RÚSSIA

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Re: RÚSSIA

#2596 Mensagem por romeo » Sex Abr 25, 2014 9:11 pm

Eu estava cá tentando lembrar quais paises - a partir da II Guerra -, os russos mafiosos e seus aliados invadiram; bem como quais os que os EUA democratico e os seus aliados o fizeram.

Numa rápida ( e não minuciosa ) contagem percebí como os americanos são muito superiores... Pobres dos malfadados mafiosos russos... Jamais se igualarão.

E os cowboys não vão parar por causa de índios, da Russia ou da China, etc....

Creio que - em um eterno sentimento de frustração - tentem desesperadamente resgatar para sí a antiga grandeza do império ingles donde vieram, sobre o qual o sol jamais se punha.




chris

Re: RÚSSIA

#2597 Mensagem por chris » Sáb Abr 26, 2014 2:51 am

pt, verdade que você virou vermelho????

sim....de raiva, quando a Rússia anexou a Criméia....


kkkkkkkkk




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Re: RÚSSIA

#2598 Mensagem por Marino » Sáb Abr 26, 2014 8:32 am

Estou no hospital acompanhando minha mãe e nao vou poder escrever como queria.
Mas meu ponto, resumidamente, é o seguinte:
Após a dissolução da URSS era uma questão de bom senso "neutralizar" a Rússia.
Como potencia nuclear ela nao podia ser tratada como ator secundário e suas idiosincrasias de segurança deveriam ter sido levadas em conta.
Os antigos países do Pacto poderiam, e deveriam mesmo, ter sido incorporados a União Européia, plenamente, com todos os direitos que disso advém.
Mas incorporá-los a OTAN significava levar às fronteiras da potência "adormecida" uma ameaça desnecessária.
O que queriam, nenhuma reação?
É esperar, como a Argentina nas Malvinas, que nada ocorresse.
A simples incorporação destes países a UE daria o recado de que estariam sob a proteção ocidental, mas sem tropas, sem sistemas anti-mísseis como o que quiseram instalar na Polônia, sem uma ameaça direta a Rússia. Sua doutrina, seus sistemas de defesa, etc, poderiam migrar para os ocidentais sem configurarem a expansão da OTAN para as fronteiras russas.
Isto é pensar estrategicamente.
Mas foram mais além, derrubaram um governo eleito ucraniano a fim de instalarem um governo pró- ocidente.
O resultado foi acordarem a potência adormecida, foi reviverem outro cenário comparável ao da guerra fria.
Agora, as consequências sao maiores pois terão que lidar com a aliança explícita Rússia-China.
Duas frentes, um problema maior e que poderia ser previsto pois o eixo da ameaça já tinha sido dirigido ao Pacífico.
Simplesmente retomaram estupidamente o eixo de ameaça russo.
Repito, analiso com realismo e nao ideologia.
E esta análise nos mostra somente a estupidez humana e, mais de perto, a americana.




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Re: RÚSSIA

#2599 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 26, 2014 10:34 am

Eu não sou o PT, mas vou dar a minha opinião já que o Marino coloca alguns pontos que para mim são interessantes. :wink:
Marino escreveu:Estou no hospital acompanhando minha mãe e nao vou poder escrever como queria.
As melhoras!
Mas meu ponto, resumidamente, é o seguinte:
Após a dissolução da URSS era uma questão de bom senso "neutralizar" a Rússia.
Como potencia nuclear ela nao podia ser tratada como ator secundário e suas idiosincrasias de segurança deveriam ter sido levadas em conta.
Os antigos países do Pacto poderiam, e deveriam mesmo, ter sido incorporados a União Européia, plenamente, com todos os direitos que disso advém.
Sim e não, um país para pertencer à UE tem que cumprir com toda uma série de critérios e que muitas vezes demoram muitos e muitos anos a cumprir. Acima de tudo a UE não oferece a protecção militar de uma aliança como a OTAN. Para alguns países é mais importante crucial pertencer à OTAN do que à UE.

No entanto é evidente que há uma guerra de facto nos bastidores entre a Alemanha/UE, os EUA e a Russia. Por isso é que se vê que se o anterior governo tinha sido claramente comprado pelos Russos, o actual foi claramente colocado no poder pelos EUA. Nisto tudo o que está mal? O que está mal é que em nenhum dos casos temos governos que atendem a quem de direito, neste caso o povo Ucraniano. Tanto o governo anterior como o actual tiveram/têm actitudes perfeitamente inacreditáveis e inadmissiveis para uma larga percentagem da população. É por isso é que para mim é claro que enquanto não houver um governo de união nacional na Ucrânia... nada feito!




