvolvimento e ser contratada para isso, ou se negar a fazer o que não impediria que a MB realizasse todos os esforços possíveis para montar esse componente. Com ou sem a MBDA, a MB iria fazer o seu míssil SSM. Felizmente, a MBDA resolveu colaborar, o que tem feito com grande competência e dignidade. Ela tem auxiliado nossas empresas a se capacitarem dentro dos rigorosos padrões da área de mísseis e nos introduzido a modernas ferramentas de gerenciamento. Entretanto, devo frisar que essa transferência de tecnologia só esta ocorrendo porque há profissionais com grande conhecimento a respeito de mísseis não só na MB, como também, nas empresas nacionais envolvidas.

DEFESANET: E quais empresas são essas?
Alte. Fiúza: De início, contratamos a Avibrás e a MBDA para que a primeira, com apoio da segunda, produza o motor foguete que será colocado nos Exocet da MB. Esse motor em nada é igual ao antigo, sua tecnologia é bem mais moderna mas ele deverá satisfazer aos requisitos de interface e desempenho para ser integrado ao MM-40.

A Mectron, por sua vez, está trabalhando, com uma cabeça telemétrica com apoio da MBDA.

A ARES está encarregada de produzir e desenvolver o lançador. Os sensores inerciais estão contratados junto ao CTMSP (Centro tecnológico da Marinha em S. Paulo) e a plataforma inercial será produzida pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM). Estamos mantendo contato com empresas que trabalham na área de radiofreqüência para o projeto do “seeker” para substituir o antigo radar ADAC. Estamos, também, mantendo contato com uma grande empresa na área de integração de sistemas para nos auxiliar na supervisão do projeto e temos conversado com o pessoal do CTEX (Centro Tecnológico do Exército) no que tange às pilhas térmicas. A carga útil deve ser produzida pela FAJCMC, a fábrica de munições da MB. A Grande integradora, contudo, deverá ser a Avibrás. É também nossa intenção montar uma raia de testes adequada no Brasil.

DEFESANET: Então a MBDA esta contratada apenas para prestar assistência a essas empresas?
Alte. Fiúza: Não. Temos mais 2 contratos com a MBDA além do de cooperação técnica para desenvolvimento de um motor capaz de substituir o dos mísseis existentes na MB: 1) Contrato de Fornecimento de Motores Foguetes, pois foi acordado que parte dos mísseis da MB será remotorizada com motores fabricados por eles na França; e 2) Contrato para fornecimento de itens que a MB resolveu não partir de início para a sua nacionalização por serem sensíveis à área de segurança: iniciadores e mecanismos de segurança, por exemplo.

DEFESANET: Quais são os prazos e custos do projeto?
Alte. Fiúza: O prazo para se ter o míssil pronto é de 8 anos contados a partir de 2008. Quanto aos custos, prefiro não comentar a fim de poder melhor negociar com as empresas, porém quem tiver acesso ao SIGPLAN do Governo Federal, é só verificar os valores no projeto 1N56. No primeiro ano tivemos R$ 4 milhões e neste ano R$ 7 milhões não estão incluídos os custos do motor e cabeça telemétrica que fazem parte de um projeto separado de certificação dos atuais MM-40 Acredito que a quantidade de verba não seja problema no projeto, mas sim, poder usá-la no que for mais necessário, sempre dentro da sistemática estabelecida pela MB. Ou seja problemas, se existirem, serão de ordem burocrático-legal e não de ordem técnico-financeira. Daí nossa grande esperança na END principalmente na regulamentação do relacionamento Força-Empresa.

DEFESANET: A sua equipe é muito grande?
Alte. Fiúza: Pelo contrário, é estratégia do projeto mantê-la o mais enxuta possível. Somos 5 profissionais, todos contratados pela EMGEPRON. A sede da GEM (Gerência Especial de Mísseis), fica na DSAM.

DEFESANET: O que o senhor nos diz dos riscos do Projeto?
Alte. Fiúza: A parte do motor esta bastante adiantada. A cabeça telemétrica também corre a contento. As demais partes ainda estão no início. Entretanto, não acredito em obstáculos intransponíveis. Os riscos de não se chegar a um motor foguete utilizável são muito pequenos. O que pode haver são atrasos. Por exemplo, um dos componentes do propelente sólido, o PBH/OH era fabricado no Brasil pela Petroflex, empresa que pertencia à Petrobras. Porém ela foi vendida a um grupo estrangeiro que, por falta de interesse econômico, fechou a referida planta. Portanto, algo que antes era fabricado por uma empresa estatal deixou de estar disponível e agora estamos tendo que negociar com outros produtores, que mesmo fornecendo um produto de boa qualidade tem dificuldade em manter um padrão. Futuramente, a Avibrás deve partir para montar a sua própria planta de PBH/OH, mas problemas como esse são emblemáticos.

