Operações Policiais e Militares
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- henriquejr
- Sênior
- Mensagens: 5448
- Registrado em: Qui Mai 25, 2006 11:29 am
- Localização: Natal/RN
- Agradeceu: 384 vezes
- Agradeceram: 432 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
E por acaso você viu o Carlo Prisco colocar arma na cabeça do cidadão e exigir melhorias? O que eu vi foi alguns PMs corajosos, que colocaram seus empregos e a paz em risco, ao se aquartelar, enquanto eram cercados pelo Exército, onde sofreram todo tipo de pressão psicológica. Outras categorias vão pra rua, picham, depredam, vandalizam (não estou generalizando), e ninguém reclama.
Tem que entender que dentro da instituição militarizada das PMs, trabalham seres humanos, que sofre rodo tipo de intempéries no seu oficio, e deixam em suas casas esposas e filhos que dependem dele para o sustento.
Tem que entender que dentro da instituição militarizada das PMs, trabalham seres humanos, que sofre rodo tipo de intempéries no seu oficio, e deixam em suas casas esposas e filhos que dependem dele para o sustento.
.
-
- Sênior
- Mensagens: 3804
- Registrado em: Qua Dez 03, 2008 12:34 am
- Localização: Goiânia-GO
- Agradeceu: 241 vezes
- Agradeceram: 84 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
O sindicato critica o suposto uso político da greve e solta uma nota em forte tom político?! Será que foi pelo fato do pleito salarial deles não ter sido atendido (tom político?!)?
Lamentável agora é em ano de eleição tudo descambar para questões políticas. Basta que se cumpra a lei. Sentem para negociar melhores condições de remuneração e trabalho. Não deixem a sociedade a mercê da bandidagem. Tenham certeza que com a sociedade ao seu lado certamente chegarão aos seus pleitos. Dando as costas à mesma só complicarão e deixarão de legitimar as suas reivindicações.
Policiais saírem matando todo mundo juristas, políticos etc?! Credo, ainda bem que vivemos em um estado democrático de direito. Ainda bem que as forças armadas e a maioria das polícias não tem este entendimento. Particularmente alguns sindicatos e candidatos a cargos eletivos. Tomara que com pensamentos assim, tentando se eleger (situação típica de democracias) mudem seu pensamento e sigam as leis, pois colocar no Legislativo (que é quem faz as leis) quem prega desobediência as mesmas é temerário!
Todos os integrantes das PMs sabem quando ingressam nas mesmas: greve de militares É PROIBIDO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL! PONTO! São seres humanos? Tem famílias? Merecem, como servidores públicos que são, remuneração e condições de trabalho dignas? Lógico que sim, lógico que sim, lógico que sim! Negociem, mas, jamais, descumpram as leis e virem as costas para quem vocês servem que é à sociedade e aos governos (estadual e federal) aos quais estão submetidos. E que os governos também não virem as costas as reivindicações da categoria, na medida do possível, e a sociedade não perca a disponibilidade de contar, a toda hora que precisar, com os órgãos de segurança pública.
Lamentável agora é em ano de eleição tudo descambar para questões políticas. Basta que se cumpra a lei. Sentem para negociar melhores condições de remuneração e trabalho. Não deixem a sociedade a mercê da bandidagem. Tenham certeza que com a sociedade ao seu lado certamente chegarão aos seus pleitos. Dando as costas à mesma só complicarão e deixarão de legitimar as suas reivindicações.
Policiais saírem matando todo mundo juristas, políticos etc?! Credo, ainda bem que vivemos em um estado democrático de direito. Ainda bem que as forças armadas e a maioria das polícias não tem este entendimento. Particularmente alguns sindicatos e candidatos a cargos eletivos. Tomara que com pensamentos assim, tentando se eleger (situação típica de democracias) mudem seu pensamento e sigam as leis, pois colocar no Legislativo (que é quem faz as leis) quem prega desobediência as mesmas é temerário!
Todos os integrantes das PMs sabem quando ingressam nas mesmas: greve de militares É PROIBIDO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL! PONTO! São seres humanos? Tem famílias? Merecem, como servidores públicos que são, remuneração e condições de trabalho dignas? Lógico que sim, lógico que sim, lógico que sim! Negociem, mas, jamais, descumpram as leis e virem as costas para quem vocês servem que é à sociedade e aos governos (estadual e federal) aos quais estão submetidos. E que os governos também não virem as costas as reivindicações da categoria, na medida do possível, e a sociedade não perca a disponibilidade de contar, a toda hora que precisar, com os órgãos de segurança pública.