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Re: RÚSSIA

#2600 Mensagem por Marino » Sáb Abr 26, 2014 10:49 am

Editei abaixo.




Editado pela última vez por Marino em Sáb Abr 26, 2014 11:07 am, em um total de 1 vez.
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Re: RÚSSIA

#2601 Mensagem por Marino » Sáb Abr 26, 2014 10:49 am

Problema de transmissão, já volto.




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Re: RÚSSIA

#2602 Mensagem por Marino » Sáb Abr 26, 2014 11:05 am

Obrigado pelos votos Cabeça.
Estou ciente dos critérios, principalmente econômicos, para entrar para a UE.
Mas a questão de fundo nao é esta, nem a Ucrânia em si, que paga o pato pela disputa entre as potências globais.
A questão primordial era como "neutralizar" a futura ameaça russa.
Era simplesmente mostrando que as questões de segurança que sempre foram levantadas pela idiossincrasia russa seriam levadas em conta.
O simples anuncio de que os países do antigo pacto seriam considerados a entrarem na UE, sem a "ameaça" da OTAN nas fronteiras, bastaria.
Veja a postura de Kissinger em seus artigos recentes.
É uma postura bem diferente da patrocinada pelos neocons e que motivou o "ressurgimento" da "ameaça" russa.
Era "o fim da história", a "pax americana", a vitória final do ocidente, e toda a arrogância daí decorrente.
Os russos sao como os alemães, os japoneses, e outros, que podem ser destruídos mas se reerguerão. Basta ver a história destes povos.
Mas a geopolítica americana sempre leverá em conta a possibilidade de "derrotar" a Rússia, e agirá estupidamente.
Criou uma ameaça em duas frentes.
Talvez fosse isso que queriam, os neocons, o complexo industrial militar, o Tea Party, etc.
O mundo que se dane.
Mais uma vez, nao sou apoiador dos russos ou dos americanos, estou fazendo uma leitura realista.
Plantaram, agora tem de colher.




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Re: RÚSSIA

#2603 Mensagem por Marino » Sáb Abr 26, 2014 11:52 am

GustavoB escreveu:O efeito Strangelove ou como somos levados a aceitar uma nova guerra mundial

por John Pilger [*]

Imagem

Há poucos dias estive a rever o filme Dr. Strangelove [1] . Já o assisti talvez uma dúzia de vezes; dá sentido a notícias sem sentido. Quando o major T.J. 'King' Kong entra em conflito com os russos e envia o bombardeiro nuclear B52 contra um alvo na Rússia, quem tem que tranquilizar o Presidente é o general 'Buck' Turgidson [2] . Ataque primeiro, diz o general, afinal "são apenas 10 a 20 milhões de mortos, no máximo"

Presidente Merkin Muffley: "Não vou ficar na história como o maior assassino de massas desde Adolf Hitler".

General Turgidson: "Talvez fosse melhor, senhor Presidente, que se preocupasse mais com o povo americano do que com a sua imagem nos livros de história".

O gênio do filme de Stanley Kubrick é que representa com rigor a loucura e os perigos da guerra-fria. A maior parte dos personagens baseia-se em pessoas reais e em maníacos reais. Não há hoje ninguém equivalente a Strangelove, porque a cultura popular está dirigida quase totalmente para as nossas vidas interiores, como se a identidade seja o zeitgeist moral e a verdadeira sátira seja redundante; mas os perigos são os mesmos. O relógio nuclear parou às cinco para a meia-noite; as mesmas bandeiras falsas estão hasteadas sobre os mesmos alvos pelo mesmo "governo invisível", como Edward Bernays, o inventor das relações públicas, descreveu a propaganda moderna.

Em 1964, o ano em que foi realizado Strangelove, "a diferença de mísseis" era a falsa bandeira. A fim de construir mais armas nucleares, e maiores, e de prosseguir uma polícia de domínio não declarado, o presidente John Kennedy aprovou a propaganda da CIA de que a União Soviética estava mais avançada do que os EUA na produção de Mísseis Balísticos Intercontinentais. Isso encheu primeiras páginas como a "ameaça russa". Na realidade, os americanos estavam muito à frente na produção de ICBMs, os russos nunca estiveram lá perto. A guerra-fria baseou-se largamente nesta mentira.

