Reginaldo Bacchi escreveu:Tulio, o que é um "blindado pesado"?Túlio escreveu:
Só pra atolar nas imediações de SM, o suposto paraíso dos blindados do Brasil? A cada vez que converso com quem SABE, mais me convenço que temos de usar o carro mais leve possível com a peça mais poderosa, não adianta se fiar em BLINDAGEM apenas, tem que ter MOBILIDADE...
Lição difícil, mas creio mais em POLTERGEIST do que em Blindado pesado aqui no Sul...
30 ton, 40 ton, 50 ton, 60 ton, 70 ton???
Por favor, dê nome aos bois.
Bacchi
Mestre, fui algo infeliz na expressão. Se é para dar "nome aos bois", como referiste, não é mais fácil usar a expressão MBT moderno? Tem de tudo que é peso e o que escrevi vale para todos, ao menos a meu ver.
A razão: do velho "tripé blindado" eu diria que, ao menos em boa parte do terreno rural aqui do RS, a mobilidade, que todos sabemos não ser apenas uma questão de velocidade e poder de manobra e sim da simples capacidade de avançar (da qual as citadas são apenas consequências, afinal, carro parado não acelera nem manobra, não?) em qualquer terreno (QT) depende muito da pressão sobre o solo e de sua densidade. Bueno, aqui mesmo, em Tramandaí, era famoso o "passeio na lama" durante as festividades do Dia da Cavalaria, no qual era entrar um Cascavel na pista e PIMBA, atolava. Daí um M-113 ia até lá e, além de não atolar, ainda rebocava o EE-9. Com a chegada dos Leos, começaram a fazer o mesmo papel - e o M-113 não rebocava, dava um trabalhão tirar o bichano do barro - e o resultado foi que o "passeio na lama" acabou, ao menos na parte pública do evento.
O que quis dizer é que um MBT (CC) para operar aqui deve ter pressão sobre o solo semelhante à do M-113 (se não me engano, uns 0,55 kg por cm²) ou por aí, pois é o único que sei que é brabo de atolar. Aliás, sempre achei estranha aquela charla de "M-113 não acompanha Leo": vamos com calma, tem muito terreno em que o M-113 passa tranquilo e o Leo, se entrar, só sai a reboque. A meu ver - bom frisar - qualquer MBT teria que quase dobrar sua área de contato com o solo para avançar e manobrar; os atuais, todos acima de 0,8 kg/cm², vão precisar de Vtr Soc quase que o tempo todo em uma porção de lugares do RS.
Lembrar que por anos a fio escarneci do EB por preferir sempre blindados mais leves ao invés de mastodontes como Leo 2 ou Merkava, zoando coisas como trilhos que entortam e pontes que desabam. Hoje minha idéia é outra: se o carro não pode encarar o terreno, bueno, então não serve. Não é tanto o peso, é a pressão sobre o solo. Quando voltar à C I Bld, agora no segundo semestre, vou conversar bastante sobre coisas assim, tenho me prendido demais ao material em si, vou tentar avançar mais na área tática, onde entram as lições aprendidas pelo EB em manobras e exercícios, inclusive o que fizeram com uma porção de Guaranis, no final do ano passado.
Que fique claro: tudo o que escrevi acima, ao menos por enquanto, é apenas opinião pessoal, tri?