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8854
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceu: 118 vezes
- Agradeceram: 413 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Como não?? A Bahia simplesmente parou por causa do terror provocado pelos PMs e você acha isso normal?henriquejr escreveu:E por acaso você viu o Carlo Prisco colocar arma na cabeça do cidadão e exigir melhorias? O que eu vi foi alguns PMs corajosos, que colocaram seus empregos e a paz em risco, ao se aquartelar, enquanto eram cercados pelo Exército, onde sofreram todo tipo de pressão psicológica. Outras categorias vão pra rua, picham, depredam, vandalizam (não estou generalizando), e ninguém reclama.
Tem que entender que dentro da instituição militarizada das PMs, trabalham seres humanos, que sofre rodo tipo de intempéries no seu oficio, e deixam em suas casas esposas e filhos que dependem dele para o sustento.
- Frederico Vitor
- Sênior
- Mensagens: 2064
- Registrado em: Ter Ago 14, 2007 1:34 pm
- Localização: Goiás
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 270 vezes
- cassiosemasas
- Sênior
- Mensagens: 2700
- Registrado em: Qui Set 24, 2009 10:28 am
- Agradeceu: 87 vezes
- Agradeceram: 86 vezes
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
O país está uma zona sem cafetina, e ainda querem fazer copa do mundo
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8854
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceu: 118 vezes
- Agradeceram: 413 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
PQP, pior que podem matar o cara dando esse tanto de choque no maluco, se vc aplicou choque no cara e ele cagou, mais choque só vai aumentar a raiva do sujeito ou fazer o coração dele parar.cassiosemasas escreveu:como não proceder!!!
O negócio é aplicar o choque, se não parou é cair pra dentro e descer a lenha no maluco, ele vai sair todo arrebentado mas com o coração ainda batendo.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Se o elemento tivesse sacado de um estilete, um ou os dois policiais teriam ficado com as tripas ao luar, antes de terem tempo de largar as armas de choque e sacar as pistolas.gusmano escreveu:Se fosse no brasil já tinha sapecado bala no cara.
abs
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9409
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 238 vezes
- Agradeceram: 541 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Caraca como que o cara não caiu com choque! A Nasa precisa estudar esse hôme
----------------
amor fati
amor fati
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8854
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceu: 118 vezes
- Agradeceram: 413 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Dorgas mano. O cara só ia parar quando o coração dele parasse de bater. Teve sorte. Agora se os policiais partissem para cima do cara no pau ele sairia com uns olhos roxos, mas vivo.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Polícia!
Carlos Alberto Sardenberg, O Globo - 1º de maio de 2014.
O“Jornal Nacional” e o “Jornal da Globo” estão exibindo nesta semana duas extraordinárias séries de reportagens que, por caminhos diferentes, mostram a mesma realidade: como a falta de produtividade, ou a baixa eficiência, tanto no setor público quanto no privado, atrasam e tornam o Brasil mais injusto.
O “Jornal da Globo” encarou um desafio complicado: mostrar como a impunidade é causa primária da criminalidade. Por que algumas sociedades e setores dentro de sociedades são mais violentos? — esta é uma eterna discussão e um tema atualíssimo no Brasil de hoje.
Mas o debate tem sido incompleto. Há questões, digamos, permanentes, como a relação entre pobreza e violência ou má distribuição de renda e criminalidade. Durante um certo tempo, na verdade, ainda hoje em certos setores, essas questões têm sido dominantes. A violência, se diz, é um problema social, não de polícia — e essa seria a tese de esquerda, para quem gosta de colocar velhas ideologias em tudo.
Nessa visão, a polícia entra como agente da violência e, especialmente, contra os pobres. Está acontecendo no Rio. Em protestos estimulados e promovidos pelo tráfico, pessoas das comunidades reclamam a retirada das UPPs, como se estas, e não os traficantes, fossem as responsáveis pela violência.
É certo que os policiais têm cometido erros terríveis, mas não se pode concluir daí que seja uma força contra a comunidade. Mas é certo que faltam preparo e competência em todo o sistema policial e jurídico no Rio e no Brasil.