Desde o colapso da União Soviética, os EUA têm cercado a Rússia com bases militares, aviões nucleares e mísseis, ao abrigo do "Projeto de Ampliação da NATO". Renegando uma promessa dos EUA feita ao presidente soviético Mikhail Gorbachev em 1990 de que a NATO não avançaria "nem um centímetro para Leste", a NATO entrou à grande na Europa de Leste. No antigo Cáucaso soviético, a ocupação militar da NATO é a mais ampla desde a segunda guerra mundial.

Em Fevereiro, os Estados Unidos montaram um dos seus golpes "coloridos" contra o governo eleito da Ucrânia; as tropas de choque eram fascistas. Pela primeira vez, desde 1945, um partido pró-nazi, abertamente antissemita controla áreas chave do poder estatal numa capital europeia. Nenhum líder da Europa ocidental condenou este renascimento do fascismo na fronteira com a Rússia. Morreram cerca de 30 milhões de russos na invasão do seu país pelos nazis de Hitler, que foram apoiados pelo Exército Insurgente Ucraniano, o UPA, responsável por inúmeros massacres de judeus e polacos. O UPA era a ala militar, que inspira o atual partido Svoboda.

Desde o golpe de Washington em Kiev – e da reação inevitável de Moscou na Crimeia russa, para proteger a sua Frota do Mar Negro – a provocação e o isolamento da Rússia têm sido invertidos nos noticiários como uma "ameaça russa". Isto é uma propaganda fossilizada. O general da Força Aérea americana que chefia as forças da NATO na Europa – nada mais nada menos que o general Breedlove – afirmou há mais de duas semanas que tinha fotos que mostravam 40 mil tropas russas a "concentrarem-se" na fronteira com a Ucrânia. Também Colin Powell afirmou ter fotos de armas de destruição maciça no Iraque. O que é certo é que o golpe temerário e predatório de Obama na Ucrânia desencadeou uma guerra civil e Vladimir Putin está a ser atraído a uma armadilha.

Na sequência dos conflitos de 13 anos que começaram no Afeganistão muito depois de Osama bin Laden ter fugido, de terem destruído o Iraque sob uma falsa bandeira, depois de inventarem um "inimigo nuclear" no Irão, de enviarem a Líbia para uma anarquia hobbesiana e de apoiaram os jihadistas na Síria, os EUA têm finalmente uma nova guerra fria para complementar a sua campanha mundial de morte e terrorismo com aviões telecomandados.

Um Plano de Ação para Adesão à NATO (MAP) – diretamente da sala de guerra de Strangelove – é o presente do general Breedlove à nova ditadura na Ucrânia. "Rapid Trident" [3] vai instalar tropas americanas na fronteira com a Rússia e "Sea Breeze" [4] vai colocar navios de guerra americanos à vista de portos russos. Simultaneamente, os exercícios de guerra da NATO por toda a Europa de Leste destinam-se a intimidar a Rússia. Imaginem qual seria a resposta se esta loucura se invertesse e acontecesse nas fronteiras da América. É ver o general 'Buck' Turgidson.

E ainda há a China. A 24 de Abril, o presidente Obama vai iniciar uma visita à Ásia para promover a sua "Campanha para a China". O objetivo é convencer os seus "aliados" na região, em especial o Japão, a rearmarem-se e prepararem-se para a eventual possibilidade de guerra com a China. Em 2020, quase dois terços de todas as forças navais no mundo estarão concentradas na área Ásia-Pacífico. É a maior concentração militar naquela grande região desde a II Guerra Mundial.

Num arco que se estende desde a Austrália até o Japão, a China enfrentará os mísseis e os bombardeiros nucleares americanos. Está a ser construída uma base naval estratégica na ilha coreana de Jeju a menos de 640 km da metrópole chinesa de Xangai, centro industrial do único país cujo poder económico vai provavelmente ultrapassar o dos EUA. A "campanha" de Obama destina-se a minar a influência da China naquela região. É como se uma guerra mundial tivesse começado por outros meios
.