DEFESANET: Quando o senhor espera realizar os testes do motor?
Alte. Fiúza: São motores que queimarão por volta de 5 minutos. Isso é mais que quase todos os que já foram feitos no Brasil e comparável aos do VLS. Por questões de segurança, o primeiro teste deve ser realizado em terra. Esses testes devem ser realizados já no ano que vem.

DEFESANET: Finalmente, qual seria o seu lema nesse projeto?
Alte. Fiúza: Eu diria que não desejo reinventar a roda, mas se for impossível copiá-la, então, reinventá-la-emos.
Quanto a participação da Avibrás no programa H-XBR, DefesaNet, 2014:
http://www.defesanet.com.br/ec725/notic ... rmamentos/




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2469 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 2:01 pm

Também estou com paciência hoje Santiago.
O que eu pedi, se nao fui claro, vou ser agora.
Onde está a fonte disto:
...e isso foi contabilizado como offset do programa EC725.
Sobre o programa de mísseis da MB, nao precisa me dizer nada.




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2470 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 2:05 pm

Túlio escreveu:Bueno, pelo menos o A-Darter já está integrado ao Gripen, assim, por aí, sem problemas...

E CMG véio, já faz anos que o Grande Pai Branco é PRETO! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
É, dizem que está integrado no Gripen C, dizem.
Mas como o nosso vai ser o NG... :mrgreen:
Ah, tem gente que gostou do Grande Pai Branco ser preto quando senta no colinho. :lol: :lol: :lol:




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2471 Mensagem por Penguin » Sex Jun 06, 2014 2:08 pm

Marino escreveu:
Resposta óbvia: contrate o fabricante da aeronave, a Northrop ou faça você mesmo. Simples.
Se houvesse um bloqueio nesse caso, não seria permitido alterar a aeronave sem consequências e retaliações. Coisa que não aconteceu.
O Grande Pai Branco é tão bonzinho, né Santiago?

Não existe "Pai Branco" bonzinho. Nem grande e nem pequeno. Aliás, nessa dimensão não existe relação de pai para filho. Não existe alguém que vai dar alguma coisa pronta na boquinha de algum (país) chorão.
Quem acabou fornecendo o sensor para o Piranha foi a Sul-africana Kentron. Não foi nenhum país europeu, Rússia ou China


A questão não foi contratar a fabricante da aeronave.
E se a fabricante foi contatada e ouvimos a seguinte resposta: não, nem pagando passamos os dados, pois o míssil a ser integrado não é americano e vocês vão adquirir uma capacidade acima da liberada para o Brasil por nós!

Qual a evidência que se tentou contratar o fabricante da aeronave. Fuentes?

Por isso o Brigadeiro coloca no slide e chama tal prática de BLOQUEIO IMPLÍCITO.
Claro, se tivéssemos a capacidade de fazer aqui muito bem.
Só atrasaria o programa, como ocorreu neste e em vários outros.
O foco da palestra do Brigadeiro foi C&T para a defesa nacional. Ou seja, sem investimetos em C&T nacional ficamos dependendo dos humores de fornedores estrangeiros.
Os EUA são realmente bastantes protetores de suas tecnologias. Os europeus não ficam muito atrás.
Se forem tecnologias, mesmo de uso dual, com aplicação em míssis e foguetes, os controles são bem rigidos. O caminho mais promissor é desenvolver internamente.


Aqui segue os 93 slides da apresentação do Brigadeiro Alvarenga:




Editado pela última vez por Penguin em Sex Jun 06, 2014 2:15 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2472 Mensagem por Penguin » Sex Jun 06, 2014 2:14 pm

Marino escreveu:Também estou com paciência hoje Santiago.
O que eu pedi, se nao fui claro, vou ser agora.
Onde está a fonte disto:
...e isso foi contabilizado como offset do programa EC725.
Sobre o programa de mísseis da MB, nao precisa me dizer nada.
Quanto a isso realmente não estou certo. As notícias da Helibrás quanto a esse assunto são sempre confusas. Relacionam as coisas, mas não deixam claro. Se foi em um contrato separado ao se foi dentro do programa H-XBR pouco importa. Importa sim, para a nossa discussão, o fato de que isso não não sairá de graça e é regido por contrato(s).