A série do “Jornal da Globo” apanha um aspecto essencial desta história: a impunidade. Parte de um dado alarmante bastante conhecido: 27 assassinatos por cada grupo de cem mil pessoas, no país. Mas se concentra em outro dado mais alarmante e menos conhecido e debatido: de cada cem homicídios, no máximo oito são esclarecidos e os culpados, punidos. E, assim mesmo, depois de muito tempo.
Na Inglaterra, são 90% de casos resolvidos. E a taxa de homicídios, mostra a série do JG, vai lá para baixo. Esta é uma relação bem verificada. Penas mais elevadas, ao contrário, não derrubam a criminalidade. Se o assassino, como no Brasil, tem 92% de chance de não ser apanhado, qual a importância de a pena ser de dez ou 20 anos?
E para apanhar criminosos, mostra a série, precisa-se de algo que é uma raridade no Brasil: a polícia científica, tecnológica, que chega logo e bem equipada ao local do crime, o início de uma boa investigação.
A reportagem chega a dar tristeza: repartições de polícia supostamente técnica que deixam cadáveres amontoados num quintal, aguardando identificação e perícia. Por anos! Equipamentos de ponta que não são utilizados por falta de gente e de pequenas providências, como uma rede elétrica. Repartições policiais lotadas de funcionários administrativos e com falta de peritos e policiais para as operações-fim.
Tudo considerado, é um exemplo acabado do setor público brasileiro: caro e ineficiente. E, claro, socialmente injusto: tendo que selecionar quais assassinatos vai investigar, a polícia dá preferência aos casos de maior impacto na mídia ou que envolvam famílias, digamos, influentes. Os mortos pobres comuns ficam na fila, amontoados nos pátios. E todos os cidadãos comuns sentem a falta de segurança. Quer dizer, todos não: bairros mais ricos conseguem de algum modo mais polícia.
A rigor, a relação direta entre violência e pobreza nunca foi demonstrada de modo a não deixar dúvidas. Não basta mostrar que há mais violência em cidades ou bairros pobres.
Há países mais pobres que o Brasil com menos criminalidade. Há sociedades tão desiguais como a nossa também com menos crimes. E, entre os países ricos, o índice de criminalidade varia bastante, mais alto nos EUA, por exemplo, do que na Europa ou Japão. Sim, há mais desigualdade nos EUA, mas a criminalidade varia também em países europeus com o mesmo padrão de distribuição de renda e benefícios sociais.
Por outro lado, é certo que o ambiente social, a cultura e as condições de vida podem ser mais ou menos favoráveis à prática de crimes. Mas a tese, levada ao extremo, de que a polícia leva a violência aos mais pobres deixou um paradoxo: uma polícia mais violenta.
Foi assim: um lado responsabiliza a polícia e pede sua retirada (“Fora UPPs!”) ou a restrição de sua atividade (não poder abordar mascarados, por exemplo, ou não poder entrar em universidades nem para procurar traficantes); em reação, o outro lado pede mais polícia baixando o pau. Resultado, ficamos sem a polícia boa, competente, bem remunerada e bem equipada, que acha e prende os culpados de crimes diversos, de assassinatos a destruição de ônibus.
(As séries do JN e do JG estão no ar. Também podem ser vistas pelo site g1.com.br.)
Carlos Alberto Sardenberg, O Globo - 1º de maio de 2014.
O“Jornal Nacional” e o “Jornal da Globo” estão exibindo nesta semana duas extraordinárias séries de reportagens que, por caminhos diferentes, mostram a mesma realidade: como a falta de produtividade, ou a baixa eficiência, tanto no setor público quanto no privado, atrasam e tornam o Brasil mais injusto.
O “Jornal da Globo” encarou um desafio complicado: mostrar como a impunidade é causa primária da criminalidade. Por que algumas sociedades e setores dentro de sociedades são mais violentos? — esta é uma eterna discussão e um tema atualíssimo no Brasil de hoje.
Mas o debate tem sido incompleto. Há questões, digamos, permanentes, como a relação entre pobreza e violência ou má distribuição de renda e criminalidade. Durante um certo tempo, na verdade, ainda hoje em certos setores, essas questões têm sido dominantes. A violência, se diz, é um problema social, não de polícia — e essa seria a tese de esquerda, para quem gosta de colocar velhas ideologias em tudo.