Isto não é uma fantasia Strangelove. O secretário da Defesa de Obama, Charles 'Chuck' Hagel, esteve em Beijing na semana passada para entregar um aviso ameaçador de que a China, tal como a Rússia, pode vir a conhecer o isolamento e a guerra se não se vergar às exigências dos EUA. Comparou a anexação da Crimeia à complexa disputa territorial da China com o Japão sobre as ilhas desabitadas no Mar da China Oriental. "Não podem ir pelo mundo afora", disse Hagel descaradamente, "e violar a soberania das nações pela força, coerção e intimidação". Quanto ao movimento maciço de forças navais e de armas nucleares da América para a Ásia, isso é "um sinal da ajuda humanitária que as forças armadas americanas podem proporcionar".

Obama está neste momento à procura de um orçamento para armas nucleares, maior do que no pico histórico durante a guerra-fria, a era de Strangelove. Os Estados Unidos estão a avançar na sua antiga ambição de dominar o continente eurasiano, estendendo-se da China à Europa: um "destino manifesto" assegurado pelo poder.

Notas:

[1] Dr. Strangelove (Dr. Estranhoamor): filme de Stanley Kubrick realizado em 1964, uma comédia de humor negro, que satirizou a tensão nuclear vivida pelo mundo durante a guerra-fria. Considerado "a melhor sátira política do século".

[2] A personagem Turgidson sabe como fazer a guerra, mas falta-lhe a perspectiva de decidir se deve ou não fazer a guerra. Compreende a política do Presidente contra ataques nucleares mas tem dúvidas quando se lhe apresenta a possibilidade de anular essa política e varrer do mapa a Rússia. Sente-se feliz em apresentar a ideia de desencadear o ataque mais destrutivo contra um inimigo que não fez nada.

[3] Rapid Trident: exercício militar conjunto de 12 países na Ucrânia, que deve iniciar-se em Julho, com a participação dos EUA.

[4] Sea Breeze: exercícios militares anfíbios organizados à escala multinacional (NATO), realizados anualmente na Ucrânia.

Original do Guardian e em http://johnpilger.com/articles/the-stra ... -world-war
Tradução de Margarida Ferreira




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Re: RÚSSIA

#2604 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 26, 2014 12:06 pm

Marino o tempo em que eu acreditava na boa vontade do governo Norte-Americano já acabou à muito, dito isto tenho uma enorme admiração por certas personagens daquelas bandas. Não sei se sabe, mas houve à pouco tempo um confronto muito interessante entre um simples rancheiro e o governo federal.

Se fosse em Portugal eu digo-lhe desde já que o proprietário perdia e "comia", nos EUA... com cidadãos armados e com consciência de que o governo não está acima de tudo e de todos (neste caso da Legislação), fizeram frente e ganharam. Isso deixa-me um pouco esperançado de que o povo desse país consiga dar a volta por cima e correr com a canalha que está lá (isso abrange tanto os Democratas como os Republicanos). Eu sou um fã do movimento “Libertário”, acho que era o melhor que poderia acontecer ao país em questão… ao mundo já não sei (eles são isolacionistas).

Os EUA estão numa encruzilhada, querem manter a todo o custo o seu estatuto de superpotência, ao mesmo tempo há toda uma série de aliados que não estão dispostos a pagar a defesa do seu território na sua totalidade e que preferem manter-se debaixo da asa protectora Norte-Americana. Portugal (neste caso o governo Português) é um desses casos. Isso trás vantagens e desvantagens e já não é a primeira vez que acabamos com algo de aspecto pontiagudo nas costas (ex.: apoio do governo Norte-Americano à UPA). Mas ao mesmo tempo é impossível um país como Portugal gastando 1% do seu orçamento na Defesa, conseguir defendê-la na prática.

O que eu vejo é que a situação estável até agora nos países de leste/báltico está rapidamente a transformar-se numa situação MUITO problemática. As picardias entre a Russia e os EUA/aliados estão a tornar-se cada vez mais frequentes e não há nada no horizonte que indique que o nível de pressão vá diminuir. As manobras de bastidores com ambas as partes a apoiar mais ou menos as claras um lado ou o outro agrava ainda mais as coisas. Na Ucrânia e acreditando pelas noticias que vêm de lá, ambos os lados estão presentes fisicamente (com membros das suas respectivas forças de inteligência a trabalhar). Ao mesmo tempo os movimentos neonazis estão a ganhar força através das suas acções e o mais incrível é que eles trabalham para os dois lados! Se pesquisarmos os países da Europa onde esses movimentos são mais fortes ficasse com uma imagem quase surrealista. O interessante é ver que os países onde tiveram as últimas ditaduras de “Direita”, são os países onde eles têm menos apoio (Portugal e Espanha).