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Re: Mssilhouse do Brasil

#2473 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 2:18 pm

Penguin escreveu:
Marino escreveu: O Grande Pai Branco é tão bonzinho, né Santiago?

Não existe "Pai Branco" bonzinho. Nem grande e nem pequeno. Aliás, nessa dimensão não existe relação de pai para filho. Não existe alguém que vai dar alguma coisa pronta na boquinha de algum (país) chorão.
Quem acabou fornecendo o sensor para o Piranha foi a Sul-africana Kentron. Não foi nenhum país europeu, Rússia ou China

Sim, que aceitou vender e receber o valor que cobrou.
Outro país costuma dizer: não vendo, pelo preço que for, este armamento/sensor/capacidade não está liberada para vocês.
Outros países nos tratam como iguais, vendem a tecnologia que necessitamos.


A questão não foi contratar a fabricante da aeronave.
E se a fabricante foi contatada e ouvimos a seguinte resposta: não, nem pagando passamos os dados, pois o míssil a ser integrado não é americano e vocês vão adquirir uma capacidade acima da liberada para o Brasil por nós!

Qual a evidência que se tentou contratar o fabricante da aeronave. Fuentes?
Quer fuentes santiago?
Coloca aí a fuente de que o programa de mísseis da MB é offser do contrato com a helibras.


Por isso o Brigadeiro coloca no slide e chama tal prática de BLOQUEIO IMPLÍCITO.
Claro, se tivéssemos a capacidade de fazer aqui muito bem.
Só atrasaria o programa, como ocorreu neste e em vários outros.
O foco da palestra do Brigadeiro foi C&T para a defesa nacional. Ou seja, sem investimetos em C&T nacional ficamos dependendo dos humores de fornedores estrangeiros.
Os EUA são realmente bastantes protetores de suas tecnologias. Os europeus não ficam muito atrás.
Se forem tecnologias, mesmo de uso dual, com aplicação em míssis e foguetes, os controles são bem rigidos. O caminho mais promissor é desenvolver internamente.


Aqui segue os 93 slides da apresentação do Brigadeiro Alvarenga:
Existem países, como a França (vide submarinos) , ou Rússia (vide sistemas de mísseis e Alcântara), que nos tratam como parceiros estratégicos e não como um país de segunda que vai receber o que eles considerarem bom para nós, que vão julgar qual capacidade deveremos ter, a seu bel prazer.
Esta a diferença santiago.
Sobre os slides, sim, esta é uma das apresentações que ele fazia no CTA. 8-] 8-]




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Carlos Lima
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2474 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jun 06, 2014 2:20 pm

Com relação ao A-Darter/F-5 a questão está esclarecida.

Com relação aos "mísseis no Brasil" eu acho que essa questão toda passa sobre como o "soft power" pode ser aplicado para dar uma 'empurradinha' para baixo nas suas tentativas de independência.

Obviamente nesse caso conseguimos eventualmente 30 anos depois do programa iniciado e com ajuda dos sul-africanos termos um míssil ar-ar nacional.

Não desistimos de ter um míssil dessa categoria e existe mérito nisso, e pelo visto vamos 'dar um pulo' com o A-Darter o que é ótimo, mas tomamos umas pauladas na cabeça do softpower a cada oportunidade.

[]s
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Marino
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Re: Mssilhouse do Brasil

#2475 Mensagem por Marino » Sex Jun 06, 2014 2:21 pm

Penguin escreveu:
Marino escreveu:Também estou com paciência hoje Santiago.
O que eu pedi, se nao fui claro, vou ser agora.
Onde está a fonte disto: Sobre o programa de mísseis da MB, nao precisa me dizer nada.
Quanto a isso realmente não estou certo. As notícias da Helibrás quanto a esse assunto são sempre confusas. Relacionam as coisas, mas não deixam claro. Se foi em um contrato separado ao se foi dentro do programa H-XBR pouco importa. Importa sim, para a nossa discussão, o fato de que isso não não sairá de graça e é regido por contrato(s).
Ahhhhhh, tá bom então.
Nada é de graça Santiago, ainda mais em se tratando de armamentos.




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