Nessa visão, a polícia entra como agente da violência e, especialmente, contra os pobres. Está acontecendo no Rio. Em protestos estimulados e promovidos pelo tráfico, pessoas das comunidades reclamam a retirada das UPPs, como se estas, e não os traficantes, fossem as responsáveis pela violência.
É certo que os policiais têm cometido erros terríveis, mas não se pode concluir daí que seja uma força contra a comunidade. Mas é certo que faltam preparo e competência em todo o sistema policial e jurídico no Rio e no Brasil.
A série do “Jornal da Globo” apanha um aspecto essencial desta história: a impunidade. Parte de um dado alarmante bastante conhecido: 27 assassinatos por cada grupo de cem mil pessoas, no país. Mas se concentra em outro dado mais alarmante e menos conhecido e debatido: de cada cem homicídios, no máximo oito são esclarecidos e os culpados, punidos. E, assim mesmo, depois de muito tempo.
Na Inglaterra, são 90% de casos resolvidos. E a taxa de homicídios, mostra a série do JG, vai lá para baixo. Esta é uma relação bem verificada. Penas mais elevadas, ao contrário, não derrubam a criminalidade. Se o assassino, como no Brasil, tem 92% de chance de não ser apanhado, qual a importância de a pena ser de dez ou 20 anos?
E para apanhar criminosos, mostra a série, precisa-se de algo que é uma raridade no Brasil: a polícia científica, tecnológica, que chega logo e bem equipada ao local do crime, o início de uma boa investigação.
A reportagem chega a dar tristeza: repartições de polícia supostamente técnica que deixam cadáveres amontoados num quintal, aguardando identificação e perícia. Por anos! Equipamentos de ponta que não são utilizados por falta de gente e de pequenas providências, como uma rede elétrica. Repartições policiais lotadas de funcionários administrativos e com falta de peritos e policiais para as operações-fim.
Tudo considerado, é um exemplo acabado do setor público brasileiro: caro e ineficiente. E, claro, socialmente injusto: tendo que selecionar quais assassinatos vai investigar, a polícia dá preferência aos casos de maior impacto na mídia ou que envolvam famílias, digamos, influentes. Os mortos pobres comuns ficam na fila, amontoados nos pátios. E todos os cidadãos comuns sentem a falta de segurança. Quer dizer, todos não: bairros mais ricos conseguem de algum modo mais polícia.
A rigor, a relação direta entre violência e pobreza nunca foi demonstrada de modo a não deixar dúvidas. Não basta mostrar que há mais violência em cidades ou bairros pobres.
Há países mais pobres que o Brasil com menos criminalidade. Há sociedades tão desiguais como a nossa também com menos crimes. E, entre os países ricos, o índice de criminalidade varia bastante, mais alto nos EUA, por exemplo, do que na Europa ou Japão. Sim, há mais desigualdade nos EUA, mas a criminalidade varia também em países europeus com o mesmo padrão de distribuição de renda e benefícios sociais.
Por outro lado, é certo que o ambiente social, a cultura e as condições de vida podem ser mais ou menos favoráveis à prática de crimes. Mas a tese, levada ao extremo, de que a polícia leva a violência aos mais pobres deixou um paradoxo: uma polícia mais violenta.
Foi assim: um lado responsabiliza a polícia e pede sua retirada (“Fora UPPs!”) ou a restrição de sua atividade (não poder abordar mascarados, por exemplo, ou não poder entrar em universidades nem para procurar traficantes); em reação, o outro lado pede mais polícia baixando o pau. Resultado, ficamos sem a polícia boa, competente, bem remunerada e bem equipada, que acha e prende os culpados de crimes diversos, de assassinatos a destruição de ônibus.
(As séries do JN e do JG estão no ar. Também podem ser vistas pelo site g1.com.br.)
- Brasileiro
- Sênior
- Mensagens: 9409
- Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
- Agradeceu: 238 vezes
- Agradeceram: 541 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Nunca antes na história desse país, alguém bateu nesta tecla mais que eu neste fórum. E lá se vão para a mesma vala temas como pena de morte, prisão perpétua, chibatadas etc.Clermont escreveu: Na Inglaterra, são 90% de casos resolvidos. E a taxa de homicídios, mostra a série do JG, vai lá para baixo. Esta é uma relação bem verificada. Penas mais elevadas, ao contrário, não derrubam a criminalidade. Se o assassino, como no Brasil, tem 92% de chance de não ser apanhado, qual a importância de a pena ser de dez ou 20 anos?