Será que iremos ver um retrocesso e o retorno das Forças Armadas Norte-Americanas à Europa?




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Re: RÚSSIA

#2605 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 26, 2014 2:48 pm

Consequências...


Rating da Rússia à beira de "lixo financeiro"



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/irating-i-da-ru ... z3012DhgiC




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Re: RÚSSIA

#2606 Mensagem por Bourne » Sáb Abr 26, 2014 5:00 pm

cabeça de martelo escreveu:Consequências...


Rating da Rússia à beira de "lixo financeiro"



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/irating-i-da-ru ... z3012DhgiC
Cabeção, isso é irrelevante.

A Rússia se garante nos euros e dólares que encontram com a exportação de gás, petróleo e commodities. É o que permite fechar as contas externas, viabilizar as importações, negociar a dívida externa e manter uma reserva polpuda como garantia anti-crise externa. Se fechar os fluxos de exportações de hidrocarbonetos e fatores adjacentes, o caos financeiro e econômico é provável.

O problema é que a estrutura não segura o país por muito tempo. Por isso que não cresce, foge da integração pro ativa e faz o caminho contrário da Ásia, principalmente china. A dinâmica das relações políticas e econômicas da ásia parecem a prévia da primeira guerra na europa com grupos diversos, interesses diversos e cisão entre integração econômica e rivalidade militar e política. É um ambiente bem diferente da guerra fria onde tudo era bem definido.

Enquanto isso, os russos usam tudo como campo de batalha, tentam reinventar o jogo da URSS e EUA, mas não dá. Na época era possível e vantagem ser soviético e se manter isolado, hoje não é mais possível. A alternativa é adere e compra o sistema ou vai receber pancada financeira e econômica quando achar que tem força política e militar.




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Re: RÚSSIA

#2607 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 26, 2014 7:04 pm





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Re: RÚSSIA

#2608 Mensagem por pt » Sáb Abr 26, 2014 7:49 pm

Marino escreveu: Mas a questão de fundo nao é esta, nem a Ucrânia em si, que paga o pato pela disputa entre as potências globais.
A questão primordial era como "neutralizar" a futura ameaça russa.
A questão sa neutralização da Russia foi considerada durante a década de 1990.
A hipótese teria sido em 1993 durante o cerco à Casa Branca, em que o presidente russo mandou avançar os tanques contra o parlamento.

Esse foi o ponto mais baixo. Nessa altura, a Russia podia ter sido desfeita. Não adianta falar em reerguer, porque a Russia desfeita corresponderia á independência das várias componentes da Federação Russa e mesmo à fragmentação da própria República Russa.

Na altura, como já tenho aqui dito várias vezes, foi principalmente a Alemanha do chanceler Helmutt Kohl que apoiou o Ieltsin e não quis que o país se esfacelasse.
Se durante a crise de 1993 o Soviete supremo da Russia conseguisse destituir Ieltsin, isso implciaria uma guerra civil.
Para voltar a reconstituir a Rússia seria preciso uma guerra entre as repúblicas e muitas delas tinham armas atómicas. Era um pesadelo para os europeus e em parte para os americanos.

O simples anuncio de que os países do antigo pacto seriam considerados a entrarem na UE, sem a "ameaça" da OTAN nas fronteiras, bastaria.
Mas bastaria para quê ?
Todos os povos do antigo império russo entenderam desde sempre, que era uma questão de tempo, até as pulsões imperiais voltarem a considerar a necessidade de re-anexação.

Eles sempre viveram assim.
A Finlandia, os Estados Bálticos, a Polónia, a Moldávia, têm andado numa dança eterna em que ora são russas ora não são.

Desde que a Russia não fosse desmantelada, os países limitrofes sabiam perfeitamente, que ERA APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO até um qualquer Czar voltar ao Kremlin.
Era "o fim da história", a "pax americana", a vitória final do ocidente, e toda a arrogância daí decorrente.
Esta arrogância de vários setores americanos, é conhecida, reconhecida, explicada, estudada, mas não pode ser causa de todos os males do mundo.