Sou defensor do direito penal mínimo. Acho absurdo privação de liberdade (cadeia) a quem comete danos materiais (uma pichação por exemplo) ou deve pensão alimentícia. Se tem bens, penhora-se. Se pode pagar o conserto ou mesmo ir lá com pano e lata de tíner apagar o picho, faça-se. Além de mais eficaz, é mais justo e muito mais barato ao Estado, do que privar pessoas não violentas (isto é, não agrediram, não ameaçaram, não mataram nem portavam arma) de exercerem seu trabalho e ressarcirem danos de maneira digna.
abraços]
----------------
amor fati
amor fati
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Senhor Inácio da Silva, Lula...Brasileiro escreveu:Nunca antes na história desse país, alguém bateu nesta tecla mais que eu neste fórum.
Sois vós?
- henriquejr
- Sênior
- Mensagens: 5448
- Registrado em: Qui Mai 25, 2006 11:29 am
- Localização: Natal/RN
- Agradeceu: 384 vezes
- Agradeceram: 432 vezes
Re: Operações Policiais e Militares
Também sempre bati na tecla que o problema de segurança pública de nosso pais tem como maior responsável a ineficiência do nosso ordenamento penal, provocando verdadeira aberrações, desde prisões desnecessárias até a impunidade de crimes considerados hediondos.Brasileiro escreveu:Nunca antes na história desse país, alguém bateu nesta tecla mais que eu neste fórum. E lá se vão para a mesma vala temas como pena de morte, prisão perpétua, chibatadas etc.Clermont escreveu: Na Inglaterra, são 90% de casos resolvidos. E a taxa de homicídios, mostra a série do JG, vai lá para baixo. Esta é uma relação bem verificada. Penas mais elevadas, ao contrário, não derrubam a criminalidade. Se o assassino, como no Brasil, tem 92% de chance de não ser apanhado, qual a importância de a pena ser de dez ou 20 anos?
Sou defensor do direito penal mínimo. Acho absurdo privação de liberdade (cadeia) a quem comete danos materiais (uma pichação por exemplo) ou deve pensão alimentícia. Se tem bens, penhora-se. Se pode pagar o conserto ou mesmo ir lá com pano e lata de tíner apagar o picho, faça-se. Além de mais eficaz, é mais justo e muito mais barato ao Estado, do que privar pessoas não violentas (isto é, não agrediram, não ameaçaram, não mataram nem portavam arma) de exercerem seu trabalho e ressarcirem danos de maneira digna.
abraços]
Concordo contigo que grande parte dos crimes contra o patrimônio deveria ser punido sem a necessidade de privação da liberdade, como a reparação do dano provocado (seja público ou privado) e a adoção de penas alternativas, como trabalhos comunitários. Mas esse tipo de coisa só surtiria efeito se realmente fosse levado a sério pelos responsáveis pela aplicação, bem como um rigoroso acompanhamento do condenado, com a possibilidade de agravamento de sua pena, caso não cumpra as medidas da forma que foi determinada.
Com relações aos crimes mais graves (que também pode envolver crimes contra o patrimônio, como roubos, extorsão mediante sequestro, etc), como os crimes contra a vida, as penas aplicadas deveriam ser cumpridas na íntegra, sem esses direitos todos que os detentos tem hoje em dia, como redução de pena, salvos conduto, etc (excerto em alguns casos bem específicos). Não precisaria nem de prisão perpetua, pena de morte ou aumento do tempo de prisão, mas se o cara foi condenado por 20 anos de prisão em regime fechado, que cumpra na íntegra sua pena.
Outra medida que acho válida seria as penitenciárias específicas para determinados tipos de crime. Acho errado colocar um criminoso eventual, ou seja, aquele que não tem a índole de cometer crimes (crimes passionais, homicídios ligados a acidantes de trânsito, etc), cumpra sua pena no mesmo espaço onde "criminosos profissionais", reincidentes, etc, cumprem. Também construiria presídios de segurança máxima para traficantes influentes demais criminosos envolvidos no crime organizado, que precisam ser isolados do mundo exterior.
.