A adesão à NATO das três repúblicas bálticas, até hoje os únicos países da ex URSS que entraram na NATO, só ocorre depois de Putin ter chegado ao poder no Kremlin.
Um ex-agente da KGB chega ao Kremlin, e a culpa é dos neocons ... :mrgreen:
Mas a geopolítica americana sempre leverá em conta a possibilidade de "derrotar" a Rússia, e agirá estupidamente.
Criou uma ameaça em duas frentes.
A geopolitica americana considera quem são as ameaças aos seus interesses e reage de acordo com isso.
Na década de 1920, os americanos eram isolacionistas. Na década de 1930 começaram a considerar a Alemanha e o Japão como ameaças e implementaram sanções contra os japoneses que levaram ao conflito. Depois da II guerra mundial, os americanos voltaram para casa e só voltaram a chamar reservistas quando Estaline manteve milhões de soldados em armas e autorizou a invasão da Coreia do Sul pelo norte.

A ideia de que os americanos andam atrás dos russos, não procede quando olhamos para as datas históricas e cruzamos com os factos relevantes.
Plantaram, agora tem de colher.
Ninguém plantou nada. Putin é um produto russo, resultado da necessidade da sociedade russa em ter no Kremlin um homem forte e brutal, porque a sociedade russa não entende o poder de outra forma.

Para o russo o governo e o presidente servem para impor a ordem através da violência. O estado deve ser autoritário e deve ser respeitado.
Os russos tradicionalmente são governados por dirigentes corruptos e para eles não existe outra forma de governo que não seja a cleptocracia criminosa.
Por isso eles aceitam os oligarcas com um encolher de ombros e um «... não podemos fazer nada ... »

Há uma parte da população russa, claramente pró-ocidental, que tem expressão eleitoral apenas em algumas parte do país. É essa parte da população que é perseguida.
Na Russia, você tem o partido comunista soviético e o partido nazista de Zhirinovsky. Esta é a oposição permitida, porque é completamente louca.

A oposição séria, é perseguida e metida na prisão.
O que irrita mais o Putin na Ucrânia, é que os ucrânianos revoltaram-se contra os corruptos e estão fartos disso.
Os ucrânianos têm menos paciência que os russos para aceitar o homem forte e cruel de Kiev que os russos têm para aceitar o Czar moscovita.

E é isso acima de tudo que explica a atual situação.

PUTIN, NÃO PODE PERMITIR UM PAÍS, EM QUE A POPULAÇÃO EXIGE NAS RUAS A DEMISSÃO DO GRANDE LIDER.

É o próprio poder do Kremlin que está a ser posto em causa.

Os americanos malvados, o cerco da NATO são apenas os argumentos do costume, para meter medo aos russos e justificar por mais algum tempo a situação.
As sanções que eram mínimas e de que o Putin riu, afinal segundo as palávras do próprio, poderão ter consequências sérias

Putin já está a aproveitar para justificar o colapso da economia.

Enfim...
O ditador tem problemas, o ditador clama Unidade Nacional, o ditador defende o povo humilado, o ditador esmaga os inimigos da pátria que está em perigo.

NÃO ESTAMOS JÁ FARTOS DE VER ESTE FILME ?
PORQUE PRECISAMOS DE JUSTIFICAÇÕES DIFERENTES PARA ALGO QUE SEMPRE É IGUAL ?




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Re: RÚSSIA

#2609 Mensagem por hades767676 » Sáb Abr 26, 2014 8:42 pm

cabeça de martelo escreveu:Consequências...


Rating da Rússia à beira de "lixo financeiro"



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/irating-i-da-ru ... z3012DhgiC
Bom é que eles fazem essa drama todo dizendo que isso é consequência da anexação da Criméia, mas olha só que curioso, Brasil e Índia também tem essa nota. Hummm...




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Re: RÚSSIA

#2610 Mensagem por chris » Sáb Abr 26, 2014 9:52 pm

Eu acho que a Rússia deveria ter mais medo do gás de xisto americano do que das sanções....quem concorda comigo?

pt, nem leio o que vc escreve mais...... vc não tem o mínimo de discernimento, para vc a Rússia é Satã, os EUA são Deus e ponto final....se os EUA jogassem uma bomba atômica em Portugal, na tua casa, vc ia dar razão a eles...ficou enfadonho já....sem condições de debater contigo...




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